Francesco Cozzi, procurador de Génova, diz que podem ainda estar entre dez a 20 pessoas desaparecidas como resultado do desabamento da Ponte Morandi, que ocorreu na manhã de terça-feira.
As imagens das câmaras de videovigilância no local estão a ser avaliadas para que se possa ter uma ideia mais precisa acerca do número de viaturas apanhadas pela queda da ponte, o que permitirá calcular com maior exatidão o número de desaparecidos.
“Podemos continuar à procura por mais 48 horas na esperança de ainda encontrar alguém”, declarou Pietro Cosola, diretor técnico que está a supervisionar as equipas de resgate responsáveis pela remoção dos escombros.
Cozzi salientou também que, “perante a tragédia”, não quer ouvir falar em “excesso de despesas”, considerando que a prioridade é encontrar as pessoas desaparecidas.
Multa de 150 milhões não chega
O Governo italiano está a considerar revogar a concessão da Autostrade per l'Italia, empresa gestora e responsável pela manutenção da ponte, defendendo que esta não conseguiu garantir a segurança da infraestrutura.
“As opções que estamos a considerar são a revogação total, a revogação apenas da secção A10 ou a cobrança de uma multa, mas uma multa de 150 milhões de euros é muito baixa”, declarou Edoardo Rixi, vice-ministro italiano dos Transportes.
Até agora, foram já confirmadas 38 mortes. Dez dos feridos continuam hospitalizados, sendo que oito deles se encontram em estado grave e dois em estado muito grave – um homem de 36 anos e uma idosa.
Os funerais das vítimas vão ter lugar em Génova no sábado e, até lá, a maioria dos caixões das vítimas já encontradas ficará na capela de um hospital da cidade.