Ex-ministro de Lula candidata-se à presidência do Brasil por partido conservador
Aldo Rebelo, que foi ministro no primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nos governos de Dilma Rousseff (2011-2016), anunciou que será candidato à presidência em 2026 por um partido conservador.
Rebelo, que se afastou de Lula e passou a apoiar algumas das posições do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, anunciou na segunda-feira, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que vai concorrer à presidência pelo partido Democrata Cristão.
O político afirmou que a sua plataforma assentará em quatro pilares: retomar o crescimento, reduzir a desigualdade, reforçar a democracia e reconstruir a agenda da defesa nacional.
Rebelo criticou ainda duramente os órgãos públicos que processam crimes ambientais, uma postura também defendida por Bolsonaro.
Na sua opinião, os organismos ambientais são "responsáveis por paralisar o país, com a cumplicidade" de Lula, e propõe "remover esses obstáculos" para dinamizar a economia.
Rebelo tem um longo percurso político. Filiado no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante quatro décadas, foi deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados (a câmara baixa do parlamento) e ministro dos Assuntos Institucionais durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006).
Posteriormente, ocupou as pastas do Desporto, Ciência e Tecnologia e Defesa no governo de Dilma Rousseff, sucessora de Lula.
Em 2017, deixou o Partido Comunista e iniciou um percurso por vários partidos, inclinando-se cada vez mais para a direita.
Rebelo junta-se, assim, à lista de potenciais candidatos que disputam a reeleição de Lula, atualmente no seu terceiro mandato e a liderar todas as sondagens, a menos de um ano das eleições de outubro de 2026.
Enquanto as opções da esquerda giram em torno de Lula, a direita está dividida entre vários nomes.
Alguns deles incluem o senador Flávio Bolsonaro, um dos filhos do líder de extrema-direita, e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, de Goiás, Ronaldo Caiado, e de Paraná, Carlos Roberto Massa, também conhecido por Ratinho Jr.
O ex-Presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) está impedido de concorrer por abuso de poder durante a campanha de 2022 e após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos de prisão por ter liderado uma tentativa de golpe de Estado depois de perder as eleições de 2022 para Lula.