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Cuba. Ex-ministro da Economia condenado a prisão perpétua por espionagem
O Supremo Tribunal Popular de Cuba condenou o ex-ministro e aliado do presidente Miguel Díaz-Canel, Alejandro Gil, a prisão perpétua por espionagem e a 20 anos de prisão por falsificação de documentos, tráfico de influências e evasão fiscal.
“Alejandro Miguel Gil Fernández, por meio de atos corruptos e enganosos, abusou dos poderes que lhe foram conferidos pelas responsabilidades que assumiu para obter ganhos pessoais”, refere o Supremo Tribunal em comunicado, que também acusa o ex-governante de receber “dinheiro de empresas estrangeiras e subornando outros funcionários públicos para legitimar a aquisição de bens”.
O segundo foi por “suborno contínuo como meio para falsificar documentos públicos, bem como tráfico de influência e sonegação fiscal, ambos de natureza contínua”, tendo sido condenado a 20 anos de prisão.
Em ambos os processos foram aplicadas sanções como o confisco de bens e proibição de exercício de cargos públicos.
No entanto, o comunicado do Supremo Tribunal não refere o beneficiário do crime de espionagem, nem explicita quais os atos cometidos pelo ex-governante que constituíram os crimes pelos quais foi condenado.
A defesa ainda tem oportunidade de apresentar recurso no espaço de dez dias.
Este é um dos casos judiciais mais marcantes dos últimos anos em Cuba, que começou com a demissão de Alejandro Gil em 2024,após ter sido revelada uma investigação por parte do Ministério Público e da polícia.
Gil foi a cara de uma reforma monetária em 2021, que unificou o peso cubano e o peso conversível numa única moeda, mas que contribuiu para a grave crise económica vivida pelo país, assim como o aumento da inflação.
O julgamento teve lugar durante o mês de novembro, mas a sentença só foi anunciada esta segunda-feira.O ex-governante foi condenado em dois processos. O primeiro foi por” espionagem, “atos prejudiciais à atividade económica ou à contratação”, assim como suborno, roubo e danificação de documentos e outros objetos na sua custódia, a que foi condenado a prisão perpétua.
O segundo foi por “suborno contínuo como meio para falsificar documentos públicos, bem como tráfico de influência e sonegação fiscal, ambos de natureza contínua”, tendo sido condenado a 20 anos de prisão.
Em ambos os processos foram aplicadas sanções como o confisco de bens e proibição de exercício de cargos públicos.
No entanto, o comunicado do Supremo Tribunal não refere o beneficiário do crime de espionagem, nem explicita quais os atos cometidos pelo ex-governante que constituíram os crimes pelos quais foi condenado.
A defesa ainda tem oportunidade de apresentar recurso no espaço de dez dias.
Este é um dos casos judiciais mais marcantes dos últimos anos em Cuba, que começou com a demissão de Alejandro Gil em 2024,após ter sido revelada uma investigação por parte do Ministério Público e da polícia.
Gil foi a cara de uma reforma monetária em 2021, que unificou o peso cubano e o peso conversível numa única moeda, mas que contribuiu para a grave crise económica vivida pelo país, assim como o aumento da inflação.