Chanceler Friedrich Merz promete dotar Alemanha com "exército mais poderoso da Europa"
No seu primeiro discurso como chefe do Governo de coligação entre conservadores e sociais-democratas, Friedrich Merz comprometeu-se esta quarta-feira, perante o Bundestag, a dar "prioridade absoluta" ao reforço das forças armadas, de forma a dotar o país com o "exército mais poderoso da Europa", em conjunto com os parceiros da União Europeia, para "que nunca tenhamos de usar armas".
"O reforço das forças armadas é a nossa prioridade absoluta", declarou o novo chancler aos deputados no parlamento em Berlim, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O reforço do exército alemão, há muito subfinanciado, "é o que se espera o país mais populoso e poderoso da Europa", acrescentou, referindo que isso é o que "os nossos amigos e parceiros também o esperam de nós. De facto, estão praticamente a exigi-lo".
A maior urgência, diagnosticou, é melhorar o nível de prontidão operacional e aumentar os efetivos. Merz anunciou por isso a criação de "um novo e atrativo serviço militar voluntário". Friedrich Merz sublinhou que a força dissuade os agressores, enquanto a fraqueza convida à agressão, dando como exemplo a invasão russa da Ucrânia.
O novo chanceler deixou recados a Washington, lembrando a "importância vital" do Ocidente "não se deixe dividir" pelo conflito entre Moscovo e Kiev. Merz apelou à "maior unidade possível" entre parceiros europeus e americanos de forma a rejeitarem uma paz ditada pela Rússia à Ucrânia.
Esta não deve ser submetida a concessões territoriais "contra a sua vontade", considerou, uma cedência que poderá convidar a novas anexações forçadas no futuro. "Aqueles que acreditam que a Rússia ficará satisfeita com uma vitória sobre a Ucrânia ou com a anexação de parte do país estão enganados", alertou.
Merz prometeu uma maior cooperação com os parceiros europeus em matéria de defesa e disse que, para isso, a Alemanha terá de assumir mais responsabilidades no âmbito da NATO e da União Europeia (UE).
"Cumpriremos os nossos compromissos sem 'ses' nem 'mas': no nosso próprio interesse e no interesse desta grande Aliança Atlântica", insistiu. A Alemanha aprovou em março, reformas à constituição, que espartilhou o desenvolvimento militar alemão após a II Grande Guerra. O novo quadro jurídico permite ao governo de Merz gastar mais do que nunca em defesa.
A Alemanha excluiu o limite de endividamento para despesas militares superiores a um por cento do PIB e, durante o mandato de Olaf Scholz, antecessor de Merz, atingiu dois por cento das despesas com a defesa, uma percentagem considerada mínima na NATO que o atual líder do Governo alemão se comprometeu a manter.
"Nunca vivemos um período tão longo sem crescimento económico na história do nosso país", afirmou o chanceler conservador aos deputados.
Merz disse que a economia alemã continua a ser em grande medida competitiva, mas as condições de enquadramento deixaram de o ser.
Prometeu uma mistura de cortes nos impostos, reduções nos preços da energia e cortes nos custos da burocracia para as empresas.
O reforço do exército alemão, há muito subfinanciado, "é o que se espera o país mais populoso e poderoso da Europa", acrescentou, referindo que isso é o que "os nossos amigos e parceiros também o esperam de nós. De facto, estão praticamente a exigi-lo".
A maior urgência, diagnosticou, é melhorar o nível de prontidão operacional e aumentar os efetivos. Merz anunciou por isso a criação de "um novo e atrativo serviço militar voluntário". Friedrich Merz sublinhou que a força dissuade os agressores, enquanto a fraqueza convida à agressão, dando como exemplo a invasão russa da Ucrânia.
"O nosso objetivo é uma Alemanha e uma Europa tão fortes em conjunto que nunca tenhamos de usar armas", afirmou.
O novo chanceler deixou recados a Washington, lembrando a "importância vital" do Ocidente "não se deixe dividir" pelo conflito entre Moscovo e Kiev. Merz apelou à "maior unidade possível" entre parceiros europeus e americanos de forma a rejeitarem uma paz ditada pela Rússia à Ucrânia.
Esta não deve ser submetida a concessões territoriais "contra a sua vontade", considerou, uma cedência que poderá convidar a novas anexações forçadas no futuro. "Aqueles que acreditam que a Rússia ficará satisfeita com uma vitória sobre a Ucrânia ou com a anexação de parte do país estão enganados", alertou.
Merz prometeu uma maior cooperação com os parceiros europeus em matéria de defesa e disse que, para isso, a Alemanha terá de assumir mais responsabilidades no âmbito da NATO e da União Europeia (UE).
"Cumpriremos os nossos compromissos sem 'ses' nem 'mas': no nosso próprio interesse e no interesse desta grande Aliança Atlântica", insistiu. A Alemanha aprovou em março, reformas à constituição, que espartilhou o desenvolvimento militar alemão após a II Grande Guerra. O novo quadro jurídico permite ao governo de Merz gastar mais do que nunca em defesa.
A Alemanha excluiu o limite de endividamento para despesas militares superiores a um por cento do PIB e, durante o mandato de Olaf Scholz, antecessor de Merz, atingiu dois por cento das despesas com a defesa, uma percentagem considerada mínima na NATO que o atual líder do Governo alemão se comprometeu a manter.
Voltar a ser "motor de crescimento"
Merz também disse que a Alemanha "pode voltar a ser uma potência económica" e manifestou-se determinado a colocar o país "de novo na via do crescimento", numa altura em que está cada vez mais mergulhado na crise. Motor de crescimento da Zona Euro durante muito tempo, a Alemanha está a sair de dois anos consecutivos de recessão, atrasada em relação aos parceiros europeus, e a estagnação ameaça a primeira economia da Europa até 2025.
"Nunca vivemos um período tão longo sem crescimento económico na história do nosso país", afirmou o chanceler conservador aos deputados.
Merz disse que a economia alemã continua a ser em grande medida competitiva, mas as condições de enquadramento deixaram de o ser.
Prometeu uma mistura de cortes nos impostos, reduções nos preços da energia e cortes nos custos da burocracia para as empresas.
A Alemanha pode "voltar a ser um motor de crescimento", afirmou.
com agências