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Forças venezuelanas simulam resposta a invasão militar em exercícios junto à costa

As forças venezuelanas realizaram novos exercícios militares com sistemas antiaéreos na costa caribenha, informaram as autoridades do país no sábado, quando os Estados Unidos têm navios de guerra e tropas deslocados na região, alegadamente para combater o narcotráfico.

Lusa /
Movimentações militares na Venezuela Miguel Gutierrez - Lusa

As manobras ocorreram nos estados de Falcon (noroeste) e Sucre (nordeste), ao mesmo momento que o governo do Presidente Nicolás Maduro convocou exercícios de proteção civil para preparar a população para catástrofes naturais ou um eventual conflito armado.

As relações entre Washington e Caracas estavam já muito degradadas, mas atingiram um novo nível negativo desde que os Estados Unidos enviaram, há quase um mês, oito navios de guerra com uma força de 4.500 efetivos a bordo e um submarino nuclear para as Caraíbas, a que se juntaram na semana passada 10 caças furtivos F-35 deslocados para Porto Rico, para impedir o sobrevoo da aviação venezuelana sobre a sua armada, numa vasta operação militar oficialmente montada para alegadamente combater o tráfico de droga.

Segundo Washington, pelo menos três embarcações de alegados traficantes de droga provenientes da Venezuela foram destruídas, matando 14 pessoas.

Na Venezuela, a televisão pública VTV e o exército difundiram imagens das tropas em ação, bem como de mísseis antiaéreos Pechora de fabrico russo montados em camiões.

Os militares também dispararam em direção ao mar com canhões e desembarcaram de uma fragata com veículos anfíbios.

A Venezuela considera a presença norte-americana no Mar das Caraíbas como uma "ameaça militar".

Os seus soldados também realizaram exercícios com helicópteros e paraquedistas em zonas costeiras próximas de Trinidad e Tobago, um pequeno arquipélago vizinho que apoia oficialmente a intervenção americana.

De acordo com o New York Times (NYT) na semana passada a força de 4.500 efetivos militares atualmente a bordo dos oito navios de guerra deslocados para as águas do Caribe é muito pequena para invadir a Venezuela ou qualquer país que abrigue traficantes.

Mas também não está a operar na principal área marítima para realizar uma grande campanha de interdição de drogas, que seria o leste do Oceano Pacífico, segundo especialistas regionais citados pelo diário nova-iorquino.

O envio clandestino de forças de operações especiais de elite sugere que ataques ou incursões de comandos dentro da própria Venezuela podem estar a ser planejados, segundo os especialistas ao NYT.

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