Israel confirmou a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e cérebro dos ataques de 7 de outubro do ano passado. O primeiro-ministro israelita disse que este é o "princípio do fim", mas garantiu que "a guerra ainda não acabou".
Israel confirmou a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e cérebro dos ataques de 7 de outubro do ano passado. O primeiro-ministro israelita disse que este é o "princípio do fim", mas garantiu que "a guerra ainda não acabou".
Mohammed Salem - Reuters
A diretora executiva do comité espanhol da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina [UNRWA, na sigla em Inglês], Raquel Martí, denunciou hoje a "complicada" situação financeira que a entidade atravessa.
Se não conseguir liminar o défice de "90 milhões de dólares" até ao fim do ano, vai deixar de poder pagar "salários, medicamentos e, inclusive, a eletricidade das escolas que continuam a funcionar, que não estão na Faixa de Gaza".
Por ocasião de uma conferência em Ceuta, disse à Europa Press que "as acusações de Israel visavam acabar com a maior agência humanitária que existe no Médio Oriente, sem a qual a população refugiada da Palestina ficaria à deriva".
No princípio do ano foi feito um apelo para obter 2,1 mil milhões de dólares "só para a emergência da Faixa de Gaza". Mas, até agora, só recebe 20% do pretendido.
"Israel pensa que se destruir a UNRWA acaba com o problema dos refugiados da Palestina, mas está errada. Os refugiados de Palestina existem porque as Nações Unidas os reconhecem como tal. Esta população não vai desaparecer do mapa se a UNRWA desaparecesse", apontou Martí.
A agência já esteve em situações similares, que a levaram a ter de deixar de pagar salários.
Apesar disso, os trabalhadores da UNRWA continuaram a sua atividade, salientou. "Temos o privilégio de trabalhar com pessoas muito conscientes, que continuarão a trabalhar com ou sem salário", disse.
Quase todos os trabalhadores são refugiados palestinianos, conscientes de que "se não trabalharem, não chega nem a alimentação, nem a educação, nem a saúde aos campos de refugiados".
Como confessou: "Trabalhamos com a população mais comprometida que uma agência da ONU pode ter. Isto é para mim o maior orgulho".
Admitiu, por outro lado, que estão mal em termos anímicos: "É difícil estar constantemente em uma situação tão crítica e tão vulnerável". O efetivo laboral já sofreu 229 mortes.
Sobre o território palestiniano, avançou Raquel Martí: "Gaza está arrasada. É um mar de escombros. Não resta nada",
Detalhou ainda que, "agora mesmo, existem 100 mil toneladas de alimentos do outro lado das passagens fronteiriças à espera que Israel autorize a passagem".
Pormenorizou, a propósito, que o Estado israelita "tem reduzido a entrada da ajuda humanitária", apesar de "várias disposições do Tribunal Internacional de Justiça" o obrigarem a aumentá-la.
"Se antes, há uns meses, em fevereiro, quando entravam 160 camiões por dia dizíamos que era uma quantidade ínfima, agora estão a entrar 13 camiões diários, em média. A consequência é a fome na Faixa de Gaza".
Para Martí, "é fácil contabilizar o número de mortos, número de feridos, número de hospitais atacados ou o número de casas destruídas, mas é impossível descrever o trauma que tem toda a população e as várias cicatrizes internas que esta situação lhes vai deixar, sobretudo o abandono que sentem por parte da comunidade internacional".
Yahya Sinwar was a terrorist, listed by the EU, responsible for the heinous 7/10 attack
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) October 17, 2024
He was an obstacle to an urgently needed ceasefire &the unconditional release of all hostages
There must be an end to violence, liberation of hostages & stop to the suffering of Palestinians
As forças israelitas lançaram nas últimas 24 horas quase uma centena de ataques aéreos e bombardeamentos contra diferentes pontos do Líbano, concentrados especialmente no sul e na cidade de Nabatieh, onde morreram 16 pessoas, adiantaram as autoridades libanesas.
O Governo libanês revelou hoje no seu relatório diário que registou 96 ataques aéreos, o que elevou para 10.246 o número total de ações militares que Israel realizou contra o país mediterrânico desde o início da sua luta contra o grupo xiita Hezbollah em outubro de 2023.
De acordo com os dados divulgados, 61% dos ataques foram registados em Nabatieh, 27% no sul do país, 9% na província nordeste de Baalbek-Hermel e os restantes 3% no Vale do Bekaa.
Os recentes ataques provocaram 45 mortos e 179 feridos, o que elevou o saldo total do Ministério da Saúde Pública libanês para 2.412 mortos e 11.285 feridos após este ano de conflito, que obrigou 44.121 famílias, compostas por 190.882 pessoas, a sair de casa e a procurar refúgio num dos 1.096 espaços habilitados para tal em diferentes pontos do país.
Os dados do Governo libanês sublinham as recentes declarações do ministro da Saúde, que destacou que estes números implicam que cerca de um terço da população libanesa ficou deslocada, e destacou o risco de propagação de epidemias entre os deslocados, depois de ter sido conhecido na quinta-feira o primeiro caso de cólera numa mulher de uma aldeia do norte do Líbano.
O relatório destacou ainda que entre 23 de setembro a 17 de outubro de 2024, as autoridades registaram a passagem de 333.893 cidadãos sírios e 132.074 cidadãos libaneses para o território sírio, o que implica a saída de quase meio milhão de pessoas.
O grupo xiita libanês assumiu hoje, por sua vez, a responsabilidade pelo lançamento de mais de uma dezena de ataques contra o norte de Israel, através do lançamento de mísseis teleguiados que "causaram a destruição" de dois tanques Merkava do Exército israelita na zona de Labuna e que alegadamente causaram baixas entre os seus tripulantes.
Entre as suas operações, o grupo sublinhou ainda o lançamento de até oito disparos de `rockets` contra diferentes posições israelitas na zona de Al Sadana, nas explorações libanesas ocupadas de Shebaa, e contra os colonatos israelitas de Kfar Vradim, Ramot Naftali, Avivim e Masgav Am.
O Hezbollah assumiu também a responsabilidade por um ataque com `rockets` contra uma concentração de soldados israelitas na cidade de Blida, no sul, enquanto utilizava projéteis de artilharia dirigidos a outro grupo de soldados israelitas que se encontravam entre Kafar Kila e Oddeisseh.
A milícia libanesa alegou que estas operações visam defender o seu país e apoiar a resistência palestiniana na Faixa de Gaza.
O confronto cruzado entre o Hezbollah e Israel, desencadeado há um ano, entrou numa nova fase, desde que no final de setembro passado o Estado judaico iniciou uma campanha sem precedentes de intensos bombardeamentos aéreos contra o sul e o leste do Líbano, incluindo Beirute.
Na Faixa de Gaza, Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro, Yahya Sinouar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
De acordo com as limitadas informações reveladas até agora, a morte de Sinouar ocorreu na quarta-feira num encontro casual entre tropas israelitas e milicianos em Rafah, no sul do enclave palestiniano.
Yahya Sinwar was the main person responsible for the terrorist attacks and barbaric acts of October 7th. Today, I think with emotion of the victims, including 48 of our compatriots, and their loved ones. France demands the release of all hostages still held by Hamas.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) October 17, 2024
A morte de Yahya Sinwar, abatido por Israel, deverá ter sido sentida no Líbano, especialmente pelos combates do Hezbollah.
A morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e autor da operação que redundou no massacre de 1200 pessoas em Israel a 7 de outubro de 2023, causou ondas de choque.
Foto: Yahya Arhab - EPA
A morte de Yahya Sinwar ocorreu durante uma operação militar em Rafah, no sul de Gaza.
Itália, Alemanha, França e NATO saudaram hoje a morte do líder do Hamas, qualificando-o de terrorista e mentor do ataque de 2023 contra Israel, e apelaram ao cessar-fogo em Gaza e Líbano e retorno dos reféns do movimento.
Após a confirmação por Israel da morte de Sinouar na Faixa de Gaza, o Presidente francês, Emmanuel Macron, frisou que o seu país exige a libertação de "todos os reféns ainda detidos pelo Hamas" no enclave há mais de um ano.
"Sinouar era o principal responsável pelos ataques terroristas e atos bárbaros de 07 de outubro. Penso com emoção nas vítimas nesse dia, entre as quais 48 dos nossos compatriotas, e nos seus familiares", adiantou o chefe de Estado francês no X.
Também a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, apelou ao Hamas para que "liberte imediatamente todos os reféns e deponha as armas", na sequência da morte de Sinouar, um "assassino cruel".
"Sinouar era um assassino cruel e um terrorista que queria destruir Israel e o seu povo. Como instigador do terror de 07 de outubro, causou a morte de milhares de pessoas e um sofrimento incomensurável a toda uma região", escreveu a chefe da diplomacia alemã num comunicado.
"O sofrimento do povo de Gaza deve finalmente chegar ao fim", acrescentou.
Em Itália, o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, disse hoje que espera que seja possível um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, após informações sobre a morte de Sinouar.
Numa conferência de imprensa no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Roma, Tajani disse que, com a eliminação do líder do movimento, "Israel pode ter cumprido a sua ação de autodefesa contra os terroristas do Hamas".
"Espero que a morte do líder do Hamas conduza a um cessar-fogo em Gaza", disse Tajani, que visitará Israel e a Palestina na segunda-feira.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, ironizou hoje que "pessoalmente" não sentirá a falta de Sinouar.
"É amplamente reconhecido como o arquiteto dos ataques terroristas contra Israel em outubro de 2023. Eu condenei-os, todos os aliados os condenaram. Todas as pessoas sensatas do mundo condenaram-nos. Por isso, se ele morrer, pessoalmente não sentirei a sua falta", disse Rutte numa conferência de imprensa em Bruxelas.
Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro, Yahya Sinouar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Logo após a declaração do chefe da diplomacia de Israel, o Exército e os serviços de informação nacionais (ISA) emitiram um comunicado em que "confirmam que, após uma perseguição de um ano, ontem [quarta-feira], 16 de outubro de 2024, os soldados do Exército israelita eliminaram Yahya Sinouar, o líder da organização terrorista Hamas durante uma operação no sul da Faixa de Gaza".
Yahya Sinouar representava a linha mais dura e beligerante do Hamas e era considerado por Israel o mentor dos ataques de 07 de outubro de 2023 em território israelita, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e outras 250 foram raptadas.
Este ataque, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, tornou-o no homem mais procurado por Israel desde então e ao longo da sua ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que já matou mais de 42 mil pessoas, na maioria civis, segundo o Governo local controlado pelo Hamas.
Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Antigo comandante de elite nas Brigadas Al-Qassam, procurado por Israel e também incluído pelos norte-americanos na sua lista de terroristas internacionais, Yahya Sinouar movia-se no maior segredo e não surgia em público desde 07 de outubro.
No passado, Israel assassinou vários líderes do Hamas: o fundador do grupo, o Xeque Ahmed Yasin, em cadeira de rodas, em março de 2004, e o seu sucessor, Abdelaziz Rantisi, menos de um mês depois, bem como dois outros líderes do braço armado do grupo islamita, Salah Shehade (2002) ou Ahmed Yabari (2012).
O líder do Hamas, Yahya Sinouar, que Israel confirmou hoje ter assassinado, era a figura do grupo islamita que se acreditava ter a palavra final sobre uma eventual libertação de reféns israelitas.
Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio do anterior líder, Ismail Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.
Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.
Israel prendeu-o no final da década de 1980, quando Sinouar admitiu ter matado 12 alegados colaboradores, um papel que lhe valeu a alcunha de "O Carniceiro de Khan Yunis".
Sinouar foi condenado a quatro penas de prisão perpétua por crimes que incluíram a morte de dois soldados israelitas e, quando cumpria as sentenças, organizou greves nas prisões para melhorar as condições de trabalho dos reclusos.
Estudante por conta própria da sociedade hebraica e israelita, Sinouar sobreviveu a um cancro no cérebro em 2008, após ser tratado por médicos israelitas.
Sinouar estava entre os mais de mil prisioneiros palestinianos libertados em 2011 pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no âmbito de uma troca por um soldado israelita capturado pelo Hamas num ataque transfronteiriço.
Quando Sinwar regressou a Gaza, ascendeu rapidamente na hierarquia do Hamas com uma reputação de crueldade.
Acredita-se que tenha estado por detrás do assassinato, em 2016, de outro importante comandante do Hamas, Mahmoud Ishtewi, numa luta interna pelo poder.
Sinouar tornou-se chefe do Hamas em Gaza, colocando este movimento no controlo efetivo do território e trabalhou com Haniyeh para alinhar o grupo com o Irão e com os seus representantes na região.
Existem provas generalizadas de que Sinouar, juntamente com Mohammed Deif, o chefe do braço armado do Hamas, planearam o ataque surpresa de 07 de outubro em território de Israel.
O ataque matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e desencadeou uma guerra que matou mais de 42 mil palestinianos em Gaza, segundo as autoridades de saúde locais.
Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de detenção para Sinouar, Deif e Haniyeh pelos seus alegados papéis no ataque.
Sinouar estava escondido desde o ataque, mas, mesmo antes de se tornar o principal líder do Hamas, acreditava-se que tinha a palavra final sobre qualquer acordo para libertar os reféns detidos pelo grupo islamita.
Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza, dos quais se acredita que cerca de um terço estejam mortos.
Não é claro quem irá substituir Sinouar e o que isso poderá significar para os esforços de cessar-fogo, que foram interrompidos em agosto, após meses de negociações mediadas pelos Estados Unidos, Egito e Qatar.
O Hamas tem centenas de milhares de apoiantes em Gaza, na Cisjordânia ocupada por Israel e nos campos de refugiados palestinianos espalhados pela região.
Vários dos seus principais líderes estão escondidos no Qatar, que tem servido de mediador entre Israel e o grupo islamita.
No passado, Israel assassinou vários líderes do Hamas: o fundador do grupo, o Xeque Ahmed Yasin, em cadeira de rodas, em março de 2004, e o seu sucessor, Abdelaziz Rantisi, menos de um mês depois, bem como dois outros líderes do braço armado do grupo islamita, Salah Shehade (2002) ou Ahmed Yabari (2012).
Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro, Yahya Sinouar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
"O assassino em massa Yahya Sinouar, responsável pelo massacre e atrocidades de 07 de outubro, foi eliminado pelos soldados [das forças israelitas]", revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, numa declaração à imprensa.
Logo após a declaração do chefe da diplomacia de Israel, o Exército e os serviços de informação nacionais (ISA) emitiram um comunicado em que "confirmam que, após uma perseguição de um ano, ontem [quarta-feira], 16 de outubro de 2024, os soldados do Exército israelita eliminaram Yahya Sinouar, o líder da organização terrorista Hamas durante uma operação no sul da Faixa de Gaza".
O grupo xiita libanês Hezbollah assumiu hoje a responsabilidade pelo lançamento de mais de uma dezena de ataques contra o norte de Israel em resposta ao ataque israelita que provocou quase 20 mortos.
O grupo assumiu a responsabilidade pelo lançamento de mísseis teleguiados que "causaram a destruição" de dois tanques Merkava do Exército israelita na zona de Labuna e que alegadamente causaram baixas entre os seus tripulantes.
Entre as suas operações, o grupo sublinhou ainda o lançamento de até oito disparos de `rockets` contra diferentes posições israelitas na zona de Al Sadana, nas explorações libanesas ocupadas de Shebaa, e contra os colonatos israelitas de Kfar Vradim, Ramot Naftali, Avivim e Masgav Am.
O Hezbollah assumiu também a responsabilidade por um ataque com `rockets` contra uma concentração de soldados israelitas na cidade de Blida, no sul, enquanto utilizava projéteis de artilharia dirigidos a outro grupo de soldados israelitas que se encontravam entre Kafar Kila e Oddeisseh.
A milícia libanesa alegou que estas operações visam defender o seu país e apoiar a resistência palestiniana na Faixa de Gaza.
O confronto cruzado entre o Hezbollah e Israel, desencadeado há um ano, entrou numa nova fase, desde que no final de setembro passado o Estado judaico iniciou uma campanha sem precedentes de intensos bombardeamentos aéreos contra o sul e o leste do Líbano, incluindo Beirute.
Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, desde o início do conflito entre Israel e o Hezbollah, em 08 de outubro de 2023, pelo menos 2.367 pessoas perderam a vida e outras 11.088 ficaram feridas em consequência de ataques do Exército israelita.
O Presidente israelita, Isaac Herzog, apelou hoje para uma ação rápida para "trazer de volta" os reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza, após a notícia da morte do líder do movimento islamita palestiniano Hamas Yahya Sinouar.
"Agora, mais que nunca, devemos agir por todos os meios possíveis para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão mantidos em cativeiro em condições horríveis pelos terroristas do Hamas em Gaza", afirmou Herzog, numa declaração publicada na rede social X (antigo Twitter), na qual apontou Yahya Sinouar como "responsável por atos de terrorismo hediondos".
Nascido há 62 anos num campo de refugiados em Khan Yunis, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, Yahya Sinouar passou 23 anos nas prisões israelitas antes de ser libertado em 2011, numa troca de prisioneiros.
Em 1987, quando eclodiu a Primeira Intifada, juntou-se ao Hamas, que acabava de ser fundado.
Foi eleito líder do grupo islamita no enclave em 2017, depois de ter criado a reputação de inimigo acérrimo de Israel, tendo estado ainda envolvido na criação do Majd, o serviço de segurança interna do Hamas.
A 06 de agosto passado, após o assassínio em Teerão do chefe do gabinete político do movimento, Ismail Haniyeh, Sinouar foi escolhido para ocupar a posição mais elevada na hierarquia do grupo palestiniano.
Yahya Sinouar representava a linha mais dura e beligerante do Hamas e era considerado por Israel o cérebro dos ataques de 07 de outubro de 2023 em território israelita, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram sequestradas.
Esse ataque, que desencadeou, no mesmo dia, a atual guerra israelita na Faixa de Gaza, tornou-o o homem mais procurado por Israel desde então e ao longo da sua ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que já matou mais de 42 mil pessoas, na maioria civis, segundo o Governo local controlado pelo Hamas, cujos números são considerados fidedignos pela ONU.
Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Antigo comandante de elite nas Brigadas Al-Qassam, procurado por Israel e também incluído pelos norte-americanos na sua lista de terroristas internacionais, Yahya Sinouar movia-se no maior segredo e não surgia em público desde 07 de outubro.
Israel já antes havia assassinado vários líderes do Hamas: o fundador do grupo, o xeque Ahmed Yasin, em cadeira de rodas, em março de 2004, e o seu sucessor, Abdelaziz Rantisi, menos de um mês depois, bem como dois outros líderes do braço armado do grupo islamita, Salah Shehade (2002) e Ahmed Yabari (2012).
A organização das famílias de reféns raptados pelo Hamas instou hoje o primeiro-ministro israelita a transformar o "feito militar" da morte do líder desta milícia num sucesso "diplomático", com um acordo "imediato" para libertar as pessoas ainda em cativeiro.
O Fórum das Famílias dos Reféns congratulou-se com as informações sobre a morte do líder do Hamas, na Faixa de Gaza, salientando que Yahya Sinouar foi "o cérebro do maior massacre" de sempre em Israel, que terminou a 07 de outubro de 2023 com cerca de 1200 mortos e 250 raptados, salientou o Fórum.
A organização reconheceu que a morte de Sinouar é um marco "significativo", mas aproveitou a oportunidade para expressar a sua "grande preocupação" com os "101 homens, mulheres e crianças" que continuam reféns, alguns dos quais se pensa estarem mortos.
O apelo à sua libertação é dirigido não só ao governo israelita, mas também aos líderes mundiais e aos países que medeiam com o Hamas.
Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro, Yahya Sinouar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Logo após a declaração do chefe da diplomacia de Israel, o Exército e os serviços de informação nacionais (ISA) emitiram um comunicado em que "confirmam que, após uma perseguição de um ano, ontem [quarta-feira], 16 de outubro de 2024, os soldados do Exército israelita eliminaram Yahya Sinouar, o líder da organização terrorista Hamas durante uma operação no sul da Faixa de Gaza".
Yahya Sinouar representava a linha mais dura e beligerante do Hamas e era considerado por Israel o mentor dos ataques de 07 de outubro de 2023 em território israelita, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e outras 250 foram raptadas.
Este ataque, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, tornou-o no homem mais procurado por Israel desde então e ao longo da sua ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que já matou mais de 42 mil pessoas, na maioria civis, segundo o Governo local controlado pelo Hamas.
Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Antigo comandante de elite nas Brigadas Al-Qassam, procurado por Israel e também incluído pelos norte-americanos na sua lista de terroristas internacionais, Yahya Sinouar movia-se no maior segredo e não surgia em público desde 07 de outubro.
No passado, Israel assassinou vários líderes do Hamas: o fundador do grupo, o Xeque Ahmed Yasin, em cadeira de rodas, em março de 2004, e o seu sucessor, Abdelaziz Rantisi, menos de um mês depois, bem como dois outros líderes do braço armado do grupo islamita, Salah Shehade (2002) ou Ahmed Yabari (2012).
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje, ao reconfirmar a morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Yahya Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".
Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinouar é "um passo importante" no declínio do Hamas. "O mal sofreu um duro golpe" com a morte de Sinouar, acrescentou Netanyahu, para quem hoje "é o início do dia depois do Hamas".
"Gostaria de repetir, da forma mais clara: o Hamas não governará mais Gaza. Este é o início do dia depois do Hamas e esta é uma oportunidade para vocês, residentes de Gaza, finalmente se libertarem da sua tirania", declarou Netanyahu.
Em comunicado, as IDF afirmam que Sinwar planeou e executou o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel e foi “responsável pelo assassinato e rapto de muitos israelitas”.Eliminated: Yahya Sinwar.
— Israel Defense Forces (@IDF) October 17, 2024
“You will pursue your enemies and they will fall before you by the sword.” - Leviticus 26
— יואב גלנט - Yoav Gallant (@yoavgallant) October 17, 2024
Our enemies cannot hide. We will pursue and eliminate them. pic.twitter.com/FDJ7obPIM7
O Papa Francisco recebeu hoje Ehud Olmert, antigo primeiro-ministro de Israel, e Nasser Al Kidwa, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, que apresentaram uma proposta de paz para o conflito em Gaza.
A audição "foi muito positiva e entregámos a nossa proposta", disse Al Kidwa, que também é sobrinho do líder histórico Yasser Arafat.
O encontro com o pontífice foi realizado a pedido da delegação israelo-palestiniana, durou 15 minutos e contou também com a presença do ativista israelita Gershon Baskin e do palestiniano Samer Sinijlawi.
Segundo Kidwa, o Papa prometeu dar uma resposta com o seu ponto de vista sobre a proposta destes dois antigos altos funcionários de Israel e da Autoridade Nacional Palestiniana, que depois de passarem por Roma viajam hoje para Madrid, onde também apresentarão esta proposta de paz.
O plano centra-se na resolução do conflito no âmbito da solução de dois Estados e apela ao fim da ocupação israelita dos territórios palestinianos, em vigor desde 1967.
Perante o atual conflito em Gaza, a proposta inclui a libertação dos reféns israelitas detidos no enclave palestiniano e a retirada do exército israelita para entregar o seu controlo aos palestinianos e a outros países árabes.
"Precisamos de uma solução alternativa. As pessoas vão perceber a ineficácia da atual estratégia, da ideia de resolver o conflito pela força", explicou Al Kidwa, antigo candidato às eleições parlamentares palestinianas de 2021, que acabaram por ser anuladas.
"Não somos dois sonhadores, somos dois velhos políticos que querem salvar o seu povo", confessou Ehud Olmert numa entrevista à televisão italiana La 7, onde discutiu a sua proposta.
Cerca de 345 mil habitantes de Gaza vão enfrentar fome a "um nível catastrófico" este inverno, o que representa um aumento de mais de 150% em relação aos valores atuais, alerta a ONU num relatório hoje publicado.
De acordo com a análise das Nações Unidas, há atualmente 133 mil pessoas em Gaza nesta situação.
A ajuda alimentar que chegou no verão permitiu melhorar a situação, mas a quase cessação dos comboios desde setembro deverá inverter a tendência, lamenta o relatório do Quadro Integrado de Classificação de Segurança Alimentar (IPC), fruto do trabalho de conhecimentos especializados de organizações não-governamentais (ONG) e de agências das Nações Unidas, incluindo a da Alimentação e Agricultura (FAO), com sede em Roma.
"Este declínio drástico do cenário vai limitar muito a capacidade das famílias de se alimentarem e de terem acesso a bens e serviços básicos nos próximos meses", indica o documento do IPC.
A publicação deste relatório surge depois de os Estados Unidos e responsáveis da ONU terem alertado Israel contra uma "política de fome" orquestrada em Gaza para "transformá-la numa arma de guerra", conceito ao qual Telavive se opôs firmemente.
De acordo com o relatório hoje divulgado, "aproximadamente 1,84 milhões de habitantes de Gaza sofreram elevados níveis de insegurança alimentar aguda, correspondentes ao nível 3 ou superior" na escala e 5 (3: crise, 4: emergência, 5: desastre).
Um número que deverá subir para 1,95 milhões entre novembro e abril, alcançando mais de 90% da população, segundo as projeções da ONU para o período de novembro de 2024 a abril de 2025.
Entre as pessoas com insegurança alimentar contam-se 345 mil (cerca de 16% da população) que vão mesmo enfrentar uma "situação catastrófica".
"Embora sejam zonas menos povoadas, Rafah e o norte enfrentam uma insegurança alimentar mais grave", mesmo que quase toda a Faixa de Gaza esteja em crise, especifica-se.
À luz deste relatório, a diretora-geral adjunta da FAO, Beth Bechdol, apelou à "restauração imediata do acesso humanitário para entregar a ajuda alimentar essencial e as sementes a tempo da conseguir ultrapassar a época de plantação de inverno, entre outubro e dezembro".
"A ajuda humanitária não é suficiente. As pessoas precisam de alimentos frescos e nutritivos. Para fazer a diferença, precisamos de ajudar os agricultores", acrescentou.
Na quarta-feira, o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, na mira de Israel, disse, em Berlim, ter notado uma "queda drástica" no número de comboios de ajuda alimentar no sul, enquanto que "tem de se tornar extremamente complicado" para os levar para o norte.
"A fome na Faixa de Gaza é criada artificialmente" e Israel "impede ativamente os comboios de atravessar a fronteira", quando não são "certos membros do governo israelita (que) fazem da fome uma arma de guerra", disse Lazzarini.
O embaixador israelita na ONU, Danny Danon, rejeitou estas acusações, garantindo que "mais de um milhão de toneladas de ajuda" foram transportadas para o enclave palestiniano.
O Conselho Europeu manifestou hoje total apoio ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), salientando que "em parte alguma deve ser considerado `persona non grata`", o que fonte diplomática afirma ter resultado de pedido de Portugal.
"O Conselho Europeu manifesta o seu total e firme apoio ao secretário-geral da ONU. Em parte alguma deve ser considerado `persona non grata", é a referência que Portugal conseguiu que fosse introduzida no texto das conclusões da cimeira europeia que decorre hoje em Bruxelas, de acordo com a mesma fonte.
Em causa está a declaração, por Telavive, de António Guterres como `persona non grata` em Israel, uma expressão latina que indica que a presença de alguém é indesejada num país, sob alegação de que não condenou diretamente o ataque do Irão, no início de outubro.
Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.
A situação no Médio Oriente é hoje um dos temas em debate pelos líderes da UE, em Bruxelas.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns.
Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez milhares de mortos e de feridos.
Mais recentemente, têm-se verificado intensos ataques israelitas no Líbano após o lançamento de mísseis iranianos pelo grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão.
Os rebeldes Huthis ameaçaram hoje responder aos ataques dos Estados Unidos realizados esta manhã contra posições e arsenais do grupo em várias zonas do Iémen.
"Confirmamos que a agressão dos Estados Unidos não ficará impune", afirmou, em comunicado, o gabinete político do movimento rebelde, acrescentando que as forças norte-americanas "pagarão um preço elevado pela sua agressão".
Esta declaração surge pouco depois de os Estados Unidos terem reportado um ataque com bombardeiros B-2 numa tentativa de demonstrar as suas "capacidades estratégicas", provando que podem "lançar ações deste tipo a qualquer momento e local quando necessário".
O Governo dos EUA informou que o alvo destes ataques eram instalações subterrâneas pertencentes aos Huthis, que acusam de visar civis e atacar navios de países terceiros, principalmente em zonas do Mar Vermelho.
Os Huthis - que controlam a capital iemenita, Sana, e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015 - lançaram vários ataques contra o território israelita e contra navios com algum tipo de ligação a Israel, em resultado da ofensiva lançada contra Gaza após os ataques perpetrados em 07 de outubro de 2023 pelo grupo islamita Hamas.
Os Huthis também têm atacado navios norte-americanos e britânicos em resposta ao bombardeamento destes países contra o Iémen.
Os enviados especiais da RTP a Israel deram conta da primeira reação dos rebeldes ao bombardeamento norte-americano sobre instalações de armazenamento de armas no Iémen.
Foto: Violeta Santos Moura - Reuters
Entre as baixas estará um comandante do grupo, que seria responsável pelo lançamento de rockets contra Israel.
A ONU adverte para a situação "catastrófica" que poderão atravessar 345 mil pessoas em Gaza com o aproximar do inverno.
Reuters
A embaixadora dos Estados Unidos, nas Nações Unidas, dá um mês a israel para levantar o bloqueio de ajuda humanitária no enclave.
Representantes da UNICEF e do Programa Alimentar Mundial estiveram no Líbano. Garantem que há 1,2 milhões de pessoas deslocadas por causa da guerra com Israel. Neste momento são 400 mil as crianças afetadas, incluindo 190 mil que vivem em abrigos. A UNICEF salienta os profundos atos de solidariedade que testemunhou nas comunidades que visitou, mesmo entre pessoas de diferentes etnias e religiões.
Pelo menos 1,1 mil milhões de pessoas vivem na pobreza, das quais quase metade (455 milhões) estão em países em guerra ou em paz frágil, indica um relatório publicado hoje pela ONU em colaboração com a Universidade de Oxford.
Segundo o o estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que hoje se assinala, mais de metade dos pobres, 584 milhões, são crianças, e a situação é geralmente mais grave nas zonas rurais, onde 28% da população mundial é pobre, do que nas zonas urbanas, onde esta condição afeta 6,6% das pessoas.
Elaborado em conjunto com a Iniciativa para a Pobreza e o Desenvolvimento Humano da Universidade de Oxford, o estudo indica que grande parte da população que vive na pobreza (83,2% dos 1,1 mil milhões) se encontra nas regiões da África Subsariana (553 milhões) e no Sul da Ásia (402 milhões).
Na África Subsaariana, sub-regiões como o Sahel ou a parte oriental do continente são especialmente afetadas, refere a análise, que classifica o Níger, o Chade, a República Centro-Africana, o Burundi, Madagáscar e o Mali como os países mais pobres da região.
Ainda de acordo com o relatório, 3% dos 1,1 mil milhões de pobres (34 milhões) vivem na América Latina.
Dois terços da pobreza concentram-se nos países em desenvolvimento, onde vivem 749 milhões de pessoas nesta situação, indica o PNUD, que aponta ainda que metade da população pobre não tem eletricidade (579 milhões) e 482 milhões vivem em famílias onde uma ou mais crianças tiveram de abandonar a escola.
Numa análise detalhada da relação entre conflitos e pobreza, o estudo conclui que nos países em guerra a taxa de pobreza é de 34,8% da população total, enquanto nos restantes é de 10,9%.
Dos 455 milhões de pessoas pobres que vivem em países em conflito, 218 milhões vivem em países em guerra.
"Os conflitos intensificaram-se e multiplicaram-se nos últimos anos, deslocando milhões de pessoas e causando perturbações generalizadas nas vidas e nos meios de subsistência", argumentou o diretor do PNUD, Achim Steiner.
"A nossa investigação mostra que dos 1,1 mil milhões de pessoas que vivem em pobreza multidimensional, quase 500 milhões vivem em países expostos a conflitos violentos. Temos de reforçar as medidas para os apoiar", defendeu, acrescentando que são necessários "recursos e acesso a intervenções especializadas de desenvolvimento e de recuperação precoce para ajudar a quebrar o ciclo da pobreza e da crise".
A líder da oposição da Venezuela María Corina Machado, as organizações israelo-palestinianas Women Wage Peasse e Women of the Sun e o ativista azeri Gubad Ibadoghlu são os finalistas do Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu, foi hoje anunciado.
Os três candidatos ao Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2024 resultaram de uma votação realizada hoje pelos membros das comissões dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento do Parlamento Europeu.
Com 53 anos, Gubad Ibadoghlu, é um ativista dos direitos humanos do Azerbaijão, académico e crítico anticorrupção na indústria do petróleo e do gás que se tornou, em 2021, investigador na London School of Economics.
Foi detido no Azerbaijão em 2023 e continua sob investigação, mas ainda sem acusação, pelo que a comunidade internacional considera ter-se tratado de uma decisão com motivações políticas.
María Corina Machado, de 57 anos, é líder da oposição a Maduro na Venezuela e foi deputada da Assembleia Nacional entre 2011 e 2014, mas teve o seu mandato cassado nessa altura. Recentemente, o Presidente venezuelano afirmou que a líder das forças democráticas teria fugido do país e ido para Espanha, o que Machado negou.
Também na lista constam os movimentos de defesa da paz Women Wage Peasse, de base israelita, formado logo após a guerra de Gaza em 2014, e o Women of the Sun, fundado em 2021 como um movimento para ajudar as mulheres a encontrar o seu lugar na cena política da Palestina.
O vencedor do prémio, que receberá 50 mil euros, será anunciado a 24 de outubro, depois de uma conferência dos presidentes (a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e os líderes dos grupos políticos).
No ano passado, o prémio foi atribuído a Jina Mahsa Amini e ao movimento Mulher, Vida, Liberdade no Irão, mas da lista de laureados constam nomes como Nelson Mandela, Malala Yousafzai, Denis Mukwege, Nadia Mourad, Xanana Gusmão, o Povo Ucraniano ou a ONU.
O comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, advertiu Israel contra um ataque à República Islâmica. A 1 de outubro, os iranianos atingiram território israelita com duas centenas de mísseis, o que valeu a promessa de Telavive de uma resposta firme.
Os chefes de Estado e de Governo reúnem-se esta quinta-feira, em Bruxelas, com as questões da Ucrânia e do Médio Oriente na agenda de trabalhos. O tema das migrações será o mais sensível.
Foto: Atef Safadi - EPA
Israel atacou por mar o que diz ser alvos do Hezbollah no Líbano e atingiu um edifício governamental. Morreram um presidente de Câmara e cinco funcionários. As Nações Unidas alertam que a situação está calamitosa para milhões de civis.
A partir de Beirute, o enviado especial da RTP, José Manuel Rosendo, conta que a ONU denunciou um novo ataque por Israel a uma das suas posições. Ainda não houve uma reação por parte de Telavive.
Foto: Mohammed Saber - EPA
Os palestinianos vivem momentos difíceis desde que Israel iniciou a resposta aos atentados do Hamas a 7 de outubro. Os enviados especiais da RTP a Israel, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, foram ouvir uma organização não-governamental que acompanha a situação há vários anos.