"Chegou a hora" do cessar-fogo na Faixa de Gaza

por Cristina Santos - RTP
Manifestantes alemães contra as condições dos palestinianos na Faixa Gaza. Fabrizio Bensch - Reuters

Este é o tom das declarações do chanceler alemão e do presidente francês. Emmanuel Macron insiste na necessidade de garantir uma trégua na Faixa de Gaza, palco de uma ofensiva militar israelita desde 7 de outubro de 2023.

O cessar-fogo "é uma prioridade absoluta" para restaurar a estabilidade na região, defendeu Macron à imprensa, à margem de uma visita oficial a Oslo. "Para além do que está a acontecer no Irão, reitero aqui a necessidade de garantir um cessar-fogo em Gaza e retomar a ajuda humanitária”, assegurou o presidente francês.

Pouco tempo antes, o chanceler alemão já tinha dado o mote, tendo em conta a trégua entre Israel e o Irão anunciada pelos Estados Unidos.

Friedrich Merz afirmou que "chegou a hora" de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. 

O líder alemão fez também um apelo a Israel: "trate com humanidade as pessoas que vivem na Faixa de Gaza, especialmente as mulheres, as crianças e os idosos".

Também o líder da oposição israelita pede o "fim da guerra" em Gaza, após o anúncio de um cessar-fogo na guerra que Israel iniciou no dia 13 contra o Irão.

Na mensagem que escreveu na rede social X, Yair Lapid foi perentório: "E agora Gaza. É hora de acabar com isso também. Tragam os reféns de volta, acabem com a guerra".

A situação dos palestinianos na Faixa de Gaza leva a União Europeia a admitir tomar medidas para aumentar a pressão sobre Israel.

Na segunda-feira, após a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, a chefe de diplomacia europeia admitiu estar "muito claro" que Israel violou os direitos humanos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Kaja Kallas avisou ainda que, se continuar a situação catastrófica dos palestinianos, a União Europeia pode discutir "medidas adicionais e voltar a esse assunto em julho".

Uma revisão do acordo de associação UE-Israel – um pacto comercial e de cooperação – foi desencadeada em maio por 17 estados membros em protesto contra o bloqueio israelita à ajuda humanitária a Gaza.
PUB