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Governadora brasileira quer fechar temporariamente fronteira com a Venezuela

por Antena 1

Foto: Nacho Doce - Reuters

Perante uma grave crise política, económica e social, são cada vez mais os venezuelanos a abandonar o país. A governadora do Estado brasileiro de Roraima, Suely Campos, promete fechar temporariamente a fronteira devido aos problemas causados pela entrada de imigrantes na região.

Suely Campos pediu a Brasília que envie reforços "para lidar com o crescimento da criminalidade" ligada, segundo a política, aos imigrantes.

O Ministério da Segurança Pública do Brasil prometeu enviar 60 militares que se juntarão, na segunda-feira, aos que já se encontram em Roraima.

A cidade brasileira de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, foi no sábado palco de violência e tensão na sequência de vários ataques de brasileiros aos acampamentos de imigrantes venezuelanos.

Segundo a Força Tarefa Humanitária, da Organização das Nações Unidas (ONU), que está no local, os ataques começaram depois de um comerciante local ter sido assaltado na noite de sexta-feira, supostamente por venezuelanos que vivem na cidade.

Em resposta aos incidentes em Pacaraima, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela pediu às autoridades brasileiras "garantias de respeito aos cidadãos venezuelanos e medidas para a proteção e segurança das famílias e das suas propriedades".

No primeiro semestre, cerca de 56.740 venezuelanos procuraram legalizar a sua situação no Brasil, para obter o direito de refúgio ou residência temporária.

A Venezuela continua a enfrentar uma grave crise e as tensões migratórias estão a espalhar-se a outros países latino-americanos, como Nicarágua, Peru e Equador.

Na semana passada, cerca de 20 mil venezuelanos entraram no Peru, segundo as autoridades de Lima, que adotaram as medidas de restrição em vigor até 25 de agosto.

As autoridades colombianas temem que os controlos de fronteira instituídos no Equador desde sábado, após o estabelecimento de um estado de imigração de emergência, deixem milhares de venezuelanos retidos no seu país.

Cerca de três mil pessoas cruzam a fronteira da Colômbia com o Equador todos os dias, na cidade de Rumichaca.
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