Barack Obama felicita Donald Trump
Viktor Orban fala em "grandes planos" com Donald Trump
Zelensky teve "excelente" conversa telefónica com Trump
Confirmada vitória de Donald Trump no Alasca
Kamala Harris concede derrota perante Donald Trump mas garante: "nunca iremos desistir"
Também o Presidente norte-americano, Joe Biden, falou hoje com Trump, felicitando-o pela vitória, e convidou-o para uma reunião de transição.
A presidência norte-americana indicou que vai coordenar uma data para a reunião com o líder republicano na Casa Branca, em Washington, "num futuro próximo".
Uma derrota esmagadora
Donald Trump e o Partido Republicano conseguiram terça-feira uma vitória esmagadora, incluindo em estados-chave habitualmente afetos ao Partido Democrata, obtendo a Presidência e o Senado, assim como a maioria do voto popular.
Kamala Harris demorou quase 24h00 a conceder a derrota. Ao longo desta quarta-feira telefonou a Donald Trump, a felicita-lo pela vitória e a apelar a uma transição pacífica de poder.
De acordo com o porta-voz do presidente eleito, os dois rivais acordaram na necessidade de "trabalhar para unir o país".Joe Biden falou igualmente com Trump durante a tarde, congratulando-o pela eleição e convidando-o para um encontro na Casa Branca. O presidente deverá falar ao país esta quinta-feira, para abordar os resultados eleitorais e a transferência de poder.
No final do dia de quarta-feira, e quando ainda se contavam votos, Donald Trump tinha já conseguido 292 grandes eleitores, muito além dos 270 necessários para garantir a eleição.
Quando faltam apurar os resultados em três Estados, Arizona, Alaska e Nevada, os republicanos detêm também a maioria provisória na Câmara Baixa do Congresso.
Kamala vence cidades da Costa Leste com mais portugueses e Trump supreende em Fall River
Os resultados preliminares das eleições em Fall River, cidade do estado de Massachusetts, mostram que, "possivelmente pela primeira vez na história eleitoral moderna, um candidato presidencial republicano conquistou a maioria dos votos na cidade", escreveu o jornal local Fall River Reporter sobre a vitória de Donald Trump, que conquistou 50,5% do apoio (14,843 votos), contra 47,6% da vice-presidente (13,981).
"Dados eleitorais da cidade desde 1972 mostram que os candidatos democratas venceram todas as eleições em Fall River, mesmo em 1980 e 1984, quando Massachusetts, como estado, votou em Ronald Reagan", assinalou o jornal.
No sentido oposto, a cidade de New Bedford, igualmente com uma significativa comunidade portuguesa e também localizada no estado de Massachusetts, foi Kamala Harris a candidata com mais votos (52,9%), vencendo o magnata republicano (45%).
Já no condado de Essex, que engloba a grande comunidade portuguesa de Newark, no estado de Nova Jérsia, Kamala Harris conquistou uma grande vitória, com 71,3% dos votos, enquanto o recém-eleito Presidente, Donald Trump, ficou com 27,2%.
Em Providence, no estado de Rhode Island, a candidata democrata conseguiu uma vitória esmagadora, ao reunir 73,9% de apoio, enquanto o ex-presidente levou 23,3% dos votos.
Quase 10% da população em Rhode Island tem origem portuguesa, sendo a língua portuguesa a terceira mais falada nesse estado da Costa Leste.
No condado de New Haven, que integra cidades com uma forte comunidade luso-americana, como Waterbury ou Naugatuck, a grande vencedora da noite foi também Kamala Harris, que angariou 79,1% dos votos, enquanto Trump conseguiu apenas 19%.
Apesar da predominância de Kamala Harris nestas cidades, a vice-presidente e candidata democrata perdeu as eleições presidenciais a nível nacional.
Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 51% contra 47,5% dos votos contados.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.
Europa teme tarifas prometidas por Donald Trump
Vitória de Trump saudada por Marcelo e Montenegro
Xi Jiping telefonou a Donald Trump, revela CNN
PS francês apela a reunião "urgente" dos socialistas europeus
"Tendo em conta os impactos" da eleição norte-americana "na situação internacional, e em conjunto com Pedro Sánchez [primeiro-ministro espanhol], o Partido Socialista apela a uma reunião urgente dos líderes do Partido Socialista Europeu", que reúne 60 partidos nacionais, incluindo 32 membros efetivos.
No comunicado de imprensa, o PS francês disse que "a União Europeia não é o 51º Estado americano".
Por essa razão, "deve agora tomar consciência da sua própria força e medir a sua responsabilidade na cena internacional, num mundo abalado pelo ressurgimento dos impérios, do obscurantismo religioso, da conspiração, do racismo, do ceticismo climático e do nacional-populismo", acrescentou.
Neste contexto, "a esquerda europeia, e os socialistas em particular, devem desempenhar plenamente o seu papel", afirmou o PS francês, apelando a "um despertar, que passa pela afirmação de um projeto para a França e para a Europa".
O antigo Presidente socialista francês, François Hollande, alertou na quarta-feira contra um poder "sem limites" de Donald Trump , afirmando que a nova vitória do republicano como Presidente dos Estados Unidos era "uma má notícia para a Europa".
Relativamente à Ucrânia, Donald Trump "disse de forma arrogante que ia resolver o problema em poucos dias. Não há dúvida de que vai abandonar a Ucrânia a Vladimir Putin [Presidente russo] (...) se os europeus não reagirem", acrescentou François Hollande.
O atual Presidente francês, Emmanuel Macron, e Donald Trump manifestaram hoje a "vontade de trabalhar para o regresso da paz e da estabilidade", face às "grandes crises internacionais em curso", segundo a Presidência francesa.
Durante uma "excelente conversa de 25 minutos" por telefone, o chefe de Estado francês "sublinhou a importância do papel da Europa e disse ao Presidente Trump que estava disposto a continuar esta conversa e a trabalhar em conjunto sobre estas questões" quando o candidato tomar posse, afirmou o Eliseu.
Donald Trump foi eleito o 47º Presidente dos Estados Unidos tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51,1% contra 47,4% dos votos contados.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.
Márcia Rodrigues analisou a vitória de Trump
Kremlin reage com cautela à vitória de Donald Trump
Líderes mundiais já felicitaram Donald Trump
Trump de regresso à Casa Branca com promessas polémicas em carteira
Trump arrecada vitória que lhe confere um poder superior a 2016
Democratas falam de dia trágico para a democracia
Donald Trump teve vitória esmagadora na corrida presidencial
Como será feita a transição após a vitória de Trump
Com um período de 75 dias para formar a sua equipa antes da tomada de posse, em 20 de janeiro, o presidente eleito vai ter de ocupar cerca de quatro mil cargos governamentais com nomeados políticos, escolhidos pela equipa de Donald Trump, desde o secretário de Estado a outros chefes de departamento do Gabinete do Presidente, mas também todos os nomeados para servir a tempo parcial em conselhos e comissões.
Cerca de 1.200 dessas nomeações presidenciais requerem a confirmação por parte do Senado, agora com maioria republicana.
+++ Como será a transição? +++
Depois de ter sido eleito em 2016, Donald Trump também constituiu uma administração totalmente nova e, por isso, o republicano tem ideias definidades sobre o que fazer de diferente desta vez e já sugeriu alguns nomes.
Durante as celebrações da vitória, na quarta-feira, Trump adiantou que o ex-candidato à presidência e ativista anti-vacinação Robert Kennedy Jr. será escolhido para "ajudar a tornar a América saudável novamente", acrescentando que "vamos deixá-lo fazer isso".
Na campanha, prometeu também transformar Elon Musk num secretário para o "corte de custos" federal, e o CEO da Tesla sugeriu que é capaz de identificar biliões de dólares em gastos governamentais para eliminar.
Além das nomeações para cargos, a maioria dos presidentes eleitos também recebe balanços dos serviços de inteligência diários ou quase diários durante a transição.
Em 2008, o presidente cessante, George W. Bush, informou pessoalmente o presidente eleito Barack Obama sobre as operações secretas dos EUA e quando o próprio Trump se preparava para tomar posse em 2016, a conselheira de segurança nacional de Obama, Susan Rice, passou informações a Michael Flynn, seu sucessor designado na nova administração.
Em 2020, as contestações legais de Trump aos resultados eleitorais atrasaram o início do processo de transição durante semanas, e as reuniões presidenciais com Biden só começaram em 30 de novembro.
+++ Quem está a ajudar Donald Trump neste processo? +++
A transição de Trump está a ser liderada, sobretudo, por amigos e familiares, incluindo Kennedy Jr. e o ex-candidato presidencial democrata Tulsi Gabbard, os filhos Donald Trump Jr. e Eric Trump, e o escolhido para a vice-presidência, JD Vance.
Os co-presidentes da transição são o CEO da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, e Linda McMahon, a ex-executiva de luta livre que liderou a Small Business Administration durante o primeiro mandato de Trump.
Howard Lutnick adiantou que a operação será "o mais diferente possível" em relação a 2016, na altura liderada inicialmente por Chris Christie.
Depois de vencer há oito anos, Trump demitiu Chris Christie, descartou os planos do ex-governador de Nova Jersey e passou a tarefa de dirigir a transição ao então vice-presidente eleito Mike Pence.
No início do seu primeiro mandato, Trump reuniu um Gabinete original que incluía alguns republicanos e líderes empresariais mais tradicionais que acabaram por desiludi-lo, ou romperam publicamente com o Presidente.
Desta vez, Trump prometeu valorizar a lealdade tanto quanto possível --- uma filosofia que pode garantir que faça escolhas mais alinhadas com os seus valores ideológicos e estilo profissional bombástico.
Ao contrário da campanha candidata democrata e atual vice-presidente Kamala Harris, a equipa de Trump não assinou quaisquer acordos de transição pré-eleitorais com a Administração de Serviços Gerais, que atua essencialmente como "senhorio" do governo federal, tendo já terminado os prazos para chegar a acordo sobre questões logísticas, como espaço de escritório e apoio técnico, e com a Casa Branca sobre o acesso às agências, incluindo documentos, funcionários e instalações
+++ Quais são as novas regras de transição +++
Em 2020, Donald Trump lançou acusações de fraude eleitoral generalizada, que não se comprovou, que lhe custaram a eleição e atrasou por semanas o início da transição da administração cessante para a de Joe Biden.
Há quatro anos, a chefe da Administração de Serviços Gerais nomeada por Trump, Emily Murphy, considerou que não tinha legitimidade legal para determinar um vencedor na corrida presidencial porque Trump continuava a contestar os resultados em tribunal, atrasando o financiamento e a cooperação para a transição.
Só depois de fracassados os esforços de Donald Trump para subverter os resultados nos principais estados é que Emily Murphy concordou em "determinar formalmente um presidente eleito" e iniciar o processo de transição.
Para evitar este tipo de atrasos em transições futuras, a Lei de Melhoria da Transição Presidencial de 2022 determina que o processo de transição comece cinco dias após a eleição --- mesmo que o vencedor ainda esteja em disputa.
Significa que "uma `verificação afirmativa` por parte da Administração de Serviços Gerais deixa de ser um pré-requisito para obter serviços de apoio à transição", de acordo com as diretrizes da agência sobre as novas regras.
Donald Trump agradece aos eleitores
Joe Biden convidou Donald Trump para um encontro na Casa Branca
Trump e Harris de acordo "na necessidade de unificar o país"
João Gomes Cravinho vaticina ameaça à NATO com vitória de Trump
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
Vitória de Donald Trump "aumenta riscos para a economia mundial"
Kamala Harris já telefonou a Donald Trump
Macron e Trump querem trabalhar para regresso da paz e da estabilidade
Durante uma "excelente conversa de 25 minutos" por telefone, o chefe de Estado francês "sublinhou a importância do papel da Europa e disse ao Presidente Trump que estava disposto a continuar esta conversa e a trabalhar em conjunto sobre estas questões", afirmou o Eliseu.
O Presidente francês referiu ainda que este trabalho conjunto passará pelas "grandes crises internacionais em curso", em particular da Ucrânia e do Médio Oriente, "quando [Donald Trump] tomar posse" no final de janeiro de 2025, após a vitória do candidato republicano à Casa Branca.
Guterres pronto a "trabalhar de forma construtiva" com Trump
Guterres sublinha a necessidade de "trabalhar de forma construtiva com a próxima administração para enfrentar os desafios dramáticos do mundo".
Joe Biden deverá falar com Trump ainda hoje
Venezuela pronta a estabelecer "boas relações" com os EUA
"O povo da Venezuela partilha laços históricos com o povo dos Estados Unidos, com quem aspiramos percorrer um caminho de paz e justiça social, onde não haja lugar para a guerra, a exclusão ou a discriminação, e onde a cooperação e o respeito mútuo entre as nações sejam o estandarte das relações internacionais", referiu o documento.
Trump vence no Michigan, outro dos Estados decisivos
George W.Bush felicita "os nossos novos líderes"
STATEMENT BY PRESIDENT GEORGE W. BUSH ON THE 2024 PRESIDENTIAL ELECTION:
— George W. Bush Presidential Center (@TheBushCenter) November 6, 2024
CRAWFORD, TEXAS — I congratulate President Trump on his election as 47th President of the United States of America, as well as Vice President-elect J.D. Vance and their families.
I also thank President…
Mitch McConnell adverte para os "tempos mais perigosos desde a II Guerra Mundial"
O senador republicano considerou ainda a eleição como "um referendo à atual Administraçáo", já que as pessoas estão "insatisfeitas" com ela.
McConnell irá abandonar o cargo de líder dos republicanos, em janeiro, mas já afirmou que irá manter-se focado na defesa da América e "fazer tudo para ajudar a nova Administração a ser bem-sucedida".
Discurso de Kamala Harris antecipado para as 21h00
"Regresso extraordinário". Jeff Bezos considera vitória de Trump "decisiva"
Bolsas no vermelho. Investidores reagem a vitória de Trump
Estão a vender "o que não vai ser renovado" como as energias renováveis, e a comprar ativos no setor financeiro ou no setor petrolífero.
A tendência já iniciada deverá prolongar-se no médio a longo prazo, vaticina ainda.
Eleições EUA. PCP critica acentuado nível de degradação do sistema político
Foto: Rodrigo Antunes - Lusa
Questionada sobre a resposta devida da Europa, a deputada defendeu que "não pode ser um caminho de reforço do militarismo".
"Nem pode ser, a pretexto destes resultados, o caminho de se avançar numa perspetiva quase de transformação num bloco militar complementar à NATO. O que é necessário é o respeito pelos povos, pelos seus direitos, de soluções pacíficas para os conflitos e combatendo este caminho armamentista, de militarização", considerou.
Netanyahu falou ao telefone com Donald Trump
"O primeiro-ministro [israelita] foi um dos primeiros a telefonar ao Presidente eleito dos Estados Unidos. A conversa foi calorosa e cordial. Os dois concordaram em trabalhar em conjunto para a segurança de Israel e discutiram também a ameaça iraniana", refere o comunicado do gabinete do primeiro-ministro, sem avançar pormenores.
Hoje de manhã, quando os resultados já apontavam Trump como vencedor, Netanyahu foi um dos primeiros líderes mundiais a celebrar publicamente a vitória na sua conta no X.
com Lusa
Governo do RU expressa confiança nas relações comerciais com EUA
"O presidente Trump já foi presidente dos Estados Unidos e continuámos a ter uma relação económica forte e saudável, e nós enquanto Governo, iremos continuar a pressionar para um comércio livre", afirmou Reeves perante o Comité do Tesouro da Câmara Baixa do Parlamento britânico.
"Confio qie estes fluxos comerciais irão continuar com o novo presidente", afirmou, referindo ser demasiado cedo para avaliar o impacto das eleições norte-americanas na Economia do Reino Unido.
China felicita Trump pela vitória
Kamala Harris reage hoje aos resultados eleitorais
Harris e Joe Biden deverão também entrar hoje em contacto com o presidente eleito, Donald Trump.
Wall Street saúda em alta acentuada a vitória de Trump
Às 14:50 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones subia 2,89% para 43.441,36 pontos e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, avançava 1,70% para 18.752,18 pontos.
O índice alargado S&P 500, considerado o mais representativo do mercado, registava uma valorização de 2,02% para 5.899,58 pontos.
Bolsas europeias impulsionadas pela vitória de Trump
No entanto, as cotadas da energia estão a pressionar as negociações, efeito da promessa de Trump, durante a campanha, de que iria suspender a produção de energia eólica "offshore".
Nota ainda para a valorização do dólar americano, está no valor mais alto desde julho.
Eleições nos EUA. A análise de José Pedro Teixeira Fernandes
Democratas elegem o primeiro senador latino do Arizona
RTP em Miami. As reações à vitória de Trump
Multiplicam-se as reações ao regresso de Donald Trump à Casa Branca
Apoiantes de Kamala Harris deixaram a sede de campanha em silêncio
Trump prometeu fazer tudo para unir o país
Políticos portugueses reagem à vitória de Donald Trump
“A primeira consequência para Portugal é óbvia. Foco do Estado em áreas essenciais: segurança, defesa, justiça, mobilidade, acesso universal a saúde/educação. Fazer muito bem aí. Já não há margem para desbaratar recursos públicos em supérfluo/acessório”, escreveu.
Europa vai ter de cuidar de si própria. A 1ª consequência para PT é óbvia. Foco do Estado em áreas essenciais: segurança, defesa, justiça, mobilidade, acesso universal a saúde/educação. Fazer muito bem aí. Já não há margem para desbaratar recursos públicos em supérfluo/acessório.
— Rui Rocha (@ruirochaliberal) November 6, 2024
O líder da IL defende que a União Europeia deve “assumir a responsabilidade e criar um caminho de autonomia, de capacidade de inovação, de dinamização das nossas economias”.
Para Portugal, Rui Rocha aponta algumas lições, nomeadamente que é “é fundamental valorizar a economia” e que o “Estado tem de se focar naquilo que é essencial”, ou seja, na defesa, segurança, mobilidade, justiça e num serviço de acesso universal à saúde e educação.
Sobre a intenção de Trump de aplicar um imposto de 20% sobre as importações, Cotrim de Figueiredo considera que a Europa tem de ser “inteligente e não reagir emotiva ou epidermicamente a essa decisão”.
“A Europa não deve retaliar de forma generalizada”, disse o eurodeputado, defendendo que deve ser “firme nas suas convicções”.
“Temos um presidente eleito com toda esta legitimidade que tem rédea livre para executar aquilo que foi o seu programa”, disse Cotrim de Figueiredo.
Grande vitória de Donald Trump nos EUA. Contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais, contra o globalismo woke. A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo!
— André Ventura (@AndreCVentura) November 6, 2024
“A mudança à direita nos EUA é não só um bloqueio à agenda de esquerda, que tem estado a varrer algumas capitais europeias e os próprios EUA, como um estímulo a todos os partidos parceiros do Partido Republicano, como é o nosso caso”, disse o líder do Chega.
“Todos os erros que vêm da presidência Biden/Harris, a começar pela promoção do genocídio em Gaza, só sairão agravados com esta vitória”, disse Marisa Matias, observando que a “vitória de Trump é também uma vitória de Netanyahu e de Putin”.
Por este motivo, a deputada bloquista defende uma maior autonomia da Europa na promoção da paz.
Presidente da República pede reforço da cooperação com EUA
É oficial. Donald Trump eleito 47º presidente dos Estados Unidos
Com este resultado, fica confirmando que Donald Trump regressará à Casa Branca como 47º presidente dos Estados Unidos.
Eleições EUA. As reações dos líderes internacionais à vitória de Trump
Mais tarde, quando a eleição de Trump estava praticamente assegurada, o primeiro-ministro húngaro voltou a mencionar as eleições norte-americanas, afirmando que este “é o maior regresso da história política dos EUA”.
"Parabéns ao presidente Trump pela sua enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo", disse Órban numa mensagem publicada na rede social X.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também já reagiu, saudando “o maior regresso da história”. Na rede social X, Netanyahu disse que o regresso de Trump à Casa Branca “oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.
Também os ministros de extrema-direita do Governo do primeiro-ministro israelita comemoraram a presumível vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, felicitou Trump e disse que juntos vão “fortalecer a aliança EUA-Israel, trazer de volta os reféns e permanecer firmes para derrotar o eixo do mal liderado pelo Irão”.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu no Twitter: "Sim! Deus abençoe Trump". Já o ministro das Finanças, Bezalel Smitrich, disse: "Deus abençoe Israel, Deus abençoe a América".
O Hamas, por sua vez, disse que Trump será testado e afirmou que o “apoio cego” dos EUA a Israel “deve acabar”.
“Este apoio cego à entidade sionista deve acabar, porque ocorre à custa do futuro do nosso povo, bem como da segurança e estabilidade da região”, disse Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, à AFP.
"Pedimos que Trump aprenda com os erros de Joe Biden", disse outra fonte do Hamas à agência Reuters.
A porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, afirmou que "a eleição do presidente dos Estados Unidos da América não tem qualquer ligação clara com o Irão. As políticas gerais dos Estados Unidos e do Irão são políticas fixas".
"Eu aprecio o comprometimento do presidente Trump com a abordagem «paz pela força» em assuntos globais. Este é exatamente o princípio que pode praticamente trazer a paz justa para a Ucrânia", disse Volodymyr Zelensky na rede social X.
"É praticamente impossível que as relações se deteriorem ainda mais. Elas estão no nível mais baixo de todos os tempos. Quanto ao que pode acontecer, tudo dependerá da liderança americana", disse Peskov, acrescentando que o Kremlin vai avaliar Trump “com base em ações concretas”.
“Veremos o que acontece em janeiro”, disse, referindo-se à data da tomada de posse do próximo presidente dos Estados Unidos.
"A nossa política em relação aos EUA é consistente", frisou.
Do lado europeu, uma das primeiras reações chegou de França. O presidente Emmanuel Macron deu os parabéns a Donald Trump e disse estar pronto para trabalhar com o republicano.
“Estamos prontos para trabalhar juntos, como fizemos nos últimos quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”, escreveu Macron no X.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também parabenizou Trump pela sua “vitória histórica”. “Estou ansioso para trabalhar consigo nos próximos anos. Como aliados mais próximos, estamos ombro a ombro na defesa dos nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e empreendedorismo”, escreveu Starmer no X.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também saudou Trump, salientando que a “Itália e os EUA são nações “irmãs”, ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica”.
“É um laço estratégico, que tenho certeza de que agora fortaleceremos ainda mais”, vincou Meloni, numa mensagem partilhada no X.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também felicitou Trump na rede social X. “A Alemanha e os EUA têm trabalhado juntos com sucesso por um longo período de tempo para promover a prosperidade e a liberdade em ambos os lados do Atlântico. Continuaremos a fazê-lo para o benefício dos nossos cidadãos”, escreveu.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também felicitou Trump, afirmando que os dois vão “trabalhar nas nossas relações bilaterais estratégicas e numa forte parceria transatlântica”.
O secretário-geral da NATO disse ter já transmitido as suas felicitações a Donald Trump. “A sua liderança será novamente essencial para manter a nossa Aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz por meio da força através da NATO", disse Mark Rutte na rede social X.
O seu antecessor, Jens Stoltenberg, também felicitou Trump pela sua vitória, recordando que no seu primeiro mandato, a relação de trabalho entre os dois “focou-se em reforçar a segurança transatlântica e adaptar a NATO para o futuro”.
“Num mundo de crescente instabilidade, uma liderança forte dos EUA continua essencial”, salientou.
A presidente da Comissão Europeia felicitou “calorosamente Donald Trump pela sua eleição como 47º presidente dos Estados Unidos da América”.
“Estou ansiosa para trabalhar com o presidente Trump novamente para promover uma forte agenda transatlântica”, disse Ursula von der Leyen.
"Vamos trabalhar juntos numa parceria transatlântica. Milhões de empregos e biliões em comércio e investimento em cada lado do Atlântico dependem do dinamismo e estabilidade de nossa relação económica", salientou.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse que “a Europa está pronta para cooperar enquanto enfrentamos desafios geopolíticos sem precedentes e para manter o vínculo transatlântico forte, enraizado nos nossos valores compartilhados de liberdade, direitos humanos, democracia e mercados abertos”.
Presidente da República felicita Trump e pede afirmação da relação transatlântica
Para o futuro, pede o reforço da cooperação com os Estados Unidos, e não um recuo. Afirma que o povo americano foi soberano e que agora o que interessa é o futuro e o trabalho conjunto, esquivando-se a responder diretamente aos jornalistas, que o confrontavam com delcarações na véspera de que a vitória de Trump não seria tão favorável à Europa.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o encontro que tiveram na Casa Branca em 2018 "foi um ponto importante" que permitiu desbloquear "três questões sensíveis" -- a relevância dos Açores, o fornecimento do gás líquido americano a Portugal e a contribuição financeira portuguesa para a NATO -- e é benéfico haver "um relacionamento mais intenso entre chefes de Estado".
Paulo Rangel diz que relação institucional de Portugal com EUA não será alterada
Luís Montenegro felicita Trump e espera "colaboração estreita"
Luís Montenegro endereçou a mensagem através da rede social X, em publicações em português e inglês.
"Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral.
Congratulations, President @realDonaldTrump.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) November 6, 2024
I look forward to working closely with you, within the spirit of the long standing and solid relationship between Portugal and the United States, bilaterally and at @NATO and multilateral level.
Trump proclamou a sua vitória sobre a democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais num discurso a partir da Flórida, na madrugada de hoje.
c/Lusa
Benjamin Netanyahu saúda "o maior regresso da história"
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu no Twitter: "Sim! Deus abençoe Trump".
Já o ministro das Finanças, Bezalel Smitrich, disse: "Deus abençoe Israel, Deus abençoe a América".
O ministro da Cultura, Miki Zohar, assegurou que o Governo está "ansioso pelos próximos quatro anos".
Europa deve "tomar o seu destino nas mãos", afirma porta-voz do Governo francês
Macron pronto para trabalhar com Trump
Félicitations Président Donald Trump. Prêt à travailler ensemble comme nous avons su le faire durant quatre années. Avec vos convictions et avec les miennes. Avec respect et ambition. Pour plus de paix et de prospérité.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 6, 2024
Trump vence Pensilvânia
Donald Trump - Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Florida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Ohio, Oklahoma, Pensilvânia, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia Ocidental e Wyoming.
Trump venceu ainda nos distritos 1 e 3 do Nebraska e no distrito 2 do Maine. Nestes Estados, o método eleitoral é diferente: em vez de atribuirem todos os votos eleitorais ao vencedor do voto popular estadual, os votos são divididos, com base no sistema de distrito congressional.
Kamala Harris - Califórnia, Colorado, Connecticut, Delaware, Distrito de Colúmbia, Havai, Illinois, Maryland, Massachusetts, Minnesota, New Hampshire, Nova Jersey, Nova Iorque, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont, Virgínia e Washington. Conquistou também o distrito 1 do Maine e o distrito 2 do Nebraska.
Neste momento, os resultados preliminares atribuem 224 votos eleitorais a Kamala Harris e 267 a Donald Trump.
Trump declara "vitória política nunca antes vista" nos Estados Unidos
Em tom de festejo, o presumível novo presidente norte-americano afirmou que pretende "arranjar as fronteiras" e "tudo o que há para arranjar".
“É uma vitória política como o nosso país nunca viu antes", repetiu. "Quero agradecer ao povo americano a honra extraordinária de me terem elegido”.
Dirigindo-se aos norte-americanos, o republicano disse: "tive de voltar por vocês, pela vossa família, pelo vosso futuro. Todos os dias vou lutar por vocês”.
“Não vou descansar até termos uma América feliz e próspera”.
Repetindo o que já tinha prometido na campanha, Trump afirmou ainda que "vai ser uma época de ouro na América".
"Vamos tornar a América novamente grande”.
Agradecendo aos norte-americanos pela eleição, Trump recordou que o Partido Republicano venceu nos Estados decisivos, retomou o controlo do Senado e da Câmara dos Representantes, o que considerou "incrível". Não havia outro caminho, continuou, "que não a vitória".
"Temos pessoas inacreditáveis ao nosso lado", disse Donald Trump, referindo-se à família presente e membros da campanha."Estas pessoas foram incríveis. Fizeram esta caminhada comigo e vamos deixar-vos muito felizes e orgulhosos do vosso voto. Espero que um dia olhem para trás um dia e digam: 'Este foi um dos momentos realmente importantes da minha vida, quando votei por este grupo de pessoas'."
"O maior regresso da história política dos EUA". Órban congratula Trump
The biggest comeback in US political history! Congratulations to President @realDonaldTrump on his enormous win. A much needed victory for the World!
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) November 6, 2024
China reage
Trump vence na Geórgia, um dos Estados mais disputados
Estes são os resultados já fechados, na reta final da contagem:
Donald Trump - Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Florida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Ohio, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia Ocidental e Wyoming.
Trump venceu ainda nos distritos 1 e 3 do Nebraska e no distrito 2 do Maine. Nestes Estados, o método eleitoral é diferente: em vez de atribuirem todos os votos eleitorais ao vencedor do voto popular estadual, os votos são divididos, com base no sistema de distrito congressional.
Kamala Harris - Califórnia, Colorado, Connecticut, Delaware, Distrito de Colúmbia, Havai, Illinois, Maryland, Massachusetts, New Hampshire, Nova Jersey, Nova Iorque, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont, Virgínia e Washington. Conquistou também o distrito 1 do Maine e o distrito 2 do Nebraska.
Neste momento, os resultados preliminares atribuem 214 votos eleitorais a Kamala Harris e 248 a Donald Trump.
Fox News dá a vitória a Donald Trump
"A caminho de uma vitória maravilhosa". Órban faz menção às eleições nos EUA
"Desafios logísticos" na contagem de votos em Filadélfia
“Vamos continuar a anunciar os desenvolvimentos. Não vamos parar até terminarmos”, declarou em conferência de imprensa.
Mercados chineses com resultados mistos após contagem inicial de votos nos EUA
A meio da sessão, o índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, caiu 2,61%, com particular impacto na tecnologia, um dos setores mais afetados pelo deteriorar da relação entre Pequim e Washington, cujo índice desceu 3,03%.
As bolsas de Xangai e Shenzhen subiram 0,16% e 0,31%, respetivamente, durante a manhã.
No entanto, o índice CSI 300, que reúne as 300 principais ações destas duas praças, permaneceu praticamente igual, registando uma ligeira descida de 0,02%.
Embora a China esteja a acompanhar de perto as eleições, os analistas acreditam que o sentimento em Pequim é de que, seja quem for o vencedor, Washington manterá uma política de "contenção" em relação ao país asiático, com novas restrições na tecnologia e comércio.
Alguns especialistas sublinharam também que, caso Trump regresse à Casa Branca, a dimensão do pacote de estímulo fiscal que está a ser negociado pelos legisladores chineses esta semana pode ser até 20% maior do que se Harris ganhar.
O ex-presidente, que iniciou uma guerra comercial contra a China em 2018, prometeu impor taxas alfandegárias de 60% sobre as importações do país asiático.
Kamala Harris não vai discursar esta noite
“Ainda temos votos para contar”, declarou. “Vamos continuar a assegurar que cada voto é contado, que cada voz é ouvida”, disse, adiantando que Kamala Harris falará durante o dia desta quinta-feira.
Projeções mantêm Trump na frente mas ainda faltam seis estados decisivos
Segundo as mais recentes projeções da agência Associated Press (AP) e das cadeias televisivas CNN e Fox, o antigo líder da Casa Branca tinha, às 05:25 (hora de Lisboa) de hoje, 230 votos eleitorais dos 270 necessários para assegurar a vitória, contra 209 da atual vice-Presidente dos Estados e candidata democrata, Kamala Harris.
De acordo com as suas projeções, a AP e CNN declararam que os últimos triunfos do magnata republicano ocorreram no Nebrasca, com cinco votos eleitorais, somando-se à Carolina do Norte, um dos sete estados decisivos, que representa 16.
Kamala Harris foi, por sua vez, anunciada vencedora pela AP, CNN e Fox nos estados de Washington (12 votos eleitorais), Virgínia (13), Oregon (oito), Novo México (cinco) e Havai (quatro).
Àquela hora, os estados do Maine e Rhode Island, no leste, e Minesota, no centro norte, ainda estavam em aberto, embora a contagem dê vantagem à democrata.
Os principais media norte-americanos não arriscavam igualmente previsões para a Pensilvânia, Geórgia, Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona, que se esperam serem, com a já resolvida eleição na Carolina do Norte, os estados considerados decisivos para o resultado final e onde Trump liderava a contagem em todos.
Apesar de os eleitores irem às urnas, o presidente é escolhido por sufrágio indireto, uma vez que o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos. O vencedor das presidenciais norte-americanas terá de obter, no mínimo, 270 "grandes eleitores".
Trump está a chegar à sede de campanha
Donald Trump está a caminho do centro de convenções em Palm Beach, na Florida, onde se espera que fale aos apoiantes.
Republicanos recuperam controlo do Senado
Estavam em jogo 34 dos 100 lugares do Senado norte-americano. O controlo do Senado estava nas mãos dos democratas.
Times Square enche-se de eleitores ansiosos pelos resultados
ntre a multidão estão eleitores democratas e republicanos, mas também turistas de diferentes nacionalidades, evidenciando a importância destas eleições para todo o mundo.
Paul, um republicano da Carolina do Norte de visita a Nova Iorque, admitiu à Lusa que está confiante na vitória do ex-presidente, Donald Trump, em quem votou por ser "um grande homem, que mantém a sua palavra".
"Estou otimista que farei a festa da vitória de Trump esta noite aqui, em Nova Iorque. É diferente estar aqui, com toda esta gente, mas será uma noite de festa", disse o eleitor de 46 anos, reformado.
Da Virgínia para Nova Iorque veio Kevin, um segurança de 39 anos cujas principais preocupações são "a sua conta bancária e conseguir pagar as compras para a casa". Por isso, votou no candidato republicano.
"Já tivemos quatro anos de Trump na Casa Branca e foi simplesmente fantástico. Quero mais quatro e estou confiante de que os terei", frisou.
"Mas se a Kamala vencer irei trabalhar amanhã, como num dia normal. Nada vai mudar. Apenas estarei um pouco mais triste e certamente que passarei mais quatro anos com dificuldades financeiras", reclamou o republicano.
A pouca distância da Times Square, dois arranha-céus de Nova Iorque - o Empire State Building e o Rockefeller Center - foram nesta terça-feira iluminados com as cores da bandeira dos Estados Unidos por ocasião das eleições presidenciais.
Enquanto as percentagens de votos retinham a atenção da maioria dos eleitores, um grupo de manifestantes pró-Gaza encheu uma das vias da Times Square, rodeado por um forte dispositivo policial.
O descontentamento de parte do eleitorado norte-americano face ao apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel ameaça ter repercussão nos resultados eleitorais, com milhares de ativistas a garantirem que não irão votar em Kamala Harris por causa do seu contínuo apoio a Telavive, direcionando o seu voto para candidatos independentes.
Essa insatisfação tem sido visível desde as eleições primárias, no início do ano, quando milhares de democratas decidiram votar em branco, em protesto pela forma como o atual Governo tem apoiado Israel.
Thomas Piercy, um músico de 67 anos, esteve na Times Square em 2008, quando Barack Obama foi Presidente. Hoje, espera que seja Kamala Harris a fazer história.
O eleitor democrata, que vive a dois quarteirões da Times Square, contou à Lusa que é homossexual, casado com um imigrante, e teme que um eventual novo Governo de Trump lhe retire direitos.
"Tento estar otimista, mas sei que vai ser uma eleição muito renhida. A minha prioridade neste momento não é que Kamala repare qualquer problema, mas sim que ela mantenha Trump afastado da Casa Branca e que garanta a igualdade de direitos", disse.
"Num Governo de Trump, os direitos dos imigrantes, mesmo dos que estão cá legalmente, como é o caso do meu marido, podem ser atirados pela janela", defendeu Thomas, temendo que o seu parceiro venha a sofrer algum tipo de consequência sob uma nova administração do magnata republicano.
O músico assumiu não ter dúvidas de que Donald Trump declarará vitória mesmo se perder, mas está otimista que "o sistema funcionará e ele não conseguirá pôr esse plano em prática".
Em Nova Iorque, foi Kamala Harris quem venceu as eleições presidenciais. No entanto, a nível nacional, a contagem ainda continua.
Ainda há filas para votar na Universidade do Nevada
Trump continua à frente
As urnas já encerraram em mais de metade dos Estados norte-americanos.
Campanha de Harris continua otimista e deposita esperança na "muralha azul"
“Esta proximidade na corrida é exatamente aquilo para que nos preparámos”, escreveu num e-mail à equipa. “Sempre soubemos que o nosso caminho mais claro para 270 votos eleitorais passa pelos Estados da ‘muralha azul’. E sentimo-nos bem com o que estamos a ver”.
Dillon disse ainda que deverá demorar horas até que os resultados sejam conhecidos. “Dizemos há semanas que esta corrida pode não ser fechada esta noite. Aqueles que andavam por aqui nas eleições de 2020 sabem bem isto: demora muito até que todos os votos sejam contados – e todos os votos vão ser contados”, referiu.
"Foi para isto que fomos feitos, por isso vamos acabar o que temos pela frente esta noite, dormir um pouco e preparar-nos para fechar com força amanhã", acrescentou.
Campanha de Trump cada vez mais otimista
Esse otimismo está a ser impulsionado pelos resultados na Virgínia e no Iowa.
O centro de convenções de Trump está a aplaudir ruidosamente cada vez que se diz que este está a ganhar.
Condado de Cambria, na Pensilvânia, faz contagem manual após problema no sistema informático
A contagem manual é normalmente feita por “equipas partidárias de dois” que trabalham juntas, e o processo está a acontecer sob observação de candidatos e representantes autorizados, explicou o responsável do Estado da Pensilvânia.
O tempo de votação foi prolongado neste condado depois de um "problema no funcionamento de software", explicou o Gabinete dos Comissários do Condado. As autoridades adiantaram à CNN Internacional que houve erro na impressão e , por isso, há novas cédulas eleitorais a caminho dos locais de votação
Projeção atribui reeleição ao senador Ted Cruz no Texas
Bitcoin atinge novo marco histórico com vantagem de Trump na eleição
Durante a campanha, Donald Trump dedicou alguma atenção às criptomoedas, pelo que a indústria espera medidas e regulamentação mais favorável em caso de vitória do candidato republicano, escreve o diário norte-americano.
Democrata Sarah McBride garante eleição para a Câmara dos Representantes
Sarah McBride, legisladora democrata do Estado do Delaware, conquistou um assento na Câmara dos Representantes, tornando-se a primeira mulher abertamente transgénero a ser eleita para o Congresso norte-americano.
McBride, de 34 anos, vai substituir Lisa Blunt Rochester, igualmente democrata, como a única representante do Delaware. Numa primeira reação ao resultado que obteve, descreveu o Delaware como “um Estado de bom-senso onde os eleitores julgam os candidatos com base nas suas ideias e não nas suas identidades”.
"Stay in line". Candidatos apelam para que eleitores que ainda não votaram fiquem na fila
If you are in line before the polls close, stay in line.
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 5, 2024
It is your right to make your voice heard. If you have any trouble casting your ballot, call our Voter Assistance Hotline: 833-336-8683. pic.twitter.com/Y6KeIDU4lq
Também o republicano Donald Trump fez o mesmo apelo: "Olá republicanos! Se estão na fila, mantenham-se na fila. Não deixem que eles vos movam", afirmou Trump, num vídeo partilhado partilhado na rede social X.
HI REPUBLICANS! IF YOU’RE IN LINE—STAY IN LINE… pic.twitter.com/5vEA2kXZXU
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 6, 2024
Trump conquista condado na Florida com grande população hispânica
Dólar sobe 1,5% face ao iene e ao euro
Nova ameaça de bomba atrasa resultados no condado de La Paz, no Arizona
“Parece que alguém tentou atrapalhar o sistema, o que não é justo”, disse Anna Camacho, assessora do Condado de La Paz, citada pelo New York Times. “Temos pessoas que se ofereceram para vir aqui, para garantir que a contagem era justa, mas isso está ser impedido agora, por episódios como este”.
As ameaças surgiram horas depois de várias estações de voto do condado de Navajo também terem sido alvo de ameaças de bombas por e-mail, embora o secretário de Estado do Arizona, Adrian Fontes, ter vindo garantir que não eram "credíveis".
O gabinete de Fontes ainda não reagiu às novas ameaças de bomba, mas de acordo com o NYT, as ameaças aos condados de La Paz e de Navajo terão origens diferentes.
O condado de La Paz, que conta com cerca de 12.400 eleitores registados, foi conquistado por Joe Biden em 2020.
Nativos da Nação Navajo enfrentam longas filas e falta de boletins
O Condado Apache foi mesmo alvo de um processo por parte dos nativos americanos da Nação Navajo.
“Algumas pessoas estiveram à espera até três horas. Alguns ficaram desencorajados”, queixou-se George Hardeen, porta-voz dos navajos, citado na edição online do New York Times.
A Nação Navajo é a maior tribo dos Estados Unidos e, no Arizona, os eleitores nativos, maioritariamente democratas, podem desempenhar um papel decisivo no escrutínio, faz notar o jornal norte-americano.
Equipas com cães fazem buscas em edifício dos serviços de votação
“Houve uma ameaça de bomba no Centro de Serviços do Governo em West Chester”, adiantou no X Josh Maxwell, presidente da Comissão Eleitoral do Condado de Chester.
There was a bomb threat to the Government Services Center in West Chester, PA. It's being evacuated. Voter Services is located there, and in-person ballots are delivered after 8 pm. Mail-in ballots are canvassed and tabulated at a different location. I will update shortly.
— Josh Maxwell (@maxwelljosh) November 6, 2024
Houve também ameaças de bomba na Geórgia e no Arizona, com o FBI a apontar suspeitas à Rússia.
Autoridades negam alegações de irregularidades em Detroit
"Eu não respondo a disparates", disse a secretária municipal de Detroit, Janice Winfrey, citada pela Reuters.
As autoridades de Detroit afirmaram também à CNN Internacional que “a presença policial na cidade para as eleições é a amplamente divulgada anteriormente”, e que não houve qualquer reforço adicional.
Novos resultados preliminares
Democrata torna-se primeiro senador de ascendência coreana
Menendez demitiu-se após ter sido condenado por “vender” a sua influência política em troca de barras de ouro, 480 mil dólares em dinheiro vivo e um Mercedes descapotável.
Trump diz que se vencer Pensilvânia vencerá "toda a eleição"
“Vamos tornar este país mais grandioso do que nunca, mas têm de se manter na fila para votar. E não deixem que eles vos impeçam. Têm o direito legal absoluto de votar, porque se ganharmos na Pensilvânia, se ganharmos na boa e velha Commonwealth, vamos ganhar tudo. Ganhamos tudo", declarou o ex-presidente em entrevista à estação Talk Radio 1210 WPHT.
Trump disse ainda que “a grande questão” é se conseguirá obter mais apoio na Filadélfia, Estado tradicionalmente democrata.
Trump vencedor em nove Estados e Kamala em cinco
Já Kamala Harris conquistou os Estados do Vermont, Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e Maryland.
Trump vence três Estados, Kamala um
"Calúnias maliciosas". Embaixada russa nos EUA nega interferência nas eleições
"Todas as insinuações sobre interferências russas' são calúnias maliciosas, inventadas para uso na luta política interna dos Estados Unidos”.
Biden acredita que poderia ter derrotado Trump
Questionado sobre se Biden pondera assumir a culpa pela trajetória desta corrida se Kamala Harris não ganhar, um assessor sénior respondeu que o presidente “está mais preocupado com o que aconteceria ao país se isso acontecesse”.
Bernie Sanders reeleito para o Senado
Trump à frente no Indiana e Kentucky, Kamala domina no Vermont
Kamala Harris faz derradeiro apelo através da rádio
“Vai ser ele ou eu na Casa Branca e, se for ele, vai ficar ali sentado a cozinhar a sua lista de inimigos, a planear a sua vingança, a agir sobre todos os seus rancores, que são todos sobre si próprio. Ao contrário do que eu farei se for eleita presidente, que será trabalhar a partir do primeiro dia na minha lista de tarefas em prol do povo americano”, afiança Kamala Harris.
Votação suspensa em cinco locais da Geórgia devido a ameaças de bomba
“Todos os meios de que dispomos serão utilizados para garantir que todos os cidadãos que queiram votar tenham essa oportunidade e que todos os votos sejam contados”, afirmou o diretor executivo do condado de DeKalb, Michael Thurmond.
O Gabinete de Registo de Eleitores e Eleições do Condado de DeKalb avançou que a votação foi suspensa nos locais de voto.
“Por uma questão de precaução, estamos a suspender a votação nestes locais de voto até termos autorização da Polícia de DeKalb para reabrir as instalações”, referiu a entidade.
Os locais incluem uma igreja, duas bibliotecas, um centro comunitário e um centro de idosos.
Kamala ou Trump. Quando é que saberemos quem ganhou as eleições nos EUA?
23h00: fecha a maior parte das assembleias de voto nos Estados do Indiana e do Kentucky;
0h00: as urnas encerram na Geórgia, um dos Estados decisivos, na Carolina do Sul, Virgínia, Vermont e em quase toda a Florida. O mesmo acontece nas restantes assembleias do Indiana e do Kentucky;
0h30: é fechada a votação na Carolina do Norte, também apontada como Estado decisivo, no Ohio e na Virgínia Ocidental;
1h00: fecham as assembleias de voto no Alabama, Connecticut, Delaware, Distrito de Colúmbia (Washington DC), no que resta da Florida, no Illinois, parte do Kansas, Maine, Maryland, Massachusetts, a maior parte do Michigan, Mississípi, Missouri, New Hampshire, Nova Jérsia, Oklahoma, a determinante Pensilvânia, Rhode Island, Tennessee e parte do Texas;
1h30: fecho da votação no Arkansas;
2h00: encerram as assembleias no Arizona, Colorado, Iowa, no resto do Kansas, Louisiana, num derradeiro distrito do Michigan, Minnesota, Nebrasca, Novo México, Nova Iorque, Dacota do Norte, Dacota do Sul, no restante Texas, Wisconsin e Wyoming;
3h00: fecho em parte do Idaho, no Montana, Nevada e Utah:
4h00: encerra-se a votação na Califórnia, no restante Idaho, no Oregon e Washington;
5h00: Hawai;
6h00: Alasca.
Assembleias de voto começam a fechar mas votação prossegue nas próximas 7 horas
As restantes assembleias de voto nos 50 Estados e no Distrito de Columbia encerrarão por fases nas próximas sete horas, sendo o Alasca a última, às 21h00 locais (06h00 em Lisboa).
As sondagens refletem uma corrida particularmente renhida entre a candidata democrata presidencial e vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris, e Donald Trump (ex-Presidente, 2016-2020).
Mais de 80 milhões de 240 milhões de eleitores norte-americanos votaram antecipadamente para as eleições de hoje, que decidem quem sucederá a Joe Biden na presidência, o controlo das duas câmaras do Congresso, além de postos de governadores estaduais e cargos a nível estadual e local.
Trump acena com "conversas de fraudes" em Filadélfia
As autoridades estaduais não reportaram, até ao momento, qualquer irregularidade na antiga capital norte-americana.
Recorde-se que Trump afirmou, na manhã desta terça-feira, estar preparado para reconhecer uma eventual derrota face a Kamala Harris, “se a eleição for justa”.
Elon Musk vai estar com Trump esta noite
Em dia de eleição nos EUA
“Prevendo novos lançamentos, as nossas Forças Armadas reforçaram a sua vigilância”, acrescentou o Estado-Maior sul-coreano.
Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, citado pela France Presse, veio entretanto condenar este gesto do regime de Kim Jong-un: “Estes disparos, tal como o lançamento, na semana passada, de um míssil balístico intercontinental, são uma violação de numerosas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Na ONU, dez dos 15 membros do Conselho de Segurança assinaram um comunicado a instar a Coreia do Norte a renunciar ao seu programa de mísseis balísticos.
Californiana Beverly "nem num milhão de anos votaria em Donald Trump"
"Nem num milhão de anos votaria em Donald Trump", afirmou a eleitora, na manhã do dia decisivo para a democracia norte-americana, quando se decide o próximo Presidente e o controlo do Congresso.
No dia da eleição presidencial, centenas de voluntários democratas estão a bater às portas de eleitores em Los Angeles para perguntar se têm um plano para votar e como podem entregar os seus boletins.
Em Santa Clarita, a Lusa seguiu o esforço liderado pela equipa de George Whitesides, candidato que tenta tirar o 27º distrito da Califórnia no Congresso ao republicano Mike Garcia. Foram sobretudo mulheres que abriram a porta e falaram sobre a sua decisão de voto. Quase todas disseram ter votado ou ainda ir votar em Kamala Harris.
"Sinto que o Partido Democrata é o que mais tem ajudado os latinos e o que tem maior controlo sobre a economia", disse à Lusa a eleitora Silvia Cazares, de 68 anos. Só na casa dela foram 4 votos para Kamala Harris, adiantou.
"Atemoriza-me o candidato do outro partido", referiu, em espanhol, "que está instável mentalmente e disse que vai impor sanções à China, ao México e quem mais sabe".
Silvia Cazares mostrou-se otimista quanto ao desfecho das eleições, considerando que Donald Trump cometeu muitos erros na campanha e eles lhe vão custar nas urnas.
"Ele só quer favorecer as elites e os mais ricos e prejudicar a classe média e baixa", afirmou a eleitora, que emigrou do México há 34 anos e cujos filhos já nasceram nos Estados Unidos.
Cynthia Bedoy, que disse que ia sair para votar presencialmente, mostrou-se mais nervosa com o resultado das eleições e o potencial de problemas. Quando questionada porque ia votar em Kamala Harris, respondeu de forma sucinta: "Porque tenho três filhas e uma neta. E vários amigos na comunidade gay".
A eleitora, de 50 anos, disse sentir-se confortável por estar na Califórnia, mas ter receio sobre o que pode acontecer noutros estados. "Não acho que vá acontecer alguma coisa aqui", afirmou. "Mas também tenho um filho e não sei se o deixaria viajar para estados do centro oeste".
Araceli Searcy, 54 anos, entregou os boletins de voto na véspera das eleições e disse que toda a família votou democrata. O mesmo com Alexis Torres (40 anos) e Julia Peña (22), que foram ajudadas por duas voluntárias e provavelmente não teriam votado se não fosse por elas. Marcaram o círculo de Kamala Harris e de todos os democratas no boletim.
Mas nem todas as famílias têm escolhas tão homogéneas, como explicou o voluntário Alan R. que passou as últimas semanas a bater às portas na equipa de George Whitesides.
"Falei com uma mãe que votou democrata com o marido", disse à Lusa, "mas o filho de 33 anos disse que estava inclinado para Trump". Quando perguntou porquê, o eleitor respondeu que trabalha em construção e que Kamala Harris ia taxar as horas extraordinárias. A candidata não fez qualquer proposta neste sentido.
Na sede de campanha de George Whitesides, o ambiente é positivo. O voluntário Mark, que admitiu não ter dormido muito a noite passada, acredita que Kamala Harris vai vencer. A voluntária Melissa salientou o número elevado de voluntários que estão a trabalhar no terreno para eleger os democratas e que esse movimento sinaliza força.
"Sinto-me bem com o trabalho feito no terreno", disse Alan R. "Gostava de ter tido mais respostas afirmativas nestes bairros púrpura", indicou, referindo-se a zonas onde há eleitores democratas e republicanos e muitos votam em oposição à sua filiação partidária.
"Acho que a eleição vai ser decidida pela participação".
Assessores de Kamala esperam que Trump reclame vitória antes dos resultados finais
Segundo a CNN, a equipa de Harris tem estado a desenvolver opções de respostas caso esse cenário se concretize. A campanha da candidata democrata pretende ser “muito agressiva” na rua reação a esta eventual atitude de Trump.
Trump estará a preparar-se para discursar esta noite
A informação foi avançada à CNN por fontes próximas do republicano. Trump tinha dito anteriormente aos jornalistas que não tinha a certeza dos seus planos e que não tinha sido escrito nenhum discurso.
FBI acredita que Rússia está na origem de ameaças de bomba em dia da eleição
The FBI is aware of bomb threats to polling locations in several states, many of which appear to originate from Russian email domains. None of the threats have been determined to be credible thus far. https://t.co/j3YfajVK1m
— FBI (@FBI) November 5, 2024
Durante a manhã, circulou também um vídeo falso, atribuído ao FBI, a apelar aos eleitores para que “votassem remotamente” devido a alegadas ameaças terroristas. “Este vídeo não é autêntico e não representa com rigor a atual postura de ameaça ou segurança de locais de voto”, assinalou a polícia federal numa outra nota, citada pelo jornal The Washington Post.
Há ainda notícia de um segundo vídeo com um falso comunicado do FBI a dar conta de uma suposta viciação de votos de reclusos em prisões do Arizona, Geórgia e Pensilvânia.
Eleições nos EUA. Média final das projeções aponta para vitória de Kamala Harris
Staten Island é "ilha" Trump com vista para a democrata Nova Ioque
Ao início da tarde de hoje (hora local, noite em Lisboa), um jovem eleitor democrata mantinha-se a cerca de 100 metros de uma assembleia de voto em Staten Island, perto da única estação de `ferry` que liga a ilha a Manhattan. Fazia campanha pela senadora estadual democrata Jessica Scarcella-Spanton e, por estar a trabalhar, não se quis identificar para a reportagem da Lusa, mas atreveu-se a refletir sobre o porquê desta ilha republicana numa cidade historicamente democrata.
"É um voto de protesto, diria. Não nos podemos esquecer que Staten Island é o distrito esquecido de Nova Iorque. Há definitivamente um ressentimento aqui. Não recebemos a atenção que os outros distritos recebem, desde a saúde aos transportes. Temos uma das portagens mais elevadas do país, diria eu, para podermos chegar de carro aqui à ilha. A precariedade dos transportes é um dos maiores problemas", disse.
"Além disso, a classe trabalhadora tende a acreditar erradamente que o Trump os defende e fala por eles, apesar dos seus registos mostrarem precisamente o oposto", observou o jovem democrata.
De acordo com o eleitor, há muitas razões para os moradores da ilha estarem "revoltados com o sistema", mas, segundo ele, nenhuma delas devia ser motivo para votarem no magnata republicano, que "a única coisa que fez por Staten Island quando estava na Casa Branca foi aumentar os impostos".
Staten Island, que está conectado à baixa de Manhattan por um sistema de `ferry`, é o único reduto de Nova Iorque onde Donald Trump venceu consecutivamente, em 2016 e em 2020, com 57% dos votos.
Em Nova Iorque, um estado tradicionalmente democrata, é Kamala Harris quem lidera as sondagens de intenção de voto.
O último candidato presidencial republicano que conseguiu vencer em Nova Iorque foi Ronald Reagan, em 1984.
À Lusa, Khalil, um ex-polícia e motorista da plataforma Uber de 60 anos, nascido no Líbano, acredita que a forte influência italiana em Staten Island faz com que os eleitores vejam Trump como um "homem de pulso firme" e o queiram apoiar.
"Eu não voto nele, mas toda a minha vizinhança italiana vota. Ele é visto como um homem tradicional e bem-sucedido nos negócios, por isso acreditam que ele vai travar a inflação", argumentou Khalil, que referiu também não ser apoiante da vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, devido ao seu forte apoio a Israel.
"Outro motivo para votarem em Trump é porque estão a construir abrigos para imigrantes aqui. As pessoas não estão felizes com isso", acrescentou.
Desde 1936, apenas quatro candidatos presidenciais democratas conseguiram vencer em Staten Island.
Jennifer Aldridge, de 47 anos, confessa que não fala de política com a família "porque todos eles votam em Trump", enquanto ela votou em Kamala Harris.
A eleitora fez-se acompanhar à assembleia de voto com a sua filha de apenas um ano, frisando à Lusa que é também por causa da bebé que votou em Kamala: "para garantir que ela pode tomar as suas próprias decisões, sobre o seu próprio corpo", recordando a oposição de Donald Trump ao aborto.
"Se ele ganhar, será um terrível momento para se ser mulher nos Estados Unidos. Trump é um homem misógino, que menospreza as mulheres, e não me cabe na cabeça haver uma única mulher a sair em defesa dele", argumentou Jennifer.
Mais de 80 milhões de 240 milhões de eleitores norte-americanos votaram antecipadamente para as eleições de hoje, que decidem quem sucederá a Joe Biden na presidência, o controlo das duas câmaras do Congresso, além de postos de governadores estaduais e cargos a nível estadual e local.
Nas eleições presidenciais, o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores" representativos dos 50 estados norte-americanos (e da capital federal Washington, DC).
Dado que a maioria dos estados vota de forma inequívoca e repetida num dos partidos, tudo é decidido nos chamados estados flutuantes (`swing states`), que as sondagens dizem poder vir a ter resultados muito renhidos. Para estas eleições, os estados considerados decisivos são: Geórgia, Carolina do Norte, Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada.
Nestas eleições, os 435 assentos na Câmara dos Representantes serão renovados, havendo atualmente maioria republicana de 220-213. Apenas 34 dos 100 senadores vão a votos, deixando em aberto também o controlo do Senado, onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal.
Homem detido com líquidos inflamáveis, tocha e pistola de sinalização
De acordo com Thomas Manger, chefe daquela unidade policial, pensa-se que o suspeito pretenderia causar um incêndio no interior do complexo. Por agora, são incertas as motivações desta ação.
A Polícia do Capitólio vai manter-se em alerta máximo para possíveis ameaças até ao dia da tomada de posse do novo presidente, em janeiro.
Os fechos de assembleias de voto em horário de Portugal continental
- 23h00: fecha a maior parte das assembleias de voto nos Estados do Indiana e do Kentucky;
- 0h00: as urnas encerram na Geórgia, um dos Estados decisivos, na Carolina do Sul, Virgínia, Vermont e em quase toda a Florida. O mesmo acontece nas restantes assembleias do Indiana e do Kentucky;
- 0h30: é fechada a votação na Carolina do Norte, também apontada como Estado decisivo, no Ohio e na Virgínia Ocidental;
- 1h00: fecham as assembleias de voto no Alabama, Connecticut, Delaware, Distrito de Colúmbia (Washington DC), no que resta da Florida, no Illinois, parte do Kansas, Maine, Maryland, Massachusetts, a maior parte do Michigan, Mississípi, Missouri, New Hampshire, Nova Jérsia, Oklahoma, a determinante Pensilvânia, Rhode Island, Tennessee e parte do Texas;
- 1h30: fecho da votação no Arkansas;
- 2h00: encerram as assembleias no Arizona, Colorado, Iowa, no resto do Kansas, Louisiana, num derradeiro distrito do Michigan, Minnesota, Nebrasca, Novo México, Nova Iorque, Dacota do Norte, Dacota do Sul, no restante Texas, Wisconsin e Wyoming;
- 3h00: fecho em parte do Idaho, no Montana, Nevada e Utah:
- 4h00: encerra-se a votação na Califórnia, no restante Idaho, no Oregon e Washington;
- 5h00: Hawai;
- 6h00: Alasca.
Otimismo no campo de Harris, atenção à votação no campo de Trump
No flanco oposto, Trump escolheu o seu clube em Mar-a-Lago para iniciar o dia, pelas 6h00 locais, no rescaldo do último comício em Grande Rapids, no Michigan. Fontes próximas do 45.º presidente, igualmente citadas pela CNN, dão conta de um candidato preocupado em solicitar múltiplas atualizações do andamento da votação.
A noite da contagem dos votos nos Estados Unidos
Um dado do início da noite: o barómetro final libertado pelo jornal The Washington Post dá vantagem a Kamala Harris nos quatro Estados ditos oscilantes que podem ditar o desfecho da eleição: Nevada, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
A candidata democrata votou antecipadamente por correio. O adversário republicano votou presencialmente e quis deixar a garantia de que reconhecerá uma eventual derrota. Com uma ressalva - somente se considerar que esta é justa.Donald J. Trump rejeitou quaisquer intenções de incitar os apoiantes à violência.
A RTP vai estar a acompanhar, em permanência, o evoluir da noite eleitoral.
Norte-americanos vão a votos. O que disseram os candidatos nos últimos comícios?
Para a atual vice-presidente e ex-procuradora geral e senadora da Califórnia, “temos a oportunidade de virar finalmente a página de uma década de projetos políticos movidos pelo medo e pela divisão”.
Em Filadélfia, berço da democracia norte-americana, e num cenário escolhido cuidadosamente, junto a uma grande escadaria que ficou imortalizada no filme Rocky, a candidata democrata recordou que “gerações antes de nós lideraram a luta pela liberdade, e agora o bastão está nas nossas mãos”.
“Precisamos de começar a trabalhar e fazer com que as pessoas votem”, apelou.
No discurso final da sua curta campanha de 107 dias, Kamala Harris realçou que nestas eleições, "temos a oportunidade de virarmos finalmente a página de uma década de políticas alimentadas por medos e divisões. Estamos fartos disso. Estamos fartos! Estamos exaustos com isso", sublinhou. "Não vamos voltar atrás. Não vamos voltar atrás", garantiu com os apoiantes a apoiá-la nas palavras. "Não vamos retroceder porque a América está pronta para um recomeço, estamos prontos para um presidente que sabe que o verdadeiro peso do líder, não se mede por quem derrotamos. Baseia-se quem conseguimos elevar".
Harris ofereceu novamente aos eleitores a promessa de um país mais gentil e compassivo. A "lista de inimigos" de Trump, insistiu, está prestes a ser suplantada por sua "lista de afazeres".
Kamala enumerou de seguida a lista algumas das coisas que promete fazer depois de ser eleita, incluindo proibir a prática de preços abusivos por empresas em alimentos, cortar impostos para trabalhadores e famílias de classe média e diminuir o custo dos cuidados de saúde, acrescentando: "o acesso aos cuidados de saúde deve ser um direito e não apenas um privilégio daqueles que podem pagar".
A candidata democrata, que ainda é vice-presidente dos EUA, vai passar esta terça-feira na Casa Branca em Washington Kamala Harris voltou ainda a pegar num dos seus cavalos de batalha ao mencionar o direito das mulheres de decidir sobre os seus próprios corpos e a determinação em sancionar leis que protejam a liberdade reprodutiva das mulheres.
“A América está pronta para um novo começo”, afirmou Harris. “Pronta para um novo caminho a seguir, onde vemos nosso compatriota americano, não como um inimigo, mas como um vizinho.”
Kamala garantiu ainda que o seu partido está “otimista e entusiasmado por aquilo que podemos fazer. É tempo para uma nova geração de liderança nos Estados Unidos e eu estou pronta para vos oferecer essa liderança como próxima presidente dos Estados Unidos da América”. A candidata democrata espera que estas eleições signifiquem um virar de página em relação à política do medo e da divisão. "Esta noite, pergunto-vos uma última vez: estão prontos para fazerem ouvir as vossas vozes? Acreditamos na liberdade? Acreditamos nas oportunidades? Acreditamos no sonho da América? Estamos a postos para lutar por isso? E quando lutamos, ganhamos. Que Deus vos abençoe e os Estados Unidos da América", afirmou a candidata democrata na reta final do último comício.
O último comício de Kamala Harris contou com uma série de celebridades, como Lady Gaga e Oprah Winfrey, entre outros.
“Deus salvou-me para salvar a América”Donald Trump prometeu em Grand Rapids, no Estado do Michigan, um dos sete decisivos para estas eleições, que quer “conduzir a América e o Mundo a novos patamares”, realçando que estava numa ótima “posição” para regressar à Casa Branca.
"Muita gente diz que Deus salvou-me para eu salvar a América. Há muita gente a dizer isso. E com a vossa ajuda cumpriremos essa missão extraordinária. Juntos iremos cumpri-la e vamos salvar o nosso país. Houve muita gente a dizer isso", afirmou Trump numa referência às tentativas de assassinato de que foi alvo ao longo desta campanha.
Trump voltou a encerrar a campanha no Michigan, como aconteceu em 2016 e 2020. O candidato republicano vai passar o dia das eleições na Flórida, onde irá votar, apesar de ter dito de início que iria optar pelo voto antecipado."A todos os cidadãos do nosso país, peço a honra do vosso voto. Não quero o vosso dinheiro, não quero nada. Só quero o vosso voto. Estamos na reta final".
O último comício de Donald Trump ficou marcado pela ausência de Ivanka Trump, a filha que foi sua conselheira na Casa Branca durante o primeiro mandato, e de mulher Melania Trump. Os restantes filhos, noras e genros estiveram ao lado do candidato republicano.
No último comício, ao qual chegou cerca de duas horas atrasado, Donal Trump não poupou nas críticas à presidência de Barack Obama. "É um movimento inédito e vai ser um movimento que vai salvar o nosso país. Vai ser um movimento que nos vai salvar. Mas é triste, porque nunca teremos isto. Mas teremos outras reuniões, com tudo o que temos feito ao longo de todos estes anos de trabalho”, começou por esclarecer.
Para de seguida atacar o seu antecessor na Casa Branca, “começámos com uma situação muito má há quatro anos. Foi angustiante ter de esperar quatro anos. E se não estive muito bem, farei agora muito melhor que na primeira vez. Não faria isto se tivesse menos votos. Tivemos quase mais de 12 milhões de votos. E o Obama, o Barack Hussein Obama, não conseguiu isso. Teve muito menos votos que qualquer outro candidato da segunda vez. E ele ganhou”.
No seu discurso no último comício, Donald Trump voltou também a atacar o atual presidente, Joe Biden, a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosy, e o principal investigador do primeiro impeachment, Adam Schiff.
“Joe Biden, em um de seus momentos de loucura, disse que éramos todos lixo”, comentou Trump, acrescentando “Eles roubaram a eleição de um presidente”, numa aparente referência à desistência de Biden da campanha para ser substituído por Harris.
Donald Trump frisou ainda que o país está em perigo e que estas eleições vão salvar o país.
"Temos a bola na mão. Estamos na linha dos dois metros, talvez menos de um metro, mas está nas nossas mãos e se marcarmos será o maior evento da história do nosso país. E deixem-me dizer que vai ser muito mais importante, vai salvar o nosso país. Porque o país está em perigo. Outra coisa que devem saber é que Kamala partiu e eu vou arranjar, e depressa", prometeu.
A candidata republicana foi ainda acusada de ter um QI baixo e de ser mentirosa.
“Kamala é uma pessoa de QI muito baixo e não precisamos de um indivíduo de QI muito baixo. Temos isso há quatro anos e nosso país está a ir pelo ralo”, acusou Trump.
"Se você votar na mentirosa Kamala, terá mais quatro anos de miséria, fracasso e desastre dos quais nosso país pode nunca se recuperar", acrescentou.