As autoridades norte-americanas divulgaram um vídeo que revela uma alegada manobra "perigosa" de um navio chinês, no Estreito de Taiwan. O incidente terá ocorrido no fim de semana, tendo a embarcação da Marinha chinesa intercetado bruscamente o trajeto de um navio de guerra dos Estados Unidos. Washington alega que a Marinha norte-americana evitou uma colisão e acusa a China de violar as regras marítimas em águas internacionais.
The Chinese and the Americans continue to have "friction" at sea and over the sea. ". According to (https://t.co/5yWrLiyYPY) the Canadian Global News, during the transition, a Chinese ship (it looks like the destroyer pr.052D) went to the crossing, demanding to change course. The… pic.twitter.com/0cO7WnlKYQ
— AUC3I (@AUC31) June 3, 2023
As imagens divulgadas mostram ainda o navio chinês a cortar o curso do contratorpedeiro norte-americano e a endireitar-se, para começar a navegar numa direção paralela. O Comando para o Indo-Pacífico considerou as ações das autoridades chinesas como uma violçaação das regras marítimas de passagem segura em águas internacionais.
O navio chinês não tentou, contudo, uma manobra semelhante na fragata canadiana, que navegava atrás do contratorpedeiro norte-americano.
“O trânsito do Chung-Hoon e do Montreal pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso conjunto dos EUA e do Canadá com um Indo-Pacífico livre e aberto”, afirmou o Exército norte-americano, em comunicado. “Os militares dos EUA voam, navegam e operam com segurança e responsabilidade em qualquer lugar permitido pela lei internacional”.
"Eles não estão aqui para uma passagem inocente. Eles estão aqui para provocar", declarou Li Shangfu, num discurso no Diálogo de Shangri-La.
"Os EUA causaram problemas e provocaram primeiro, enquanto a China lidou com isso de acordo com a lei e os regulamentos depois", disse Wang Wenbin aos jornalistas, citado pela Reuters.
“O melhor é que os países, especialmente as suas embarcações de guerra e caças, não realizem operações de aproximação em torno dos territórios de outros países”, disse Li. “Qual é o sentido de irem para lá? Na China, dizemos sempre: ‘ Trata da tua vida que eu trato da minha’”.
Recorde-se que os EUA recentemente acusaram a China de realizar também uma “manobra desnecessariamente agressiva” no ar, sobre o Mar do Sul da China.
Um caça chinês, modelo J-16, é visto num vídeo difundido pelo Pentágono a voar nas proximidades de um avião norte-americano, um RC-135, que é normalmente utilizado para vigilância. O piloto chinês posicionou-se então bem à frente do RC-135, que foi forçado a voar através da turbulência provocada pelo caça chinês.
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos. Os EUA também não reconhecem as reivindicações de Pequim sobre um território marítimo estratégico, através do qual passam cerca de cinco biliões de dólares (cerca de 4,68 biliões de euros) em comércio internacional todos os anos.