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COVID-19
Ganham força apelos a nova investigação à origem do SARS-CoV-2
Os Estados Unidos e outros países pediram uma investigação mais aprofundada à origem do coronavírus SARS-CoV-2, depois de uma missão internacional à cidade chinesa de Wuhan se ter revelado inconclusiva. Na reunião geral da Organização Mundial da Saúde, a decorrer em Genebra, representantes de vários Estados enfatizaram a necessidade contínua de resolver o mistério de como a Covid-19 se começou a disseminar entre os humanos.
“Ressaltamos a importância de uma investigação abrangente e sólida conduzida por especialistas sobre as origens da Covid-19”, afirmou o representante norte-americano Jeremy Konyndyk.
Austrália, Japão e Portugal estão entre os países que a pediram mais progressos na investigação. Já o representante britânico pediu que qualquer investigação seja “oportuna, orientada por especialistas e baseada na ciência sólida”.
“O objetivo da investigação não é atribuir culpas, mas ser fundamentado na ciência, para encontrar a origem do vírus e dos surtos para nos ajudar a prevenir a ocorrência de futuras catástrofes globais”, sublinhou Konyndyk.
Agências de informações dos EUA estão a examinar relatórios que revelam que pesquisadores de um laboratório de virologia chinês estavam gravemente doentes no outono de 2019, um mês antes dos primeiros casos de Covid-19 serem reportados. Fontes do Governo norte-americano advertiram, na segunda-feira, que não há provas de que a doença teve origem num laboratório. Uma possibilidade que foi imediatamente descartada por Pequim.
“A fase 2 do estudo das origens da Covid deve ser lançada com termos de referência transparente, com base científica e dar aos especialistas internacionais a independência para avaliar completamente a origem do vírus e os primeiros dias do surto”, afirmou o secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra, numa mensagem em vídeo aos participantes na reunião anual da OMS.
Na reunião da OMS, Becerra não mencionou diretamente a China, onde os primeiros casos humanos de infeção pelo novo coronavírus surgiram na cidade de Wuhan em dezembro de 2019.
Origem do vírus é fortemente contestada
Determinar a forma de como o novo coronavírus que causa a Covid-19 se propaga é fundamental para prevenir futuros surtos.
O relatório publicado em março deste ano pela equipa de especialistas internacionais enviada a Wuhan, juntamente com cientistas chineses, não chegou a nenhuma conclusão concreta sobre a origem da pandemia de Covid-19. Classificaram apenas uma série de possibilidades.
A equipa de investigadores internacionais liderados pela OMS passou quatro semanas – em janeiro e fevereiro - em Wuhan e arredores para tentar descobrir a origem do SARS-CoV-2.
O relatório afirma que, no cenário mais provável, o novo coronavírus é transmitido dos morcegos aos humanos através de um animal intermediário. E acrescenta que a teoria de que o SARS-CoV-2 foi criado em laboratório como “extremamente improvável”.
Depois de o relatório ter sido divulgado, o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, insistiu que todas as probabilidades continuavam em cima da mesa.
A investigação e o relatório foram fortemente criticadas pela falta de transparência e acesso e por não avaliarem mais profundamente a possibilidade de se ter tratado de uma fuga laboratorial. Houve apelos para que a OMS, que tem o poder de redefinir o foco da investigação, decida as próximas etapas da investigação.
Uma das preocupações dos vários países que exigem uma investigação mais alargada à origem da pandemia de Covid-19, são os termos de referência de uma investigação negociada entre Pequim e a OMS em maio, que afirmava que o objetivo era identificar a fonte “zoonótica” – ou animal - do SARS-CoV-2.
Um porta-voz da OMS avançou à Reuters que “são necessárias mais investigações numa série de áreas, incluindo a deteção precoce de casos e clusters, o papel potencial dos mercados de animais, a transmissão via cadeia alimentar e a hipótese de um acidente num laboratório”.
“As equipas de especialistas vão preparar uma proposta para os próximos estudos”, acrescentou Tarik Jasarevic.
Austrália, Japão e Portugal estão entre os países que a pediram mais progressos na investigação. Já o representante britânico pediu que qualquer investigação seja “oportuna, orientada por especialistas e baseada na ciência sólida”.
“O objetivo da investigação não é atribuir culpas, mas ser fundamentado na ciência, para encontrar a origem do vírus e dos surtos para nos ajudar a prevenir a ocorrência de futuras catástrofes globais”, sublinhou Konyndyk.
Agências de informações dos EUA estão a examinar relatórios que revelam que pesquisadores de um laboratório de virologia chinês estavam gravemente doentes no outono de 2019, um mês antes dos primeiros casos de Covid-19 serem reportados. Fontes do Governo norte-americano advertiram, na segunda-feira, que não há provas de que a doença teve origem num laboratório. Uma possibilidade que foi imediatamente descartada por Pequim.
“A fase 2 do estudo das origens da Covid deve ser lançada com termos de referência transparente, com base científica e dar aos especialistas internacionais a independência para avaliar completamente a origem do vírus e os primeiros dias do surto”, afirmou o secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra, numa mensagem em vídeo aos participantes na reunião anual da OMS.
Na reunião da OMS, Becerra não mencionou diretamente a China, onde os primeiros casos humanos de infeção pelo novo coronavírus surgiram na cidade de Wuhan em dezembro de 2019.
Origem do vírus é fortemente contestada
Determinar a forma de como o novo coronavírus que causa a Covid-19 se propaga é fundamental para prevenir futuros surtos.
O relatório publicado em março deste ano pela equipa de especialistas internacionais enviada a Wuhan, juntamente com cientistas chineses, não chegou a nenhuma conclusão concreta sobre a origem da pandemia de Covid-19. Classificaram apenas uma série de possibilidades.
A equipa de investigadores internacionais liderados pela OMS passou quatro semanas – em janeiro e fevereiro - em Wuhan e arredores para tentar descobrir a origem do SARS-CoV-2.
O relatório afirma que, no cenário mais provável, o novo coronavírus é transmitido dos morcegos aos humanos através de um animal intermediário. E acrescenta que a teoria de que o SARS-CoV-2 foi criado em laboratório como “extremamente improvável”.
Depois de o relatório ter sido divulgado, o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, insistiu que todas as probabilidades continuavam em cima da mesa.
A investigação e o relatório foram fortemente criticadas pela falta de transparência e acesso e por não avaliarem mais profundamente a possibilidade de se ter tratado de uma fuga laboratorial. Houve apelos para que a OMS, que tem o poder de redefinir o foco da investigação, decida as próximas etapas da investigação.
Uma das preocupações dos vários países que exigem uma investigação mais alargada à origem da pandemia de Covid-19, são os termos de referência de uma investigação negociada entre Pequim e a OMS em maio, que afirmava que o objetivo era identificar a fonte “zoonótica” – ou animal - do SARS-CoV-2.
Um porta-voz da OMS avançou à Reuters que “são necessárias mais investigações numa série de áreas, incluindo a deteção precoce de casos e clusters, o papel potencial dos mercados de animais, a transmissão via cadeia alimentar e a hipótese de um acidente num laboratório”.
“As equipas de especialistas vão preparar uma proposta para os próximos estudos”, acrescentou Tarik Jasarevic.