Apurados 99,9% dos votos, o PP obtém 33,3%, elegendo 136 deputados. O PSOE obtém 31,7% e elege 122 deputados ao Congresso. O Vox soma 12,4%, garantindo 33 assentos. O Sumar obtém 12,3% e elege 31 deputados.
"Vou encarregar-me de iniciar o diálogo para formar governo", afirmou o líder do PP, no termo de uma noite eleitoral que pode abrir caminho a semanas de dúvida no desenho da próxima solução de poder executivo em Espanha.
"Os espanhóis sabem que passámos de segunda força, com 89 deputados, para partido mais votado, com 136 assentos, 136 deputados. Passámos de uma percentagem de voto de menos de 21 por cento para 33 por cento. Ganhámos em 40 das 52 províncias e cidades autónomas de Espanha e temos uma grande maioria que, provavelmente, será uma maioria absoluta no Senado", vincou Alberto Núñez Feijóo, captando os aplausos dos milhares de apoiantes que o ouviam.
"Nunca, nunca antes o nosso partido havia subido com tanta intensidade em eleições gerais. Superámos o PSOE em votos e assentos e, enquanto o PP sobe 47 assentos, o Governo de coligação não ganhou nem um assento relativamente às eleições anteriores", prosseguiu Feijóo.
"Amigos, obtivemos um resultado que, há pouco mais de um ano, parecia impossível. Conseguimos oito milhões de votos, mais três milhões de votos do que nas últimas gerais. Qual é a nossa obrigação, agora? A nossa obrigação é que não se abra um período de incertezas em Espanha. Os espanhóis deram-nos a confiança no PP e também disseram a todos os partidos do arco parlamentar para que dialoguemos. Como candidato do partido mais votado, creio que o meu dever é abrir o diálogo, para liderar desde o primeiro minuto, esse diálogo e tentar governar o nosso país de acordo com os resultados eleitorais e a vitória eleitoral", sustentou.
"Vou encarregar-me de iniciar o diálogo para formar governo de acordo com a vontade maioritária dos espanhóis expressa nas urnas este domingo. E peço formalmente que ninguém tenha a tentação de voltar a bloquear Espanha", acentuou.
Feijóo reconheceria: "O que temos pela frente não vai ser fácil".
"Sánchez poderia inclusivamente ser investido", admite o líder do Vox, da extrema-direita, no seu discurso da noite eleitoral.
"Estivemos em toda a campanha a alertar para o perigo de sondagens claramente manipuladas e que levaram alguns a vender a pele do urso antes de o caçar", rematou.
Perante os apoiantes concentrados diante da sede dos socialistas, o líder do PSOE festejou o que descreveu como o "fracasso" das direitas. "Tivemos mais votos e mais assentos do que há quatro anos", fez notar Pedro Sánchez.
"Conseguimos mais votos e mais assentos e maior percentagem do que há quatro anos", propugnou Sánchez. "O bloco do retrocesso, que defendia a derrogação dos avanços dos últimos quatro anos, fracassou", completou.
A líder do Sumar já fez o seu discurso da noite. "Hoje creio que as pessoas vão dormir mais tranquilas", lançou Yolanda Díaz.
Fontes do Partido Popular, citadas pela RTVE, adiantam que Feijóo se prepara para reivindicar o direito a formar governo.
#Especial23JRTVE | Fuentes del PP confirman a RTVE que Feijóo reivindicará su derecho a formar Gobierno y pedirá al resto de partidos 'que permitan la investidura del candidato que ha ganado las elecciones'
— RTVE Noticias (@rtvenoticias) July 23, 2023
💬 @guerreroclavelhttps://t.co/1YKsdA9ocs pic.twitter.com/IUIkhl6ext
Com mais de 90% dos sufrágios apurados, o PP obtém 136 assentos parlamentares, o PSOE 122, o Vox 33 e o Sumar 31.
Con el 91,7% escrutado, se mantienen los resultados sin que ningún bloque obtenga la mayoría suficiente para gobernar#EleccionesGenerales2023 #Especial23jRTVE https://t.co/GCX1Q27tCm pic.twitter.com/FXXN3yLSIe
— RTVE Noticias (@rtvenoticias) July 23, 2023
O Partido Popular alcança 136 assentos no Congresso dos Deputados, ao passo que o PSOE chega aos 122. Vox e Sumar conservam, respetivamente, 33 e 31 assentos.
Os apoiantes de Pedro Sánchez concentram-se timidamente diante da sede do partido em Madrid.
#Especial23JRTVE | Alegría contenida a esta hora en la sede del PSOE
— RTVE Noticias (@rtvenoticias) July 23, 2023
Con el actual porcentaje de escrutinio, la formación mejora en 7 escaños el resultado de 2019
💬 @galanalba #EleccionesGenerales2023https://t.co/1YKsdA9ocs pic.twitter.com/pnvJmQzywP
O PP soma neste momento 132 deputados, o PSOE 126, o Vox 33 e o Sumar 30.
O PP soma agora 131 assentos, o PSOE 128, o Vox 33 e o Sumar 30.
O PP toma a dianteira com 54% do escrutínio completo - soma 131 assentos contra 130 do PSOE. O Vox soma 31 assentos, mais um do que o Sumar.
André Ventura a contar com reflexos eleitorais de Espanha em Portugal
Militantes do partido de Feijóo concentram-se diante da sede do partido em Madrid
O partido, observa a agência Lusa, montou ali um palco a partir da varanda do edifício, com um ecrã gigante e o slogan que o PP empregou na campanha: "É o momento".
Segundo os dados mais recentes, a participação eleitoral situa-se em 68,49%. São mais 2,26 pontos do que nas últimas eleições.
O escrutínio prossegue. Falta ainda conhecer os números da votação por correspondência e as grandes circunscrições
Espanhóis terão mesmo votado pela mudança, apontam as projeções reveladas imediatamente após o fecho das urnas
A confirmarem-se tais resultados, o Partido Popular não alcança a maioria absoluta, mas consegue sozinho mais do que o PSOE e o Sumar congregados.O terceiro e o quarto lugares nestas legislativas revelam-se, por isso mesmo, decisivos para a formação do próximo governo.
O Sumar, que junta as esquerdas, poderá eleger entre 28 e 31 deputados, com 13,3 por cento dos votos. O lhe dará um terceiro lugar.
O Vox, da extrema-direita, perde lugares face à última eleição, em 2019. Com 11,2 por cento dos votos, obtém entre 24 e 27 assentos parlamentares. Resultado que, a confirmar-se, pode dar maioria absoluta ao PP, caso se coligue ao partido Vox.
"Há uma tendência de voto útil muitíssimo acentuada do Vox para o PP"
Rodrigo Jimenez - EPA
Para Bernardo Pires de Lima, "há uma tendência de voto útil muitíssimo acentuada do Vox para o PP".
À direita, na sede do PP, sobressai já a ideia de que Alberto Núñez Feijóo será o próximo inquilino da Moncloa
Pelo PP pronunciou-se Cuca Gamarra, secretária-geral do partido.
Prudência foi a primeira palavra de ordem a sair do quartel-general do Sumar. A reação coube ao porta-voz Ernest Urtasun.
A primeira reação do PSOE, do presidente cessante do Governo, Pedro Sánchez, coube à porta-voz Pilar Alegria.
"Estamos a trabalhar com as avaliações", sublinhou, com "máxima prudência".
Entre os socialistas, reina a cautela face às projeções
Por sua vez, a enviada especial a Espanha Ana Marques Faria está a aguardar as reações do PP.
Segundo a projeção da RTVE, o PP ganha e pode alcançar a maioria absoluta com o Vox
Em síntese, o PP seria o partido mais votado, com 34,2 por cento dos votos. Num cenário de coligação com o Vox, que poderá obter 11,2 por cento dos sufrágios, ambas as forças à direita obteriam 169 a 177 assentos. O que só daria uma maioria absoluta aos populares de Alberto Núñez Feijóo no cenário mais favorável.
O PSOE, de Pedro Sánchez, obterá 28,9 por cento dos votos. Ou seja, os socialistas melhoram o resultado de 2019 em votos, mas não em assentos parlamentares.
O Sumar, força parceira do PSOE, pode alcançar os 13,3 por cento.
Está em curso o escrutínio.
En 22.000 colegios electorales de todo nuestro país ya ha comenzado el recuento de votos.https://t.co/6q3tChD3kj#EleccionesGenerales2023#Especial23jRTVE pic.twitter.com/9bgPMS3Trb
— RTVE (@rtve) July 23, 2023
53,12% votaram até às 18h33
Apesar do forte dispositivo de segurança montado para o ato eleitoral, não foi reportado qualquer incidente até ao final da tarde, de acordo com os secretários de Estado espanhóis da Comunicação, Francesc Vallès, e do Interior, Isabel Goicoeche.
Aproxima-se o momento da decisão
Os quatro principais candidatos votaram logo pela manhã. Sanchéz, Feijóo, Días e Abascal deixaram apelos para que os espanhóis se deslocassem às mesas de voto, acenando como potencial histórico do ato eleitoral. Ao início da tarde, a correspondente da RTP em Espanha, Ana Romeu, sintetizava o que estavam em jogo neste escrutínio. Às 14h00 locais, a participação eleitoral era de 40,23 por cento, mais 2,4 do que nas últimas eleições gerais, de 10 de Novembro de 2019, de acordo com dados do Ministério espanhol do Interior.Ao final da tarde, pelas 18h00 locais, a participação cifrava-se em 53,01 por cento, menos 3,78 pontos face a 2019.
A maior parte das sondagens publicadas até à última semana apontou para uma viragem à direita, com a vitória do Partido Popular, mas sem uma maioria absoluta. O que poderia implicar uma aliança com o Vox. Só uma das sondagens, a derradeira a ser publicada pelo público Centro de Investigações Sociológicas, deu a vitória aos socialistas, com a nova plataforma de esquerda, Sumar, a ficar no terceiro lugar.
Na sexta-feira, no cair do pano sobre a campanha, os quatro principais líderes fizeram um último apelo ao voto.
Sánchez alertou para os perigos de um governo de coligação entre PP e Vox. Por seu turno, Alberto Núnez Feijóo pediu uma maioria confortável para governar sozinho. Ana Romeu, correspondente da RTP em Espanha
PSOE, Vox e PP escolheram Madrid para os últimos comícios. Só o PP optou pelo encerramento da campanha na Galiza.
Sánchez, Feijóo, Abascal ou Díaz. Os candidatos e os programas em jogo nas eleições de Espanha
Os quatro candidatos favoritos à presidência do governo espanhol apresentam ideias, propostas e visões distintas para o país.
Programas Eleitorais do Sumar, PSOE, PP e Vox | Edição - RTP
- Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista (PSOE)
Principais medidas:
- “Política económica ao serviço da cidadania”: estímulo ao crescimento económico sustentável e à criação de empregos, com medidas de apoio às pequenas e médias empresas.
- “Elevador social que garanta o bem-estar e a igualdade de oportunidades”: investimento em educação e saúde pública para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços.
- “Uma agenda verde”: implementação de políticas para impulsionar a transição ecológica, através das energias renováveis e combater as mudanças climáticas.
- “Espanha Feminista”: promoção de políticas de igualdade e inclusão social, com foco em questões de género e igualdade salarial. “Aberta ao mundo”: fortalecimento da coesão europeia, manifestação de apoio à Ucrânia na luta pela paz, liberdade, soberania e integridade territorial.
- Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP)
Principais medidas:
- “Crescer de forma sustentável”: Redução da carga fiscal e um “desagravamento fiscal imediato para as famílias”, eliminando o imposto sobre as grandes fortunas, para estimular o crescimento económico e aumentar a competitividade das empresas.
- “Cuidar e prosperar”: Implementação de um pacto de Estado que melhore a conciliação da vida profissional e familiar, a maternidade, a paternidade e a família, e de um exame único de acesso à universidade para todo o país.
- “Regenerar e respeitar”: Reforma da “Lei da Memória Democrática” por uma nova lei consensual e da da Lei Orgânica do Tribunal Constitucional "para restaurar o seu prestígio institucional, garantir a excelência profissional, a desvinculação política e a exemplaridade dos seus membros".
- “Servir”: Promoção dos direitos dos cidadãos, em relação à ação administrativa e à inteligência, pretende reformar a Administração Geral do Estado que ofereça um serviço mais transparente “com horários alargados e sem marcação prévia”, recuperando “o atendimento pessoal, presencial e sem demoras”.
- “Liderar e influir": Compromisso em reforçar os laços com a comunidade ibero-americana de nações e a “liderar os esforços europeus para assinar o acordo UE-Mercosul.
Aceda aqui ao Programa Eleitoral do PP
- Santiago Abascal, líder do partido Vox
Principais medidas:
- “Igualdade entre os espanhóis”: redução da autonomia regional e centralização do poder em Madrid, com uma devolução imediata ao Estado das competências em matéria de educação, saúde, segurança e justiça.
- “Unidade de Espanha”: defesa da unidade nacional, oposição ao separatismo catalão, revogação da lei da Memória Democrática ou LGBTI.
- “Empregos e salários dignos”: aumento dos salários, redução drástica dos impostos e da regulação abusiva, aumento dos incentivos fiscais para a contratação jovem, maior de 45 anos, grávidas ou mães e pais de filhos com incapacidade;
- “Tributação para a prosperidade”: supressão do Imposto sobre a riqueza das grandes fortunas, eliminação do imposto sobre o património, sobre as sucessões, as doações e as mais-valias em todo o território nacional.
- “Segurança e Defesa”: fortalecimento das fronteiras e políticas de imigração mais restritivas.
- Yolanda Díaz, líder do partido Sumar
Principais medidas:
- “Mais emprego, com melhores condições de trabalho” através da diminuição da taxa de desemprego, da criação de novos postos de trabalho, da redução do horário de trabalho sem reduzir o salário ou do aumento do salário mínimo.
- “Aumentar o poder de compra face aos efeitos da inflação” controlando o preço dos arrendamentos, estabelecendo um cabaz de compras básico, variado, de qualidade e acessível a todas as famílias ou facilitando o pagamento de hipotecas de taxa variável às famílias.
- “Promover a igualdade de género no mercado de trabalho e na prestação de cuidados” através da eliminação das disparidades salarias entre homens e mulheres e a aplicação do princípio, de um salário igual para trabalho igual.
- “Mais igualdade e melhor proteção social” através da implementação de um “Subsidio Universal” de 20 000 euros, aos 23 anos de idade, para ajudar os jovens a prosseguirem os estudos ou a iniciarem uma carreira e a tornarem-se independentes.
- “Uma tributação justa” por meio de uma reforma profunda do sistema fiscal espanhol e promovendo melhor políticas públicas.
Aceda aqui ao Programa Eleitoral do Sumar
Registou-se o maior número de pedidos de voto por correio da história - 2,6 milhões -, de acordo com os Correios de Espanha. Mais de 2,47 milhões de eleitores fizeram esta opção, segundo dados conhecidos no sábado.
Vitória da esquerda ou da direita, maioria absoluta ou coligações, o destino do país vizinho contínua em aberto até ao encerramento das urnas.
Espanhóis almejam que situação política fique definida nestas eleições
Vincent West - Reuters
E esta realidade, a par com a bipolarização, reforçam as incertezas sobre os resultados como se percebe da reportagem de Isabel Cunha junto de alguns eleitores de Madrid.
Como as autoridades eleitorais espanholas se adaptaram a férias e calor
Foto: Angeles Visdomine - EPA
Fortes medidas de segurança rodeiam eleições espanholas
Juan Medina - Reuters
Estas eleições decorrem sob fortes medidas de segurança e com recursos pouco habituais. São as primeiras em pleno verão e por causa do calor há ventoinhas, aparelhos portáteis de ar condicionado e águas para distribuir aos eleitores.
Elementos que complementam uma complicada operação logística, como constatou o enviado especial da Antena 1 a Espanha, Mário Antunes.
Número histórico em Espanha. Mais de 2,47 milhões votaram por correio
Para as eleições gerais antecipadas de domingo são chamados a votar 37.469.142 de eleitores, aos quais é confiada a escolha de 350 deputados e 208 senadores.
Ana Romeu, correspondente da RTP em EspanhaFace à quantidade de pedidos, a empresa pública Correios acautelou um contingente de 21 mil profissionais. E os horários das estações de correio foram expandidos até às 22h00.
Para votar desta forma, um eleitor espanhol deve fazer um pedido prévio, na internet ou numa estação de Correios. A documentação é-lhe entregue em mãos. A entrega do voto tem de ser feita obrigatoriamente numa estação da empresa pelo próprio eleitor, cuja identidade é confirmada por um funcionário.O prazo para votar por correspondência chegou ao fim às 14h00 de sexta-feira.Durante a campanha eleitoral, o líder do Partido Popular, força de direita que encabeçou a generalidade das sondagens, apelou aos carteiros que que, "independentemente dos chefes", distribuíssem a documentação para votar, trabalhando "de manhã, à tarde e à noite".
A ascensão da extrema-direita do norte ao sul da Europa
Suécia, Itália, Finlândia, Grécia, Alemanha - multiplicam-se os países europeus que têm celebrado vitórias de pendor populista e pactos de direita e de extrema-direita nas eleições legislativas, regionais e locais dos últimos meses.
Espanha poderá ser o próximo país na lista, com o cenário da formação de um governo partihado pelo Partido Popular (PP), de Alberto Feijóo, e o Vox, de Santiago Abascal. Isto de acordo com as possibilidades traçadas pelas sondagens e após a vitória da direita e da extrema-direita espanholas nas eleições regionais e locais de 28 de maio.
No último ano, a extrema-direita conseguiu resultados nunca antes alcançados em democracia: em Itália tornou-se a primeira força política do país, na Suécia e na Finlândia converteu-se na segunda maior de ambos os países, entrou nos governos e impôs o seu programa eleitoral, na Grécia conseguiu uma representação sem precedentes no Parlamento e na Alemanha conseguiu conquistar o seu primeiro governo regional.
Tudo começou na Suécia, em setembro do ano anterior, depois de os Democratas Suecos (SD) liderados por Jimmie Akesson - um partido conservador e nacionalista e com raízes neonazis - terem chegado ao poder, através da coligação com o partido conservador Moderados, do atual primeiro-ministro Ulf Kristersson, e se ter tornado a segunda maior força política do país.
O Partido dos Finlandeses garantiu não só o cargo de vice-primeira-ministra à líder do partido, Riikka Purra, como um terço de ministérios importantes no atual Governo. Além disso, o atual presidente do Parlamento finlandês e ex-presidente do partido Verdadeiros Finlandeses, Jussi Halla-aho, anunciou a intenção de apresentar a candidatura às presidenciais, marcadas para janeiro de 2024.
No passado mês de junho, na Grécia, com uma vitória clara (40,5 por cento dos votos), o partido conservador de direita Nova Democracia (ND), de Kyriakos Mitsotakis, garantiu um novo mandato. E a extrema-direita também aumentou a presença no Parlamento grego: entre o partido da direita cristã ortodoxa Niki, o partido neonazi Espartanos, apoiado pelo ex-líder da Aurora Dourada, e os ultranacionalistas da Solução Grega (EL), conseguiu quase 13 por cento dos votos.
Finalmente, a ascensão da extrema-direita aparenta dirigir-se para a Península Ibérica, com um cenário de pacto entre o Partido Popular e o Vox.
O Vox pretende chegar à Moncloa depois de ter conseguido alcançar o poder executivo nas comunidades autónomas, com o recurso a um discurso populista, nacionalista e ruralista, a promessa de luta contra a imigração e a eliminação de direitos e liberdades sociais, como a lei do Aborto, a lei da Eutanásia ou a lei de Garantia da Liberdade Sexual, “Apenas Sim é Sim”.
Depois de anos de avanços sociais na Europa, assiste-se a um momento de reação conservadora, muitas vezes capitalizando os efeitos das diversas crises - financeira, humanitária, energética, climática, sanitária ou ainda da guerra na Ucrânia. As forças ditas populistas assentam o discurso político nas dificuldades socioeconómicas, no desencantamento, na desconfiança das elites e na incerteza, apresentando-se como a mudança de rumo que resolve todos os problemas.
Os cidadãos da UE terão várias eleições decisivas pela frente: em Espanha, já este domingo, na Polónia, em novembro de 2023, e na Bélgica e na Europa, em junho de 2024.