Mundo
Casa Branca. Trump volta a ameaçar Jim Acosta com interdição
São já muitos meses de confrontos na sala de imprensa da Casa Branca, com as atas a registarem diálogos mais ou menos acesos entre Donald Trump e os jornalistas que o Presidente norte-americano classifica de “verdadeiros inimigos do povo”. O último folhetim da saga contra os media saldou-se na retirada da acreditação ao jornalista da CNN Jim Acosta. Um juiz obrigou à sua restituição na última sexta-feira e Trump fez agora saber que o repórter da CNN só entra na Casa Branca até ao fim do mês.
Depois de um juiz ter obrigado a Casa Branca a devolver as autorizações para trabalhar ao repórter da CNN Jim Acosta, a Administração Trump voltou a ameaçar o jornalista com nova interdição, fazendo saber que a sua acreditação deveria ser revogada no fim do mês.
“A revogação injusta destas credenciais viola o direito à liberdade de imprensa da CNN e de Acosta, consagrados na primeira e quinta emendas da Constituição”, declarou a televisão, apresentando a um tribunal de Washington “uma providência cautelar, exigindo que o passe seja devolvido a Jim [Acosta]”.
O processo desencadeado pela CNN visou outros cinco elementos da Administração: Para além do Presidente norte-americano, o processo visa outros cinco membros da equipa: Sara Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca, John Kelly, chefe de Gabinete, Bill Shine, chefe adjunto de Comunicação, Joseph Clancy, diretor dos Serviços Secretos, e um outro agente deste serviço não identificado.
A Casa Branca defendeu a sua posição afirmando que “a Primeira Emenda não se aplica quando um único repórter entre mais de 150 presentes procura monopolizar o auditório”. E acusou Jim Acosta de “responder fisicamente” à estagiária depois de Trump ter respondido a duas perguntas do jornalista.
A Associação de Correspondentes da Casa Branca manifestou, por seu lado, um “forte apoio” à ação judicial da CNN: “A revogação do acesso aos edifícios da Casa Branca foi uma reação desproporcionada aos acontecimentos da última quarta-feira. (…) O presidente não pode escolher arbitrariamente os homens e as mulheres que o acompanham”.
Em resposta, a CNN voltou-se de novo para a lei e pediu uma audição urgente ao tribunal distrital de Washington sob o pretexto de que “a Casa Branca está a incorrer numa violação contínua das Primeira e Quinta Emendas da Constituição (…) estas acções ameaçam todos os jornalistas e organizações de media. Jim Acosta e a CNN continuarão a noticiar os factos relativos à Casa Branca e ao Presidente”.
Há uma semana a cadeia televisiva norte-americana anunciava a
intenção de processar o Presidente Trump e vários assessores da Casa
Branca após a retirada de credenciais ao seu jornalista. Na ressaca da meia derrota dos republicanos nas intercalares de novembro, uma troca de
palavras mais acesa entre Trump e Acosta a propósito da caravana de
imigrantes sul-americanos foi o argumento encontrado pela Casa Branca
para deixar o jornalista do lado de fora dos portões em Washington.
Jim Acosta, o microfone e a estagiária
Um membro júnior da equipa de imprensa de Trump foi entretanto metida ao barulho numa luta por um microfone durante a qual, alegadamente, Jim Acosta tocara o antebraço da funcionária com a sua mão esquerda na tentativa de proteger o microfone, energicamente agarrado pela estagiária.
O processo desencadeado pela CNN visou outros cinco elementos da Administração: Para além do Presidente norte-americano, o processo visa outros cinco membros da equipa: Sara Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca, John Kelly, chefe de Gabinete, Bill Shine, chefe adjunto de Comunicação, Joseph Clancy, diretor dos Serviços Secretos, e um outro agente deste serviço não identificado.
A Casa Branca defendeu a sua posição afirmando que “a Primeira Emenda não se aplica quando um único repórter entre mais de 150 presentes procura monopolizar o auditório”. E acusou Jim Acosta de “responder fisicamente” à estagiária depois de Trump ter respondido a duas perguntas do jornalista.
A Associação de Correspondentes da Casa Branca manifestou, por seu lado, um “forte apoio” à ação judicial da CNN: “A revogação do acesso aos edifícios da Casa Branca foi uma reação desproporcionada aos acontecimentos da última quarta-feira. (…) O presidente não pode escolher arbitrariamente os homens e as mulheres que o acompanham”.