Governo português prepara-se para reconhecer Estado da Palestina

Portugal vai oficializar este domingo, pelas 20h15, o reconhecimento do Estado da Palestina. A Autoridade Palestiniana classifica a decisão como "corajosa e coerente com o Direito Internacional".

RTP /

Foto: Mahmoud Issa - Reuters

O reconhecimento vai ser declarado oficialmente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, ainda antes da Conferência de Alto Nível de segunda-feira, em Nova Iorque, onde outros nove países avançam também com esta decisão.

O primeiro anúncio partiu da Presidência francesa, tendo sido de imediato confirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal: dez países, entre os quais Portugal e França, vão reconhecer um Estado palestiniano no quadro de uma conferência em Nova Iorque, agendada para segunda-feira, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.Estarão representados "dez países que decidiram proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina", indicou aos jornalistas um conselheiro do presidente francês, Emmanuel Macron.

Além de Portugal e França, país na origem da iniciativa, os outros Estados "são Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino".

Ao início da noite de sexta-feira, o Ministério português dos Negócios Estrangeiros indicava que o país reconheceria o Estado da Palestina já no domingo.

A Autoridade Nacional Palestiniana veio aplaudir, nas últimas horas, o anúncio do reconhecimento, considerando a decisão "corajosa e coerente com o Direito Internacional".

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados saúda a decisão da República Portuguesa de reconhecer o Estado da Palestina amanhã, domingo", reagiu a Autoridade Palestiniana em comunicado .

Israel tem contestado, nas diferentes chancelarias internacionais, o reconhecimento de um Estado da Palestina, gesto que equipara a uma recompensa para o Hamas, o movimento radical palestiniano que a 7 de outubro de 2023 levou a cabo um ataque sem precedentes em território do Estado hebraico.

A ofensiva do Hamas fez cerca de 1.200 mortos e o movimento tomou 251 pessoas como reféns. A retaliação israelita já provocou, desde então, mais de 65 mil mortos e 165 mil feridos, a maioria civis.


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