Guerra entre Israel e Irão entra no quinto dia
Foto: Gideon Markowicz - Reuters
Os ataques iranianos ocorrem depois do Irão ter apelado à evacuação das instalações dos canais televisivos israelitas, na sequência do ataque de Telavive à televisão nacional iraniana e a alvos estratégicos do Irão.Teerão ameaça Israel com o maior ataque de mísseis da história em solo israelita e não estará disposto a sentar-se à mesa das negociações, enquanto estiver a ser atacado por Telavive.
O Governo iraniano apela mesmo ao presidente dos Estados Unidos para que pressione Benjamin Netanyahu a aceitar um cessar-fogo que permita regressar às negociações sobre o programa nuclear iraniano.
Já o primeiro-ministro de Israel diz que a ofensiva israelita vai "mudar a face do Médio Oriente" e que não ficaria surpreendido se o regime de Teerão fosse derrubado e se o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, fosse assassinado, afirma Netanyahu que Israel vai fazer o que for necessário.
O presidente norte-americano, Donald Trump, insta à evacuação imediata de Teerão e reafirma que o Irão devia assinar um acordo nuclear com os Estados Unidos.
O balanço de vítimas mortais entre os dois lados ultrapassa as duas centenas: há 224 mortos do lado iraniano e 24 do lado israelita.
Trump abandona cimeira do G7 devido a conflito no Médio Oriente
"Foi alcançado muito, mas devido ao que está a acontecer no Médio Oriente, o Presidente Trump vai partir esta noite [madrugada em Lisboa], após o jantar com os chefes de Estado", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nas redes sociais.
"O Presidente Trump teve um grande dia no G7, chegando mesmo a assinar um importante acordo comercial com o Reino Unido e o primeiro-ministro Keir Starmer", salientou.
Trump e Starmer assinaram hoje um acordo comercial que reduzirá as tarifas sobre os produtos de ambos os países.
O acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.
Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).
Os membros do G7 - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá - reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.
Na estância canadiana de Kananakis, nas Montanhas Rochosas, Trump tinha previsto encontros com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, e com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estavam entre os convidados.
Mark Carney, chefe do governo canadiano, será também o anfitrião do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o que foi uma surpresa depois de Trudeau o ter responsabilizado, no final de 2023, pela morte de um líder independentista `sikh` que vivia no Canadá.
Além de Zelensky, Sheinbaum e Modi, Carney convidou para Kananaskis Anthony Albanese (Austrália), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Lee Jae-myung (Coreia do Sul) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).
Os líderes do grupo chegaram domingo ao Canadá para uma reunião num contexto de guerra alargada no Médio Oriente.
A reunião decorre quando Israel e Irão se atacam mutuamente, depois de uma primeira ofensiva israelita sobre instalações do programa nuclear iraniano, na madrugada de sexta-feira, e sucessivos ataques retaliatórios de Teerão com mísseis contra cidades em Israel.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
Trump insta todos os cidadãos de Teerão a "deixar imediatamente" a capital iraniana
"O Irão deveria ter assinado o `acordo` que eu disse para assinarem. Que vergonha, e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃO NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já o disse várias vezes! Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!", pode ler-se, na publicação na Truth Social.
Teerão, a maior cidade iraniana, tem uma população estimada de nove milhões de habitantes, segundo dados oficiais de 2021, 14 milhões, na área metropolitana.
Na segunda-feira da manhã, o Exército israelita emitiu um alerta de evacuação que afetou até 330.000 pessoas numa área do centro de Teerão que incluia a sede da TV estatal e da polícia do país, além de três grandes hospitais, incluindo um pertencente à Guarda Revolucionária iraniana. Os israelitas emitiram alertas de evacuação semelhantes para zonas civis em partes de Gaza e do Líbano antes dos ataques.
Trump participa na cimeira do G7 no Canadá, que termina hoje (terça-feira), e onde o atual conflito entre Israel e o Irão se posicionou como um dos pontos centrais da agenda.
Na segunda-feira, Trump realçou que está "em contacto constante" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a falar "com toda a gente".
O líder republicano criticou o Irão por não ter assinado um pacto nuclear dentro do prazo inicialmente concedido de dois meses.
"Dei 60 dias ao Irão, e eles disseram que não. E ao 61.º dia, viram o que aconteceu", apontou, referindo-se ao ataque israelita às instalações nucleares, militares e científicas iranianas, que matou oficiais militares e cientistas iranianos de alto nível.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém e o conflito em curso já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.
Trump manifestou na segunda-feira confiança em que o Irão acabará por assinar o pacto com Washington e considerou insensato se não o fizer. Mas evitou a questão se queria uma mudança de regime no Irão: "O que eu quero é que o Irão não tenha armas nucleares, e estamos a caminho de o conseguir".
Para o chefe de Estado norte-americano, de acordo com outras declarações feitas ao longo do dia, o Irão não está a ganhar "esta guerra" com Israel, e o regime iraniano gostaria de conversar para encontrar uma solução "antes que seja tarde demais".
A República Islâmica impôs a condição de os Estados Unidos não se juntarem ativamente aos ataques de Israel, embora assuma que Washington prestou apoio logístico a Israel, que, segundo o Pentágono, o está a ajudar a intercetar mísseis iranianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão e negociador-chefe para o nuclear, Abbas Araghchi, frisou na segunda-feira que os ataques israelitas contra o seu país "representam um golpe" na diplomacia, durante uma chamada telefónica divulgada pelo seu ministério, com os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, do Reino Unido, David Lammy, da Alemanha, Johann Wadephul, e da União Europeia, Kaja Kallas.
EUA reforçam "postura defensiva" no Médio Oriente com mais meios - Pentágono
"No fim de semana, ordenei o envio de recursos adicionais para a área" que abrange o Médio Oriente, publicou o secretário da Defesa Pete Hegseth na rede social X na segunda-feira, quarto dia do conflito entre Israel e o Irão.
"Estes envios visam reforçar a nossa postura defensiva na região", afirmou o secretário norte-americano, sem especificar os meios em causa.
Dados do `site` Marine Traffic indicam que o porta-aviões norte-americano Nimitz, que navegava no mar do Sul da China, rumou na segunda-feira para oeste, em direção ao Médio Oriente, em pleno conflito entre Israel e o Irão.
O porta-aviões estava ao final do dia a transitar pelo estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Samatra e a Malásia, de acordo com a informação citada pela agência de notícias France-Presse (AFP) a partir do Marine Traffic, que acompanha a posição dos navios em todo o mundo em tempo real.
Uma receção planeada a bordo do Nimitz para sexta-feira, no âmbito da visita de quatro dias do porta-aviões a Danang, no centro do Vietname, foi cancelada, disse uma autoridade do Governo vietnamita à AFP, citando uma carta da Embaixada norte-americana.
A carta referia-se a "uma necessidade operacional emergente" apontada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos como justificação do cancelamento da visita.
Outros `sites` citados pela AFP, que rastreiam a posição das aeronaves em todo o mundo em tempo real, identificaram a movimentação de cerca de 30 aviões reabastecedores norte-americanos durante a última noite, descolando dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.
Ao mesmo tempo, o Governo norte-americano voltou a pedir aos cidadãos no Irão para abandonarem imediatamente o país ou, em alternativa, prepararem-se para longos períodos de confinamento devido ao conflito com Israel.
"Os cidadãos norte-americanos não devem viajar para o Irão por qualquer motivo e devem deixar o país imediatamente se já lá estiverem", alertou o Departamento de Estado em comunicado, recomendando que "aqueles que não puderem sair devem estar preparados para se abrigar por longos períodos".
A administração dos Estados Unidos advertiu que os cidadãos norte-americanos "enfrentam perigos graves e crescentes" na República Islâmica, com a qual os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
Conflito israelo-iraniano. A análise de José Pedro Teixeira Fernandes
Exército israelita avisa civis de que podem sair dos abrigos
Trump acredita que Irão vai acabar por assinar um acordo nuclear
Exército israelita anuncia interceção de mísseis
Teerão apela à evacuação de duas estações de televisão israelitas
Irão diz que última onda de ataques contra Israel vai até ao amanhecer
Novo ataque do Irão: mísseis e drones a caminho de Israel
Exército israelita "ataca infraestruturas de mísseis" no oeste do Irão
Ministro diz que operação israelita no Irão não terminou
Dois trabalhadores do Crescente Vermelho Iraniano foram mortos num ataque israelita em Teerão
Mísseis israelitas chegaram a feira aero-espacial de Paris
Cimeira do G7 abordou conflito israelo-iraniano, guerra na Ucrânia e tarifas
Médicos Sem Fronteiras acusam Israel "de fazer uma carnificina em Gaza"
Governo prepara operação para retirar 130 portugueses de Israel
Irão atacou várias cidades israelitas
Netanhyahu acredita que ofensiva israelita vai "mudar a face do Médio Oriente"
"Vamos fazer o que for necessário", declarou ao ser questionado sobre essa possibilidade.
Os iranianos estão a descobrir que "o regime é muito mais fraco" do que pensavam, observou Netanyahu, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel estão a eliminar os altos comandantes militares iranianos "um por um".
Israel está a mudar "a face do Médio Oriente" com os ataques ao Irão, considerou o primeiro-ministro israelita, depois de detalhar o que apresentou como uma série de sucessos desde o início da operação militar na madrugada de 13 de junho.
Netanyahu indicou ainda que as autoridades israelitas estão "bem coordenadas com os Estados Unidos", depois de a diplomacia de Teerão ter defendido que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pode parar o conflito "com um único telefonema".
Teerão assegura que Trump pode travar a guerra com um telefonema
"Um único telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e abrir caminho para o regresso da diplomacia", disse Abbas Araqchi numa mensagem divulgada na rede social X.
"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.
Araqchi acrescentou que o ataque israelita ao Irão e as mortes de "centenas de civis inocentes" são "um fracasso em frustrar um acordo entre o Irão e os Estados Unidos", que admitiu estar até agora "no bom caminho".
O ministro iraniano lembrou que "Netanyahu é um criminoso de guerra procurado" que "enganou um Presidente norte-americano após outro para travar guerras durante quase três décadas".
"Está a fazer com que mais um Presidente norte-americano e cada vez mais contribuintes norte-americanos pareçam completos idiotas", argumentou.
Araqchi insistiu que o seu país "não iniciou esta guerra e não quer perpetuar o derramamento de sangue", prometendo também lutar "orgulhosamente até à última gota de sangue" para proteger o território e o povo.
A mensagem é acompanhada por imagens de uma sessão com Netanyahu perante o Congresso dos EUA em 2002, na qual o primeiro-ministro israelita defendeu a necessidade de invadir o Iraque porque esse país pretendia adquirir a bomba atómica.
Habitantes em fuga provocam grandes engarrafamentos na saída norte de Teerão
Defesa civil de Gaza anuncia a morte de pelo menos 20 pessoas
“Esperavam aceder ao centro de ajuda americana em Rafah para obter alimentos, quando a ocupação abriu fogo sobre estas pessoas esfomeadas, perto da rotunda de al-Alam”, no sul da Faixa de Gaza, disse Bassal, acrescentando que o tiroteio ocorreu entre as 05:00 e as 07:30 (02:00 e 04:30 em Lisboa).
As vítimas foram transferidas para os hospitais do sul do território palestiniano, que só estão parcialmente operacionais há vários dias devido aos combates e à escassez de material médico.
Irão justifica ataques a Israel como "autodefesa"
Matar Khamenei punha fim ao conflito, diz Netanyahu
Netanyahu afirmou que matar Khamenei não "aumentaria o conflito", mas punha termo.
"Tivemos meio século de conflito disseminado por este regime", disse ainda o governante israelita. "A guerra eterna é o que o Irão quer."
Teerão pediu aos líderes dos Estados do Golfo que apelassem a Trump por ajuda para negociar um cessar-fogo com Israel
Irão tenta negociações com EUA e Israel para pôr termo às hostilidades
"Eles querem negociar, mas deviam tê-lo dito antes. Eu acho que o Irão não está a ganhar esta guerra e que deve negociar imediatamente, antes que seja tarde demais", defendeu Trump, lembrando que sempre apoiou Israel. "Há muito que os apoiamos fortemente. E Israel está a sair-se muito bem agora".
Questionado pelos jornalistas sobre se os Estados Unidos se envolveriam militarmente neste conflito, Trump ignorou a questão.
"Não quero falar sobre isso", limitou-se a dizer.
EUA apelam aos cidadãos para não viajarem para território israelita
Turquia aumenta arsenal de misséis devido a novo conflito na região
Recep Tayyip Erdogan referia-se ao conflito entre Israel e o Irão, iniciado por uma vaga de bombardeamentos israelitas contra o território iraniano.
"Em pouco tempo, teremos atingido um nível de capacidade defensiva em que ninguém ousará desafiar-nos", declarou, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.
O chefe de Estado afirmou que a indústria de armamento turca atingiu um nível com capacidade para sustentar um poder dissuasor, de acordo com a agência de notícias oficial Anadolu.
"Esperamos manter o nosso país longe dos efeitos negativos das crises na nossa região", afirmou o líder turco, acrescentando que a Turquia precisa ser "política, social, económica e militarmente forte" e também autossuficiente.
Segundo Erdogan, os bombardeamentos contra alvos militares e instalações nucleares no Irão demonstram que Israel é a maior ameaça à segurança e à estabilidade no Médio Oriente.
A cada dia que passa, prosseguiu, "torna-se mais claro que o ataque [israelita] lançado sob o pretexto de atingir instalações nucleares iranianas tem objetivos muito amplos e insidiosos".
O Presidente da Turquia insistiu que as negociações são a única forma de resolver o diferendo sobre o programa nuclear iraniano.
Israel alega que o Irão está a tentar fabricar uma arma nuclear, embora a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indique não ter provas deste objetivo, ao mesmo tempo que não pode garantir que o programa iraniano seja totalmente pacífico.
Israel bombardeou o Irão na madrugada de 13 de junho, lançando ataques contra instalações militares e nucleares iranianas, que mataram lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
Governo israelita ameaça prender jornalistas que filmem zonas atingidas
Irão sente perigo de ameaça e responde a ataques contra Israel
Israel ataca televisão estatal do Irão
A apresentadora foi surpreendida com uma explosão e abandonou de imediato o estúdio.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que a emissora IRIB estava "à beira do desaparecimento" depois de o Exército ter emitido o aviso de evacuação.
"O porta-voz da propaganda e incitação iraniana está à beira do desaparecimento. A retirada dos residentes próximos já começou", declarou Katz em comunicado, esta segunda-feira.
Israel volta a atacar Teerão
"Nas próximas horas, as Forças Armadas empreenderão ações nesta zona para atacar infraestruturas militares do regime sionista, tal como fizeram nos últimos dias nos arredores de Telavive", indicou num comunicado a Guarda Revolucionária, que foi divulgado pelo canal de televisão público Kan.
Israel apela aos residentes para abandonarem uma zona no nordeste de Teerão
Rússia diz que o Irão está a exercer o seu direito de autodefesa contra Israel
França e os europeus prontos a ajudar Israel na sua luta contra o Irão
Na sexta-feira, dia do ataque israelita ao Irão, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França poderia participar nas “operações de proteção e defesa” de Israel, caso Teerão “retaliasse” contra os ataques israelitas no seu território.
No sábado, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciou que a Grã-Bretanha iria enviar “recursos” para o Médio Oriente, “incluindo aviões de combate, como parte do apoio de emergência” a Israel.
No domingo, o chanceler alemão Friedrich Merz tomou posição, sublinhando que o Irão “nunca deverá ter armas nucleares”.
Teerão acusa israelitas da morte de 45 crianças e mulheres
“Quarenta e cinco crianças e mulheres foram mortas nos ataques israelitas e 75 dos feridos são também mulheres e crianças”, disse a porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, citada pelos meios de comunicação social do Irão.
Mohajerani não deu o número total de mortos nos ataques, mas o Ministério da Saúde iraniano divulgou no domingo um balanço de 224 mortos e 1.257 feridos em todo o país, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
O Irão respondeu aos ataques com o disparo de mísseis contra Israel que causaram 24 mortos, de acordo com as autoridades israelitas.
MSF implora à UE que aumente a pressão sobre Israel
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigiram que a União Europeia pare com a sua “retórica vazia” sobre a situação dramática em Gaza e tome medidas concretas para pôr fim aos crimes de guerra de Israel no território palestiniano.
De acordo com uma cópia enviada à imprensa, a carta insta-os a abrir o acesso à ajuda humanitária vital para os palestinianos em Gaza, porque o atual bloqueio “não é uma medida de segurança legítima, é um crime de guerra”.
As evacuações médicas também devem ser intensificadas, de acordo com a MSF, que estima que “cerca de 13 mil pessoas, incluindo mais de 4.500 crianças, ainda estão em necessidade urgente”.
“A União Europeia e muitos dos seus líderes optaram recentemente por repreender Israel, mas estas palavras soam vazias porque não estão a tomar as medidas concretas necessárias para pôr fim ao massacre”, lê-se na carta.
Os MSF condenam o facto de os países europeus (não citados) "continuarem hipocritamente a fornecer a Israel armas que matam, queimam ou incapacitam permanentemente as pessoas que chegam aos nossos hospitais. Isto tem de acabar".
Força israelita mata 20 pessoas que aguardavam ajuda humanitária
Bassal disse que “20 mártires morreram e mais de 200 feridos por tiros da ocupação” foram levados para hospitais próximos.
"Estamos no caminho da vitória" e "controlamos os céus de Teerão"
O primeiro-ministro israelita afirmou que o país “está no caminho da vitória” e que a força aérea israelita “controla os céus de Teerão”.
O chefe do governo israelita revelou ainda que avisou “os cidadãos de Teerão” para abandonarem a capital iraniana.
Companhia aérea israelita prolonga suspensão dos voos até 23 de junho
Paquistão encerra postos fronteiriços com o Irão
O Paquistão encerrou os cinco postos fronteiriços com o Irão até nova ordem, depois de os ataques israelitas terem lançado uma nova vaga de violência com a República Islâmica, anunciaram hoje as autoridades paquistanesas.
Médio Oriente. Governo assegura que está a fazer tudo para garantir segurança dos portugueses
Conflito israelo-iraniano. "Às vezes é preciso lutar", afirma Trump
Foto: Jim Lo Scalzo - EPA
A presidente da Comissão Europeia, também presente na cimeira, sublinha que Israel tem o direito de se defender e que o Irão é a principal fonte de instabilidade na região.
Intensifica-se a troca de bombardeamentos entre Israel e Irão
Governo organiza operação para repatriar portugueses
A operação implica deslocações rodoviárias e por avião. “A diplomacia esteve ativa este fim de semana”, segundo Paulo Rangel que frisa que esta é uma “situação muito complexa”, e que o Governo não “deve revelar detalhes”.
Nesta altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a contactar os 130 portugueses que estão em Israel, sendo que falta contactar com alguns.
“São operações que exigem tratar cada pessoa, uma a uma”, esclareceu.
Golpe no programa nuclear iraniano
A dimensão sem precedentes do ataque israelita de sexta-feira, para impedir o Irão de adquirir uma bomba atómica, infligiu um golpe no seu programa nuclear, embora o impacto ainda não seja definitivo, segundo especialistas entrevistados pela AFP.
Por outro lado, “não há qualquer indicação de que tenha havido um ataque físico ao pavilhão subterrâneo” que alberga a central principal, afirmou o organismo da ONU na segunda-feira. No entanto, “o corte de energia pode ter danificado” os milhares de centrifugadores aí instalados.
Os danos, confirmados por imagens de satélite, são “significativos”, de acordo com um relatório do Instituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS), uma organização norte-americana especializada em proliferação nuclear.
A outra instalação de enriquecimento, Fordo, a sul da capital iraniana, também foi atingida, mas “não foram observados danos”, segundo a AIEA.
Na central nuclear de Esfahan (centro do Irão), foram atingidos quatro edifícios: o laboratório químico central, uma instalação de conversão de urânio, a instalação de fabrico de combustível para o reator de investigação de Teerão e uma instalação em construção.
Pensa-se que o complexo contém grandes reservas de urânio altamente enriquecido.
Putin e Erdogan apelam "à cessação imediata das hostilidades"
O presidente russo e o presidente turco condenaram o "ato de força" de Israel contra o Irão e pediram o fim imediato das hostilidades, numa conversa telefónica na segunda-feira, informou o Kremlin.
Irão fala em "crime de guerra"
“O hospital Farabi, situado na cidade de Kermanshah, no oeste do Irão, foi alvo dos ataques agressivos do regime israelita”, declarou o porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Esmaïl Baghaï. “O ataque a hospitais, para além dos ataques a zonas residenciais, é uma violação flagrante do direito internacional e um crime de guerra”, acrescentou.
Bundesbank alerta para risco de choque petrolífero
As consequências dos ataques entre os dois países, que se intensificaram durante o fim de semana, "permanecem incertas", enquanto um conflito prolongado "poderia provocar uma subida acentuada do petróleo" e "perturbar as nossas previsões" para a inflação e o crescimento, afirmou Joachim Nagel num discurso em Frankfurt.
Os preços do petróleo subiram apenas ligeiramente hoje de manhã, depois de terem disparado até 13% na sexta-feira, quando ocorreram os primeiros ataques de Israel ao Irão.
Por volta das 7:20 TMG, o preço do barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subia 1,15%, para 73,82 dólares, e o barril de petróleo Brent do Mar do Norte subia 0,99%, para 74,97 dólares.
Em maio, a inflação na zona euro caiu para 1,9%, de acordo com a primeira estimativa do Eurostat, confirmando a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir as taxas de juro em junho, pela oitava vez num ano.
O instituto também baixou as previsões de inflação para 2025 (2,0%) e 2026 (1,6%), precisamente devido à queda dos preços da energia e a um euro mais forte.
No entanto, os riscos acrescidos em caso de uma escalada prolongada no Médio Oriente, associados às tensões comerciais ainda não resolvidas com os Estados Unidos, tornam "imperativo" que o Banco Central Europeu se mantenha "flexível", sem se comprometer com "uma nova redução das taxas ou uma pausa prolongada", de acordo com Nagel, conhecido pela sua posição monetária ortodoxa.
Em junho, o BCE reduziu a principal taxa de depósito para 2,0%, um nível que já não é considerado restritivo, após um máximo de 4,0% em 2023, para travar a subida dos preços na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Embora a presidente do BCE, Christine Lagarde, tenha reafirmado que cada decisão sobre as taxas será tomada "reunião a reunião", em função da evolução dos dados, falou também do "fim de um ciclo monetário", e os especialistas esperam uma pausa nos cortes das taxas na próxima reunião da instituição, no final de julho.
Erdogan diz estar disposto a desempenhar um “papel de facilitador” para pôr fim ao conflito
Israel deportou os últimos passageiros do Selfie Yacht
“As três últimas pessoas que se encontravam a bordo do Selfie Yacht foram transferidas esta manhã (segunda-feira) para a Jordânia através da passagem de Allenby”, declarou o ministério em comunicado, acrescentando que se tratava de dois franceses e um holandês.
Um total de doze pessoas (seis franceses, um alemão, um brasileiro, um turco, um sueco, um espanhol e um holandês) que partiram de Itália a 1 de junho a bordo do veleiro Madleen para “quebrar o bloqueio israelita” a Gaza foram detidas a 9 de junho, depois de Israel ter abordado o barco em águas internacionais a cerca de 185 quilómetros da costa de Gaza.
A sueca Greta Thunberg, um ícone da luta contra as alterações climáticas, e três outros passageiros aceitaram ser deportados imediatamente. Oito outros foram detidos pelas autoridades israelitas, antes de comparecerem perante um tribunal de imigração e serem deportados.
Ataque israelita danifica hospital no oeste do Irão
Rússia pronta para mediar acordo entre Israel e Irão
As anteriores propostas da Rússia para resolver o conflito continuam em cima da mesa, mas o início das hostilidades complicou a situação, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Hotéis tornam-se abrigos para moradores de edifícios atingidos em Israel
Foto: Atef Safadi - EPA
Voos civis cancelados até terça-feira
Forças de Defesa de Israel fazem contas aos danos em lançadores iranianos
“Mais de 50 caças e outros aparelhos de combate levaram a cabo ataques e destruíram mais de 120 lançadores de mísseis terra-terra. Isto perfaz um terço dos lançadores de mísseis terra-terra do regime iraniano", afirmou o brigadeiro-general Effie Defrin, porta-voz militar.
"Não há intenção de magoar fisicamente os residentes de Teerão"
"Quero clarificar o óbvio: não há intenção de magoar fisicamente os residente de Teerão como o ditador assassino faz aos residentes de Israel", corrigiu-se Israel Katz.
Pouco antes, o mesmo governante dissera que "os residente de Teerão" teriam de "pagar o preço".
Bolsas europeias em alta apesar do conflito no Médio Oriente e pendentes da Fed
Cerca das 09:10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,11% para 545,55 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,22%, 0,51% e 0,19%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se valorizavam 0,74% e 0,5%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:10 o principal índice, o PSI, também avançava, 0,54% para 7.516,04 pontos, contra o novo máximo desde 06 de maio de 2014, de 7.527,31 pontos verificado em 12 de junho.
Na agenda de hoje, a zona euro divulgará os custos laborais do primeiro trimestre em termos homólogos, enquanto nos EUA, a Fed de Nova Iorque divulgará o inquérito à indústria transformadora de junho.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) apresentará também o relatório mensal de junho sobre a oferta e a procura de petróleo bruto, coincidindo com a forte subida dos preços devido aos ataques de Israel às instalações nucleares do Irão.
O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em agosto está a subir 0,44% a esta hora e o preço do barril situa-se em 74,58 dólares, embora tenha subido mais de 7% no mercado de futuros de Londres, com receios de uma interrupção do fornecimento de petróleo do Médio Oriente após os ataques de Israel ao Irão.
O West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, sobe 0,76% e está a ser negociado a 71,82 dólares por barril, antes da abertura oficial do mercado.
Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,26%, enquanto o índice de referência da Bolsa de Xangai ganhou 0,35% e o de Shenzhen subiu 0,41%.
O Banco do Japão (BoJ) iniciou hoje a reunião de política monetária de dois dias, na qual muitos analistas esperam que mantenha as taxas de juro e que possa abrandar a redução das compras de obrigações do Estado.
Wall Street fechou na passada sexta-feira com uma queda de mais de 1% nos seus indicadores, depois dos ataques cruzados entre Israel e o Irão, que geraram volatilidade nos mercados, fazendo disparar o preço do petróleo e elevando o preço do ouro para máximos históricos.
O Dow Jones terminou a baixar 1,79% para 42.197,79 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.
O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a recuar 1,30% para 19.406,83 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.
A esta hora, os futuros de Wall Street estão a subir 0,26% para o Dow Jones Industrials, 0,36% para o S&P 500 e 0,44% para o Nasdaq.
Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, avançavam para 2,576%, contra 2,533% na sessão anterior.
Já o ouro por onça troy, um ativo de refúgio, estava a descer para 3.413,95 dólares, mas contra 3.432,34 dólares na sexta-feira, um novo máximo histórico.
O euro avançava para 1,1577 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1549 dólares na sexta-feira, um novo máximo desde 09 de novembro de 2021.
Irão insta AIEA a condenar ataques israelitas a instalações nucleares
O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, adiantou esta segunda-feira não haver sinais de danos adicionais nas instalações de enriquecimento de urânio de Natanz e Fordow, visadas pelas Forças de Defesa de Israel.
"A agência está e vai continuar presente no Irão. As inspeções de salvaguarda no Irão vão continuar assim que as condições de segurança o permitirem, tal como é requerido pelas obrigações ao abrigo do Tratado de Não-Proliferação do Irão", enfatizou Grossi em comunicado.
Novo ataque israelita no oeste do Irão
Número de mortos após última vaga de bombardeamentos do Irão sobe para oito
Vaga de mísseis do Irão atinge várias cidades em Israel
Imagens da France-Presse captadas em Telavive mostram edifícios devastados e equipas de bombeiros à procura de sobreviventes entre os escombros. Os projéteis iranianos visaram ainda as cidades de Petah Tikva e Bnei Brak, próximas de Telavive, indica a agência noticiosa francesa.De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, a embaixada norte-americana em Telavive sofreu "pequenos danos". A representação diplomática vai permanecer encerrada.
A partir de Teerão, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, exortou no Parlamento à unidade da população, que, nas suas palavras, deve manter-se "forte contra a agressão criminosa genocida".
Em Jerusalém, o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, veio, por sua vez, avisar que o povo de Teerão "pagará o preço" dos ataques contra civis do Estado hebraico.
A Guarda revolucionária garante que a vaga de bombardeamentos da última madrugada permitiu "que os mísseis atingissem com êxito alvos" em solo israelita. Isto "apesar do apoio total dos Estados Unidos e das potências ocidentais" a Israel.As sirenes ecoaram durante a noite em Jerusalém, de onde saíram relatos de "fortes explosões".
Haifa, no norte de Israel, foi igualmente vista por mísseis iranianos, que ali atingiram a maior refinaria de petróleo do país, causando um incêndio.
Os mísseis israelitas visaram Teerão, onde as defesas aéreas foram também acionadas. Terão sido atingidos centros de comando da Força Qods, unidade de elite da Guarda Revolucionária. A Força Aérea do Estado hebraico atingiu ainda "dezenas" de plataformas de mísseis superfície-superfície e outras instalações militares no oeste do Irão.
A escalada do conflito, espoletada por um ataque israelita a instalações nucleares, fez já 224 mortos e feriu mais de mil pessoas no Irão. No flanco israelita, pelo menos 18 pessoas morreram e quase 400 ficaram feridas desde a passada sexta-feira.
c/ agências
Pequim apela à contenção entre israelitas e iranianos
"Exortamos todas as partes a tomarem imediatamente medidas para arrefecer as tensões, evitar que a região caia em grande turbulência e criar condições para o regresso ao caminho correto de resolver questões através de diálogo e negociações", declarou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun.
Serviço israelita Magen David Adom avança com balanço de vítimas de novo ataque iraniano
Os bombardeamentos abateram-se sobre quatro alvos no centro de Israel. Entre as vítimas, ainda de acordo com o Magen David Adom, haverá "duas mulheres e dois homens com cerca de 70 anos de idade".
"Até ao momento, as equipas do MDA transportaram 92 feridos para hospitais, incluindo uma mulher de 30 anos em situação séria com ferimentos faciais, seis em condição moderada e 85 e, situação leve".
Ministro israelita da Defesa avisa que iranianos "vão pagar o preço"
"O ditador fanfarrão de Teerão transformou-se num assassino cobarte, disprando deliberadamente contra a frente interna de Israel numa tentativa de deter a contínua ofensiva que está a danificar as suas capacidades", escreveu o ministro israelita da Defesa no Telegram, para acrescentar que "os residentes de Teerão vão pagar o praço - e em breve".
Israel anuncia lançamento de nova salva de mísseis iranianos sobre Jerusalém
"Há pouco tempo, o exército identificou mísseis lançados do Irão em direção ao território do Estado de Israel" e "os sistemas de defesa estão ativados para intercetar a ameaça", declarou o exército em comunicado, instando a população "a dirigir-se para uma zona protegida e aí permanecer até nova ordem".
A AFP testemunhou a ocorrência de fortes explosões ao início desta madrugada em Jerusalém.
As hostilidades abertas entre Israel e o Irão entram hoje no quarto dia sem sinais de abrandamento, alimentando o receio de uma guerra mais vasta na região rica em petróleo.
O Irão disparou várias vagas de drones e mísseis nas últimas 24 horas, enquanto Israel atingiu a capital da República Islâmica, Teerão, matando mais um importante oficial militar, o chefe dos serviços de informações.
Desde sexta-feira, 224 pessoas foram mortas no Irão, de acordo com o governo do país, que afirmou que os civis constituem a maioria das vítimas. Os ataques iranianos causaram a morte de 14 pessoas e cerca de 400 feridos, segundo os serviços de emergência israelitas.
As tensões entre os dois países explodiram em conflito direto na sexta-feira, quando Israel lançou ataques de surpresa contra instalações militares e nucleares iranianas. Desde então, a guerra tem-se pautado pela superioridade aérea israelita e expôs as limitações de uma capacidade de resposta eficaz de Teerão.
As forças apoiadas pelo Irão na região têm igualmente sido largamente dissuadidas pela ação israelita.
O conflito aberto surgiu quando Irão e Estados Unidos estavam há semanas a negociar um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmo no domingo que o Irão e Israel "devem chegar a um acordo e vão chegar a um acordo". "Teremos PAZ, em breve, entre Israel e o Irão!", afirmou na sua rede social Truth Social. "Muitos telefonemas e reuniões estão a ter lugar", acrescentou.
Em seguida, Trump disse, em comentários à comunicação social, que "mas às vezes eles têm que lutar".
Jerusalém, segundo o chefe do Governo israelita, está envolvida numa "campanha existencial", na expressão de Benjamin Netanyahu ao visitar o local de um ataque com mísseis na cidade costeira de Bat Yam, também no domingo.
"O Irão vai pagar um preço muito elevado por assassinar deliberadamente os nossos cidadãos, mulheres e crianças", ameaçou.
A troca de acusações pesou nos mercados financeiros, com as ações da Arábia Saudita, do Egito e do Qatar a caírem no domingo. A libra egípcia enfraqueceu cerca de 1,8%, para mais de 50 por dólar no comércio local. As ações das empresas israelitas subiram, lideradas pela empresa de defesa Elbit Systems Ltd.
A cautela dos investidores noutros locais também foi visível no reinício das negociações esta manhã na Ásia, embora a magnitude dos movimentos fora do setor da energia tenha permanecido relativamente contida.
G7 aborda escalada ao quarto dia do conflito entre Israel e Irão
- A escalada do conflito entre Israel e o Irão, seguida da guerra na Ucrânia e da economia global: são estes os principais temas da cimeira do G7, que tem início esta segunda-feira nas Montanhas Rochosas do Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja esperada presença em território canadiano tem sido localmente critica, tentará testar as relações dos Estados Unidos com aliados tradicionais;
- Donald Trump escreveu na sua rede, Truth Social, que “em breve” haverá paz entre Israel e Irão, afirmando ainda que estão a decorrer muitos contactos nesse sentido. O presidente norte-americano terá vetado um plano israelita para eliminar o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, segundo dois responsáveis de Washington citados pela agência Reuters;
- Os três turistas portugueses que se encontravam no Irão já saíram deste país. Ao início da manhã desta segunda-feira estavam a caminho do Azerbaijão por via terrestre. Um outro grupo de 37 portugueses em viagem turística à Jordânia ficou retido em Amã. Este grupo tinha voo previsto para domingo, mas foi reagendado para a próxima noite;
- O Irão rejeita negociações de cessar-fogo enquanto perdurarem os ataques israelitas. As autoridades de Teerão fizeram saber aos mediadores de Catar e Omã que a retaliação iraniana só vai parar quando Telavive cessar os ataques;
- O Ministério da Saúde do Irão deu conta de pelo menos 224 mortos e mais de mil feridos nos últimos três dias. Noventa por cento são civis;
- O Governo iraniano confirmou a morte do chefe dos serviços de informações da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi;
- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reitera que não vai aceitar um cessar-fogo enquanto a máquina de guerra do Estado hebraico não destruir a capacidade nuclear do regime dos ayatollahs. Telavive e Teerão intensificaram os ataques e contra-ataques a alvos militares e estratégicos, que fizeram já14 mortos no flanco israelita. Há notícia de pelo menos três pessoas dadas como desaparecidas e centenas de feridos;
- “O Irão vai pagar um preço muito pesado pelo assassínio de civis, mulheres e crianças”, ameaçou no domingo o chefe do Governo israelita, ao visitar um local visado pelos projéteis iranianos;
- Na rede social X, as Forças de Defesa de Israel adiantam que o Comando da Frente Interna deu instruções aos residentes do país para que continuem a procurar espaços protegidos: “O movimento em áreas abertas deve ser minimizado e os ajuntamentos devem ser evitados. Após um alerta, entrem em espaço protegidos e permaneçam aí até novo anúncio oficial;
- A alta representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas pediu uma reunião por videoconferência dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco para discutir o conflito israelo-iraniano, “face à gravidade da situação no Médio Oriente”;
- A agência iraniana Tasnim noticiou que as forças de segurança do país terão descoberto instalações secretas para a produção de drones em Shahr-e Ray, a sul de Teerão. O local terá sido usado por agentes israelitas.
Guerra entre Israel e Irão deverá dominar cimeira do G7 no Canadá
Foto: Chris Helgren - Reuters
Reportagem dos correspondentes nos Estados Unidos, Cândida Pinto e Ricardo Guerreiro.
Telavive e Teerão intensificaram os ataques
Foto: Hamid Amlashi - WANA via Reuters
População iraniana já está a abandonar o país através da Turquia
Foto: Hamid Amlashi/WANA via Reuters
Fundo europeu de defesa. Empresa israelita recebe 15 milhões de euros
A revelação é feita por uma investigação de um consórcio europeu de jornalistas.