França convoca segunda reunião sobre a Ucrânia com mais países europeus e o Canadá
A França convocou uma segunda reunião para discutir o conflito na Ucrânia e a segurança europeia na quarta-feira. Desta feira, o convite também foi endereçado aos países europeus que não estiveram presentes no encontro de segunda-feira, assim como o Canadá, aliado e membro da NATO.
De acordo com a agência Reuters, foram convidados vários países europeus para este encontro, nomeadamente a Noruega, Lituânia, Estónia, Letónia, República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia e Bélgica. Também o Canadá também deverá marcar presença nesta reunião.
Alguns dos países poderão participar por videoconferência, indicaram os diplomatas. Portugal também foi convidado a participar.
As negociações de segurança em Paris na segunda-feira não produziram medidas concretas, com os líderes europeus a esforçar-se para apresentar uma frente unida, numa altura em que há discórdia sobre o envio de tropas para a Ucrânia.
Emmanuel Macron garantiu, também esta terça-feira, que apesar dos esforços a França não está a planear enviar, em breve, militares para a Ucrânia.
Anúncio que acontece depois de a Administração norte-americana ter afirmado, esta terça-feira, que vai manter negociações com a Rússia sobre o fim da guerra na Ucrânia, após uma reunião inicial que excluiu Kiev.
O presidente Emmanuel Macron foi o anfitrião de uma reunião de emergência na última segunda-feira. O encontro juntou líderes da União Europeia, NATO e de países incluindo o Reino Unido, Alemanha e Itália, e foi convocado em resposta às iniciativas norte-americanas para negociar o fim da guerra na Ucrânia sem contar com países europeus.
Após esta primeira reunião de emergência em Paris, os líderes europeus continuam divididos sobre como responder à mudança drástica de política dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia, desde que Donald Trump regressou à Casa Branca, com a França e o Reino Unido a pressionar por garantias de segurança e a Alemanha a evitar qualquer sugestão mobilização de tropas para território ucraniano.
“Queremos uma paz sólida e duradoura na Ucrânia. Para isso, a Rússia deve cessar a agressão e isso deve ser acompanhado por garantias fortes e confiáveis de segurança para os ucranianos”, escreveu Macron no X, na segunda-feira.
“Caso contrário, há o risco de que esse cessar-fogo termine como os acordos de Minsk”, acrescentou, referindo-se a dois acordos de 2014 e 2015 durante um conflito no leste da Ucrânia que nunca foram totalmente implementados.
“Caso contrário, há o risco de que esse cessar-fogo termine como os acordos de Minsk”, acrescentou, referindo-se a dois acordos de 2014 e 2015 durante um conflito no leste da Ucrânia que nunca foram totalmente implementados.
Macron adiantou ainda que a Europa vai continuar a trabalhar para apoiar a Ucrânia, e o continente também deve investir mais na própria segurança e defesa.