Estados Unidos negam qualquer envolvimento em operação ofensiva
Os Estados Unidos “não estiveram envolvidos numa operação ofensiva”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado pela agência francesa AFP.
Homem detido em Paris depois de polícia ter isolado consulado iraniano
Uma fonte policial disse à Reuters que o homem foi visto por volta das 11 horas (09h00 GMT) a entrar no consulado, transportando o que parecia ser uma granada e um colete explosivo.
O homem saiu do consulado e não estava de facto a transportar explosivos, acrescentou uma fonte policial.
Mais de 34 mil palestinos mortos na ofensiva israelita em Gaza desde 7 de outubro
António Vitorino considera que o objetivo de Israel há anos é atacar o Irão
UE impõe sanções contra colonos violentos da Cisjordânia
As entidades listadas são o Lehava, um grupo supremacista judeu de direita radical, e a Hilltop Youth, esclareceu o Conselho da União Europeia num comunicado.
Duas figuras de proa da Hilltop Youth, Meir Ettinger e Elisha Yered, também estão na lista, acrescentou.
Israel conquistou a Cisjordânia na guerra do Médio Oriente de 1967 e a zona tem estado sob ocupação militar desde então, enquanto os colonatos israelitas se têm expandido constantemente. Os palestinianos consideram a Cisjordânia como parte de um futuro Estado independente, incluindo também Gaza e Jerusalém Oriental.
Companhias aéreas suspendem voos para alguns países do Médio Oriente
Os serviços das companhias aéreas do grupo para Telavive, em Israel, e Erbil, no Curdistão iraquiano, foram suspensos até às 5h00 GMT devido à "situação atual", disse um porta-voz à AFP.
A Austrian Airlines, filial da Lufthansa, decidiu também, como "medida de precaução", suspender os voos para Amã, capital da Jordânia, bem como para Erbil e Telavive, na sexta-feira, "para reavaliar exaustivamente a situação de segurança".
"A Austrian Airlines acompanha e avalia continuamente a situação de segurança no Médio Oriente e está em estreito contacto com as autoridades", revelou a companhia aérea em comunicado enviado à AFP.
Tanto a Lufthansa como a Austrian Airlines já tinham suspendido os seus voos de e para Teerão até ao final do mês.
Poderá o Irão retaliar após ataque israelita em Isfahan?
Irão desvaloriza ataque para evitar resposta militarmente imediata
EPA
"Agressão" israelita ao Irão é uma escalada contra a região
"Apelamos à expansão da escala do envolvimento contra a ocupação [israelita] em resposta à guerra de genocídio em Gaza e à escalada na região", disse Abu Zuhri.
ONU condena qualquer ato de retaliação
"O secretário-geral condena qualquer ato de retaliação e apela à comunidade internacional para que trabalhe em conjunto para evitar qualquer novo desenvolvimento que possa levar a consequências devastadoras para toda a região e não só", avançou o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.
EUA foram informados do ataque de Israel ao Irão “em cima da hora”
G7 "empenhado em desanuviar a situação"
Em nome do G7, condenou o ataque do Irão a Israel com mísseis de cruzeiro e drones, que levou a um ataque aéreo hoje na província de Isfahan, que os EUA confirmaram ter sido realizado por Israel.
O G7 continua “intensamente concentrado na Faixa de Gaza, apesar do aumento de tensão entre Israel e o Irão.
Alemanha vai trabalhar com aliados para reduzir tensões
Oito portugueses no Irão
Kremlin está a estudar o ataque israelita
"Israel tem direito a defender-se, mas aumento da tensão não interessa a ninguém"
Foto: Andy Rain - EPA
O sistema de defesa iraniano foi acionado e abateu pelo menos três drones sobre a cidade Isfahan. Local que abriga uma instalação nuclear e uma base aérea militar.
Turquia apela à contenção
"É cada vez mais evidente que as tensões inicialmente causadas pelo ataque ilegal de Israel à embaixada iraniana em Damasco correm o risco de se transformarem num conflito permanente", afirmou.
Biden considera dar a Israel mais de mil milhões de dólares em armas
Ministro israelita diz que ataque foi "fraco"
Egipto "profundamente preocupado"
Fontes israelitas confirmam ataque
AIEA confirma a segurança das centrais nucleares iranianas
Itália apela à "desescalada" antes de reunião do G7
O G7 é composto pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, que detém a presidência este ano.
Von der Leyen pede contenção
Omã condena ações israelitas
Pequim "opõe-se" a ataques
Defesa iraniana garante que disparos contra "objetos estranhos" não causaram danos
"O som [de explosões] está relacionado com o disparo dos sistemas de defesa de Isfahan", disse o comandante do exército iraniano na província de Isfahan, Siavosh Mihan-Dust, à televisão estatal iraniana.
"Não sofremos danos nem houve acidentes", acrescentou.
A televisão estatal informou ao início da manhã de hoje que o som de "fortes explosões" foi ouvido na província central de Isfahan, que abriga centros de produção de mísseis e instalações nucleares.
O Irão negou que tenha havido um ataque com mísseis contra o país e garantiu que as suas defesas aéreas derrubaram vários `drones`.
"Não há relatos de um ataque com mísseis por enquanto", disse o porta-voz da Agência Espacial Iraniana, Hossein Dalirian, na rede social X (antigo Twitter).
A fonte indicou que as defesas aéreas do país abateram "três micro `drones`".
A televisão estatal destacou que os `drones` vieram de dentro do país, algo que já aconteceu no passado.
O último caso conhecido foi em abril de 2023, quando um complexo militar foi atacado com três `drones` em Isfahan.
Nem o Governo israelita nem o Pentágono reconheceram oficialmente a operação.
Agência da ONU diz que explosões não danificaram instalações nucleares do Irão
A Agência Internacional da Energia Atómica das Nações Unidas, com sede em Viena, Áustria, continua a apelar nas redes sociais a todas as partes para que se contenham e reitera que "nenhuma instalação nuclear" deve ser alvo de conflitos militares.
Até ao momento nenhum funcionário iraniano reconheceu diretamente a possibilidade de danos enquanto os militares israelitas não comentaram as explosões.
As autoridades dos Estados Unidos recusaram-se a comentar, mas as cadeias de televisão norte-americanas, citando autoridades dos Estados Unidos não identificadas, disseram que Israel tinha realizado o ataque.
De acordo com a Associated Presse, o Irão disparou as defesas aéreas localizadas perto de uma base aérea e de uma instalação nuclear na cidade de Isfahan (centro do Irão), depois de terem sido avistados `drones`, o que suscitou o receio de um ataque israelita em retaliação ao ataque sem precedentes de Teerão com drones e mísseis no passado fim de semana.
O jornal norte-americano New York Times cita funcionários israelitas, não identificados, que reivindicam o ataque, que ocorre no dia do 85.º aniversário do líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei.
Entretanto, a embaixada norte-americana em Israel ordenou aos seus funcionários e familiares que limitassem as deslocações no país, horas depois das explosões registadas no Irão e atribuídas a Israel.
Território iraniano atacado por drones. Israel não confirma
AFP
"Israel deve manter a sua vigilância", estima major-general norte-americano na reforma
"Penso que houve um processo de pensamento muito deliberado por parte do gabinete de guerra israelita", avaliou, acrescentando que "os israelitas tinham de retaliar, mas ao mesmo tempo, com a retaliação houve uma mensagem e esta é sim, nós podemos entrar. Não voltem a fazê-lo. Se o fizerem outra vez, então será o inferno".
Já o jornal The Washington Post escreve que o ataque aéreo contra o Irão visou demonstrar a Teerão que o Estado hebraico dispõe de capacidade para atingir o centro da República Islâmica.
Irão exclui "danos" ou "explosões significativas"
Por seu turno, a agência Tasnin, conotada com os Guardas da Revolução, a reitera que as instalações nucleares na província de Isfahan estão "completamente seguras".
A IRNA adiantou ainda que as ligações aéreas terão sido entretanto retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência das explosões ouvidas durante a madrugada.
Austrália pede a cidadãos para deixarem país e territórios palestinianos
Dada a "forte ameaça de retaliação militar e de ataques terroristas", Camberra "instou os australianos que se encontram em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados a abandonarem o país se estiverem confiantes de que o podem fazer em segurança", escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota.
A Austrália já tinha apelado anteriormente aos seus cidadãos para evitarem estas duas zonas e, até, saírem.
O aviso surge depois de terem sido registadas explosões esta madrugada no centro do Irão, com um funcionário norte-americano a relatar um ataque israelita em retaliação pelos ataques sem precedentes de drones e mísseis iranianos contra Israel no passado fim de semana.
"Os ataques militares podem provocar o encerramento do espaço aéreo, o cancelamento de voos, desvios e outras perturbações nas viagens", afirmou Camberra.
"O aeroporto Ben Gurion de Telavive pode suspender as operações devido a preocupações de segurança acrescidas em qualquer altura e a curto prazo", alertou também a Austrália.
Explosões em Isfahan descritas como aparente retaliação "limitada"
- Altos responsáveis de Washington, citados por diferentes órgãos de comunicação internacionais - entre os quais BBC, The Guardian, CNN ou The Times of Israel - confirmam que as Forças de Defesa de Israel levaram a cabo, nas últimas horas, bombardeamentos sobre solo iraniano. Isto depois de a Administração Biden ter sido avisada pelo Governo israelita da iminência de uma retaliação pelo ataque concretizado no passado fim de semana pelo Irão. De acordo com a norte-americana CNN, Telavive terá assegurado a salvaguarda dos complexos nucleares da República Islâmica;
- Ouvidas pelo jornal norte-americano The New York Times, três fontes iranianas adiantaram que a base aérea de Isfahan foi efetivamente atingida;
- Os media estatais do Irão adiantam, por sua vez, que foram acionadas baterias antiaéreas na sequência de explosões próximas da importante base aérea localizada na região de Isfahan, acrescentando, mais tarde, que foram derrubados drones naquela província;
- É também em Isfahan que se localizam alguns dos mais importantes complexos do programa nuclear do Irão, incluindo a central de enriquecimento de urânio de Natanz. A televisão estatal iraniana veio já frisar que estas estruturas estão "totalmente seguras";
- As transportadoras aéreas do Dubai Emirates e FlyDubai começaram a desviar voos do oeste do Irão pelas 4h30 locais (2h00 em Lisboa), sem facultarem justificações. Mais tarde, as autoridades iranianas vieram anunciar a suspensão de voos sobre algumas cidades;
- As tensões entre Israel e o Irão seguem em crescendo desde o passado fim de semana, quando a República Islâmica levou a cabo o primeiro ataque direto a Israel com recurso a centenas de drones e mísseis de cruzeiro - uma resposta ao ataque de 1 de abril contra o consulado iraniano na capital síria, Damasco, que causou as mortes de nove responsáveis, entre os quais patentes dos Guardas da Revolução;
- Na quinta-feira, em declarações à CNN, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros reiterava que qualquer retaliação israelita levaria o regime a responder de imediato. "A nossa resposta será decisiva, definitiva e penosa para eles", ameaçava Hossein Amir-Abdollahia.
Lançados ataques contra posição militar no sul da Síria
"Os ataques israelitas visaram uma posição de radar do exército sírio entre as províncias de Sueida e Dera", disse Rami Abdel Rahman, diretor da organização não-governamental OSDH, sediado no Reino Unido e com uma rede de informadores no terreno.
A cadeia de televisão norte-americana ABC News noticiou, citando um responsável dos Estados Unidos, que Israel tinha lançado esta madrugada um ataque contra o Irão, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.
Esta informação surgiu depois de o Irão ter indicado a ocorrência de "fortes explosões" na província de Isfahan (centro), e depois de Israel ter anunciado a intenção de responder aos ataques iranianos na madrugada de domingo.
O exército israelita disse à agência de notícias France-Presse que "de momento" não tinha comentários a fazer sobre as explosões perto de uma base militar.
Israel anunciou também que as sirenes de alerta foram ativadas no norte israelita.
Entretanto, as ligações aéreas já foram retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência das explosões, disse a agência de notícias oficial do Irão, IRNA.
Irão e Rafah. EUA terão dado luz verde aos israelitas nas duas frentes
António Vitorino diz que ataque do Irão "dá pretexto para Israel reagir"
RTP acompanha no terreno o conflito na Faixa de Gaza
Autoridades de Gaza anunciam descoberta de nova vala comum junto do hospital Al Shifa
Até ao momento, as equipas de emergência conseguiram recuperar 30 corpos, que foram enterrados em dois cemitérios próximos e foram identificados apenas os corpos de doze pessoas, divulgou em comunicado o chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza, Salama Maarouf.
O "destino de cerca de 1.000 pessoas, incluindo cidadãos, pessoal médico e jornalistas" após o ataque "ainda é desconhecido" e "os seus corpos foram escondidos noutro local", segundo Maarouf, que criticou "o crime hediondo e desprezível cometido pelo exército de ocupação ao saquear o maior complexo médico da Palestina e ao destruí-lo completamente".
O chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza adiantou trata-se do "massacre mais horrendo conhecido na história contra um complexo médico", exortando o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar "a todos os níveis" este massacre cometido pelo exército de ocupação no complexo de Al Shifa.
Os islamitas palestinianos do Hamas denunciaram, no início desta semana, a descoberta de novas valas comuns com "centenas" de cadáveres no hospital.
O grupo denunciou as "cenas horríveis" que se seguiram à descoberta de cadáveres em decomposição, uma "atrocidade" que atribui ao "fascismo abominável sionista".
Israel "continua as suas violações do direito internacional e a sua guerra de extermínio em grande escala", acusou o Hamas.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.
Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 33.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
"Prematuro". EUA vetam reconhecimento da Palestina como membro da ONU
Na opinião dos Estados Unidos, sublinhou o porta-voz, a Palestina não cumpre as condições para poder ser considerada um Estado-membro da ONU.
"O [movimento islamita palestiniano] Hamas, uma organização terrorista, é que está a exercer o poder e a influência" na Faixa de Gaza, sustentou Padel.
Os Estados Unidos são atualmente o país que mais contribui para a ONU, tendo entregado à organização mais de 18 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros) no ano passado.
Dos países que usaram da palavra esta tarde, pronunciaram-se claramente a favor da admissão do Estado palestiniano a Rússia, a China, a Argélia, Malta, a Eslovénia, a Serra Leoa, Moçambique e a Guiana.
De forma mais ambígua expressaram-se o Reino Unido, França, o Japão, a Coreia do Sul e o Equador.
Os palestinianos têm estatuto de observador das Nações Unidas desde 2012 e procuram há anos adquirir a plena titularidade, que equivaleria ao reconhecimento estatal.
A guerra em Gaza e o apoio internacional à causa palestiniana, conseguido nos últimos meses em resultado da devastação causada pelas operações israelitas contra o Hamas, criaram as condições para o reconhecimento da palestina enquanto membro voltar a marcar a agenda das Nações Unidas.
De acordo com Guterres, o reconhecimento do Estado da Palestina é a pré-condição essencial para acalmar as tensões em toda a região e fora dela, numa altura em que a retórica entre o Irão e Israel ameaça degenerar num "conflito generalizado".
"Um erro de cálculo, uma má comunicação, um desprezo, podem levar ao impensável, um conflito regional generalizado que seria devastador para todos os envolvidos e para o resto do mundo", avisou o líder da ONU, condenando nomeadamente o ataque iraniano, sem precedentes, no fim-de-semana passado.
"Este momento de máximo perigo deve ser um momento de retenção máxima", apelou. "Já é tempo de por um fim a este ciclo sangrento de represálias".