A polícia de Cleveland, no Ohio, acusa Steve Stephens de estar ligado a um assassínio transmitido na rede social no passado domingo. As autoridades referem que o homem está armado e que as buscas foram entretanto alargadas a cinco estados circundantes.
Segundo um porta-voz do Facebook, o homicídio não aconteceu em direto como foi noticiado num primeiro momento. O vídeo foi filmado e só depois colocado na rede social. A polícia soube do caso depois de ter recebido vários alertas de utilizadores que viram as imagens colocadas online.
A imprensa norte-americana refere que o homem suspeito do crime estaria “chateado com a namorada”. De facto, antes de disparar, Steve Stephens pede ao idoso que repita o nome de uma mulher, que este nega conhecer. Quando abandona o local já depois do crime, com o telemóvel ainda em modo de gravação, o suspeito grita que a culpada daquele crime é a mulher anteriormente mencionada.
Segundo Calvin Williams, chefe da polícia de Cleveland, o homem em fuga está armado, é perigoso e foi visto pela última vez com um Ford Fusion branco ou creme, que as autoridades acreditam que terá adquirido recentemente.
O mesmo responsável refere ainda que Steve Stephens poderá já ter chegado a outros pontos do país, deixando um alerta aos estados circundantes, incluindo a Pensilvânia, Nova Iorque, Indiana ou Michigan.
AGGRAVATED MURDER WARRANT ISSUED FOR STEVE STEPHENS, BM 37 https://t.co/gvJpqaCOPb pic.twitter.com/v8Jkcmb4cy
— Cleveland Police (@CLEpolice) April 17, 2017
Em comunicado, o Facebook condena o “crime horrendo” e diz que este tipo de conteúdos não pode ser permitido na rede social.
“Trabalhamos muito para manter um ambiente seguro no Facebook e estamos em contacto com a justiça em emergências como esta, quando há ameaças diretas à segurança”, acrescenta o documento.
Citado pela CNN, o responsável pela polícia local diz que o homem assassinado terá sido escolhido “aleatoriamente”, segundo as informações que as autoridades dispõem neste momento. Robert Godwin teria acabado de deixar a casa dos filhos após o almoço de Páscoa e estaria a voltar para casa na altura em que foi abatido a tiro.
Esta não é a primeira vez que o Facebook é implicado em casos de crime. Em janeiro, quatro pessoas foram acusadas de atacar e insultar um homem incapacitado e transmitirem os maus tratos em direto na rede social.