Centenas de independentistas catalães cortaram hoje algumas avenidas de Barcelona e concentram-se em diversas zonas da cidade em protesto contra as condenações de ex-membros da administração autónoma por crimes de sedição e má gestão de fundos públicos. O Presidente do Governo regional da Catalunha considera que sentenças foram injustas e antidemocráticas.
Após serem conhecidas as sentenças, os grupos independentistas cortaram as artérias Ronda del Dat, Diagonal e Via Laietena, em Barcelona, e concentram-se neste momento frente à sede do organismo Òmnium Cultural e à sede do gabinete do conselheiro para as questões territoriais do Governo regional.
Os organizadores da manifestação afirmam que querem mostrar “uma fotografia transversal da sociedade civil da Catalunha que rejeita a sentença”.
Também a circulação ferroviária foi cortada cerca das 10h30 (09h30 em Lisboa) nas linhas R11 e RG1 por cerca de uma centena de pessoas que acedeu às linhas na estação de Celrà, em Girona.
Quim Torra, o presidente do Governo regional da Catalunha, afirma que as sentenças foram “injustas e antidemocráticas”.
“A Catalunha vive momentos graves. Condenaram 12 pessoas honradas, democráticas e pacíficas”, afirmou Torra numa declaração institucional.
O presidente do Governo regional da Catalunha exige a “libertação dos detidos e dos exilados” e assegura que “a acusação e as sentenças são extensivas a milhões de catalães”.
“O caminho para a resolução de conflitos é sempre a palavra, o voto e a liberdade”, acrescentou.
Torra exige ainda “uma amnistia para os condenados” e revela que “ainda hoje pedirá uma reunião urgente com Pedro Sánchez e com o Rei de Espanha” para abordar a crise originada pela sentença.
Avui ens enfrontem a un dels dies més difícils dels darrers anys. La pitjor versió de la judicialització: la crueltat. La meva solidaritat amb les persones condemnades i les seves famílies. Dsd les institucions hem d treballar per trobar solucions i aconseguir la seva llibertat.
— Ada Colau (@AdaColau) October 14, 2019
La vostra sentència serà la vostra condemna.
— CDR Catalunya (@CDRCatOficial) October 14, 2019
✊ És l'hora d'alçar-nos contra el feixisme autoritari de l'estat espanyol i els seus còmplices.
🔥 És l'hora de la #RevoltaPopular.
👉 Responem amb desobediència, poder popular i República!#CDRenXarxa pic.twitter.com/vE5SiEabZI
"A vossa sentença é a vossa condenação. É a hora de nos levantarmos contra o fascismo autoritário do Estado espanhol e os seus cúmplices", proclama o CDR através da rede social Twitter.
Carlos Riera, do partido Candidatura de Unidade Popular, considera que a condenação dos líderes independentistas supõe “99 anos e seis meses de injustiça. Cem anos de negociações de direitos e liberdades fundamentais”, e acrescenta “Cem motivos de solidariedade e 100 razões para lutar até que regressem a casa, até que sejamos livres”.
99 anys i sis mesos d’injustícia, gairebé 100 anys de negació de drets i de llibertats fonamentals. 100 motius per a la solidaritat, 100 raons per a lluitar fins que tornin a casa, fins que siguem lliures.#PobleIngovernable pic.twitter.com/ZluCJPtwsk
— Carles Riera (@carlesral) October 14, 2019
Carlos Riera apela ainda à manifestação e afirma que “é nas ruas que se define o povo”.
c/Lusa