Reportagem

Guerra. A evolução dos conflitos

por Graça Andrade Ramos, Mariana Ribeiro Soares, Rachel Mestre Mesquita, Ana Sofia Rodrigues - RTP

Ao fim de 12 dias, foi anunciado o fim da guerra entre Irão e Israel, depois do cessar-fogo mediado por Donald Trump. A situação no Médio Oriente continua instável, com o tema a ser hoje analisado na cimeira da NATO. Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos da situação no Médio Oriente.

Claudia Greco - Reuters

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Montenegro aponta aumentos para a Defesa em mil milhões de euros

Gastar 2 por cento do PIB na Defesa vai custar a Portugal mil milhões de euros. Na Haia, o primeiro-ministro garantiu que o reforço nesta área vai manter intocáveis as contas públicas e o Estado Social.

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Sete soldados israelitas mortos num atentado à bomba em Gaza

Foto: Amir Cohen - Reuters

Sete soldados israelitas morreram num atentado à bomba na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel diz que é um dia difícil para o país.

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Países da NATO acordam aumento de gastos em Defesa até 5 por cento

Num acordo histórico, os países da NATO concordaram num aumento inédito nos gastos com Defesa. O compromisso é atingir os 5 por cento do PIB nos próximos 10 anos. Donald Trump diz que foi uma grande vitória.

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Trump anuncia reatar das conversações entre Washington e Teerão

Donald Trump anunciou que os Estados Unidos e o Irão vão começar conversações na próxima semana e que está fora de causa retomarem o desenvolvimento de tecnologia nuclear. O chefe de Estado-Maior das forças armadas de Israel revelou que o seu país destacou "comandos terrestres" para o interior do Irão durante esta guerra de 12 dias.

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Ministro da Defesa do Irão na China para fórum de segurança

O ministro da Defesa do Irão, Aziz Nasirzadeh, chegou à China para um fórum regional de segurança – a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início da guerra com Israel.

Deverá participar numa reunião em Qingdao com ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), um bloco fundado pela China e pela Rússia que inclui também a Índia, o Paquistão e a Bielorrússia.

Um vídeo da chegada de Nasirzadeh foi publicado pelo Yuyuantantian, uma publicação ligada à emissora estatal chinesa CCTV.

O fórum de dois dias, organizado pelo ministro da Defesa chinês, Dong Jun, realiza-se na quarta e quinta-feira. O Irão aderiu à OCS em 2023.
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Espanha responde a Trump. Comissão Europeia é responsável pelas negociações comerciais

A Comissão Europeia é responsável pelas negociações comerciais com os Estados Unidos, disse o ministro da Economia espanhol esta quarta-feira, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado que iria duplicar as tarifas sobre Madrid devido ao que considera serem gastos insuficientes com a defesa.

Trump disse após uma cimeira da NATO em Haia que faria Espanha pagar "o dobro" por um acordo comercial após a recusa do país membro da NATO em cumprir a meta de gastos com a defesa da aliança de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em Paris, o ministro da Economia, Carlos Cuerpo, disse ainda à agência de notícias estatal espanhola EFE: "A Europa também tem ferramentas para se defender caso não seja alcançado nenhum acordo."
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Rutte. NATO, incluindo os EUA, "totalmente empenhada" em manter Ucrânia na luta

Toda a NATO, incluindo os Estados Unidos, está "totalmente empenhada" em manter a Ucrânia na luta contra a invasão da Rússia, afirmou o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, à Reuters, numa entrevista na quarta-feira.

Falando no final de uma cimeira de líderes da NATO em Haia, Rutte acrescentou que ninguém na NATO é ingénuo quanto à Rússia e que os membros da Aliança "têm mais ou menos a mesma avaliação".
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Chefe do Estado-Maior de Israel revela que "comandos terrestres" operaram no Irão

O Tenente-General Eyal Zamir, Chefe do Estado-Maior de Israel, declarou na noite de quarta-feira que "comandos terrestres" operaram no Irão durante a guerra de 12 dias entre os dois países.

Elogiando os sucessos das suas tropas, o Sr. Zamir disse que foram alcançados pela "nossa força aérea e comandos terrestres", acrescentando que "estas forças operaram secretamente nas profundezas do território inimigo e deram-nos total liberdade operacional".
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Irão pede "regresso à lógica da diplomacia"

A missão do Irão nas Nações Unidas apelou a um "regresso à lógica da diplomacia".

A declaração surge numa altura em que o parlamento iraniano aprovou um projeto de lei para suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica da ONU, embora esta ainda necessite da aprovação do Conselho de Segurança Nacional do país.

"A lógica de ameaças, intimidação e uso de força militar para obrigar o Irão a abandonar o seu programa nuclear pacífico tornou-se ainda mais fútil após a recente derrota sofrida pelos belicistas", acrescentou.

"A lógica da guerra falhou – regresso à lógica da diplomacia", rematou.
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Macron frisou a Netanyahu necessidade de respeitar cessar-fogo com o Irão

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse ter conversado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira e referiu ter-lhe reafirmado a importância de Israel e do Irão respeitarem o seu recente acordo de cessar-fogo.

Macron acrescentou que também reafirmou a Netanyahu a necessidade de um acordo de cessar-fogo em Gaza.
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Presidente turco apela a cessar-fogo permanente entre Irão e Israel

O Presidente turco, Tayyip Erdogan, disse aos líderes durante a cimeira da NATO, que o cessar-fogo entre Israel e o Irão precisava de ser permanente, informou o seu gabinete.

Recep Tayyip Erdogan apelou também a um cessar-fogo em Gaza
para aliviar a crise humanitária na região.

A Turquia, membro da NATO, tem criticado duramente Israel e o seu ataque contra os militantes palestinianos do Hamas em Gaza, que ficou reduzida a escombros após dois anos de guerra e viu a sua população deslocada.

Ancara afirmou ainda que o "terrorismo de Estado" de Israel contra o Irão – com o qual partilha uma fronteira de 560 quilómetros – aumenta os riscos de um conflito mais amplo e saudou o cessar-fogo entre os dois países.

Na cimeira da NATO em Haia, Erdogan conversou com os líderes de França, Alemanha e Reino Unido sobre as tensões regionais, os laços bilaterais e as relações com a UE, e a cooperação na indústria de defesa

Erdogan reuniu-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, na noite de terça-feira.

"O nosso presidente disse que acolheu com satisfação o cessar-fogo entre Israel e o Irão, que a situação precisa de facto de se transformar numa calma duradoura o mais rapidamente possível, que a crise humanitária em Gaza continua cada vez mais persistente e que um cessar-fogo duradouro é também urgentemente necessário", afirmou o gabinete de Erdogan após o seu encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Repetiu este apelo ao ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Friedrich Merz, acrescentando que é necessário encontrar uma solução para a crise humanitária em Gaza.

Erdogan disse ainda ao primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que "estas tensões não devem deixar esquecida a crise humanitária em Gaza – que atingiu um nível desastroso".

Erdogan afirmou que os problemas entre Teerão e Washington só poderiam ser resolvidos através da diplomacia, acrescentando que todos devem contribuir para alcançar uma paz duradoura no Médio Oriente.

"Aplaudimos o cessar-fogo alcançado pelos esforços do presidente norte-americano Trump", disse numa conferência de imprensa após a cimeira. "Esperamos que as partes atendam incondicionalmente ao apelo do meu amigo Trump".
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Chefe da Mossad agradece à CIA a "acção conjunta" contra o Irão

O chefe da Mossad, o serviço de informações estrangeiras de Israel, David Barnea, agradeceu na quarta-feira à CIA pela "acção conjunta e pelas operações bem-sucedidas" no Irão.

Num vídeo transmitido pelos meios de comunicação israelitas, Barnea, que raramente fala em público, elogiou a cooperação entre o Mossad e a sua congénere americana.

"Quero também expressar a minha gratidão e apreço ao nosso principal parceiro, a CIA, pela ação conjunta e pelas operações bem-sucedidas, bem como ao seu diretor, que apoiou a Mossad na tomada das decisões corretas, as mesmas decisões que, em última análise, levaram ao sucesso desta operação", disse.
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por RTP

Hezbollah felicita Irão por "vitória divina" sobre Israel

Em comunicado, o grupo armado libanês apresentou os seus "sinceros parabéns" ao Irão pelo que disse ter sido uma "gloriosa vitória divina" sobre Israel.

A vitória, afirmou o Hezbollah, foi "manifestada nos ataques precisos e dolorosos que lançou" contra Israel durante 12 dias de guerra, bem como "na resposta relâmpago à agressão americana contra as suas instalações nucleares".

"Isto não é mais do que o início de uma nova fase histórica no confronto entre a hegemonia americana e a arrogância sionista na região", afirmou o Hezbollah.
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por RTP

Comissão de Energia Atómica de Israel afirma que capacidade nuclear do Irão atrasou "muitos anos"

O gabinete de Netanyahu partilhou uma avaliação da Comissão de Energia Atómica de Israel sobre a capacidade nuclear do Irão, afirmando que os recentes ataques deixaram a instalação de Fordow completamente fora de funcionamento e atrasaram o programa nuclear iraniano por "muitos anos".

"O ataque destrutivo dos EUA a Fordow destruiu as infraestruturas críticas do local e tornou a instalação de enriquecimento inoperacional", afirmou a avaliação da comissão, partilhada pelo gabinete do primeiro-ministro. 

"Avaliamos que os ataques americanos às instalações nucleares do Irão, combinados com os ataques israelitas a outros componentes do programa nuclear militar iraniano, atrasaram em muitos anos a capacidade do Irão de desenvolver uma arma nuclear", acrescentou.

"Esta conquista será preservada enquanto o Irão não recuperar o acesso a material nuclear", disse Netanyahu.
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por RTP

Balanço de Teerão. Ataques de Israel mataram pelo menos 627 pessoas no Irão

O porta-voz do Ministério da Saúde do Irão divulgou um número atualizado de mortos nos ataques israelitas em território iraniano.

Numa publicação no X, Hossein Kermanpour afirmou que pelo menos 627 pessoas foram mortas e 4.870 ficaram feridas nos ataques israelitas.

Teerão registou o maior número de vítimas, seguida de Kermanshah, com o Khuzistão, Lorestão e Isfahan a reportarem perdas significativas, afirmou.

"Não faço julgamentos", escreveu Kermanpour. "Não descrevo as cenas dolorosas da chegada de crianças, mães e civis feridos, e deixo isso ao critério da consciência da humanidade de hoje."

Cerca de 86,1% das vítimas morreram no local, enquanto 13,9% sucumbiram aos ferimentos nos hospitais.
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por Antena 1

NATO. Trump saudou compromisso alcançado em matéria de Defesa

Robin van Lonkhuijsen - EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou o compromisso alcançado pelos aliados de gastar 5 por cento do PIB em defesa.

Donald Trump disse que os países da NATO "concordaram agora em mais do que duplicar os seus orçamentos em todos os casos. E a Europa, ao assumir mais responsabilidade pela sua segurança, ajudará a prevenir futuros desastres, como a situação horrível com a Rússia e a Ucrânia", afirmou Trump.
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por RTP

Erdogan admite desenvolvimentos positivos em relação aos jatos Eurofighter

O Presidente turco, Tayyip Erdogan, disse na quarta-feira, na cimeira da NATO, que manteve conversações com o Reino Unido e a Alemanha sobre os jatos Eurofighter e que houve "desenvolvimentos positivos" na questão.

A Turquia já tinha informado que estava em negociações para a compra dos jatos Eurofighter Typhoon, construídos por um consórcio formado pela Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha, representado pelas empresas Airbus, BAE Systems e Leonardo.
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por RTP

Morte de Shadmani. Guarda Revolucionária promete "vingança severa"

O chefe do centro de comando da Guarda Revolucionária do Irão, Ali Shadmani, morreu na sequência dos ferimentos sofridos durante os ataques militares de Israel ao país, informou a imprensa estatal iraniana esta quarta-feira.

O centro de comando da guarda prometeu "vingança severa" pela sua morte, acrescentou os meios de comunicação estatais.

As Forças Armadas de Israel declararam a 17 de junho que mataram Shadmani, que identificaram como o chefe do Estado-Maior do Irão em tempo de guerra e o seu comandante militar mais graduado.
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por Lusa

UE esgotou possibilidades de sanções contra a Rússia, diz Merz

A União Europeia (UE) esgotou as possibilidades de aplicar sanções à Rússia, afirmou hoje o chanceler alemão, pedindo aos Estados Unidos para exercer pressão sobre Moscovo para que se sente à mesa das negociações com Kiev.

"Na UE esgotámos objetivamente o que podemos fazer", declarou Friedrich Merz em conferência de imprensa no final da cimeira da NATO em Haia, Países Baixos.

Merz explicou que determinadas sanções podem ser impostas a solo pelos Estados Unidos, algo que o governante alemão também voltou a comunicar, na quarta-feira, ao Presidente norte-americano, afirmando "estar nas mãos" de Donald Trump.

"Há um processo de formação de opinião que a meu ver ainda não foi concluído", respondeu o chanceler, ao ser questionado sobre a possibilidade de Washington impor finalmente estas sanções.

Merz reiterou que "não haverá uma solução militar" para a guerra na Ucrânia, mas o que a UE pode fazer neste sentido "não é suficiente".

Por outro lado, realçou a ameaça procedente de Moscovo não só para a Ucrânia, mas também para os países europeus e da NATO, advertindo: "Não sabemos se um dia a nossa preparação não vai ser posta à prova".

Merz atribuiu à Rússia "ataques diários" contra redes de dados, bem como a difusão de notícias falsas, desinformação e ações de sabotagem no mar Báltico.

O chanceler alemão também mencionou voos de drones documentados na Alemanha para espiar instalações militares, de acordo com as autoridades alemãs.

"Já nos estão a atacar desta maneira", disse Merz, ao considerar que neste século a diferença entre guerra e paz se tornou mais difusa.

Sobre a reunião dos chefes de Estado e Governo da NATO, Merz afirmou tratar-se de uma "cimeira histórica".

Os líderes da NATO concordaram hoje com um aumento nos gastos com defesa, na sequência da pressão de Trump, expressando um "compromisso inabalável" de ajuda mútua em caso de ataque.

Os 32 Estados-membros da Aliança Atlântica aprovaram uma declaração final, na qual afirmaram: "Os aliados comprometem-se a investir 5% do PIB [Produto Interno Bruto] anualmente em requisitos essenciais de defesa, bem como em gastos relacionados com a defesa e segurança até 2035, para garantir obrigações individuais e coletivas".

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por RTP

Trump. Estados Unidos vão falar com o Irão "na próxima semana"

Donald Trump disse na quarta-feira que os Estados Unidos vão conversar com o Irão "na próxima semana", sugerindo um possível acordo sobre o programa nuclear de Teerão.

"Vamos falar com o Irão na próxima semana, podemos assinar um acordo, não sei", disse o presidente norte-americano durante a conferência de imprensa após a cimeira da NATO em Haia.

Donald Trump afirmou que vai encontrar-se com responsáveis iranianos para discutir o conflito com Israel e a instabilidade no Médio Oriente, sem se comprometer com um dia.

O chefe de Estado norte-americano rejeitou que o encontro tenha em vista a assinatura de um acordo que mantenha o cessar-fogo com Telavive: "Podemos ou não assinar um acordo, não sei".

"A minha interpretação é que eles já lutaram o que tinham de lutar, a guerra acabou", comentou.

Ao longo da conferência de imprensa de mais de uma hora, Trump rejeitou todas as alegações de que o Irão poderia ter movido o urânio enriquecido para outra localização antes dos bombardeamentos norte-americanos, no último fim de semana.

E considerou que o cessar-fogo, anunciado na rede social do próprio Presidente dos EUA, vai continuar a ser cumprido.

com Lusa
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Trump retalia
por Lusa

"O dobro". Trump ameaça aplicar tarifas adicionais a Espanha por recusar investir mais em Defesa

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) ameaçou hoje aplicar a Espanha tarifas mais severas pela recusa de Madrid em investir mais na área da defesa no âmbito da NATO.

"Acho terrível o que fez Espanha, vamos negociar com eles e vão pagar o dobro. Vamos obrigá-los a pagar, Espanha quer uma viagem grátis e eu vou obrigá-la a pagar de outra forma", disse Donald Trump.

O Presidente dos EUA acrescentou que vai "negociar diretamente" com o Governo de Pedro Sánchez e que Madrid "vai pagar mais assim".

A posição surge numa altura em que os EUA negoceiam com a União Europeia a aplicação de tarifas recíprocas de 20%, que Bruxelas espera conseguir baixar, e só no âmbito das quais se poderia abranger Madrid.

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Anti-islamismo de Wilders não" incomoda" Trump
por RTP

Holanda: Líder de extrema-direita Wilders celebra "excelente encontro" com Trump

O líder holandês de extrema-direita, Geert Wilders, agradeceu na quarta-feira ao presidente norte-americano, Donald Trump, pelo encontro, que descreveu como "excelente", à margem da cimeira da NATO em Haia.

"Muito obrigado, senhor presidente Donald Trump, pelo excelente encontro que acabámos de ter e pela nossa discussão sobre a necessidade de leis de imigração mais rígidas!", escreveu na rede social X.

Por sua vez, o residente na Casa Branca disse à imprensa que "não se incomodou" com a postura anti-islâmica de Geert Wilders.

"É apenas um ponto de vista. Ele não concorda com a forma como as coisas estão neste país", acrescentou.
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"Gaza está muito perto" de uma solução
por RTP

Trump anuncia "grande progresso" rumo a um cessar-fogo em Gaza

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que foram alcançados "grandes progressos" no sentido de um cessar-fogo em Gaza entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, após mais de 20 meses de uma guerra devastadora.

A Defesa Civil do território palestiniano sitiado e devastado informou que 20 pessoas foram mortas por disparos israelitas.

Num dos incidentes mais mortíferos para Israel nesta guerra, sete soldados foram mortos na terça-feira enquanto operavam na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, anunciaram os militares.

"Estão a ser feitos grandes progressos em Gaza", disse Trump à margem de uma cimeira da NATO na Holanda, acrescentando que o seu enviado especial, Steve Witkoff, lhe disse que "Gaza está muito perto" de uma solução.

Relacionou o seu otimismo em relação às "grandes notícias" para Gaza com o cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira entre Israel e o Irão, apoiante do Hamas, após 12 dias de guerra.
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"Ele é muito simpático"
por RTP

Trump diz que reunião com Zelensky "foi boa"

Donald Trump diz que o encontro com o seu homólogo ucraniano "foi boa". "Ele não podia ter sido mais simpático e o que eu retiro deste encontro é que ele quer pôr um ponto final neste conflito", disse o presidente norte-americano, afirmando que vai falar com Vladimir Putin para cessar as hostilidades.

Os dois líderes estiveram reunidos esta quarta-feira à margem da cimeira da NATO. Numa publicação na rede social X, Volodymyr Zelensky disse que o encontro foi “substantivo” e que os dois discutiram “como alcançar o cessar-fogo e uma paz efetiva”.

Trump, no entanto, diz que não falaram sobre um cessar-fogo. “Eu só queria saber como é que ele está”, disse o presidente dos EUA, repetindo que Zelensky “é muito simpático”, apesar de já terem tido “alguns problemas”.

Este foi o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado desde o breve encontro em Roma, em abril, à margem do funeral do Papa Francisco.

No final de fevereiro, o primeiro encontro desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca terminou com uma altercação verbal entre os dois líderes no Salão Oval.

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por RTP

Trump elogia aumento das despesas em defesa e reclama louros do acordo alcançado

O presidente dos EUA diz que a Cimeira da NATO foi "um sucesso monumental" para os Estados Unidos, após ter sido alcançado o acordo dos 5 por cento do PIB para as despesas com a defesa e relamou os créditos. No fim da sua declaração, Trump diz que sai da Cimeira com uma visão "um pouco diferente", convicto que os líderes querem defender os seus países. 

"O foco principal das nossas conversas na cimeira foi a necessidade de os outros membros da NATO assumirem o fardo da defesa da Europa, o que incluía o fardo financeiro, como sabem, que era de dois por cento (e) aumentámos para cinco por cento", declarou. 

Questionado sobre a exceção de Espanha deverá contribuir com apenas 2,1 por cento do PIB, ao contrário dos restantes aliados, Donald Trump considerou injusto e ameaçou Madrid com um acordo comercial para que pague venha a pagar o dobro. 

Sobre a situação no Médio Oriente, Donald Trump referiu-se ao conflito entre Israel e o Irão como "a guerra dos 12 dias" e afirmou que "o incrível exercício da força americana abriu caminho à paz, ao histórico acordo de cessar-fogo de segunda-feira".

Após as dúvidas sobre a eficácia dos ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas, o presidente dos EUA voltou a reiterar que o ataque militar norte-americano foi bem sucedido. 

"O que é espantoso nos tiros é que eles acertaram na perfeição e, no entanto, estava escuro. Não havia lua, não havia luz. Estava praticamente sem lua. Estava muito escuro, e eles acertaram os tiros na perfeição", afirmou. 

Questionado sobre o fim do conflito entre Israel e o Irão, Donald Trump disse que ambos os países estão "exaustos" e "cansados" do conflito e adiantou que "vamos falar" com Teerão na próxima semana, sugerindo que "podem assinar um acordo", sem achar que "seja necessário". 

"Quer dizer, eles tiveram uma guerra que travaram. Agora estão a voltar ao seu mundo. Não me interessa se tenho um acordo ou não. A única coisa que estaríamos a pedir é o que já pedimos antes, não queremos um acordo nuclear", declarou. 

No final da sua declaração, o presidente dos EUA disse que foi comovente ver os líderes dos diferentes países a quererem defender os seus países. "Foi inacreditável. Nunca tinha visto nada assim. Eles querem proteger o seu país", afirmou. 

"Saí daqui a dizer que estas pessoas amam realmente os seus países, que não é uma fraude. E nós estamos aqui para os ajudar a proteger o seu país", acrescentou.
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Zelensky diz que encontro com Trump foi "substantivo"

O presidente ucraniano disse que teve um encontro "longo e substantivo" com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump.

Os dois líderes estiveram reunidos esta quarta-feira à margem da cimeira da NATO durante 50 minutos.

“Falámos sobre todos os assuntos importantes. Agradeci ao presidente, aos Estados Unidos. Discutimos como alcançar o cessar-fogo e uma paz efetiva”, disse Volodymyr Zelensky numa publicação na rede social X.

“Falámos sobre como proteger o nosso povo. Aprecio a atenção e a prontidão para ajudar a trazer a paz”, disse o presidente da Ucrânia, que promete “detalhes para breve”.
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Pedro Sánchez declara que tenciona recandidatar-se em 2027

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, aproveitou o briefing após a cimeira da NATO, em Haia, para declarar que tenciona candidatar-se à reeleição nas próximas eleições gerais de 2027.
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por Lusa

Reino Unido promete gastar 4,1% do PIB em defesa até 2027

Kin Cheung - Reuters

O Reino Unido vai gastar pelo menos 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa e segurança até 2027, de acordo com as regras aprovadas esta quarta-feira pela NATO, afirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Numa conferência de imprensa no final da cimeira da Aliança Atlântica em Haia, Países Baixos, Starmer referiu que "de acordo com as novas definições da NATO, estimamos que vamos alcançar pelo menos 4,1% do PIB até 2027 a manter os britânicos seguros".

Starmer afirmou que o compromisso de gastar 5% do PIB em medidas de defesa e segurança até 2035, alcançado hoje pelos 32 Estados-membros da NATO reunidos em cimeira, irá tornar a Aliança Atlântica "mais forte, mais justa e mais letal do que nunca".

"Isto inclui despesas militares, bem como investimentos vitais na nossa segurança e resiliência, como a proteção da nossa segurança cibernética e das nossas redes de energia", vincou o líder britânico.

O Reino Unido gasta atualmente cerca de 2,3% do PIB com a defesa.

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por RTP

Zelensky e Trump reunidos à margem da cimeira da NATO

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está nesta altura reunido com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, à margem da cimeira da NATO em Haia, disse o porta-voz de Zelensky.

Zelensky pretende discutir com Trump "sanções contra a Rússia" e a compra de armas a Washington.
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por Andrea Neves, enviada especial a Haia, Países Baixos

NATO obriga a gastar mais mil milhões este ano, "sem orçamento retificativo", promete Montenegro

EPA

Luís Montenegro avalia em mil milhões de euros o reforço financeiro que será preciso aplicar para cumprir a meta dos 2% do PIB em investimento no setor da Defesa até ao final do ano, mas assegura que essa despesa adicional não implica um orçamento retificativo.

“Andará à volta de mil milhões de euros, talvez um pouco menos, de investimento direto em aquisições de equipamento, de infraestruturas, de valorização dos nossos recursos humanos, o que aponta para um esforço que só é possível porque temos efetivamente as finanças públicas equilibradas e temos a disponibilidade dentro desse equilíbrio de não necessitarmos de medidas adicionais”, detalhou o primeiro-ministro à margem da cimeira da NATO, realizada nos Países Baixos.
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Irão considera "vergonhosas" felicitações de Rutte a Trump após ataques dos EUA

O Irão considerou as felicitações feitas pelo secretário-Geral da NATO a Donald Trump  "vergonhosas", na sequência dos ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas no fim-de-semana. 

O porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei, declarou na rede social X que é "vergonhoso, desprezível e irresponsável" que o secretário-Geral da NATO considere "verdadeiramente extraordinário" um ato criminoso de agressão contra um Estado soberano". 

Segundo Baqaei, qualquer pessoa que "apoie um crime é considerada cúmplice". 

O porta-voz do MNE iraniana refere-se à mensagem privada enviada por Mark Rutte a Donald Trump, que o presidente dos EUA revelou na terça-feira na rede social Truth Social. 

"Parabéns e obrigado pela sua ação decisiva no Irão. Foi verdadeiramente extraordinária e algo que mais ninguém se atreveu a fazer", disse Rutte. 
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Mark Rutte diz que acordo marca "um salto quântico" nas despesas com a defesa

O secretário-Geral da NATO disse esta quarta-feira que a Cimeira da NATO lançou as bases para uma Aliança mais forte, mais justa e mais letal e que o novo plano de investimento de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) marca "um salto quântico" nas despesas com a defesa.

Mark Rutte disse que Donald Trump deixou claro que os EUA estão comprometidos com a NATO mas espera que os aliados europeus e o Canadá aumentem a sua contribuição para a defesa e segurança. 

"O presidente Trump deixou claro que a América está empenhada na NATO. Hoje voltou a afirmá-lo em termos inequívocos. Ao mesmo tempo, deixou claro que a América espera que os aliados europeus e o Canadá contribuam mais, e é exatamente isso que os vemos a fazer", disse. 

Ainda sobre o acordo alcançado de aumento do investimento em defesa durante a Cimeira da NATO, Mark Rutte acrescentou que "é necessário para arregaçar as mangas e tornar este novo plano uma realidade, e parte disto exige que expandamos rapidamente a nossa capacidade industrial de defesa em ambos os lados do Atlântico".

Apoio firme à Ucrânia 

Sobre a Ucrânia, Mark Rutte afirmou que a NATO vai continuar a apoiar a Ucrânia no seu caminho para a paz e na "via irreversível" para a adesão à aliança.

"A nossa mensagem retumbante para Volodmyr Zelensky e para o povo ucraniano é que a Ucrânia tem o nosso apoio contínuo, incluindo com mais de 35 mil milhões de euros prometidos até agora este ano, com mais a seguir a tudo isto", declarou.

Trump "merece todo o mérito"

Questionado sobre os elogios feitos ao presidente dos EUA, Mark Rutte defende que Donald Trump "merece alguns elogios" por fazer com que os aliados da NATO se comprometam em aumentar as suas depesas, assim como pelas suas ações no alcance do cessar-fogo entre Israel e o Irão. 

"Penso que é um pouco uma questão de gosto. Mas penso que ele é um bom amigo e quando está a fazer coisas que nos obrigam, por exemplo, a fazer mais investimentos", afirmou Rutte. 

Questionando se "alguma vez pensariam que este seria o resultado desta cimeira se ele não tivesse sido reeleito presidente? Chegaríamos na década de 2030 aos 5 por cento (do PIB)? Não merece mérito pelo que fez?".

Adiante, o secretário-Geral da NATO acrescentou Trump "tinha toda a razão quando disse que a Europa e o Canadá não estavam a fornecer à NATO o que nós devíamos fornecer e que os EUA estavam a gastar muito mais em defesa do que os europeus e os canadianos. Agora estamos a corrigir isso".

Sobre os ataques dos EUA ao Irão ordenados por Donald Trump, Mark Rutte afirmou "penso que ele é um homem de força, mas também um homem de paz"
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Macron diz que Europa vai gastar mais em defesa devido à ameaça russa

O presidente francês Emmanuel Macron disse esta quarta-feira que a Europa vai gastar mais em defesa para estar melhor equipada para enfrentar a ameaça russa, mas disse que os países europeus não podem ser solicitados a gastar mais, pois também enfrentam uma guerra comercial. 

 "Não podem pedir-nos que gastemos mais em defesa enquanto estamos numa guerra comercial", disse Macron, aos jornalistas na Cimeira da NATO, em Haia.

O chefe de Estado francês adiantou que a França está a levar a cabo a sua própria avaliação sobre os danos às instalações nucleares iranianas causadas pelos ataques dos Estados Unidos e Israel. 
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Protestos em Haia contra aumento da despesa em defesa

Centenas de pessoas manifestam-se em Haia. Contestam o aumento das despesas militares e a expansão da influência global da NATO. Os manifestantes questionam as verdadeiras intenções quanto ao aumento do orçamento da defesa, num contexto de inflação crescente global e de desafios económicos cada vez maiores.

Os protestos têm sido diários, desde domingo, e visam também a escalada do conflito entre o Irão e Israel.

O protesto acontece à porta do local onde decorre a cimeira da NATO. Foi montado um forte dispositivo de segurança.
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Portugal vai acompanhar o esforço da NATO de aumentar a despesa em defesa

À chegada à cimeira da NATO, o primeiro-ministro garantiu que Portugal vai acompanhar o esforço de aumentar a despesa em defesa. E traçou metas... 2% do PIB já este ano e 3,5% de gastos em 10 anos.

Luís Montenegro assegura que o investimento não vai colocar em causa a situação financeira do país.
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Trump compara ataque ao Irão com Hiroxima e Nagasaki

Donald Trump afirma que infligiu um retrocesso de décadas ao programa nuclear iraniano. O presidente dos Estados Unidos diz que o ataque americano ao Irão permitiu acabar com a guerra. e compara-o mesmo aos bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasaki.

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Despesas com a defesa. NATO aprova meta de 5% do PIB até 2035

Os países da NATO anunciaram um acordo histórico para um aumento inédito nos gastos com a defesa. Nos próximos dez anos, o compromisso é o de atingir os 5 por cento do PIB, divididos em 3,5 por cento para despesas militares, e 1,5 por cento para despesas em infraestruturas que possam ser usadas em contexto de crise.

A cimeira decorre em Haia, com todas as atenções centradas em Donald Trump.
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Momento-Chave
por RTP

Irão diz que instalações nucleares foram "gravemente danificadas" pelos ataques dos EUA

O porta-voz do ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Esmail Baghaei, disse esta quarta-feira que os ataques dos EUA no domingo causaram danos significativos às suas instalações nucleares, segundo a Al Jazeera. 

"As nossas instalações nucleares foram gravemente danificadas, com certeza", disse o porta-voz, com base num relatório.
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Momento-Chave
por Antena 1

Reconstrução das Infraestruturas nucleares iranianas são uma possibilidade, diz AIEA

Foto: Max Slovencik - EPA

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica não conhece a extensão dos danos provocados pelos ataques norte-americanos às instalações nucleares do Irão, mas diz que a reconstrução não é impossível, porque os iranianos têm a capacidade industrial e tecnológica para isso.

Numa conferência de imprensa em Viena, Rafael Grossi sublinhou que o importante é estabelecer uma relação de longo prazo com Teerão, para poder ir acompanhando o programa nuclear do país

Ainda dentro deste contexto, o presidente francês Emmanuel Macron vai reunir-se esta tarde com o diretor-geral da AIEA, no Palácio do Eliseu, em Paris.

Em cima da mesa deste encontro, está o programa nuclear iraniano e as consequências dos ataques norte-americanos do fim-de-semana, às bases iranianas.

No comunicado em que anuncia a reunião, a presidência francesa diz que vão ser debatidas também as formas de assegurar o total cumprimento das normas de não proliferação.

Este comunicado refere também o papel que esta agência tem para garantir a segurança nuclear em todo o mundo.
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por Rachel Mestre Mesquita

Suíça quer parceria de segurança e defesa com a União Europeia

Stefan Wermuth - Reuters

O Governo suíço anunciou esta quarta-feira a intenção de iniciar conversações com a União Europeia (UE) para uma parceria de segurança e defesa, alegando que o acordo não seria incompatível com a sua neutralidade. O anúncio surge em plena cimeira da NATO, à qual a Suíça não pertence, e dois dias depois de a UE e o Canadá terem assinado um acordo semelhante.

Em comunicado de impresa, o Conselho Federal, o Governo suíço, avança que na sua reunião desta quarta-feira "decidiu encetar conversações exploratórias com a UE sobre uma parceria de segurança e defesa”.

"Através destas parcerias, a UE oferece a países terceiros um quadro para uma cooperação mais estreita neste domínio", explica o Conselho Federal, adiantando que espera iniciar estas discussões com Bruxelas "o mais rapidamente possível".

Recorde-se que, no mês passado o Reino Unido e a UE assinaram uma parceria de defesa semelhante e que a Austrália e a UE anunciaram, na semana passada, o início de negociações para a celebração de outra parceria.

Segundo o Governo suíço, este tipo de parecia "é uma condição essencial para a aquisição conjunta de armamento" e visa reforçar a capacidade de defesa da Suíça, sem comprometer o princípio de neutralidade da Suíça.
Tensões geopolíticas forçam Suíça a procurar alianças

Sem integrar a UE ou a NATO, a Suíça procura aprofundar a cooperação europeia num contexto de crescentes tensões geopolíticas, particularmente devido à guerra na Ucrânia.

Uma sondagem publicada a 17 de junho pelo Departamento Federal de Defesa mostra que 53 por cento dos suíços apoiam uma maior aproximação à NATO, embora apenas 32 por cento defendam a adesão à aliança militar.
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por RTP

Irão anuncia suspensão das restrições à Internet após cessar-fogo

O Irão anunciou esta quarta-feira que o endurecimento das restrições à Internet, implementado há uma semana devido à guerra em curso com Israel, seria suspenso gradualmente.

"A rede de comunicações está gradualmente a regressar ao seu estado anterior", afirmou o comando de cibersegurança da Guarda Revolucionária num comunicado divulgado pelos meios de comunicação estatais.

O endurecimento das restrições foi anunciado a 18 de junho, com as autoridades a referirem o facto de Israel ter usurpado a rede para fins militares.
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Momento-Chave
por Antena 1

Defesa NATO a 5%. Trump clama "grande vitória" e diz que "NATO vai ficar muito forte"

Foto: Koen Van Weel - Reuters

Em Haia, Mark Rutte e Donald Trump apresentaram-se juntos, esta manhã, numa conferência de imprensa. O presidente norte-americano ouviu Rutte a dizer o que andou a pedir desde o período em que ainda era candidato presidencial - cinco por cento do PIB para a defesa da NATO - e clamou que esta decisão é "uma grande vitória".

Mark Rutte disse haver unanimidade no aumento dos gastos em defesa entre os países da Aliança Atlântica e Trump declarou que esta medida vai tornar a NATO muito mais forte, com os Estados Unidos.
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Momento-Chave
por RTP

Rússia considera "muito cedo" para avaliar danos causados pelos ataques dos EUA nas instalações nucleares iranianas

O Kremlin diz ser demasiado cedo para se ter uma perceção precisa da extensão dos danos infligidos nas instalações nucleares iranianas pelos bombardeamentos norte-americanos do passado fim de semana.

Questionado sobre se a Rússia tinha informações próprias sobre o grau de danos, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu: "Não. Não creio que alguém possa ter dados realistas agora. Provavelmente é muito cedo, precisamos de esperar até que esses dados apareçam".

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse no fim de semana que os ataques tinham "eliminado" as instalações nucleares do Irão. No entanto, um relatório preliminar dos serviços secretos dos EUA conclui que os ataques não destruíram o programa nuclear do Irão e apenas o atrasaram alguns meses.
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Momento-Chave
por RTP

Chefe da AIEA diz que regresso às instalações iranianas é prioridade máxima

O chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, disse esta quarta-feira que a sua principal prioridade é enviar os seus inspetores de volta às instalações nucleares do Irão para avaliar o impacto dos ataques militares dos EUA e de Israel e verificar os seus stocks de urânio enriquecido.

"Esta é a prioridade número um", disse Grossi, responsável da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em conferência de imprensa numa reunião do gabinete de segurança austríaco.

Questionado sobre se o Irão o tinha informado sobre a situação dos seus stocks de urânio enriquecido, particularmente o urânio enriquecido com até 60% de pureza, próximo do grau de armamento, Grossi mencionou uma carta recebida do Irão a 13 de junho, onde afirmava que o Irão iria tomar "medidas especiais" para proteger os seus materiais e equipamentos nucleares.

"Não entraram em detalhes sobre o que isso significava, mas claramente esse era o significado implícito. Podemos imaginar que esse material esteja lá", disse Grossi, sugerindo que grande parte desse material sobreviveu aos ataques.

Esta quarta-feira, o Parlamento iraniano aprovou um projeto de lei para suspender a cooperação com a AIEA, argumentando que a agência “se recusou a condenar o ataque às instalações nucleares iranianas”.
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Momento-Chave
por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Donald Trump afirma que programa nuclear iraniano "está morto" e que ataque permitiu acabar com a guerra

Brian Snyder - Reuters

O presidente dos EUA afirmou esta quarta-feira que o programa nuclear do Irão foi atrasado em "décadas" devido aos ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas. Numa conferência de imprensa na cimeira da NATO, em Haia, Donald Trump insistiu na destruição total das instalações nucleares que permitiram acabar com o conflito entre Israel e o Irão e permitiram trazer Teerão para a mesa de negociações.

Questionado sobre a eficácia dos bombardeamentos dos EUA ao Irão, Donald Trump afirmou que o ataque permitiu acabar com a guerra e comparou-o aos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki.

"Não quero usar o exemplo de Hiroshima e Nagasaki, mas é mais ou menos a mesma coisa que fizemos lá, o nosso ataque acabou com a guerra. Se não tivesse acabado, teríamos continuado os ataques", afirmou.
Irão "não vai fabricar bombas durante muito tempo"

Após a divulgação de uma avaliação preliminar dos serviços secretos do Pentágono que indica o contrário, o líder republicano acusa a CNN e o New York Times de divulgarem fake-news e de tentarem desvirtuar o sucesso de um ataque militar histórico e garante que "tudo foi demolido" nas instalações nucleares iranianas.

"Os serviços secretos foram muito inconclusivos. Os serviços secretos dizem que não sabemos. Os danos podem ter sido muito graves. É isso que os serviços secretos sugerem", disse Donald Trump aos jornalistas antes de se reunir com os líderes mundiais numa cimeira da NATO.

"Foi muito grave. Houve destruição", declarou. Na mesma ocasião, Trump disse que "tudo está debaixo da terra, mas se tirarmos fotografias antes e depois à superfície, tudo ficou preto. Acho que tudo foi demolido", acrescentou.

O presidente dos EUA garantiu ainda que Teerão "não vai fabricar bombas durante muito tempo" e que "o programa nuclear iraniano está morto, nunca mais será retomado".
Israel "deu a volta aos seus aviões"

Sobre o cessar-fogo no conflito de 12 dias entre Israel e o Irão, imposto e anunciado por Donald Trump esta terça-feira, o presidente dos EUA disse estar orgulhoso de Israel por ter dado volta aos seus aviões, embora tivesse reconhecido "uma pequena violação" do cessar-fogo.

"Fiquei muito orgulhoso de Israel ontem porque eles deram a volta aos seus aviões", disse Trump, depois de na terça-feira ter repreendido Israel e o Irão, mas especialmente Israel, por terem violado a trégua poucas horas depois de ter sido anunciada.
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Momento-Chave
por RTP

Despesas Defesa. Primeiro-ministro garantiu que Portugal “acompanhará esse esforço”

Iris Van Den Broek - EPA

Em conferência de imprensa à margem da cimeira da NATO, que decorre em Haia, o primeiro-ministro disse que Portugal acompanhará o esforço de aumentar a despesa na defesa e que esta atingirá os 2% do PIB este ano. Luís Montenegro ressalvou, no entanto, que o Governo fará isto "com equilíbrio" e garante que não irá colocar em causa "as nossas responsabilidades com todos os serviços públicos".

Luís Montenegro participa na cimeira da NATO que arrancou esta terça-feira em Haia, nos Países Baixos.

Espera-se desta cimeira saia um compromisso dos países membros da aliança com um aumento de até 5% do PIB em defesa até 2035, após as pressões do presidente norte-americano nesse sentido.

Em conferência de imprensa neste segundo e último dia da cimeira, o primeiro-ministro garantiu que Portugal “acompanhará esse esforço” e adiantou que este ano assumiremos o encargo de atingir 2% do PIB em investimento na área da Defesa.

"Nós temos uma perspetiva de poder ter um investimento nos próximos dez anos que estimamos, possa gerar um consenso agora na cimeira, - não quero já antecipar as conclusões, - de se poder atingir 3,5% do Produto [Interno Bruto]", afirmou Luís Montenegro, à entrada da cimeira da NATO.
Montenegro garante que tudo será feito em “equilíbrio” e que o investimento na defesa não irá comprometer os serviços sociais.

“O investimento continuará nos próximos anos, dentro de um contexto de equilíbrio que não porá em causa a nossa situação financeira nem as nossas responsabilidades com todos os serviços públicos que constituem as respostas sociais aos nossos cidadãos”, disse.

"Portugal está preparado para ser parte de uma cimeira que marca uma nova fase, que garante a unidade da Aliança Atlântica, que garante a solidariedade entre Europa, os Estados Unidos, o Canadá", disse Luís Montenegro em declarações aos jornalistas.

"[A aposta na área da Defesa] garante que nós, em conjunto, poderemos continuar a assegurar aos nossos cidadãos que os seus direitos, liberdades e garantias estão salvaguardados, que podemos ter as nossas democracias a funcionar e que podemos ter uma capacidade coletiva de enfrentarmos as ameaças que pairam sobre nós a vários níveis, não só do ponto de vista territorial, mas também do ponto de vista tecnológico", elencou o chefe de Governo, sublinhando a necessidade de "solidariedade" entre os aliados.

"Todos teremos de fazer um esforço", adiantou Luís Montenegro, afirmando que encara esta nova etapa “não como a assunção de maior despesa, mas de maior investimento”. “Não queremos apenas gastar mais dinheiro, queremos investir mais”, asseverou.

“Faremos isto com equilíbrio, de forma progressiva, conciliando todas as nossas responsabilidades, nomeadamente a estabilidade financeira”, ressalvou.

Os 32 aliados da NATO devem comprometer-se a gastar, nos próximos anos, 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em gastos militares tradicionais (forças armadas, equipamento e treino) e 1,5% do PIB adicionais em infraestruturas de dupla utilização, civis e militares (como relativas à cibersegurança, prontidão e resiliência estratégica), um acréscimo face ao atual objetivo de 2%.

Portugal já se comprometeu a atingir o objetivo dos 2% do Produto Interno Bruto em Defesa este ano, sem orçamento retificativo, cortes em despesas sociais ou prejudicar as contas públicas, o que significa um aumento de cerca de 1.300 milhões.
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por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Serviços secretos dizem que ataques dos EUA não destruíram programa nuclear do Irão. Trump acusa CNN e NYT de desvalorizarem ataque militar histórico

Maxar Technologies/Handout via REUTERS

Segundo uma avaliação preliminar dos serviços secretos norte-americanos, divulgada pela CNN e pelo New York Times, os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, uma vez que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão foi deslocada antes da ofensiva. O presidente dos EUA acusa a CNN e o New York Times de tentarem desvirtuar o ataque, ao divulgarem um relatório que revela que o programa nuclear iraniana foi atrasado em apenas alguns meses.

Os ataques dos EUA às três instalações nucleares iranianas - Fordow, Natanz e Isfahan - não destruíram o programa nuclear do Irão e provavelmente apenas o atrasaram em meses, de acordo com uma avaliação preliminar dos serviços secretos sobre o ataque do fim-de-semana.

O relatório confidencial dos serviços secretos do Pentágono acrescenta que os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, uma vez que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão tinha sido deslocada antes da ofensiva.

O presidente dos Estados Unidos que já tinha reiterado na terça-feira que as instalações nucleares no Irão tinham sido "completamente destruídas", acusou a CNN e o New York Times de tentarem desvirturar o bombardeamento dos EUA ao "desvalorizarem um dos ataques militares mais bem sucedidos da história".

"Notícias falsas da CNN, juntamente com o falhado New York Times, uniram-se para tentar desvalorizar um dos ataques militares mais bem sucedidos da história - as instalações nucleares do Irão foram completamente destruídas", escreveu Donald Trump, numa mensagem publicada terça-feira na Truth Social.



Após a divulgação do relatório da Agência de Inteligência da Defesa, tanto o secretário norte-americano da Defesa, Pete Hegseth, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt e o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, desmentiram a avaliação preliminar.

"Com base em tudo o que vimos - e eu vi tudo - a nossa campanha de bombardeamento eliminou a capacidade do Irão de criar armas nucleares” afirmou Pete Hegseth. "Qualquer pessoa que diga que as bombas não foram devastadoras está apenas a tentar minar o Presidente e a missão bem sucedida”, acrescentou.

Já Steve Witkoff considerou a fuga de informação de traição e apelou a uma investigação para responsabilizar o autor desta fuga e a Casa Branca considerou a avaliação "completamente errada" e divulgada por "um perdedor de baixo nível na comunidade de inteligência".

Segundo fontes próximas da Agência de Inteligência da Defesa dos EUA, citadas pela BBC, a reserva de urânio enriquecido pelo Irão não foi eliminada nos bombardeamentos de sábado, uma vez que algumas foram deslocadas antes dos ataques. 

Além disso, as fontes anónimas adiantam que a maior parte das instalações que se encontram no subsolo escaparam ao impacto das explosões, que terão destruído ou danificado estruturas acima do solo. De acordo com as mesmas fontes, o ataque dos EUA apenas fez o Irão recuar "alguns meses, no máximo" e qualquer retoma do seu programa nuclear dependerá do tempo que o país demore a escavar e a fazer reparações.

Apesar das imagens de satélite capturadas após o ataque dos EUA mostrarem grandes crateras visíveis na instalação nuclear de Fordo, no Irão, estas não permitem saber com exatidão os danos sofridos pelo locais sob a superfície.  
Foto: Maxar Technologies/Handout via REUTERS 

Uma vez que os EUA têm 18 agências de informação diferentes, é possível que futuros relatórios de inteligência incluam mais informações sobre o nível de danos às instalações nucleares iranianas. 

Além dos governantes norte-americanos que saudaram a missão como um sucesso, também o primeiro-ministro saudou uma "vitória histórica" contra Teerão e o seu programa nuclear, num discurso à nação poucas horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo imposto por Donald Trump.

"Alcançámos uma vitória histórica. Destruímos o projeto nuclear do Irão. E se alguém no Irão tentar reconstruí-lo, agiremos com a mesma determinação, com a mesma intensidade, para derrotar qualquer tentativa“, prometeu Netanyahu, repetindo que "o Irão nunca terá armas nucleares".

Por outro lado, o Irão também reinvindicou a "vitória" e reafirmou os seus "direitos legítimos" de prosseguir o seu programa nuclear para uso civil, mostrando abertura para retomar conversações com Washington.
Israel diz que é cedo para avaliar danos dos ataques

No entanto, o exército israelita disse esta quarta-feira que os ataques contra as instalações nucleares iranianas vão afetar "durante vários anos" o programa nuclear do Irão mas que ainda é cedo para avaliar os danos causados.

O porta-voz do Exército israelita, Effie Defrin, sublinhou numa conferência de imprensa, que ainda não pode ser efetuado um balanço final do impacto.

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por Cristina Sambado - RTP

Rutte afirma que não "há alternativa" ao reforço do investimento da NATO

Toby Melville - Reuters

O secretário-geral da NATO defendeu esta quarta-feira que “não há alternativa” a investir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa e considerou que os políticos “têm de fazer escolhas na escassez”.

É verdade, os países têm de arranjar o dinheiro [para investir]. Não é fácil, são necessárias decisões políticas, reconheço isso. Em simultâneo, há a convicção absoluta de que, dada a ameaça apresentada pela Rússia, dada a situação de segurança internacional, não há alternativa”, afirmou Mark Rutte, à entrada para a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Haia, nos Países Baixos.

O secretário-geral da NATO reconheceu que ainda há nove países que só alcançarão os 2% de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa no final de 2025, mas rejeitou que a recusa de Espanha em ir além desta percentagem quebre a unidade da organização político-militar.

Não estou preocupado com isso. Claro que é uma decisão difícil, mas vamos ser honestos: os políticos têm de fazer escolhas na escassez”, apreciou.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse no fim de semana que não iria além de 2,1% do PIB, mas Mark Rutte considerou que não há isenções de qualquer país.

Em Portugal, o Governo anunciou que iria antecipar a meta de 2% do PIB em defesa para 2025.

Em 2024, Portugal investiu cerca de 4.480 milhões de euros em defesa, aproximadamente 1,58% do seu PIB, o que colocou o país entre os aliados da NATO com menor despesa militar - abaixo da meta dos 2% -, segundo estimativas do Governo.

Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Paulo Rangel e Nuno Melo, respetivamenteCimeira da NATO em Haia

Os chefes de Estado e de Governo dos 32 países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte encontram-se esta quarta-feira em Haia para firmar um acordo de investimento para a próxima década, em princípio, que deverá fixar a meta de dedicar 5% do PIB à defesa (3,5% de investimento direto e 1,5% em projetos civis que também podem ter uma utilização militar).

Os responsáveis da NATO esperam que o conflito entre Israel e o Irão e o bombardeamento americano de instalações nucleares iranianas no fim de semana não ensombrem o encontro, organizado por Rutte na sua cidade natalAliados esperam um compromisso claro de Trump Os líderes de 31 dos 32 países da NATO esperam que a promessa de aumentar os gastos com a defesa leve o presidente norte-americano a dissipar as dúvidas de Donald Trump e o seu compromisso com a aliança.

Trump ameaçou não proteger os membros da NATO se estes não cumprirem os objetivos de despesa e levantou novamente dúvidas sobre o seu compromisso a caminho da cimeira, evitando endossar diretamente a cláusula de defesa mútua do Artigo 5 da aliança.

Falando aos jornalistas a bordo do Air Force One, afirmou que havia “numerosas definições” da cláusula. "Estou empenhado em salvar vidas. Estou empenhado na vida e na segurança. E vou dar-vos uma definição exata quando lá chegar", afirmou.

Trump deu uma visão invulgar desses esforços na terça-feira, ao publicar uma mensagem privada em que Rutte o elogiava e o felicitava pela “ação decisiva no Irão”.

“Vai conseguir algo que nenhum presidente americano em décadas conseguiu fazer”, disse Rutte a Trump.

“A Europa vai pagar em GRANDE como deve, e será a sua vitória”.

Para satisfazer Trump, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também manteve a cimeira e a sua declaração final curtas e centradas na promessa de despesa.


Espera-se que o texto cite a Rússia como uma ameaça e reafirme o apoio dos aliados à Ucrânia, mas não se debruce sobre essas questões, uma vez que Trump assumiu uma postura mais conciliatória em relação a Moscovo e tem apoiado menos Kiev do que o seu antecessor, Joe Biden.

Para esta quarta-feira, está agendado um encontro entre o presidente ucraniano e o homólogo norte-americano à margem da cimeira da NATO, confirmou o gabinete de Zelensky.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, teve de se contentar com um lugar no jantar da pré-cimeira, na terça-feira à noite, em vez de um lugar na reunião principal, na quarta-feira, embora Trump tenha dito que provavelmente se encontraria com Zelensky separadamente.

Zelensky e os seus assessores disseram que querem falar com Trump sobre a compra de armas americanas, incluindo os sistemas de defesa antimísseis Patriot, e aumentar a pressão sobre Moscovo através de sanções mais duras.

O Kremlin acusou a NATO de estar num caminho de militarização desenfreada e de retratar a Rússia como um “demónio do inferno”, a fim de justificar o seu grande aumento nas despesas de defesa.
Pagos com juros dos ativos russosO Reino Unido enviará 350 mísseis avançados de defesa aérea, construídos na Grã-Bretanha e adaptados em tempo recorde para lançamento em terra, utilizando 70 milhões de libras de juros obtidos através do esquema de aceleração extraordinária de receitas (ERA) do governo. Esta iniciativa marca a primeira vez que o Reino Unido utiliza fundos ligados à Rússia para financiar diretamente armamento para Kiev.

Os mísseis serão utilizados através de sistemas Raven fornecidos pelo Reino Unido - mais cinco dos quais estão a caminho da Ucrânia, elevando o total para 13. Originalmente concebidos como mísseis ar-ar, os ASRAAM foram adaptados por engenheiros da RAF e pela MBDA UK para disparar a partir da traseira de um camião de fabrico britânico. A conversão demorou apenas três meses.

"A Rússia, e não a Ucrânia, deve pagar o preço da guerra bárbara e ilegal de Putin. É justo que utilizemos os ativos russos apreendidos para reforçar as defesas aéreas da Ucrânia. A segurança da Ucrânia é vital para a nossa própria segurança", frisou Starmer, antes da cimeira anual da NATO.

c/ Agências
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Momento-Chave
por RTP

Israel diz que "ainda é cedo" para avaliar danos nas instalações nucleares iranianas

O exército israelita considera que "ainda é cedo" para avaliar os danos no programa nuclear iraniano, mas acredita que o conseguiram adiar “por vários anos”. 

"Ainda é cedo para avaliar os resultados da operação", disse o porta-voz militar israelita, Effie Defrin, numa conferência de imprensa televisiva, afirmando, no entanto, que acredita que Israel deferiu “um golpe significativo” no programa nuclear e que o adiaram “por vários anos”.
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por Carolina Soares - Antena 1

Crise política e militar no Irão está a impor centenas de detenções e execuções sumárias

Foto: Abedin Taherkenareh - EPA

Durante estes 12 dias de guerra aberta entre Israel e o Irão as perseguições intensificaram-se, com centenas de detenções e execuções sumárias.

A informação surgiu de um canal de informação iraniano que divulgou a morte de três cidadãos acusados de espionagem a favor de Israel.
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Momento-Chave
por RTP

Parlamento iraniano aprova suspensão da cooperação com a AIEA

O Parlamento iraniano aprovou esta quarta-feira um projeto de lei para suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

"A AIEA, que se recusou a condenar, mesmo que superficialmente, o ataque às instalações nucleares iranianas, comprometeu a sua credibilidade internacional", declarou o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, depois de os deputados terem votado a favor da suspensão da cooperação com o organismo da ONU.

"A Organização de Energia Atómica do Irão suspenderá a sua cooperação com a AIEA até que a segurança das instalações nucleares seja garantida", acrescentou Ghalibaf, citado pela televisão estatal.
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Momento-Chave
Trump fala em "fake news"
por RTP

Relatório dos serviços secretos diz que ataques dos EUA não destruíram programa nuclear do Irão

Um relatório preliminar dos serviços secretos dos EUA diz que o ataque norte-americano às instalações nucleares do Irão não destruiu o programa nuclear do país e provavelmente apensas o atrasou em alguns meses.

O documento dos serviços secretos afirma que os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, já que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão foi deslocada antes da ofensiva.

As centrifugadoras de urânio do Irão estão em grande parte “intactas” e o impacto dos ataques do passado fim de semana foi limitado às estruturas acima do solo, diz o relatório.

O presidente norte-americano já veio desmentir as conclusões do relatório, classificando-as como “notícias falsas”.

"Notícias falsas da CNN, juntamente com o falhado New York Times, uniram-se para tentar desvalorizar um dos ataques militares mais bem sucedidos da história - as instalações nucleares do Irão foram completamente destruídas", afirmou Donald Trump, numa mensagem publicada na rede social Truth Social.
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por João Couraceiro - Antena 1

Irão e nuclear. Debate intenso em Haia com o dia de hoje a ser um marco para a NATO

Reuters

É o dia das decisões da Cimeira da NATO em Haia. A primeira liderada por Mark Rutte, secretário-geral da organização. Os 32 aliados devem formalizar o compromisso para gastar cinco por cento do Produto Interno Bruto em defesa. Um valor que vai ao encontro do proposto por Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos chegou ontem ao fim da tarde a Haia, uma cidade que está debaixo da operação Orange Shield - Escudo Laranja, operação de segurança aos chefes de Estado e de Governo dos 32 países da NATO, com 27 mil polícias e 10 mil militares.

Estão também montados vários quilómetros de vedações e baterias antiaéreas instaladas.

Os voos estão proibidos num raio de 16 quilómetros.

Nesta Cimeira, os conflitos globais são inevitavelmente os temas em debate, Ucrânia e Médio Oriente.

Cresce também a discussão sobre se o ataque americano às bases nucleares do Irão resolveu a ameaça nuclear que o mundo temia, ou se apenas a atrasou e por quanto tempo.

Na reunião ontem à noite do Conselho de Seguranças das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano, o debate foi intenso.

Agora há que por as negociações com Teerão de novo nos caminhos do não confronto e o enviado de Donald Trump para o Médio Oriente - Steve Witkoff - já disse ontem à noite na Fox News, o que é o que está a acontecer.

As negociações entre os Estados Unidos e o Irão são promissoras e Washington espera alcançar um acordo de paz duradouro.
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por Lusa

Teerão executa três homens que identifica como agentes da Mossad

As autoridades do Irão executaram três homens que acusam de ter sido agentes da Mossad, os serviços secretos de Israel, noticiou o canal de língua inglesa Press TV.

A execução teve lugar na cidade de Urmia, no noroeste do Irão e, de acordo com a emissora, os homens "estavam a contrabandear material para assassinar pessoas no país".

Desde que Israel começou a atacar o Irão, na madrugada de 13 de junho, o Irão já executou várias pessoas que acusou serem agentes da Mossad, escreveu a agência de notícias Efe.

Desde 13 de junho, as autoridades iranianas lançaram uma série de buscas contra alegados colaboradores da Mossad no território, tendo efetuado centenas de detenções.

Entretanto, `média` iranianos anunciaram hoje um funeral nacional para os oficiais de alta patente e cientistas mortos durante a guerra de 12 dias desencadeada por Israel.

"Um funeral nacional (...) para os oficiais de alta patente e cientistas que morreram como mártires durante a agressão do regime sionista será realizado no sábado a partir das 08:00" em Teerão (05:30 em Lisboa), informou a agência de notícias Irna.

Além disso, uma cerimónia fúnebre realiza-se na quinta-feira, no centro do país, em homenagem a Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, que foi morto no primeiro dia da guerra.

A região tem vivido uma escalada de violência desde que Israel iniciou uma ofensiva contra instalações militares e o programa nuclear iraniano, numa série de ataques a que Teerão retaliou.

A tensão aumentou quando os Estados Unidos se juntaram aos ataques contra o território iraniano, no fim de semana, bombardeando três instalações nucleares, uma agressão à qual o país persa respondeu atacando, na segunda-feira, a base norte-americana de Al-Udeid, no Qatar, a maior que Washington mantém no Médio Oriente.

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Momento-Chave
por RTP

Mark Rutte diz que EUA apoiam “plenamente” o artigo 5º sobre a defesa mútua

A garantia foi deixada pelo secretário-geral da NATO já esta quarta-feira. “Para mim, é absolutamente claro que os EUA apoiam plenamente as regras” da organização. 

Ontem, Donald Trump tinha dito que há “várias maneiras de definir o artigo 5º” do Tratado.
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Momento-Chave
por RTP

Ponto de situação

A tensão entre Israel e o Irão abrandou depois dos dois países terem reconhecido o cessar-fogo. Entrou em vigor na manhã de terça-feira, mas acabou por ser violado por ambas as partes, logo às primeiras horas do dia. O Presidente norte-americano, que tem mediado o conflito, fez duas críticas a Israel e ao Irão. Donald Trump acabou mesmo por ter uma conversa telefónica com o primeiro-ministro israelita.

Israel diz que a noite passada ainda intercetou dois drones que se aproximavam do território israelita, mas não se sabe se foram enviados do Irão.
Irão e Israel clamam vitória
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, proclamou uma "vitória histórica" sobre o Irão, e que o país rival "nunca terá armas nucleares", após o programa para desenvolvimento destas ter ficado "na ruína" com os ataques sofridos.

O presidente do Irão anunciou o “fim da guerra de 12 dias imposta" ao seu país pelo "aventureirismo" de Israel.

O secretário-geral da NATO felicitou Donald Trump pela "ação decisiva no Irão".

O presidente dos Estados Unidos partilhou uma mensagem privada que Mark Rutte lhe enviou. Rutte afirma que Trump conduziu um momento muito importante para a América, para a Europa e para o mundo.

Um feito nunca alcançado por nenhum presidente norte-americano, e que levará a que todos os países concordem com os 5% do PIB para a Defesa.

Na mensagem escreve que "A Europa vai pagar de forma grande, como deveria, e isso será a grande vitória" de Trump.

Donald Trump diz que está empenhado em salvar vidas. A caminho da cimeira da NATO, o Presidente garantiu que está empenhado na segurança do Mundo , mas todos os países têm de contribuir financeiramente para isso.
Cimeira da NATO
E a instabilidade politica no Médio Oriente vai ser debatida hoje na cimeira da NATO, nos Países Baixos.

Portugal faz-se representar pelo primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros e o ministro da Defesa.

O dia de ontem foi dedicado à discussão dos gastos com a defesa.


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por RTP

Trump teve "enorme honra" em conseguir cessar-fogo entre Israel e Irão

Israel e Irão concordaram com o cessar-fogo, embora ambos clamem vitória. Donald Trump admitiu "enorme honra" por ter posto termo a este conflito. Apesar dos conflitos do últimos dias, a liderança política do Irão mantém-se.

Quanto aos Estados Unidos, segundo a editora de internacional da RTP, projetaram poder a nível mundial e que são capazes militarmente para resolver conflitos.
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NATO tem insistido para que Portugal gaste mais em Defesa

Todos estes desenvolvimentos aconteceram na véspera da cimeira da Nato em Haia. Nos planos da Cimeira estava um único ponto em discussão: a meta de 5% do PIB para o investimento em defesa.

A fasquia de 5% foi sugerida por Donald Trump, mas os Estados Unidos não são o país que mais investe em Defesa. Esse lugar é da Polónia, que gasta já 4,1% do seu PIB.

Os Estados Unidos gastam 3,4 % do PIB em Defesa. Portugal está no terço mais baixo da tabela dos países aliados da NATO, gasta 1,6% do PIB.

O Governo português promete agora chegar já aos 2% este ano e admite ir até aos 3,5% no futuro.
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Israel-Irão. Como fica a Rússia após o acordo de cessar-fogo?

Evegueni Mouravitch, correspondente da RTP na Rússia, explica como fica Moscovo depois do cessar-fogo entre Israel e Irão e quando vê Donald Trump na cimeira de Haia a reforçar os laços com os parceiros da Aliança Atlântica.

Para o Kremlin está claro que se mantém o regime o Irão e, com ele, a ideologia de "eliminação física do Estado israelita", lembra Mouravitch.

Putin "não alinha com os planos de Teerão contra os Estados Unidos e Israel", acrescenta.
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Cimeira da NATO. Aliados fixam meta de 5% do PIB para Defesa

Na cimeira da NATO, tudo foi pensado para evitar imprevistos e dissonâncias. O compromisso dos 5% em Defesa já foi acordado. A Ucrânia é um dos temas desta cimeira, onde os aliados defendem que pode vencer a Rússia.

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Cessar-fogo Israel-Irão. Republicanos congratulam-se com vitória de Trump

O cessar-fogo entre Irão e Israel está a ser considerado como uma grande vitória de Donald Trump entre os republicanos nos Estados Unidos.

A correspondente da RTP nos EUA, Cândida Pinto, dá conta dos últimos desenvolvimentos acerca do acordo alcançado pelo presidente norte-americano.
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Guerra Israel-Irão. Cessar-fogo mantém-se após acusações

O cessar-fogo entre Israel e o Irão manteve-se durante este primeiro dia depois de nas primeiras horas terem sido trocadas acusações reciprocas de violação das tréguas. Teerão ainda lançou uma vaga de bombardeamentos nos últimos minutos antes da hora marcada. Telavive respondeu com nova retaliação. E agora ambos clamam vitória.

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