Mundo
Guerra na Ucrânia
Erdogan associa alargamento da NATO à Suécia à entrada da Turquia na UE
O presidente turco surpreendeu esta segunda-feira as chancelarias internacionais com a ideia de que uma luz verde de Ancara à entrada da Suécia na Aliança Atlântica poderia ser condicionada à abertura da União Europeia à Turquia. Na véspera da cimeira da NATO em Vilnius, Recep Tayyip Erdogan deixa um repto aos “países que há mais de 50 anos fazem a Turquia esperar à porta” do bloco europeu.
“Estou a apelar daqui a estes países que há mais de 50 anos fazem a Turquia esperar à porta da União Europeia”, afirmou o presidente turco, pouco antes de partir para a Lituânia, onde na terça-feira se inicia a cimeira da NATO.
“Primeiro, venham e abram caminho à Turquia na União Europeia e depois abriremos caminho à Suécia, tal como fizemos com a Finlândia”, acrescentou Erdogan, para deixar claro, de imediato, que tenciona levar este argumento para a mesa das conversações em Vilnius.O dossier da candidatura turca à União Europeia está congelado há vários anos, depois de as conversações terem sido desencadeadas em 2005, quando Recep Tayyip Erdogan cumpriu o primeiro mandato como primeiro-ministro.
Suécia e Finlândia avançaram com as respetivas candidaturas à entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte em 2022. Responderam assim à invasão russa da Ucrânia, pondo termo a décadas de política de não-alinhamento – postura que perdurou durante os anos da Guerra Fria.
A adesão da Finlândia à Aliança Atlântica recebeu luz verde em abril. Mas o dossier sueco tem sido bloqueado por turcos e húngaros.
A caminho de Vilnius, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou com Recep Tayyip Erdogan, a quem afirmou querer a Suécia o mais rapidamente possível no seio da Aliança Atlântica. Ancara reitera que as autoridades de Estocolmo continuam aquém do que é necessário no que diz respeito ao cumprimento do acordo alcançado há um ano, durante a cimeira da Aliança Atlântica em Madrid. Ou seja, o Governo turco considera que a Suécia insiste em acolher “terroristas”, nomeadamente membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Quanto ao cenário de uma futura entrada da Ucrânia na NATO, Erdogan considera que tal só pode ser encarado num quadro de pós-guerra.
c/ agências
“Primeiro, venham e abram caminho à Turquia na União Europeia e depois abriremos caminho à Suécia, tal como fizemos com a Finlândia”, acrescentou Erdogan, para deixar claro, de imediato, que tenciona levar este argumento para a mesa das conversações em Vilnius.O dossier da candidatura turca à União Europeia está congelado há vários anos, depois de as conversações terem sido desencadeadas em 2005, quando Recep Tayyip Erdogan cumpriu o primeiro mandato como primeiro-ministro.
Suécia e Finlândia avançaram com as respetivas candidaturas à entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte em 2022. Responderam assim à invasão russa da Ucrânia, pondo termo a décadas de política de não-alinhamento – postura que perdurou durante os anos da Guerra Fria.
A adesão da Finlândia à Aliança Atlântica recebeu luz verde em abril. Mas o dossier sueco tem sido bloqueado por turcos e húngaros.
A caminho de Vilnius, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou com Recep Tayyip Erdogan, a quem afirmou querer a Suécia o mais rapidamente possível no seio da Aliança Atlântica. Ancara reitera que as autoridades de Estocolmo continuam aquém do que é necessário no que diz respeito ao cumprimento do acordo alcançado há um ano, durante a cimeira da Aliança Atlântica em Madrid. Ou seja, o Governo turco considera que a Suécia insiste em acolher “terroristas”, nomeadamente membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Numa primeira reação a esta posição assumida pelo presidente turco, o chanceler alemão, Olaf Scholz, excluiu qualquer ligação entre as aspirações europeias da Turquia e a entrada da Suécia na NATO.
Por sua vez, a Casa Branca limitou-se a assinalar que sempre apoiou a vontade turca de aderir à União Europeia e continua a fazê-lo, acrescentando que este é um tema para ser discutido entre Ancara e os diretórios de Bruxelas. "O nosso foco é a Suécia, que está pronta para se juntar à aliança da NATO", sintetizou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Presidência norte-americana, citado pela Reuters.
Por sua vez, a Casa Branca limitou-se a assinalar que sempre apoiou a vontade turca de aderir à União Europeia e continua a fazê-lo, acrescentando que este é um tema para ser discutido entre Ancara e os diretórios de Bruxelas. "O nosso foco é a Suécia, que está pronta para se juntar à aliança da NATO", sintetizou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Presidência norte-americana, citado pela Reuters.
Quanto ao cenário de uma futura entrada da Ucrânia na NATO, Erdogan considera que tal só pode ser encarado num quadro de pós-guerra.
c/ agências