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Casal israelita baleado em ataque no norte da Cirjordânia

por Lusa

Dois israelitas foram baleados em Huwara, uma cidade palestiniana no norte da Cirjordânia, tendo um deles ficado gravemente ferido, afirmou hoje à AFP o Magen David Adom, entidade semelhante à Cruz Vermelha.

De acordo com a Associated Press, as autoridades israelitas confirmaram que um atirador palestiniano abriu fogo contra um veículo israelita, ferindo um casal.

O homem foi baleado na parte superior do corpo e ficou gravemente ferido, enquanto a sua mulher teve ferimentos ligeiros, adiantaram médicos israelitas.

O suspeito do ataque foi baleado e preso, disse o exército israelita.

O ataque ocorreu enquanto as autoridades israelitas e palestinianas se reuniam na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, numa tentativa de, a dias de se iniciar o mês sagrado muçulmano do Ramadão, conter a espiral de violência a que o país assiste.

"O tiroteio imediatamente levantou questões sobre as perspetivas das novas negociações", acrescenta a AP.

Esta foi a segunda tentativa, liderada pelo Egito, Jordânia e Estados Unidos, para acabar com a violência naquele território, que este ano já provocou a morte de mais de 200 palestinos e de mais de 40 israelitas ou estrangeiros.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito, Ahmed Abu Zaid, afimou que a reunião de hoje contaria com a presença de "funcionários políticos e de segurança de alto nível de cada lado", bem como do Egito, Jordânia e Estados Unidos da América.

Abu Zaid acrescentou que a participação regional e internacional na região visava estabelecer "mecanismos" para seguir e avançar com o que as partes concordam, não fornecendo mais detalhes.

As negociações pretendem apoiar o "diálogo entre os lados palestiniano e israelita para trabalhar no sentido de cessar medidas unilaterais, para quebrar o ciclo existente de violência e alcançar a calma", disse.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não mencionou o encontro durante a sua reunião semanal.

Já o oficial palestiniano Hussein al-Sheikh afirmou na sua conta do Twitter que a reunião tinha como objetivo "exigir o fim da contínua agressão israelita contra nós".

Em 2022, perto de 150 palestinianos foram mortos em ataques israelitas na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, tornando-se o ano mais mortal nesses territórios desde 2004, segundo o grupo de direitos humanos israelita B`Tselem.

Este ano, 85 palestinianos foram mortos, segundo a contagem da Associated Press.

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