A China tem como ambição declarada tornar-se na principal potência militar no Oceano Pacífico. E para isso pode invadir nos próximo seis anos Taiwan. O alerta é do Almirante norte-americano Philip Davidson, chefe do Comando Militar Indo-Pacífico.
De forma a concretizar essa ambição, o Almirante não tem dúvidas que "Taiwan faz parte" do plano. "Acho que a ameaça é evidente na próxima década, na verdade, nos próximos seis anos”, ou seja, até 2027, disse.
Apesar de, desde 1979, num comunicado conjunto assinado com a China, os EUA terem reconhecido a soberania de Pequim sobre Taiwan, os norte-americanos continuam a ser um forte aliado deste território como primeiro fornecedor de armas.
A China considera Taiwan uma província e ameaça retomá-la à força em caso de proclamação formal da independência ou intervenção estrangeira.
Desde que assumiu o controlo de Honk Kong, Pequim virou a bússola também para Taiwan, com várias demonstrações de força ao tentar impedir, por exemplo, a navegação no estreito de Taiwan, que separa os dois territórios.
O almirante Davidson alertou o Senado de que a China tem ambições territoriais no Mar da China Meridional, no Mar da China Oriental, representado também uma ameaça à ilha americana de Guam, no Pacífico. "Guam é um alvo hoje", disse, recordando que os militares chineses divulgaram um vídeo no ano passado que mostrava pilotos chineses a atacar uma base militar na ilha.
Por essa razão, o Almirante pediu ao Senado a aprovação da instalação em Guam de uma bateria anti-míssil Aegis Ashore de última geração, capaz de interceptar mísseis chineses em voo.
Guam "deve ser defendido e deve estar preparado para as ameaças que virão, porque é claro para mim que Guam não é mais apenas um lugar onde pensamos que podemos lutar", acrescentou. "Nós vamos ter que lutar por ela."
Este alto responsável militar norte-americano pediu também três sistemas de defesa antimísseis Aegis destinados à Austrália e ao Japão, e um aumento do orçamento militar de 2022 para armamentos ofensivos "para que a China saiba que o custo do que eles estão a tentar fazer é muito alto e fazê-los duvidar de suas hipóteses de sucesso ".
C/ agências