Entre satélites e a Terra. Asteroide 2023 BU atravessou a ponta da América do Sul

por RTP
NASA

O asteroide 2023 BU, com o tamanho de um camião, atravessou esta sexta-feira a ponta sul da América do Sul, cerca das 3h00. A rocha espacial aproximou-se da terra a uma velocidade de 3.600 quilómetros, dez vezes mais perto do que muitos conjuntos de satélites de comunicação que circulam visíveis no céu.

O asteroide foi identificado no passado sábado pelo astrónomo amador Gennadiy Borisov, do observatório MARGO, em Nauchnyi, na Crimeia, península ucraniana que a Rússia anexou em 2014.

A descoberta foi depois confirmada por outros astrónomos mundiais.

O 2023 BU tinha um tamanho estimado de 3,5 metros a oito metros de diâmetro.

Em comparação, o famoso meteoro Chelyabinsk, que entrou na atmosfera terrestre a sul da Rússia em 2013, tinha cerca de 20 metros de diâmetro. E produziu uma onda de choque que provocou estilhaços.

Cientistas da NASA afirmaram que a órbita do 2023 BU foi modificada pelo encontro com a Terra: a gravidade do planeta puxou-o e ajustou o seu caminho no espaço.


“Antes de encontrar a Terra, a órbita do asteroide à volta do Sol era aproximadamente circular, aproximando-se da órbita da Terra, levando 359 dias a completar a trajetória sobre o Sol”, afirmou a NASA.

Segundo a agência espacial norte-americana, “após o seu encontro a órbita do asteroide será mais alongada, deslocando-o para cerca de meio caminho entre as trajetórias da Terra e de Marte no ponto mais afastado do Sol. O asteroide completará então uma órbita a cada 425 dias”.

No entanto, foi uma das aproximações mais próximas registadas de um objeto a acercar-se da Terra.


As estatísticas indicam que apenas 40 por cento dos asteroides foram vistos e avaliados para determinar o nível de ameaça que podem representar.
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