Captura de fugitivos de Vale de Judeus. Sem cooperação entre Espanha e Portugal, "operação seria impossível"
Depois de, na véspera, terem sido recapturados em Alicante os últimos dois dos cinco evadidos da prisão de Vale de Judeus, a Polícia Judiciária e a Polícia Nacional de Espanha saíram esta sexta-feira a público, a partir de Madrid, para enaltecer o trabalho conjunto que garantiu o sucesso da operação. De acordo com as autoridades espanholas e portuguesas, Rodolfo Lohrman e Mark Roscalee são "criminosos muito violentos" e dos "mais procurados" a nível internacional.
A abrir a conferência de imprensa, o diretor-geral da Polícia Nacional de Espanha deu os "parabéns pela operação" a todas as unidades policiais e operacionais envolvidos.
“Hoje faz cinco meses que cinco perigosos delinquentes fugiram da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre”, recordou Francisco Pardo Piqueras. "E ontem conseguimos deter os dois fugitivos que ainda estavam em fuga”.
Esta sexta-feira de manhã, referiu, realizou-se uma reunião com os responsáveis da operação, desenvolvida entre a Polícia Nacional espanhola e a Policia Judiciária de Portugal. Uma operação que, como frisou o diretor da polícia espanhola, "acabou ontem em Alicante, com a detenção dos dois fugitivos": Rodolfo Lohrman, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 35.
"Ambos delinquentes perigosos, que já estão sob custódia da polícia em Alicante e estarão à disposição judicial (…) para começar o processo de extradição”, adiantou ainda Piqueras, que fez questão de salientar que a operação “começou no próprio dia da fuga”. “Desde o minuto zero a polícia espanhola e a polícia portuguesa têm vindo a trabalhar para a detenção dos fugitivos, com a previsão de que algum deles tivesse entrado em território espanhol”.
Nesse sentido, congratulou a "cooperação frequente e de sucesso” entre as polícias.
“Somos conscientes de que não há fronteiras para o crime e também não deve haver fronteiras entre a cooperação policial”, disse.
“Por isso começamos a trabalhar desde o primeiro momento da fuga. As unidades de operações estiveram em permanente contacto”, repetiu, enaltecendo "não só a operação desenvolvida ontem, com estas detenções, mas também aquela que desenvolvemos com a polícia de Marrocos para a detenção que ocorreu em outubro em Tanger, do fugitivo Fábio Loureiro”.
“Hoje faz cinco meses que cinco perigosos delinquentes fugiram da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre”, recordou Francisco Pardo Piqueras. "E ontem conseguimos deter os dois fugitivos que ainda estavam em fuga”.
Esta sexta-feira de manhã, referiu, realizou-se uma reunião com os responsáveis da operação, desenvolvida entre a Polícia Nacional espanhola e a Policia Judiciária de Portugal. Uma operação que, como frisou o diretor da polícia espanhola, "acabou ontem em Alicante, com a detenção dos dois fugitivos": Rodolfo Lohrman, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 35.
"Ambos delinquentes perigosos, que já estão sob custódia da polícia em Alicante e estarão à disposição judicial (…) para começar o processo de extradição”, adiantou ainda Piqueras, que fez questão de salientar que a operação “começou no próprio dia da fuga”. “Desde o minuto zero a polícia espanhola e a polícia portuguesa têm vindo a trabalhar para a detenção dos fugitivos, com a previsão de que algum deles tivesse entrado em território espanhol”.
Nesse sentido, congratulou a "cooperação frequente e de sucesso” entre as polícias.
“Somos conscientes de que não há fronteiras para o crime e também não deve haver fronteiras entre a cooperação policial”, disse.
“Por isso começamos a trabalhar desde o primeiro momento da fuga. As unidades de operações estiveram em permanente contacto”, repetiu, enaltecendo "não só a operação desenvolvida ontem, com estas detenções, mas também aquela que desenvolvemos com a polícia de Marrocos para a detenção que ocorreu em outubro em Tanger, do fugitivo Fábio Loureiro”.
Também o diretor Nacional da Polícia Judiciária portuguesa congratulou o sucesso da operação.
“Para nós polícias é um dia feliz. É um dia feliz para a polícia”, começou por afirmar Luís Neves. “Cumprimos a nossa missão, que era proceder à recaptura de cinco
perigosos criminosos, condenados em Portugal por crimes violentos e a
pesar nas penas de prisão”.
Em primeiro lugar, agradeceu "ao corpo Nacional de Polícia (…) e aos colegas de Espanha e a todos os operacionais”
“Idêntica palavra tenho para os nossos polícias que lidaram diretamente e em permanência com os colegas de Espanha, para trocarem informação (…) e que desde a primeira hora estiveram motivados para ter este desfecho”, continuou.
Desde o dia da fuga, as autoridades portuguesas e espanholas encetaram “uma relação direta na partilha de informação, porque havia de facto suspeitas de que o território de Espanho pudesse ser usado por eles como lugar de fuga”. Luís Neves afirmou ainda o “muito orgulho” na relação “de décadas, sustentada na profunda confiança e na total disponibilidade” entre os corpos de polícias, que por vezes trabalham como se fossem "um só corpo".
Na quinta-feira foram detidos dois fugitivos, “ambos ligados a crimes violentos, pessoas particularmente violentas”.
"El Russo" era um criminoso “dos mais procurados em toda a América Latina”, afirmou o diretor da PJ, referindo-se a Lohrman: "os nossos colegas argentinos e paraguaios (…) estabeleceram connosco desde então uma grande relação no sentido de avançar o processo de extradição”.
“Portugal e a Justiça portuguesa estão profundamente agradecidas (…) aos colegas pelo facto de nos ter permitido um trabalho de excelência e de confiança”, voltou a frisar.
Depois da fuga dos cinco reclusos, “é importante termos cumprido esta missão, este objetivo, porque permite que o cidadão possa confiar nas suas instituições e na realização da polícia”.
Em primeiro lugar, agradeceu "ao corpo Nacional de Polícia (…) e aos colegas de Espanha e a todos os operacionais”
“Idêntica palavra tenho para os nossos polícias que lidaram diretamente e em permanência com os colegas de Espanha, para trocarem informação (…) e que desde a primeira hora estiveram motivados para ter este desfecho”, continuou.
Desde o dia da fuga, as autoridades portuguesas e espanholas encetaram “uma relação direta na partilha de informação, porque havia de facto suspeitas de que o território de Espanho pudesse ser usado por eles como lugar de fuga”. Luís Neves afirmou ainda o “muito orgulho” na relação “de décadas, sustentada na profunda confiança e na total disponibilidade” entre os corpos de polícias, que por vezes trabalham como se fossem "um só corpo".
Na quinta-feira foram detidos dois fugitivos, “ambos ligados a crimes violentos, pessoas particularmente violentas”.
"El Russo" era um criminoso “dos mais procurados em toda a América Latina”, afirmou o diretor da PJ, referindo-se a Lohrman: "os nossos colegas argentinos e paraguaios (…) estabeleceram connosco desde então uma grande relação no sentido de avançar o processo de extradição”.
“Portugal e a Justiça portuguesa estão profundamente agradecidas (…) aos colegas pelo facto de nos ter permitido um trabalho de excelência e de confiança”, voltou a frisar.
Depois da fuga dos cinco reclusos, “é importante termos cumprido esta missão, este objetivo, porque permite que o cidadão possa confiar nas suas instituições e na realização da polícia”.
Sobre a operação em causa, Martinez Duarte da Polícia Nacional de Espanha, começou por destacar "a cooperação com Portugal, com a PJ, que é sempre excelente".
"O êxito mostra a importância e o nível de relações conjuntas”, afirmou o responsável pela operação policial.“Sem este trabalho conjunto, este tipo de operação seria impossível”.
A polícia espanhola trabalhou com autoridades portuguesas, segundo Martinez, "desde o primeiro dia, quando havia suspeita de que os fugitivos podiam estar no nosso país”.
“Inicialmente suspeitava-se que estivessem entre Málaga e Alicante. Posteriormente, pelas investigações (…), conseguimos identificar e estabelecer um serviço de vigilância sobre dois dos fugitivos mais violentos que havia”, explicou, referindo-se à operação para deter os dois criminosos.
O dispositivo de vigilância montado perto da residência em Alicante, onde se encontravam os dois fugitivos, "considerou o momento mais seguro para uma intervenção", porque havia o risco de estarem armados.
"Acabou por ser numa bomba de gasolina que os membros da operação viram a oportunidade”, anunciou, adiantando que "houve resistência por parte dos fugitivos".
"São pessoas muito violentas. A quantidade de crimes que cometeram em várias partes do mundo confirma que são pessoas muito violentas, ligadas a sequestros e homicídios”, reafirmou, em consonância com o que o diretor nacional da PJ portuguesa já havia mencionado.
“Na detenção eles resistiram e teve de haver intervenção policial. E foram ainda encontrada armas e 50 mil euros e documentação falsa no veículo” em que circulavam.
A mensagem que se retira desta operação, frisou o responsável, "é que Espanha não é um lugar cómodo para os fugitivos”. Os dois fugitivos da cadeia de Vale de Judeus recapturados em Espanha serão colocados à disposição da Justiça até domingo e a expectativa é que sejam extraditados rapidamente para Portugal, confirmou ainda o diretor da Polícia Judiciária.
Rodolfo Lohrman, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 36, foram detidos na quinta-feira em Alicante, no sudeste de Espanha, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido por Portugal, um instrumento jurídico que é agilizado mais rapidamente do que outros mandados de detenção internacionais, explicou Luís Neves.
O diretor nacional da Polícia Judiciária afirmou que a expectativa é que esse mandado de detenção europeu seja executado pelas autoridades judiciais espanholas "num curto prazo" e que "nos próximos dias" haja uma decisão de extradição para Portugal, apesar de ambos serem procurados pela justiça de outros países.
Os últimos dois dos cinco evadidos da prisão de Vale de Judeus, a 7 de setembro de 2024, foram recapturados em Alicante, pela Policia Nacional de Espanha, "depois de um persistente e ininterrupto trabalho de recolha e de troca de informação" entre a PJ e as autoridades espanholas, anunciou a Polícia Judiciária na quinta-feira.
"O êxito mostra a importância e o nível de relações conjuntas”, afirmou o responsável pela operação policial.“Sem este trabalho conjunto, este tipo de operação seria impossível”.
A polícia espanhola trabalhou com autoridades portuguesas, segundo Martinez, "desde o primeiro dia, quando havia suspeita de que os fugitivos podiam estar no nosso país”.
“Inicialmente suspeitava-se que estivessem entre Málaga e Alicante. Posteriormente, pelas investigações (…), conseguimos identificar e estabelecer um serviço de vigilância sobre dois dos fugitivos mais violentos que havia”, explicou, referindo-se à operação para deter os dois criminosos.
O dispositivo de vigilância montado perto da residência em Alicante, onde se encontravam os dois fugitivos, "considerou o momento mais seguro para uma intervenção", porque havia o risco de estarem armados.
"Acabou por ser numa bomba de gasolina que os membros da operação viram a oportunidade”, anunciou, adiantando que "houve resistência por parte dos fugitivos".
"São pessoas muito violentas. A quantidade de crimes que cometeram em várias partes do mundo confirma que são pessoas muito violentas, ligadas a sequestros e homicídios”, reafirmou, em consonância com o que o diretor nacional da PJ portuguesa já havia mencionado.
“Na detenção eles resistiram e teve de haver intervenção policial. E foram ainda encontrada armas e 50 mil euros e documentação falsa no veículo” em que circulavam.
A mensagem que se retira desta operação, frisou o responsável, "é que Espanha não é um lugar cómodo para os fugitivos”. Os dois fugitivos da cadeia de Vale de Judeus recapturados em Espanha serão colocados à disposição da Justiça até domingo e a expectativa é que sejam extraditados rapidamente para Portugal, confirmou ainda o diretor da Polícia Judiciária.
Rodolfo Lohrman, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 36, foram detidos na quinta-feira em Alicante, no sudeste de Espanha, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido por Portugal, um instrumento jurídico que é agilizado mais rapidamente do que outros mandados de detenção internacionais, explicou Luís Neves.
O diretor nacional da Polícia Judiciária afirmou que a expectativa é que esse mandado de detenção europeu seja executado pelas autoridades judiciais espanholas "num curto prazo" e que "nos próximos dias" haja uma decisão de extradição para Portugal, apesar de ambos serem procurados pela justiça de outros países.
Os últimos dois dos cinco evadidos da prisão de Vale de Judeus, a 7 de setembro de 2024, foram recapturados em Alicante, pela Policia Nacional de Espanha, "depois de um persistente e ininterrupto trabalho de recolha e de troca de informação" entre a PJ e as autoridades espanholas, anunciou a Polícia Judiciária na quinta-feira.
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