Mundo
Guerra na Ucrânia
Diplomacia arrasta-se. Rússia captura mais território no leste da Ucrânia
As forças russas expandiram este sábado a ocupação de território no nordeste e no leste da Ucrânia, ao capturar mais duas localidades. São mais de 200 os assentamos desta região sob ordens de evacuação das autoridades ucranianas. Na frente diplomática, predomina a incerteza. Existe a possibilidade de nova reunião entre as partes no início da próxima semana em Istambul, na Turquia. Mas Kiev quer conhecer, antes, as condições de Moscovo.
Pelo menos duas pessoas perderam a vida nas últimas investidas da Rússia. Sucumbiram a sucessivas barragens de mísseis e drones.
Segundo o Ministério russo da Defesa, caíram este sábado as localidades ucranianas de Novopil, na região oriental de Donetsk, e Vodolahv, em Sumy, no nordeste.A Rússia lançou, entre sexta-feira e sábado, 109 drones e cinco mísseis, de acordo com a Força Aérea ucraniana.
Em Zaporizhia, no leste do país, um ataque com mísseis causou a morte de uma criança de nove anos. Na cidade portuária de Kherson, no sul, um homem morreu vítima de bombardeamentos da artilharia russa.
Por sua vez, as forças ucranianas efetuaram já este sábado ataques com recurso a drones sobre o oeste da Rússia - há notícia de pelo menos 14 feridos. Em Kiev, teme-se que os estrategas de Moscovo estejam a preparar uma nova incursão terrestre no nordeste da Ucrânia. O presidente ucraniano sinalizou mesmo que há 50 mil operacionais russos posicionados sobre a linha de fronteira com a região de Sumy.
“Uma posição bizarra”
As movimentações diplomáticas para pôr cobro à guerra, que perdura desde 2022, acentuaram-se nas últimas semanas, sobretudo impulsionadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Todavia, tem prevalecido o distanciamento de posições entre Moscovo e Kiev.
O Kremlin veio propor uma reunião, tendo em vista discussões diretas, para a próxima segunda-feira em Istambul, na Turquia.Um primeiro encontro, realizado a 16 de maio, terminou sem resultados palpáveis.
Kiev quer conhecer, antecipadamente, uma prometida proposta de cessar-fogo por parte de Moscovo. Daí não ter ainda respondido ao repto russo. Na noite de sexta-feira, o presidente ucraniano revelou ter conversado sobre o tema com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.
“É necessário um cessar-fogo para continuar a avançar para a paz. É preciso parar de matar pessoas. Discutimos uma possível próxima reunião em Istambul e as condições em que a Ucrânia está disposta a participar. Ambos concordámos que esta reunião não pode e não deve ser uma perda de tempo”, escreveu Volodymyr Zelensky no Telegram.
A diplomacia russa propôs-se partilhar um memorando com as condições de Vladimir Putin para um cessar-fogo. O que não deverá materializar-se até segunda-feira. Kiev garante, por outro lado, ter já feito chegar a sua própria proposta ao Kremlin.
Os russos estão, na ótica de Zelensky, a “minar a diplomacia”: “Por alguma razão, os russos estão a ocultar este documento. Esta é uma posição absolutamente bizarra. Não há clareza sobre o formato”.O último resultado efetivo dos esforços diplomáticos teve lugar no fim de semana passado, quando os dois países trocaram um milhar de prisioneiros.
Ao lado de Kiev, a União Europeia acusa as autoridades russas de estarem a protelar a via da diplomacia para obter ganhos no campo de batalha. Moscovo nega-o. E remete a mesma acusação ao Governo ucraniano.
c/ agências
Segundo o Ministério russo da Defesa, caíram este sábado as localidades ucranianas de Novopil, na região oriental de Donetsk, e Vodolahv, em Sumy, no nordeste.A Rússia lançou, entre sexta-feira e sábado, 109 drones e cinco mísseis, de acordo com a Força Aérea ucraniana.
Em Zaporizhia, no leste do país, um ataque com mísseis causou a morte de uma criança de nove anos. Na cidade portuária de Kherson, no sul, um homem morreu vítima de bombardeamentos da artilharia russa.
Por sua vez, as forças ucranianas efetuaram já este sábado ataques com recurso a drones sobre o oeste da Rússia - há notícia de pelo menos 14 feridos. Em Kiev, teme-se que os estrategas de Moscovo estejam a preparar uma nova incursão terrestre no nordeste da Ucrânia. O presidente ucraniano sinalizou mesmo que há 50 mil operacionais russos posicionados sobre a linha de fronteira com a região de Sumy.
“Uma posição bizarra”
As movimentações diplomáticas para pôr cobro à guerra, que perdura desde 2022, acentuaram-se nas últimas semanas, sobretudo impulsionadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Todavia, tem prevalecido o distanciamento de posições entre Moscovo e Kiev.
O Kremlin veio propor uma reunião, tendo em vista discussões diretas, para a próxima segunda-feira em Istambul, na Turquia.Um primeiro encontro, realizado a 16 de maio, terminou sem resultados palpáveis.
Kiev quer conhecer, antecipadamente, uma prometida proposta de cessar-fogo por parte de Moscovo. Daí não ter ainda respondido ao repto russo. Na noite de sexta-feira, o presidente ucraniano revelou ter conversado sobre o tema com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.
“É necessário um cessar-fogo para continuar a avançar para a paz. É preciso parar de matar pessoas. Discutimos uma possível próxima reunião em Istambul e as condições em que a Ucrânia está disposta a participar. Ambos concordámos que esta reunião não pode e não deve ser uma perda de tempo”, escreveu Volodymyr Zelensky no Telegram.
A diplomacia russa propôs-se partilhar um memorando com as condições de Vladimir Putin para um cessar-fogo. O que não deverá materializar-se até segunda-feira. Kiev garante, por outro lado, ter já feito chegar a sua própria proposta ao Kremlin.
Os russos estão, na ótica de Zelensky, a “minar a diplomacia”: “Por alguma razão, os russos estão a ocultar este documento. Esta é uma posição absolutamente bizarra. Não há clareza sobre o formato”.O último resultado efetivo dos esforços diplomáticos teve lugar no fim de semana passado, quando os dois países trocaram um milhar de prisioneiros.
Ao lado de Kiev, a União Europeia acusa as autoridades russas de estarem a protelar a via da diplomacia para obter ganhos no campo de batalha. Moscovo nega-o. E remete a mesma acusação ao Governo ucraniano.
c/ agências