Médio Oriente. Exército de Israel está a atacar em várias frentes
Israel ataca centro de Beirute e mantém campanha no sul do Líbano
Fonte do Hezbollah relatou hoje à noite onze ataques consecutivos no sul de Beirute, um bastião do movimento pró-iraniano, enquanto correspondentes da agência France-Presse (AFP) na capital ouviam fortes explosões.
O bombardeamento foi tão violento que fez soar os alarmes dos carros e sacudiu edifícios dentro e à volta de Beirute, de acordo com a AFP.
O porta-voz árabe das FDI tinha divulgado hoje à noite imagens do Burj al Barajna, com dois edifícios assinalados a vermelho, pedindo à população para se afastar destes locais. Foi a segunda vez que Israel atacou hoje este bairro.
Durante o dia as Forças de Defesa de Israel (FDI) reportaram quinze bombardeamentos, incluindo um ataque aéreo contra o quartel-general dos serviços de informação do grupo xiita Hezbollah em Beirute e também contra o escritório do seu órgão de comunicação social na mesma cidade.
Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, pelo menos nove pessoas morreram e catorze ficaram feridas no ataque, embora tenham detalhado que estão a analisar os restos de ADN encontrados no local para determinar a contagem final de mortos.
As FDI não especificaram nos seus comunicados quais os bairros de Beirute que foram atacados, mas referiram que os alvos atingidos incluíam vários centros de produção e armazenamento de armas e "outras infraestruturas".
Em Beirute, segundo as FDI, foram atacados os centros de comando do Hezbollah e as operações de inteligência e recolha de informações.
Simultaneamente, Israel continuou os seus intensos bombardeamentos no sul e no leste do Líbano, onde se encontram os principais bastiões do Hezbollah.
Um soldado libanês foi morto num ataque israelita a uma caravana da Cruz Vermelha Libanesa que evacuava vítimas no sul do país, onde quatro voluntários e outro soldado também ficaram feridos.
Em plena ofensiva terrestre, o Exército israelita ordenou hoje a evacuação de cerca de vinte cidades no sul do Líbano, incluindo a cidade de Nabatieh, uma das mais atingidas pelos bombardeamentos israelitas nas últimas semanas.
É a terceira vez que as forças israelitas apelam à evacuação de cidades no sul do Líbano desde que a incursão terrestre começou na noite de segunda-feira.
Em todos os casos, Israel pediu aos civis que se dirigissem para norte do rio Awali, a mais de 50 quilómetros da fronteira e muito mais a norte do rio Litani (30 quilómetros), que marca a zona desmilitarizada designada pela ONU após a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, onde não deveria existir qualquer presença armada para além das autoridades libanesas e da missão das Nações Unidas no país (UNIFIL).
Israel afirmou ainda ter morto cerca de 60 combatentes do Hezbollah e ter atingido cerca de 200 "alvos" do Hezbollah em território libanês no último dia.
Já o Ministério da Saúde libanês adiantou que pelo menos 37 pessoas morreram hoje e outras 151 ficaram feridas nas regiões do sul do Líbano, Nabatieh (sul) e Bekaa (leste) em consequência dos ataques israelitas, que causaram quase 2.000 vítimas mortais no último ano, a maioria nos últimos dias.
O Hezbollah contra-atacou lançando pelo menos 120 `rockets` contra o território israelita, vários deles contra a Alta Galileia, onde soaram os alarmes antiaéreos. Alguns foram intercetados e outros tiveram impacto.
Os rebeldes xiitas Huthis do Iémen assumiram também hoje a responsabilidade por um novo ataque com "vários drones" contra Telavive, que "alcançou com sucesso o seu objetivo".
Ataque a Tulkarem terá feito 23 mortos
Conselho de Segurança da ONU apoia António Guterres
Operacional do Hamas morto em ataque a Tulkarem, diz Israel
Ataques de Israel fizeram 37 mortos e 151 feridos esta quinta-feira
Ataque a Tulkarem na Cisjordânia. Autoridade Palestiniana aponta 18 mortos
Ao telefone com a Agência France Presse, um responsável do campo, Fayçal Salama, afirmou que o ataque foi realizado por um caça F-16 e que visou uma cafetaria. O avião israelita "atingiu uma cafetaria [num] edifício de três andares" e que havia "muitas vítimas no hospital, crianças, jovens mortos, e o número (final) não é ainda conhecido".
Tulkarem é uma das cidades e campos de refugiados palestinianos alvo, no final de agosto, de uma ofensiva em grande escala do Exército israelita contra grupos armados que combatem Israel no norte da Cisjordânia.
Fonte próxima do Hezbollah aponta 11 ataques de Israel no sul de Beirute
Registadas novas explosões em Beirute
Josep Borrell avisa que Israel e Hezbollah estão próximos de guerra total
Josep Borrell lamenta a decisão israelita de considerar António Guterres "persona non grata", e reafirma o apoio da União Europeia às Nações Unidas e apela a um cessar fogo no Médio Oriente.
Declarações feitas no Foro La Toja- Vínculo Atlântico, que decorre na Galiza, acompanhado pela jornalista Ana Gonçalves.
Irão ameaça. Países que ajudem Israel são "alvos legítimos"
"Advertimos os países para refrearem o seu envolvimento no conflito entre o regime israelita e o Irão e a distanciarem-se da briga". A missão acrescentou que o único canal de comunicação entre Washington e Teerão é atualmente a embaixada suíça na capital iraniana.
Israel emite nova ordem de evacuação para sul de Beirute
Portugueses que vivem no Líbano preparam-se para deixar o país
Foto: Reuters TV
Israel bombardeia Beirute e subúrbios da capital libanesa
Banco Mundial reorienta fundos para ajuda de emergência
Israel diz ter atingido hoje "15 alvos terroristas do Hezbollah" em Beirute
G7 expressa "profunda inquietação" com acontecimentos no Médio Oriente
Hezbollah anuncia lançamento de 100 foguetes e mísseis contra norte de Israel
"Bombardeámos o local, a povoação e os pomares de Metula com 100 foguetes `Katyusha` e seis mísseis `Falaq`", declarou o grupo, num breve comunicado divulgado pela rede de notícias Al Manar, ligada aos libaneses.
A declaração surge pouco depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem informado que cerca de 200 mísseis, bem como vários drones, foram disparados do Líbano através da fronteira para o norte de Israel.
Desde meados de setembro que as forças israelitas intensificaram os seus ataques em território libanês, incluindo Beirute, e confirmaram a morte de grande parte da liderança do grupo, incluindo o seu líder, Hassan Nasrallah. Hoje foi ainda confirmada a morte de mais um soldado israelita que participava na ofensiva terrestre no sul do Líbano, elevando para nove o total de militares mortos desde a incursão em território libanês na madrugada de terça-feira.
Trata-se das primeiras mortes de soldados israelitas em território libanês desde a guerra de 2006.
No seu canal Telegram, o exército israelita anunciou ainda ter intercetado um veículo aéreo não-tripulado no sul do país, enquanto uma milícia iraquiana pró-iraniana afirmou ter atacado a mesma região com um `drone` "com capacidades avançadas".
As forças não comunicaram se há vítimas, nem especificaram o local exato onde o veículo aéreo foi intercetado ou a sua origem.
Já o grupo xiita pró-iraniano Resistência Islâmica no Iraque afirmou, no seu canal Telegram, que, em resposta aos "massacres" cometidos pelo exército israelita, atacou um alvo no sul do país com um `drone` "de capacidades avançadas" utilizado pela primeira vez.
A organização indicou que vai continuar a utilizar estes drones para "atacar posições inimigas com intensidade crescente".
A denominada Resistência Islâmica no Iraque reivindicou a responsabilidade por três ataques com `drones` contra o norte de Israel e avisou que irá intensificar as suas ações em resposta aos bombardeamentos israelitas em Gaza e no Líbano.
Os ataques destas milícias, que compõem o chamado "Eixo da Resistência", surgem depois de o Irão ter atacado Israel na terça-feira com mais de 200 mísseis, a segunda ação iraniana desde abril.
Também hoje, o exército israelita informou que matou um membro do Hezbollah responsável pelo ataque com um foguete no dia 27 de julho contra a população drusa de Majdal Shams, nos Montes Golã ocupados, no qual morreram 12 crianças.
Num comunicado divulgado no seu canal no Telegram, o Exército israelita indicou que aviões de combate da sua força aérea mataram na quarta-feira Khider al-Shaebia, suposto responsável pelo ataque em Majdal Shams e que, segundo Israel, comandava a área de Har Dov no Hezbollah.
A nota acrescenta que Al-Shaebia também foi responsável por centenas de lançamentos de foguetes e mísseis antitanque contra posições do Exército israelita na área de Har Dov, no Monte Hermon e nos Montes Golã.
"Temos muitas opções quanto ao Irão", diz embaixador de Israel na ONU
Pentágono estuda com Israel resposta ao Irão
Exército de Israel diz ter bombardeado Tulkarem na Cisjordânia
EUA querem ver "diminuídas" as capacidades do Hezbollah
Israel intercetou um drone na sua região sul, não foram reportados feridos
Nove soldados israelitas mortos em três dias no sul do Líbano
British Airways prolonga suspensão de voos para Telavive
Israel não permitirá ao Hezbollah "reinstalar-se" no sul do Líbano
Israel ameaça agir se Hezbollah usar principal passagem fronteiriça com Síria
"O Exército [de Israel] não permitirá o contrabando dessas armas e não hesitará em agir se for forçado a fazê-lo, como tem feito durante esta guerra", disse o porta-voz árabe das Forças Armadas israelitas, Avichay Adraee, num comunicado divulgado na rede social X, aludindo ao posto fronteiriço - conhecido como Masnaa, no Líbano, e Jdeidet Yabous, na Síria - e controlado pelos militares libaneses.
O comunicado israelita denuncia que o grupo xiita libanês Hezbollah transferiu as operações de transporte de "equipamento de guerra" para o posto de Masnaa, utilizado para transporte civil.
"Desde que os centros de contrabando na fronteira sírio-libanesa foram atacados há uma semana, a passagem fronteiriça de Masnaa tornou-se a principal através da qual o Hezbollah transporta meios de combate", disse o porta-voz militar israelita.
"O Estado libanês é responsável pelas passagens fronteiriças oficiais e pode impedir o Hezbollah de as atravessar", acrescentou Andraee.
Segundo a declaração militar israelita, aviões de Israel já bombardearam passagens de fronteira usadas pelo Hezbollah para trazer armas da Síria para o Líbano, o que, segundo a sua versão, forçou o movimento a transportar material de guerra através de Masnaa.
A passagem de Masnaa está localizada na principal artéria que liga Beirute a Damasco e tem sido utilizada pela maioria dos 128 mil refugiados sírios e libaneses que fugiram dos ataques israelitas a várias cidades libanesas.
No último ano, mas em particular nos últimos dias, cerca de 2.000 pessoas foram mortas por ataques israelitas, enquanto a violência também forçou mais de 1,2 milhões de pessoas a fugirem das suas casas, segundo o governo libanês.
Face às ameaças, as autoridades libanesas limitaram-se a confirmar que são elas que controlam a referida passagem, bem como todos as outras fronteiras do país.
O ministro das Obras Públicas e Transportes libanês, Ali Hamie, garantiu hoje numa conferência de imprensa em Beirute que "todas as passagens fronteiriças, a primeira das quais é Masnaa" estão sob vigilância de instituições estatais, como do próprio departamento estatal que tutela, das autoridades aduaneiras, a Direção Geral de Segurança e o exército.
Jovem yazidi libertada na Faixa de Gaza
Emir do Qatar promete "todo o apoio" ao Líbano perante ataques "brutais" de Israel
Israel confirma morte de palestiniano condenado pelo linchamento de soldados israelitas
Libanesa relata que ligações marítimas são opção para escapar ao conflito
REUTERS/Omar Ibrahim
Os elevados preços dos voos, que são cada vez menos, têm dificultado a saída das pessoas e não é fácil encontrar alternativas.
A jornalista Cláudia Aguiar Rodrigues falou esta manhã com uma libanesa,
que está retida em Beirute.
Joy Laoun quer regressar à Polónia onde vive e trabalha, mas ainda não conseguiu.
Petróleo dispara após declarações de Joe Biden
Hezbollah diz ter atingido base de indústrias militares israelitas na baía de Haifa
Biden convencido de que "nada acontecerá" relativamente a uma retaliação israelita contra o Irão
“Nada vai acontecer hoje (quinta-feira)”, disse o Presidente norte-americano em resposta a uma pergunta sobre o assunto, durante uma breve troca de impressões com a imprensa antes de deixar a Casa Branca para uma viagem ao sul dos Estados Unidos.
Irão convoca embaixadores europeus por criticarem ataque a Israel
As convocatórias foram feitas em resposta às “medidas inaceitáveis” tomadas pela Alemanha e pela Áustria, que convocaram representantes iranianos na sequência do ataque de Teerão a Israel na terça-feira, informou a agência noticiosa oficial iraniana Irna.
Mais de 40 equipas de salvamento e bombeiros mortos em ataques israelitas
Desde o início do conflito entre Israel e o movimento pró-iraniano, em outubro, foram mortos 97 socorristas e bombeiros, incluindo pessoal de organizações filiadas no movimento islâmico pró-iraniano Hezbollah ou noutros partidos libaneses.
IDF diz que jatos atingiram posições dos serviços secretos do Hezbollah em Beirute
As IDF afirmam que os alvos incluíam agentes da divisão de informações, equipamento de vigilância, quartéis-generais e outras infraestruturas.
Na rede social X, a IDF divulgou imagens dos ataques.
לפני זמן קצר, מטוסי קרב של חיל האוויר בהכוונה מודיעינית של אגף המודיעין, תקפו מטרות של מטה המודיעין של ארגון הטרור חיזבאללה בביירות, בהן פעילי היחידה, אמצעי איסוף, מפקדות ותשתיות נוספות>> pic.twitter.com/8Rqfr0f1wz
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) October 3, 2024
Três palestinianos mortos em Khan Younis durante ataque israelita
As explosões registaram-se perto do campo de refugiados de Nuseirat. Testemunhas relataram ter visto tanques israelitas a avançar perto do campo.
O local fica perto do Corredor de Netzarim, que foi criado pelos militares israelitas quando começou a guerra em Gaza para dividir o enclave em duas partes.
Em Khan Younis, fontes médicas do Hospital Nasser da cidade confirmaram à Al Jazeera a morte de três palestinianos em bombardeamentos israelitas na cidade. Cinco outros ficaram feridos na aldeia vizinha de Abasan, situada perto de Israel.
Borrell ataca posição de Israel sobre Guterres
Exército libanês afirma ter respondido aos disparos de Israel
“Um soldado foi morto depois de o inimigo israelita ter visado um posto militar na região de Bint Jbeil, no sul, e de os militares terem respondido ao fogo”, declarou o exército em comunicado.
Paris considera decisão "grave e contraproducente"
Paris “reafirma o seu total apoio e confiança” em António Guterres e sublinha que “as Nações Unidas desempenham um papel fundamental na estabilidade da região”, numa altura em que as tensões ameaçam inflamar-se em todo o Médio Oriente.
RTP em Beirute. Israel bombardeou centro de imprensa do Hezbollah
Ataque israelita em Beirute provocou vários mortos
Foto. Wael Hamzeh - EPA
Emirates cancela voos para o Irão, Iraque e Jordânia até 5 de outubro
“A Emirates cancela todos os voos de e para o Iraque (Basra e Bagdade), Irão (Teerão) e Jordânia (Amã) nos dias 4 e 5 de outubro, devido à instabilidade regional”, declarou a transportadora sediada no Dubai, que também suspendeu os voos para estes destinos na quinta-feira.
“Continuamos a acompanhar de perto a situação na região e estamos em contacto com as autoridades competentes sobre a evolução da situação”, acrescentou.
A Emirates tinha anunciado anteriormente a suspensão dos seus voos para o Líbano até 8 de outubro.
Na terça-feira, a companhia aérea alemã Lufthansa tinha prolongado a suspensão dos seus voos para Beirute até 30 de novembro, para Telavive até 31 de outubro e para Teerão até 14 de outubro inclusive.
Novos ataques israelitas nos subúrbios de Beirute
“Os aviões inimigos lançaram três ataques contra os subúrbios do sul de Beirute”, disse a agência. Um jornalista da AFP viu colunas de fumo a sair da zona afetada.
Irão pode estar envolvido no ataque às embaixadas de Israel
“Há elementos que indicam que pode ser esse o caso, (em particular) a escolha do alvo e o modus operandi”, disse Fredrik Hallström, funcionário da Säpo, numa conferência de imprensa, em resposta a uma pergunta sobre o possível papel do Irão. “Mas isto é uma hipótese e não um facto comprovado”.
Marcelo apela a Israel para que reconsidere declaração de Guterres como "persona non grata"
"Penso que seria muito sensato que as autoridades israelitas reconsiderassem aquela atitude, por ser desproporcionada. Onde o secretário-geral falou em lamentar, eles teriam preferido condenar, que o lamento era insuficiente", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava à entrada para a Escola Alves Martins, em Viseu, à qual atribuiu o título de membro honorário da Ordem de Instrução Pública.
"É uma situação praticamente sem precedente em relação a um secretário-geral das Nações Unidas ou altas figuras internacionais. Mesmo com países que normalmente se vetam reciprocamente no Conselho de Segurança e, como sabem, estão a paralisar o Conselho de Segurança", prosseguiu. O presidente, que disse ter falado quarta-feira ao telefone com António Guterres, acompanha também a posição da União Europeia, que pretende que se continue a manter esforços para "ultrapassar aquilo que está a ser verdadeiramente, de dia para dia, um agravamento da situação".
"Nas relações entre Estados e instituições internacionais, se a ideia é construir a paz, a prazo mais ou menos curto, o reconsiderar estas decisões é uma questão de bom senso", rematou Marcelo.
Em causa, o facto de Portugal defender solução de dois Estados sem reconhecer Palestina
"Continuamos a falar de uma solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina. Só mostra a incoerência, a inconsistência, a incapacidade de fazer o que se diz", afirmou Albanese durante uma audição pública na Assembleia da República.
A prioridade neste momento, continuou, é agora "acabar com o massacre de pessoas em Gaza e que se está a estender à Cisjordânia".
Perante PS, BE, PCP, Livre e PAN, a relatora da ONU lamentou ser recebida em países ocidentais somente por forças políticas de esquerda.
"Pergunto-me o que se passa com as pessoas. Porque é que quando vou a países ocidentais, os únicos deputados que se encontram comigo são de esquerda, onde estão os outros? Peço-vos, realmente, que tentem incutir este sentimento de que não se trata de partidarismo. A vida humana não pode ser considerada sob a bandeira de um ou outro partido. Não há diferença entre a vida israelita e a vida palestiniana", exortou.
Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão classifica como "irresponsável" a posição do grupo das nações mais ricas
Autoridades russas começam a retirar cidadãos de território libanês
Soldado libanês morto em ataque israelita
Israel apela a habitantes de 25 localidades do sul do Líbano para abandonarem as casas
O exército não tem “qualquer intenção de vos fazer mal e, para vossa própria segurança, devem evacuar imediatamente as vossas casas e dirigir-se para norte”, escreveu o porta-voz do exército israelita, Avichai Adraee, numa mensagem em árabe na sua conta X.
Defesas aéreas sírias intercetam alvos sobre Damasco
Hezbollah afirma ter detonado engenhos explosivos para contrariar uma infiltração israelita
O grupo pró-iraniano detonou os engenhos quando “uma força de infantaria do inimigo israelita tentava infiltrar-se na cidade de Maroun al-Ras” no Líbano, perto da fronteira, segundo um comunicado do Hezbollah.
Explosões fortes foram ouvidas na zona rural perto de Damasco
Turquia teme vaga de imigração vinda do Médio Oriente
Reuters
Recep Tayyip Erdogan afirma mesmo que a operação israelita no Líbano é uma invasão ilegal, como conta o correspondente da Antena 1 em Ancara, José Pedro Tavares.
Como muitos outros países, também a Turquia está a fazer esforços para coordenar a retirada de cidadãos do Líbano.
Hezbollah reivindica sete ataques distintos contra as forças israelitas
Pouco antes destes dois ataques, o Hezbollah afirmou ter atingido tropas israelitas numa zona entre Shtula e Raheb. O quarto ataque do dia ocorreu “com projéteis de artilharia” disparados contra o Portão de Fátima, um antigo posto fronteiriço entre o Líbano e Israel, onde o Hezbollah afirmou que os soldados israelitas estavam a tentar avançar.
Cerca das 9h00, houve outra salva de foguetes do Hezbollah, desta vez visando as forças israelitas na colónia de Yarin, na Alta Galileia.
Pouco antes deste ataque, o Hezbollah afirmou ter atingido soldados israelitas no colonato de Misgav Am com um míssil e bombardeou outro grupo de forças israelitas na base militar de Hanita.
Rocket libanês disparado contra Tiberíades
Ataque israelita no centro de Beirute matou sete profissionais de saúde
O ataque aéreo no bairro residencial de Bashoura teve como alvo um apartamento num edifício de vários andares que alberga um gabinete da Sociedade de Saúde, um grupo de socorristas civis. Foi o ataque mais próximo até à data do centro da cidade de Beirute, onde se situam as Nações Unidas e os gabinetes governamentais.
Foi o segundo ataque a atingir diretamente a Sociedade de Saúde em 24 horas. Nenhum aviso israelita foi emitido para a zona antes de esta ser atingida. O exército israelita não fez qualquer comentário imediato.
Dois jornalistas belgas feridos durante ataque israelita a Beirute
O repórter de guerra Robin Ramaekers, que sofreu “fraturas faciais”, e o operador de câmara Stijn De Smet, que ficou ferido numa perna, foram ambos levados para o hospital.
Uma porta-voz do grupo DPG Media, que detém o VTM e o jornal flamengo Het Laatste Nieuws, disse à AFP que os seus editores tinham conseguido falar com eles por telefone e que as suas vidas não corriam perigo.
As circunstâncias exatas do incidente são ainda desconhecidas.
A DPG Media explicou que os dois jornalistas ficaram feridos “quando tentavam fazer uma reportagem” sobre um bombardeamento que atingiu o centro da cidade de Beirute durante a noite.
O Ministério belga dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar de perto a situação dos seus dois cidadãos feridos.
Há atualmente cerca de 1800 belgas no Líbano e as autoridades consulares estão prontas a ajudar a repatriar por avião as “poucas centenas” que manifestaram o desejo de deixar o país, sublinhou ainda a diplomacia belga.
Consultor dos Guardas Revolucionários do Irão morre de ferimentos em ataque israelita a Damasco
A rede identificou o consultor como Majid Divani, sem dar mais pormenores.
Israel revela que, há três meses, matou três altos dirigentes do Hamas em Gaza com um ataque aéreo
O comunicado cita os nomes de “Rawhi Mushtaha, chefe do governo do Hamas na Faixa de Gaza; Sameh al-Siraj, que ocupava a pasta da segurança no gabinete político do Hamas e no comité de trabalho do Hamas; e Sami Oudeh, comandante do mecanismo geral de segurança do Hamas”.
#عاجل 🔻 جيش الدفاع وجهاز الأمن العام (الشاباك) قضيا على المخرب المدعو روحي مشتهى رئيس سلطة الحكم الحمساوية في قطاع غزة، والمخرب المدعو سامح السراج المسؤول عن ملف الأمن لدى المكتب السياسي واللجنة التنفيذية الحمساوية والمخرب المدعو سامي عودة، رئيس جهاز الأمن العام الحمساوي
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) October 3, 2024
🔻… pic.twitter.com/Ai248wmqjT
Na declaração, Israel afirma que “o Hamas não anunciou as suas mortes, como tinha feito na sequência de eliminações anteriores, a fim de evitar a perda de moral e o funcionamento dos seus agentes terroristas”.
União Europeia concede nova ajuda no valor de 30 milhões de euros ao Líbano
“Estou extremamente preocupado com a constante escalada das tensões no Médio Oriente. Todas as partes (no conflito) devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a vida de civis inocentes”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citada num comunicado de imprensa.
Exército israelita acusa Hezbollah de contrabando de armas da Síria
"Líbano deixou de ser um lugar seguro"
Reuters
Hezbollah repeliu ataque israelita na fronteira sul do Líbano
Ataques israelitas obrigaram a deslocar mais de 1,2 milhões de pessoas no Líbano
“Estamos a correr contra o tempo para as alojar e existem atualmente mais de 870 abrigos, especialmente em Beirute e no Monte Líbano, onde as escolas atingiram a sua capacidade máxima”, afirmou segundo a Em citações veiculadas pela Agência Nacional de Notícias do Líbano.
Sobre eventual pausa no conflito, Nasser Yassin considera que, “há algumas ideias que poderiam constituir um ponto de entrada para apoiar a via diplomática no que se refere ao pedido de cessar-fogo do Líbano e para pôr termo à máquina de destruição e de morte a que está a ser sujeito”.
“Existem iniciativas árabes, incluindo as apresentadas pelo Egito, Catar e outros países, e a França apela sempre a um cessar-fogo, mas é evidente que o lado israelita não se preocupa com as leis e resoluções internacionais”, acrescentou.
Segundo o governante, “estamos a ativar o trabalho diplomático libanês no país e no estrangeiro para aumentar a sensibilização para o que está a acontecer no Líbano e concentrar-nos na forma de proteger o país e o povo”.
Sirenes de rockets no norte de Israel perto da fronteira com o Líbano
As sirenes estão a soar novamente em comunidades perto da fronteiro norte com o Líbano, alertando para a chegada de foguetes.
Os últimos alertas soaram em cidades e vilas como Safed, Kadita, Biriyeh e Dalton.
Irão retomou ligações aéreas civis
"Os voos nos aeroportos do país voltaram ao normal", declarou o porta-voz da Autoridade da Aviação Civil, Jafar Yazerlu, citado pela agência noticiosa Tasnim.
O porta-voz insistiu que "as condições de segurança dos voos foram asseguradas" e que as ligações aéreas foram retomadas hoje de manhã.
O Irão suspendeu todos os voos na noite de terça-feira até às 10:00 (06:30 em Lisboa) de quarta-feira, uma medida que foi depois prolongada até às 05:00 (01:30 em Lisboa).
O Irão esperava que Israel retaliasse o ataque de 200 mísseis balísticos e que foi declarado por Teerão como "resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrala, e de um general iraniano".
Na sequência do ataque, Israel afirmou que vai retaliar, ao que o Irão afirmou que vai ripostar "com mais força".
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse quarta-feira em Doha, onde participa no Fórum de Diálogo para a Cooperação Asiática, que o Irão não quer "nem guerra nem derramamento de sangue".
Reino Unido freta voos para apoiar os seus cidadãos que desejam deixar o Líbano
Mais de 150 cidadãos britânicos e dependentes deixaram Beirute num voo fretado pelo governo na quarta-feira, segundo as declarações.
“Para responder à procura do voo fretado na quarta-feira, voos adicionais partirão do Aeroporto Internacional de Beirute-Rafic Hariri a partir de quinta-feira. Os voos manter-se-ão enquanto a situação de segurança o permitir”, acrescentou.
"Constante ansiedade". Portuguesa no Líbano diz ser tempo de sair
Amr Abdallah Dalsh - Reuters
A vida no Líbano tornou-se insustentável, confessa a portuguesa à jornalista Rosa Azevedo. E diz estar à espera de um voo de saída do país.
Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nuno Melo, admitiu que pode vir a ser necessário realizar novas operações de repatriamento de imigrantes portugueses que estão a viver no Líbano.
Militares israelitas mataram 15 membros do Hezbollah no sul do Líbano
Emir do Catar acusa Israel de "genocídio coletivo" na região
O xeque Tamim bin Hamad Al-Thani apelou a esforços sérios de cessar-fogo para pôr termo ao que descreveu como a “agressão” de Israel contra o Líbano e afirmou que não é possível haver paz na região sem a formação de um Estado palestiniano.
Tamim bin Hamad Al-Thani acrescentou que já tinha avisado que Israel tinha agido com impunidade e que era evidente que o que estava a acontecer na região era um “genocídio coletivo” com o objetivo de tornar Gaza um lugar inabitável.
Hamas perde apoio, mas continua a ser fação preferida dos palestinianos
"Pela primeira vez desde 07 de outubro de 2023, simultaneamente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, os resultados mostram uma queda significativa no apoio ao ataque de 07 de outubro e nas expectativas de que o Hamas vencerá a guerra atual, e uma queda moderada no apoio ao Hamas", revela um estudo de opinião realizado entre 03 e 07 de setembro nas duas regiões palestinianas pelo Centro Palestiniano de Investigação sobre Política e Inquérito (PSR, na sigla em inglês).
O estudo implicou entrevistas a 1.200 pessoas -- 790 na Cisjordânia e 410 na Faixa de Gaza.
Um ano depois da ofensiva do Hamas, a aprovação diminuiu e é agora uma minoria na Faixa de Gaza: a percentagem de palestinianos que considera que a ação foi "correta" desceu 18 pontos desde dezembro passado, para 54%, mas em Gaza apenas 39% concordam com a ofensiva do Hamas.
Os autores do estudo advertem que "o apoio a este ataque não significa necessariamente apoio ao Hamas e não significa apoio a quaisquer matanças ou atrocidades cometidas contra civis".
Na verdade, lê-se no estudo, parece decorrer do facto de mais de dois terços dos palestinianos acreditarem que a ação do Hamas colocou o tema palestiniano "no centro da atenção" e "eliminou anos de negligência a nível regional e internacional".
Questionados sobre o papel de vários atores durante a guerra, a satisfação com a atuação do Hamas diminuiu, de forma global, de 75% para 61%, desde julho, mas a queda em Gaza foi maior: menos 25 pontos percentuais, para 39%. O grau de aprovação do Hamas na Cisjordânia é muito superior -- atualmente 75%, era 82% em julho.
Comparando com um inquérito realizado em julho, são agora menos os que acreditam numa vitória do Hamas: metade dos interrogados, enquanto há três meses eram mais de dois terços (67%). A queda é ainda maior em Gaza - menos 20 pontos, de 48% para 28%.
Os resultados mostram uma queda na Faixa de Gaza da preferência pela continuação do controlo do Hamas no "dia seguinte" à guerra, enquanto cresce o apoio pelo controlo da Autoridade Palestiniana.
Uma maioria de 57% afirma que o enclave palestiniano permanecerá sob o controlo do Hamas (no poder desde 2007), mas a percentagem desce para 37% na Faixa de Gaza (menos nove pontos que em julho).
Apesar destas quebras, o Hamas continua a reunir o maior apoio, em comparação com todas as outras fações palestinianas: 36% para o Hamas (era 40% em julho) e 21% para a Fatah (menos um ponto).
Na madrugada de 07 de outubro de 2023, militantes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns. Cerca de 100 ainda estão em cativeiro em Gaza, um terço dos quais se acredita estar morto.
A ofensiva de retaliação de Israel matou mais de 41 mil palestinianos, segundo as autoridades de saúde locais, arrasou vastas áreas em Gaza e desalojou a grande maioria dos seus 2,3 milhões de habitantes.
Conflito é oportunidade para Líbano se libertar do Irão, considera jornalista Anne Applebaum
Apesar das perturbações que o conflito tem causado, Applebaum tem esperança "que [o conflito] possa ser o início da mudança" no país, disse Applebaum em entrevista à Lusa.
Apesar de ser um país soberano, o poder militar no Líbano está concentrado no movimento pró-iraniano Hezbollah, considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia, e que rejeita a existência do Estado de Israel, que designa de "entidade sionista".
A jornalista e historiadora reiterou que o conflito na região tem contribuído para o enfraquecimento contínuo do Hezbollah, dando agora aos libaneses a oportunidade de "recuperar o controlo do seu país"
Autora do novo livro "Autocracia, Inc. - Os ditadores que querem governar o mundo", Anne Applebaum é historiadora e jornalista norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer em 2004.
Applebaum é ainda redatora da equipa do The Atlantic e membro sénior do Agora Institute da Universidade Johns Hopkins, onde co-dirige um projeto sobre a desinformação do século XXI.
A intensificação das hostilidades no Médio Oriente surge à luz dos combates que se arrastam há quase um ano, quando o Hezbollah atacou o território israelita um dia após os ataques de 07 de outubro dos islamitas palestinianos do Hamas.
Desde então, Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.205 pessoas, na maioria civis, incluindo reféns em cativeiro.
Desde 2007 no poder em Gaza, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 33 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
Para Applebaum, a perda da influência do Irão no Líbano e o regresso deste país "à prosperidade e o afastamento do terrorismo seria uma grande mudança no Médio Oriente".
No entanto, a jornalista americana advertiu contra as acções disruptivas de Israel no Líbano, que podem apresentar-se como uma ameaça à sua estabilidade.
"Espero que os israelitas não voltem a abusar da sua influência e a perturbar ainda mais o Líbano e a criar outra reação adversa", acrescentou.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu no mês passado num bombardeamento israelita da sede da organização, nos subúrbios sul de Beirute.
A morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah aconteceu após a morte do chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação por estas mortes e também da do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.
O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.
Netanyahu prolonga guerra para permanecer no poder
Em entrevista à Lusa, a jornalista norte-americana alertou para a natureza "iliberal" do regime de Netanyahu, o "Governo mais extremista que alguma vez existiu na história de Israel", tornando-o num dos maiores perigos que o Médio Oriente enfrenta atualmente.
"É bem possível que [Netanyahu] tenha continuado a guerra durante tanto tempo para se manter no poder", afirmou Applebaum.
Depois das ações "grotescas e dramáticas" do israelitas na Faixa de Gaza, onde o exército de Telavive combate há quase um ano contra as milícias islamitas do Hamas causando vítimas civis "extremamente desnecessárias", Applebaum considerou os ataques israelitas contra as milícias do Hezbollah, no Líbano, como o "o aspeto mais transformador deste conflito".
Autora do novo livro "Autocracia, Inc. - Os ditadores que querem governar o mundo", Anne Applebaum é historiadora e jornalista norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer em 2004.
Applebaum é ainda redatora da equipa do The Atlantic e membro sénior do Agora Institute da Universidade Johns Hopkins, onde co-dirige um projeto sobre a desinformação do século XXI.
A intensificação das hostilidades no Médio Oriente surge à luz dos combates que se arrastam há quase um ano, quando o Hezbollah atacou o território israelita um dia após os ataques de 07 de outubro dos islamitas palestinianos do Hamas.
Desde então, Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.205 pessoas, na maioria civis, incluindo reféns em cativeiro.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 33 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 363.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 41.680 mortos (quase 2% da população) e de 96.600 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, e o sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Apesar de não enquadrar o conflito na região "num esquema a `preto e branco` de democracia versus ditadura", a Anne Applebaum sublinha que o regime ditatorial do Irão, que sustenta os grupos Hamas e Hezbollah contra Israel, continua a ser um "regime particularmente cruel e agressivo contra as mulheres".
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.
Applebaum igualou ainda as ações persistentes do Irão, responsável por semear "a violência e o terrorismo em todo o Médio Oriente" às ações de Netanyahu na Faixa de Gaza, caracterizando ambas como "ações muito nefastas, de ambos os lados".
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Lusa/Fim
Drone do Líbano abatido ao largo da costa de Nahariya
Um segundo drone lançado no ataque atingiu uma área aberta, não causando feridos, dizem os militares.
Além disso, cerca de 25 foguetes foram lançados do Líbano para a Alta Galileia. As IDF dizem que alguns foram intercetados e os impactos também foram identificados.
Irão retoma voos
Houthis do Iémen afirmaram ter visado Telavive com drones
Os Houthis levaram a cabo “uma operação militar contra um alvo importante na zona de Jaffa (um bairro de Telavive), na Palestina ocupada, com vários drones”, declarou o seu porta-voz militar, Yahya Saree, sem especificar a data do ataque.
“Os drones atingiram o seu alvo sem que o inimigo os pudesse intercetar ou abater”, acrescentou.
O exército israelita disse durante a noite que tinha “intercetado um alvo aéreo suspeito ao largo da costa da região de Dan, no centro de Israel”, sem dar mais pormenores.
Bastião do Hezbollah na região de Beirute continua debaixo de fogo
- Israel mantém os bombardeamentos sobre o território do Líbano. Um destes ataques atingiu, na última noite, os arredores da cidade de Beirute. Foi a terceira vaga contra este bastião do movimento islamita pró-iraniano em menos de 24 horas. O Ministério libanês da Saúde aponta para 46 vítimas mortais e 85 feridos;
- As Forças de Defesa de Israel confirmaram as mortes de oito militares no sul do Líbano em confrontos com o Hezbollah. Telavive admite também que os ataques de terça-feira atingiram algumas bases aéreas, mas não causaram vítimas ou estragos de monta;
- Entretanto, o Estado hebraico reforçou o contingente militar no sul do Líbano. Instou também a população de duas localidades a abandonarem a região;
- O secretário-geral da ONU está proibido de entrar em Israel. A decisão foi ontem anunciada pelo ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, que acusa António Guterres de "apoiar terroristas, raptores e violadores". Em comunicado, Telavive afirma que, "se o secretário-geral das Nações Unidas não é capaz, de forma inequívoca, de condenar o ataque criminoso do Irão contra Israel, não é digno de voltar a colocar os pés no país";
- O secretário-geral das Nações Unidas exortou Israel a garantir um cessar-fogo imediato e duradouro no Líbano. António Guterres sublinha que é necessário prestar assistência humanitária e reatar negociações sérias;
- O porta-voz do Kremlin garante que a Rússia está preocupada com o agravamento do conflito no Médio Oriente. Dmitry Peskov confirma que o Irão avisou Moscovo do ataque a Israel;
- Joe Biden garante, por sua vez, que não apoia um ataque contra instalações nucleares iranianas. O presidente cessante dos Estados Unidos, que já consultou o G7 defende, em alternativa, uma resposta proporcional, por parte de Israel, ao ataque do Irão;
- Israel intercetou, durante a madrugada desta quinta-feira, um drone e detetou um segundo aparelho que acabou por cair perto de Telavive. O ataque não provocou vítimas, mas obrigou a um alerta na vizinha cidade de Bat Yam.
Joe Biden não apoia ataque de Israel a instalações nucleares do Irão
Foto: Evelyn Hockstein - Reuters