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Diplomacia arrasta-se. Dezenas de palestinianos mortos em ataques aéreos israelitas

por Carlos Santos Neves - RTP
Mohammed Saber - EPA

Pelo menos 38 palestinianos morreram, nas últimas horas, em bombardeamentos aéreos levados a cabo pela máquina de guerra israelita na Faixa de Gaza. O balanço foi avançado este domingo pelos serviços de saúde do território palestiniano. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, por sua vez, ter atingido 130 alvos em 24 horas. Isto quando está em curso um derradeiro esforço negocial em busca de um improvável cessar-fogo.

O diretor do Hospital Shifa, Mohammed Abu Selmia, adiantou que duas dezenas de pessoas morreram e outras 25 sofreram ferimentos em ataques ataques das forças israelitas sobre duas casas da Cidade de Gaza.

Em Muwasi, no sul do território, morreram outros 18 palestinianos, segundo responsáveis do Hospital Nasser, em Khan Younis, citados pela Associated Press. Esta é uma zona costeira onde um grande número de deslocados vive em tendas.Os bombardeamentos tiveram lugar quando Benjamin Netanyahu se preparava para nova deslocação a Washington. O primeiro-ministro israelita vai manter conversações na Casa Branca com o presidente norte-americano, Donald Trump.

O exército israelita alega ter atingido estruturas de comando do Hamas e armazéns de armas, abatendo "militantes" no norte do território.

Já no Iémen um porta-voz dos rebeldes houthis anunciou o lançamento noturno de mísseis balísticos contra o Aeroporto Ben Gurion. Projéteis que as Forças de Defesa de Israel garantem ter intercetado.

Separadamente, homens armados atacaram este domingo um navio no Mar Vermelho, ao largo da costa do Iémen, recorrendo a granadas.
Diplomacia joga-se no Catar


O Governo israelita anunciou, no sábado, a intenção de enviar uma delegação ao Catar para negociações sobre um possível acordo para um cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza. Ainda assim, o gabinete de Netanyahu deixou previamente claro que as alterações à proposta pedidas pelo Hamas eram "inaceitáveis".

"As alterações que o Hamas procura fazer à proposta do Catar foram-nos comunicadas ontem à noite e não são aceitáveis para Israel", vincou o gabinete de Netanyahu em comunicado emitido na noite de sábado.

O movimento radical palestiniano afirmara, na sexta-feira, estar dispost a "iniciar imediatamente" as negociações sobre uma proposta de tréguas por parte dos Estados Unidos, mediada pelo Catar e pelo Egito, à qual contrapôs "a sua resposta"
, sem mais detalhes.

O plano da Administração Trump prevê um cessar-fogo inicial de 60 dias, contemplando a libertação parcial de reféns detidos pelo Hamas em troca de um incremento da assistência humanitária à Faixa de Gaza.

c/ agências
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