Marcelo Rebelo de Sousa fez duras críticas aos Estados Unidos
"Temos de ser fortes na tempestade, acreditar na universalidade dos nossos valores", afirma Macron
Tal como fez Marcelo, lembrou que Portugal e França são "povos antigos com uma história".
"Este é o momento crucial na definição de quem é parceiro", afirma Marcelo
Depois, em português, o presidente frisou que “este é o momento crucial na definição de quem é parceiro, aliado e amigo”. Mencionou a união de grande parte dos países em torno da Ucrânia desde a primeira hora.
“Três anos depois, o novo presidente dos EUA rompeu com a orientação do seu antecessor e toda a política externa desde a II Guerra Mundial”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, tendo listado vários dos passos que têm sido dados pela Administração norte-americana, nomeadamente a “interferência” nas eleições federais na Alemanha e a votação da última segunda-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, ao lado da Rússia.
Marcelo recebe Macron no Palácio Nacional da Ajuda
Presidente francês iniciou visita de dois dias a Portugal
Foto: António Antunes - RTP
Macron na "fábrica de unicórnios" de Lisboa
Macron: "Temos de nos inspirar com o que Portugal já fez"
Montenegro destaca "novo impulso" nas relações entre Portugal e França
Luís Montenegro lembrou ainda que Portugal tem em França a sua maior comunidade emigrante e que há muitos franceses a viver em Portugal, assim como milhares de turistas franceses que visitam o país todos os anos. Em concreto sobre os Oceanos, o chefe de Governo português vincou a necessidade de proteção do clima e a sustentabilidade global, mas também o "aprofundamento das oportunidades que os oceanos, a biodiversidade marítima e marinha oferecem".
Montenegro elogia "postura" de Macron nas últimas semanas
Um esforço para "dar passos positivos" no contexto internacional. "Para que possamos ter um processo de paz na Ucrânia, com a Ucrânia com a Europa".
Conferência ONU sobre Oceanos. Passagem de testemunho entre Portugal e França
"Europeus têm hoje de estar unidos e mais fortes do que nunca"
Emmanuel Macron realça "empenho comum pela nossa Europa"
Macron visita Assembleia da República e é recebido por líderes dos grupos parlamentares
"Tantos laços nos unem". A mensagem de Macron nas redes sociais
"Tantos laços nos unem! Com Portugal, reforçamos nossas parcerias em inovação, defesa, infraestruturas, transição energética e proteção dos oceanos. A serviço de uma agenda europeia de soberania", acrescenta.
Tantos laços nos unem!
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 27, 2025
Com Portugal, reforçamos nossas parcerias em inovação, defesa, infraestruturas, transição energética e proteção dos oceanos.
A serviço de uma agenda europeia de soberania. pic.twitter.com/dnm43nIAuY
Emmanuel Macron recebido na Assembleia da República
Programa de Macron e Montenegro sobre oceanos muda de local devido ao mau tempo
A informação foi avançada pelo gabinete do primeiro-ministro e deve-se à chuva intensa que, desde manhã, cai em Lisboa.
"A cerimónia prevista para as 16:25 no Veleiro Santa Maria Manuela, no Cais do Adamastor, Parque das Nações, passou por razões climatéricas para o Centro Cultural de Belém (Sala Sophia de Mello Breyner)", informa uma nota do gabinete de Luís Montenegro.
Esta cerimónia servirá para as autoridades portuguesas transferirem para Macron os poderes para a realização da terceira edição da Conferência da ONU sobre o Oceano (a segunda ocorreu em Lisboa em 2022), que decorrerá entre 09 e 13 de junho deste ano em Nice (sul de França).
Em junho de 2022, Macron esteve em Portugal precisamente para participar na Conferência dos Oceanos em Lisboa.
Luís Montenegro reuniu-se pela primeira vez com Macron, no Eliseu, em Paris, em junho do ano passado, quando ambos tiveram um almoço de trabalho.
A visita de Macron, a convite do Presidente português, é a primeira de Estado de um Presidente francês a Portugal em 26 anos. A última aconteceu em 1999 com Jacques Chirac.
Depois de encontros oficiais com o Presidente da República, o primeiro-ministro e uma cerimónia na Assembleia da República, o programa do Presidente francês inclui, ainda hoje, uma visita à chamada fábrica dos unicórnios, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o jantar oficial oferecido por Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio da Ajuda, com discursos de ambos.
No segundo dia, na deslocação do chefe de Estado francês ao Porto para se encontrar com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, deverá ser assinada cerca de uma dúzia de acordos bilaterais, incluindo "um acordo de amizade, um acordo de cooperação franco-portuguesa e uma carta de intenções no domínio do armamento.
Também serão assinados acordos de cooperação cultural, científica e técnica, polícia, coprodução cinematográfica, em particular com o Centre National de la Cinématographie, e um plano de ação a favor do ensino superior, da ciência e da inovação.
Macron participa também num fórum de negócios franco-português no Porto com Marcelo e Montenegro, com foco na cooperação económica e de investimento de França a Portugal, e os laços entre os dois países, bem como questões relativas a inovação, defesa e preservação da soberania na Europa.
Macron e Montenegro em almoço
Luís Montenegro voltará a estar com o presidente francês a meio da tarde na cerimónia que assinalará a transmissão da organização da conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC) entre Portugal e França, com discursos de ambos.
Marcelo distingue o casal Macron
Concluída a primeira reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, a comitiva do presidente francês deixou o Palácio de Belém.
Macron recebido com chuva para visita de dois dias a Portugal
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
Macron assina livro de honra da Presidência da República
Macron coloca coroa de flores no túmulo de Camões
Emmanuel Macron já chegou a Belém
Macron em Portugal com vários acordos bilaterais em agenda
Foto: Mohammed Badra - EPA
Portugal tem um saldo comercial positivo com a França. Fabrice Lachize espera um maior equilíbrio entre as exportações e importações.
Olha também com receio para as tarifas prometidas pelos Estados Unidos, mas ainda tem esperança que não avancem. A França pode procurar novos parceiros económicos, caso as tarifas de 25 por cento prometidas por Donald Trump avancem contra a União Europeia, é o que afirma o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa no dia em que o presidente francês Emmanuel Macron começa uma visita de dois dias.
"Marcar a profundidade e a densidade dos laços"
O presidente francês é recebido em sessão solene na Assembleia da República. Depois, no veleiro Santa Maria Manuela, no Cais do Adamastor, recebe o testemunho para a terceira edição da Conferência da ONU sobre o Oceano, que vai ter lugar de 9 a 13 de junho em Nice, no sul de França.A agenda de Macron em Portugal abrange a assinatura de um acordo de amizade e cooperação entre os dois países.
Haverá ainda lugar a uma conversa entre Macron e o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, no centro de empreendedorismo Beato Innovation District, evento que vai contar com a presença de agentes franco-portugueses do domínio da tecnologia e da inteligência artificial.
Na sexta-feira, o presidente francês vai estar no Porto, onde se avistará com Luís Montenegro para a assinatura de múltiplos acordos bilaterais, entre os quais um acordo de amizade, outro de cooperação bilateral e uma carta de intenções sobre armamento.
Para assinar estão igualmente acordos de cooperação cultural, científica e técnica, polícia e coprodução cinematográfica, a somar a um plano de ação no ensino superior, ciência e inovação.Emmanuel Macron vai passar pelo túmulo de Camões, em Belém, na companhia de Marcelo Rebelo de Sousa.
"Marcar a profundidade e a densidade dos laços" é, nas palavras do Eliseu, o objetivo que preside àquela que é a primeira viagem oficial de um chefe de Estado francês a Portugal desde 1999, quando o país recebeu Jacques Chirac.
Perto de dois milhões de portugueses ou luso-descendentes vivem atualmente em França. Portugal é a casa de 50 mil franceses. A França é o terceiro parceiro comercial de Portugal, protagonizando um volume de trocas na ordem dos 15 mil milhões de euros. O país de Macron assume-se também como "primeiro empregador estrangeiro" de portugueses - há atualmente registo de mais de 100 mil assalariados em 1.200 filiais de empresas gaulesas.
c/ agências
Primeiro-ministro falou com Zelensky e reiterou "firme apoio" de Portugal
Acabei de falar com o Presidente @ZelenskyyUa. Agradeci tudo o que o povo ucraniano tem feito pela Europa e reiterei o nosso firme apoio em todas as frentes. Uma paz justa e duradoura pressupõe garantias efetivas de segurança para a Ucrânia, o envolvimento da Europa e dos…
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) February 26, 2025
O telefonema entre os dois líderes aconteceu na semana em que se assinalam os três anos desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Luís Montenegro destacou ainda que alcançar “uma paz justa e duradoura pressupõe garantias efetivas de segurança para a Ucrânia, o envolvimento da Europa e dos parceiros transatlânticos”.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro português tinha previsto participar, por videoconferência, numa cimeira de líderes internacionais que decorreu em Kiev. No entanto, verificaram-se problemas técnicos que impediram a ligação, pelo que a intervenção foi enviada aos representantes e também às redações.
Nesse texto, Montenegro defendia que uma Ucrânia "forte e independente" é um fator essencial para assegurar a "estabilidade e a segurança da Europa e da zona transatlântica".
"Desde o primeiro dia, a Europa e os nossos parceiros transatlânticos têm estado lado a lado com a Ucrânia, prestando apoio político, militar, económico e humanitário", afirmou o primeiro-ministro português.
Trump diz que a Ucrânia "pode esquecer" adesão à NATO
"Podem esquecer a NATO (...) acho que essa é provavelmente a razão porque tudo começou", afirmou hoje Trump, referindo-se ao conflito em território ucraniano, pelo qual se tem escusado a responsabilizar a Rússia, que invadiu o país vizinho há três anos.
Numa conferência de imprensa após a primeira reunião do seu executivo, Trump afirmou ainda que espera encontrar-se em breve com o Presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de chegar a um acordo para acabar com o conflito.
O Presidente norte-americano recusou-se a detalhar que concessões pediria aos dois lados, sublinhando considerar inaceitável a aspiração da Ucrânia de ingressar na Aliança Atlântica.
Trump e Zelensky assinam na sexta-feira na Casa Branca um acordo sobre minérios exigido pelo líder norte-americano em troca da ajuda dos EUA a Kiev.
Também hoje, Zelensky tinha anunciado que a base de um acordo económico com os Estados Unidos está pronta, embora tenha referido que esse acordo não oferece garantias de segurança dos EUA que Kiev considera vitais para resistir à invasão russa.
Um acordo completo pode depender das negociações previstas para terem lugar em Washington já na sexta-feira, disse Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kiev.
A base acordada é um passo preliminar em direção a um pacote abrangente que estará sujeito à ratificação do Parlamento ucraniano, explicou.
Na Casa Branca, Trump assegurou que está determinado a conseguir um acordo com a Ucrânia sobre as terras raras (minérios), por forma a obter de volta muito do dinheiro que os Estados Unidos enviaram para Kiev.
"[O ex-Presidente, Joe] Biden gastou cerca de 350 mil milhões de dólares [cerca de 320 mil milhões de euros] e não obteve nada de volta. Eu vou garantir que vamos ter esse dinheiro de volta e muito mais", assegurou Trump, dizendo que espera obter um bom acordo com Zelensky quando este visitar a Casa Branca.
Zelensky já tinha rejeitado ofertas iniciais dos EUA, argumentando que não continham garantias de segurança adequadas para a Ucrânia e que o preço proposto de 500 mil milhões de dólares (cerca de 480 mil milhões de euros) iria sobrecarregar gerações de ucranianos com dívidas.
Contudo, Kiev mostrou interesse em usar os investimentos norte-americanos como forma de prender os EUA ao destino da Ucrânia.
A versão mais recente do acordo diz que os Estados Unidos "apoiam os esforços da Ucrânia para obter garantias de segurança necessárias para estabelecer uma paz duradoura", mas não especifica qualquer compromisso dos EUA em fornecer essa segurança.
Hoje, na conferência de Imprensa, Trump clarificou que alguns líderes europeus -- incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer -- já tinham prometido enviar forças de paz para a Ucrânia, no âmbito de um acordo de paz na Ucrânia.
Starmer e Macron, elogiaram na terça-feira a "liderança" do Presidente norte-americano em prol de uma "paz duradoura" na Ucrânia, que "deve estar no centro de quaisquer negociações".
Segundo o gabinete do chefe de governo britânico, Starmer e Macron concordaram, numa conversa telefónica, ser oportuna "a liderança do Presidente Trump no trabalho em prol de uma paz duradoura na Ucrânia".
"Ambos reiteraram que a Ucrânia deve estar no centro de quaisquer negociações, e o Reino Unido e a Europa estão prontos para fazer a sua parte", refere ainda o comunicado de Downing Street.
Starmer estará nos Estados Unidos quinta-feira para uma reunião bilateral com Trump, com quem irá discutir a iniciativa para a paz na Ucrânia e o aumento dos gastos com defesa.
Macron e Trump encontraram-se em Washington, D.C. na segunda-feira, dia do terceiro aniversário do início da invasão russa da Ucrânia, que foi a principal questão abordada.
Enquanto decorrem contactos diretos entre Washington e Moscovo sobre um acordo de paz na Ucrânia, excluindo o bloco europeu e Kiev, Trump defendeu a política de conciliação em relação ao Presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Entre sorrisos e abraços. Macron e Trump disfarçam divisão transatlântica face à Ucrânia
No primeiro encontro entre ambos desde a tomada de posse de Donald Trump no mês passado, o tom foi de grande cordialidade. No entanto, apesar de todos os sorrisos, abraços e apertos de mão, Trump e Macron não conseguiram disfarçar o crescente abismo entre os Estados Unidos e a Europa sobre a guerra na Ucrânia.Macron e Trump garantem ter um objetivo comum: a paz na Ucrânia. Mas divergem relativamente aos termos para essa paz.
Apesar de reconhecer que a chegada de Trump para um segundo mandato na Casa Branca representou uma “virada no jogo” e que o homólogo norte-americano “tem boas razões para retomar o diálogo com o presidente Putin", Macron pediu ao presidente norte-americano para “ter cuidado” no processo de negociação para acabar com a guerra na Ucrânia.
Macron lembra que o cessar-fogo tem de ter garantias e que a paz na Ucrânia “não pode representar a capitulação da Ucrânia”.
“Esta paz não pode ser um cessar-fogo sem garantias. Esta paz deve prever as condições de uma soberania ucraniana, permitir à Ucrânia negociar com as partes envolvidas todas as questões que a afetam e pelas quais é a única entidade legítima para negociar”, salientou Macron, reiterando que os EUA têm de participar na prestação de garantias de segurança a Kiev.
"Partilhamos o objetivo da paz, mas estamos muito conscientes da necessidade de garantias para alcançar uma paz estável que permita que a situação estabilize", acrescentou Macron.
Por sua vez, Trump, que na semana passada rotulou o presidente ucraniano de "ditador" e culpou falsamente a Ucrânia por começar a guerra, rejeitou qualificar Putin como um ditador e recusou avançar sobre qualquer garantia de segurança aos ucranianos, afirmando que as tropas norte-americanas não vão ser enviadas para a Ucrânia.
Tropas europeias na Ucrânia? Trump diz que sim, mas Kremlin rejeita
Trump avançou, no entanto, que perguntou a Vladimir Putin sobre o envio de tropas europeias para a Ucrânia e adiantou que o seu homólogo russo “não tem problemas” com isso.
“Sim, ele aceitará isso. Já lhe perguntei isso e ele não se importa”, respondeu Trump aos jornalistas em conferência de imprensa na Casa Branca, após o encontro com Macron.
No entanto, em conferência de imprensa esta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, remeteu para uma declaração anterior em que disse que essa mobilização seria inaceitável para Moscovo.
"Há uma posição sobre este assunto que foi expressa pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar”, disse Peskov, referindo-se às declarações de Sergey Lavrov, que na semana passada disse que a presença de tropas da NATO na Ucrânia seria vista como “uma ameaça direta” à soberania da Rússia.
Trump congratulou-se também pela disponibilidade manifestada por Macron e por outros líderes do G7 para suportar os custos do conflito.
“Têm de ser suportados pelas nações da Europa, não pelos Estados Unidos", sublinhou Trump na conferência de imprensa conjunta, voltando a alegar, incorretamente, que os norte-americanos gastaram mais dinheiro do que os aliados europeus em ajudas à Ucrânia nestes três anos.
“A Europa está a emprestar o dinheiro à Ucrânia. Eles estão a recuperar o seu dinheiro”, alegou Trump, antes de ser interrompido pelo presidente francês, que o corrigiu sobre os apoios dados à Ucrânia.
“Para ser sincero, pagámos 60% do esforço total. Foi, como com os Estados Unidos, através de empréstimos, garantias, subsídios e demos dinheiro real. Para que fique claro”, disse Macron.
Acordo de paz nas próximas semanas?
Apesar de todas estas visões antagónicas, tanto Trump como Macron admitem que a paz na Ucrânia pode ser alcançada nas próximas semanas.
Quem o disse inicialmente foi Donald Trump durante o encontro com o seu homólogo francês, afirmando que tem mantido contactos intensos com Vladimir Putin e que este está empenhado em alcançar um acordo.
“Eu realmente acredito que ele quer fazer um acordo. Posso estar errado, mas ele quer fazer um acordo”, garantiu o presidente norte-americano.
“É isto que eu faço. Faço negócios. Toda a minha vida foi isso. Só sei fazer isso, negócios. Sei quando alguém quer ou não chegar a acordo”, disse Trump.
Pouco tempo depois, em entrevista à Fox News na segunda-feira, Macron também disse acreditar num acordo de paz “nas próximas semanas”.
Putin aceita europeus nas conversações
O presidente russo, por sua vez, afirmou na segunda-feira que a Rússia não se opõe ao envolvimento da União Europeia nas conversações russo-americanas sobre a Ucrânia e diz que foi Bruxelas que cortou relações com Moscovo e recusou até agora iniciar um diálogo.
Por outro lado, Putin não poupou nos elogios ao seu homólogo norte-americano, mostrando que Moscovo e Washington estão cada vez mais próximos.
O líder do Kremlin disse que Trump estava a agir "pelo interesse da Ucrânia, pelo interesse do Estado ucraniano, para preservar o Estado ucraniano" e defendeu Trump por pedir a demissão de Zelensky, argumentando que o presidente ucraniano é "um fator de corrupção do exército, da sociedade e do estado" na Ucrânia.
O Kremlin também prestou elogios aos Estados Unidos por terem votado contra uma resolução das Nações Unidas que condenava o ataque da Rússia à Ucrânia.
Em conferência de imprensa esta terça-feira, o porta-voz de Vladimir Putin celebrou o que considerou ser uma "posição equilibrada" da Casa Branca.
Macron acredita que trégua na Ucrânia pode ser alcançada em semanas
Foto: Shawn Thew - EPA
Governo francês quer reforçar controlo da imigração
Paris exorta os outros Estados-membros a tomar as mesmas medidas para que os procedimentos sejam eficazes. A Alemanha há seis meses que controla as fronteiras terrestres.
As medidas agora anunciadas fazem parte de um pacote mais amplo, que necessita de alteração de legislação e de investimento, como a construção de centros de detenção para migrantes a quem foi recusada residência em França.