O líder maioritário do Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, afirmou que foi avançado “um consenso” entre a Casa Branca e os líderes do Congresso para aprovar o envio de ajuda a Israel e à Ucrânia.
“Houve um consenso de que temos de ajudar Israel e a Ucrânia agora. Esperamos que possamos resolver isso na próxima semana”, disse o líder democrata, numa conferência de imprensa, em Nova Iorque.
O Senado dos Estados Unidos da América (EUA) aprovou um pacote de ajuda suplementar para Israel e a Ucrânia em fevereiro passado, mas Johnson não o levou a votação na Câmara. O líder republicano também falhou duas vezes na aprovação do financiamento para Israel.
“A melhor maneira de ajudar Israel a reconstruir as suas capacidades antimísseis e anti-drones é aprovar imediatamente essa ajuda adicional”, disse Schumer.
As vozes do consenso foram ouvidas desde sábado, quando o líder da maioria na Câmara dos Representantes, Steve Scalise, anunciou uma mudança no calendário legislativo para “considerar legislação que apoie” o “aliado Israel e responsabilize o Irão e os seus representantes terroristas”, conforme indicado num comunicado.
Por sua vez, Johnson disse ao programa Sunday Morning Futures que tentará novamente esta semana aprovar os fundos.
Combater focos de instabilidade
O consenso entre democratas e republicanos surge depois de o Irão ter lançado mais de 300 drones (aeronave sem tripulante), mísseis de cruzeiro e balísticos contra Israel no sábado, naquele que foi o primeiro ataque deste tipo a partir de solo iraniano.
Israel – com a ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido e da vizinha Jordânia – conseguiu intercetar 99% destes mísseis, a maioria deles fora do espaço aéreo israelita.
O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 1 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
Moscovo lançou uma ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.