Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e Irão

por Inês Moreira Santos, Ana Sofia Rodrigues, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Várias cidades israelitas foram visadas, durante a madrugada desta segunda-feira, por uma nova vaga de bombardeamentos do Irão, em resposta a ataques do Estado hebraico. Este é o quarto dia da escalada do conflito israelo-iraniano. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da guerra no Médio Oriente.

Emissão da RTP3


Atta Kenare - AFP

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Momento-Chave
por RTP

Guerra entre Israel e Irão entra no quinto dia

Foto: Gideon Markowicz - Reuters

Teerão começou, durante a noite, uma nova onda de ataques com mísseis e drones contra Israel, ataques "ininterruptos até ao amanhecer".

Foi ativado o alerta de míssil em Israel e os moradores da área de Telavive foram aconselhados a procurar abrigo.

Os ataques iranianos ocorrem depois do Irão ter apelado à evacuação das instalações dos canais televisivos israelitas, na sequência do ataque de Telavive à televisão nacional iraniana e a alvos estratégicos do Irão.Teerão ameaça Israel com o maior ataque de mísseis da história em solo israelita e não estará disposto a sentar-se à mesa das negociações, enquanto estiver a ser atacado por Telavive.

O Governo iraniano apela mesmo ao presidente dos Estados Unidos para que pressione Benjamin Netanyahu a aceitar um cessar-fogo que permita regressar às negociações sobre o programa nuclear iraniano.

o primeiro-ministro de Israel diz que a ofensiva israelita vai "mudar a face do Médio Oriente" e que não ficaria surpreendido se o regime de Teerão fosse derrubado e se o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, fosse assassinado, afirma Netanyahu que Israel vai fazer o que for necessário.

O presidente norte-americano, Donald Trump, insta à evacuação imediata de Teerão e reafirma que o Irão devia assinar um acordo nuclear com os Estados Unidos.

O balanço de vítimas mortais entre os dois lados ultrapassa as duas centenas: há 224 mortos do lado iraniano e 24 do lado israelita.
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por Lusa

Trump abandona cimeira do G7 devido a conflito no Médio Oriente

O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai abandonar a cimeira do G7 no Canadá na madrugada de hoje, um dia antes do previsto, devido ao conflito entre Israel e Irão, segundo a Casa Branca.

"Foi alcançado muito, mas devido ao que está a acontecer no Médio Oriente, o Presidente Trump vai partir esta noite [madrugada em Lisboa], após o jantar com os chefes de Estado", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nas redes sociais.

"O Presidente Trump teve um grande dia no G7, chegando mesmo a assinar um importante acordo comercial com o Reino Unido e o primeiro-ministro Keir Starmer", salientou.

Trump e Starmer assinaram hoje um acordo comercial que reduzirá as tarifas sobre os produtos de ambos os países.

O acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.

Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).

Os membros do G7 - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá - reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.

Na estância canadiana de Kananakis, nas Montanhas Rochosas, Trump tinha previsto encontros com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, e com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estavam entre os convidados.

Mark Carney, chefe do governo canadiano, será também o anfitrião do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o que foi uma surpresa depois de Trudeau o ter responsabilizado, no final de 2023, pela morte de um líder independentista `sikh` que vivia no Canadá.

Além de Zelensky, Sheinbaum e Modi, Carney convidou para Kananaskis Anthony Albanese (Austrália), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Lee Jae-myung (Coreia do Sul) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).

Os líderes do grupo chegaram domingo ao Canadá para uma reunião num contexto de guerra alargada no Médio Oriente.

A reunião decorre quando Israel e Irão se atacam mutuamente, depois de uma primeira ofensiva israelita sobre instalações do programa nuclear iraniano, na madrugada de sexta-feira, e sucessivos ataques retaliatórios de Teerão com mísseis contra cidades em Israel.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

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por Lusa

Trump insta todos os cidadãos de Teerão a "deixar imediatamente" a capital iraniana

O Presidente norte-americano, Donald Trump, lamentou esta noite que o Irão não tenha assinado o acordo nuclear a tempo e instou, através da sua rede social, que "todos devem deixar Teerão imediatamente".

"O Irão deveria ter assinado o `acordo` que eu disse para assinarem. Que vergonha, e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃO NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já o disse várias vezes! Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!", pode ler-se, na publicação na Truth Social.

Teerão, a maior cidade iraniana, tem uma população estimada de nove milhões de habitantes, segundo dados oficiais de 2021, 14 milhões, na área metropolitana.

Na segunda-feira da manhã, o Exército israelita emitiu um alerta de evacuação que afetou até 330.000 pessoas numa área do centro de Teerão que incluia a sede da TV estatal e da polícia do país, além de três grandes hospitais, incluindo um pertencente à Guarda Revolucionária iraniana. Os israelitas emitiram alertas de evacuação semelhantes para zonas civis em partes de Gaza e do Líbano antes dos ataques.

Trump participa na cimeira do G7 no Canadá, que termina hoje (terça-feira), e onde o atual conflito entre Israel e o Irão se posicionou como um dos pontos centrais da agenda.

Na segunda-feira, Trump realçou que está "em contacto constante" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a falar "com toda a gente".

O líder republicano criticou o Irão por não ter assinado um pacto nuclear dentro do prazo inicialmente concedido de dois meses.

"Dei 60 dias ao Irão, e eles disseram que não. E ao 61.º dia, viram o que aconteceu", apontou, referindo-se ao ataque israelita às instalações nucleares, militares e científicas iranianas, que matou oficiais militares e cientistas iranianos de alto nível.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém e o conflito em curso já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.

Trump manifestou na segunda-feira confiança em que o Irão acabará por assinar o pacto com Washington e considerou insensato se não o fizer. Mas evitou a questão se queria uma mudança de regime no Irão: "O que eu quero é que o Irão não tenha armas nucleares, e estamos a caminho de o conseguir".

Para o chefe de Estado norte-americano, de acordo com outras declarações feitas ao longo do dia, o Irão não está a ganhar "esta guerra" com Israel, e o regime iraniano gostaria de conversar para encontrar uma solução "antes que seja tarde demais".

A República Islâmica impôs a condição de os Estados Unidos não se juntarem ativamente aos ataques de Israel, embora assuma que Washington prestou apoio logístico a Israel, que, segundo o Pentágono, o está a ajudar a intercetar mísseis iranianos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão e negociador-chefe para o nuclear, Abbas Araghchi, frisou na segunda-feira que os ataques israelitas contra o seu país "representam um golpe" na diplomacia, durante uma chamada telefónica divulgada pelo seu ministério, com os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, do Reino Unido, David Lammy, da Alemanha, Johann Wadephul, e da União Europeia, Kaja Kallas.

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por Lusa

EUA reforçam "postura defensiva" no Médio Oriente com mais meios - Pentágono

Os Estados Unidos estão a reforçar a "postura defensiva" no Médio Oriente com "recursos adicionais", anunciou o secretário da Defesa norte-americano, após ser noticiado que o porta-aviões Nimitz navega para a região em pleno conflito Israel-Irão.

"No fim de semana, ordenei o envio de recursos adicionais para a área" que abrange o Médio Oriente, publicou o secretário da Defesa Pete Hegseth na rede social X na segunda-feira, quarto dia do conflito entre Israel e o Irão.

"Estes envios visam reforçar a nossa postura defensiva na região", afirmou o secretário norte-americano, sem especificar os meios em causa.

Dados do `site` Marine Traffic indicam que o porta-aviões norte-americano Nimitz, que navegava no mar do Sul da China, rumou na segunda-feira para oeste, em direção ao Médio Oriente, em pleno conflito entre Israel e o Irão.

O porta-aviões estava ao final do dia a transitar pelo estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Samatra e a Malásia, de acordo com a informação citada pela agência de notícias France-Presse (AFP) a partir do Marine Traffic, que acompanha a posição dos navios em todo o mundo em tempo real.

Uma receção planeada a bordo do Nimitz para sexta-feira, no âmbito da visita de quatro dias do porta-aviões a Danang, no centro do Vietname, foi cancelada, disse uma autoridade do Governo vietnamita à AFP, citando uma carta da Embaixada norte-americana.

A carta referia-se a "uma necessidade operacional emergente" apontada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos como justificação do cancelamento da visita.

Outros `sites` citados pela AFP, que rastreiam a posição das aeronaves em todo o mundo em tempo real, identificaram a movimentação de cerca de 30 aviões reabastecedores norte-americanos durante a última noite, descolando dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.

Ao mesmo tempo, o Governo norte-americano voltou a pedir aos cidadãos no Irão para abandonarem imediatamente o país ou, em alternativa, prepararem-se para longos períodos de confinamento devido ao conflito com Israel.

"Os cidadãos norte-americanos não devem viajar para o Irão por qualquer motivo e devem deixar o país imediatamente se já lá estiverem", alertou o Departamento de Estado em comunicado, recomendando que "aqueles que não puderem sair devem estar preparados para se abrigar por longos períodos".

A administração dos Estados Unidos advertiu que os cidadãos norte-americanos "enfrentam perigos graves e crescentes" na República Islâmica, com a qual os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

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Conflito israelo-iraniano. A análise de José Pedro Teixeira Fernandes

O conflito entre Israel e Irão foi analisado na RTP3 pelo professor José Pedro Teixeira Fernandes.

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Exército israelita avisa civis de que podem sair dos abrigos

Civis que foram instruídos a procurar abrigo depois de Israel ter intercetado mísseis vindos do Irão estão já autorizados a deixar essas áreas protegidas, disse o Comando da Frente Interna de Israel.
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Trump acredita que Irão vai acabar por assinar um acordo nuclear

"Como tenho dito, acho que um acordo será assinado, ou algo acontecerá, mas um acordo será assinado, e acho que seria tolo não querer assinar", disse Trump aos jornalistas à margem da cimeira do G7.
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Exército israelita anuncia interceção de mísseis

As Forças Armadas de Israel anunciaram a interceção de vários mísseis que visavam o país, enquanto o Irão afirmou ter lançado uma nova vaga de projéteis contra o adversário, no quarto dia de hostilidades entre ambos. Através do Telegram, as IDF afirmaram que "vários alvos aéreos suspeitos que atravessaram território israelita foram intercetados pela IAF (Força Aérea) em Ramat Magshimim e Haspin após o toque das sirenes às 21h56" locais.
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Teerão apela à evacuação de duas estações de televisão israelitas

"O Irão emitiu um alerta de evacuação para os canais israelitas N12 e N14. Esta decisão surge após o ataque hostil do inimigo sionista ao serviço de transmissão da República Islâmica do Irão", adiantou a televisão estatal iraniana, depois de o edifício do serviço estatal de radiodifusão do Irão (IRIB) ter sido atingido por um ataque israelita, interrompendo a transmissão em direto da emissora, informou a agência de noticias oficial iraniana.
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Irão diz que última onda de ataques contra Israel vai até ao amanhecer

É a nona onda de ataques iranianos contra Israel e deve decorrer até ao amanhecer, informou a imprensa iraniana, citando um porta-voz da Guarda Revolucionária Islâmica.
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Novo ataque do Irão: mísseis e drones a caminho de Israel

O Irão acaba de lançar novos ataques contra Israel, avança a televisão estatal do país. De acordo IRINN, este ataque dirige-se a Haifa e a Telavive, com uma série de mísseis e drones.
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Exército israelita "ataca infraestruturas de mísseis" no oeste do Irão

O Exército israelita afirma estar a atacar infraestruturas de mísseis terra-terra no oeste do Irão. As o Forças de Defesa de Israel já tinham confirmado ter atingido dois caças F-14 iranianos estacionados num aeroporto em Teerão. Segundo os militares, as aeronaves tinham como objetivo intercetar aviões israelitas e foram atacadas preventivamente.
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Ministro diz que operação israelita no Irão não terminou

Israel não concluiu as operações no Irão, de acordo com uma publicação nas redes sociais do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Sa'ar.

“Israel agirá para concluí-la”.
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Dois trabalhadores do Crescente Vermelho Iraniano foram mortos num ataque israelita em Teerão

“Este ataque ocorreu enquanto os socorristas cumpriam com as suas responsabilidades humanas mais básicas e não estavam envolvidos em nenhuma atividade militar”, disse a Sociedade do Crescente Vermelho Iraniano, numa publicação no X, juntamente com fotografias de um veículo carbonizado e muito danificado que, segundo a organização, era uma ambulância.
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Mísseis israelitas chegaram a feira aero-espacial de Paris

Os negociantes israelitas não veem razões para o seu material de guerra não ser exposto para venda na feira que está montada na capital francesa.

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Cimeira do G7 abordou conflito israelo-iraniano, guerra na Ucrânia e tarifas

Foto: Ludovic Marin - EPA

Donald Trump lamentou que a Rússia tenha sido expulsa destes encontros e admitiu a inclusão na China.

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Médicos Sem Fronteiras acusam Israel "de fazer uma carnificina em Gaza"

Foto: Reuters

Os ataques israelitas a Gaza fizeram mais de 40 mortos. Os Médicos Sem Fronteiras apelaram à União Europeia para que use a sua influência sobre Israel para pôr fim ao cerco do enclave.

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Governo prepara operação para retirar 130 portugueses de Israel

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu que pode haver riscos, já que a operação implica longas deslocações rodoviárias, o que está a levar algumas pessoas a desistir da viagem.

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Irão atacou várias cidades israelitas

Os mísseis atingiram sobretudo edifícios no centro do país, fazendo vários mortos e feridos. Apesar da destruição, em Israel há consenso sobre a necessidade de o país levar a cabo esta operação militar contra o Irão.

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Netanhyahu acredita que ofensiva israelita vai "mudar a face do Médio Oriente"

O primeiro-ministro israelita afirmou que os bombardeamentos contra o Irão atrasaram o programa nuclear iraniano "por muito, muito tempo" e defendeu que a ofensiva militar em curso vai "mudar a face do Médio Oriente".

Benjamin Netanyahu adiantou que não pretende derrubar o regime de Teerão, mas não negou que não ficaria surpreendido se isso acontecesse, nem descartou o assassínio do líder supremo iraniano, Ali Khamenei.

"Vamos fazer o que for necessário", declarou ao ser questionado sobre essa possibilidade.

Os iranianos estão a descobrir que "o regime é muito mais fraco" do que pensavam, observou Netanyahu, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel estão a eliminar os altos comandantes militares iranianos "um por um".

Israel está a mudar "a face do Médio Oriente" com os ataques ao Irão, considerou o primeiro-ministro israelita, depois de detalhar o que apresentou como uma série de sucessos desde o início da operação militar na madrugada de 13 de junho.

Netanyahu indicou ainda que as autoridades israelitas estão "bem coordenadas com os Estados Unidos", depois de a diplomacia de Teerão ter defendido que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pode parar o conflito "com um único telefonema".
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por Lusa

Teerão assegura que Trump pode travar a guerra com um telefonema

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano defendeu hoje que, se o Presidente dos Estados Unidos quiser, poderá travar a guerra entre o Irão e Israel "com um único telefonema".

"Um único telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e abrir caminho para o regresso da diplomacia", disse Abbas Araqchi numa mensagem divulgada na rede social X.

"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.

Araqchi acrescentou que o ataque israelita ao Irão e as mortes de "centenas de civis inocentes" são "um fracasso em frustrar um acordo entre o Irão e os Estados Unidos", que admitiu estar até agora "no bom caminho".

O ministro iraniano lembrou que "Netanyahu é um criminoso de guerra procurado" que "enganou um Presidente norte-americano após outro para travar guerras durante quase três décadas".

"Está a fazer com que mais um Presidente norte-americano e cada vez mais contribuintes norte-americanos pareçam completos idiotas", argumentou.

Araqchi insistiu que o seu país "não iniciou esta guerra e não quer perpetuar o derramamento de sangue", prometendo também lutar "orgulhosamente até à última gota de sangue" para proteger o território e o povo.

A mensagem é acompanhada por imagens de uma sessão com Netanyahu perante o Congresso dos EUA em 2002, na qual o primeiro-ministro israelita defendeu a necessidade de invadir o Iraque porque esse país pretendia adquirir a bomba atómica.

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Habitantes em fuga provocam grandes engarrafamentos na saída norte de Teerão

A fuga em massa de habitantes de Teerão, alvo de ataques israelitas nos últimos dias, provocou grandes engarrafamentos na saída da capital iraniana para o norte do país, segundo imagens publicadas nas redes sociais. Imagens autenticadas pela agência de notícias France-Presse (AFP), captadas a partir de um viaduto, mostram uma enorme fila de carros parados numa autoestrada na saída norte de Teerão, com quase nenhum veículo a circular em sentido contrário.
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por RTP

Defesa civil de Gaza anuncia a morte de pelo menos 20 pessoas

A Defesa Civil de Gaza declarou que 20 pessoas foram hoje mortas por ataques do exército israelita quando recolhiam ajuda humanitária no território palestiniano devastado pelos bombardeamentos, após mais de vinte meses de guerra.

“Vinte mártires e mais de 200 pessoas feridas pelos disparos da ocupação [exército israelita], algumas em estado grave, foram transferidas” para hospitais da Faixa de Gaza, disse à agência de notícias France presse (AFP) o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, acrescentando que estas pessoas estavam reunidas à margem de um local de distribuição de ajuda, cuja abertura aguardavam.

“Esperavam aceder ao centro de ajuda americana em Rafah para obter alimentos, quando a ocupação abriu fogo sobre estas pessoas esfomeadas, perto da rotunda de al-Alam”, no sul da Faixa de Gaza, disse Bassal, acrescentando que o tiroteio ocorreu entre as 05:00 e as 07:30 (02:00 e 04:30 em Lisboa).

As vítimas foram transferidas para os hospitais do sul do território palestiniano, que só estão parcialmente operacionais há vários dias devido aos combates e à escassez de material médico.
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Irão justifica ataques a Israel como "autodefesa"

O embaixador do Irão nas Nações Unidas disse ao Conselho de Segurança da ONU que os ataques contra Israel são de autodefesa e são "operações defensivas proporcionais direcionadas exclusivamente a objetivos militares e infraestrutura associada", de acordo com a Reuters.
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Matar Khamenei punha fim ao conflito, diz Netanyahu

Numa entrevista à ABC News, o primeiro-ministro israelita afirmou estar aberto a atacar o líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei. Benjamin Netanyahu respondia a uma pergunta sobre o suposto veto de Donald Trump a um plano israelita para matar Khamenei.

Netanyahu afirmou que matar Khamenei não "aumentaria o conflito", mas punha termo.

"Tivemos meio século de conflito disseminado por este regime", disse ainda o governante israelita. "A guerra eterna é o que o Irão quer."
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por RTP

Teerão pediu aos líderes dos Estados do Golfo que apelassem a Trump por ajuda para negociar um cessar-fogo com Israel

Vários líderes iranianos estão em contacto com autoridades do Catar, Arábia Saudita e Omã e terão prometido flexibilidade nas negociações nucleares, informou a Reuters, citando duas fontes iranianas e três regionais.
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Irão tenta negociações com EUA e Israel para pôr termo às hostilidades

De acordo com a Reuters, o Irão estará a tentar alcançar o fim das hostilidades e a retomada das negociações sobre os programas nucleares, enviando mensagens a Israel e aos Estados Unidos através de intermediários árabes, informou o Wall Street Journal.

Entretanto, o presidente dos EUA confirmou que o Irão está disposto a negociar e que pediu a Teerão para se sentar à mesa de negociações “antes que seja tarde demais”.

"Eles querem negociar, mas deviam tê-lo dito antes. Eu acho que o Irão não está a ganhar esta guerra e que deve negociar imediatamente, antes que seja tarde demais", defendeu Trump, lembrando que sempre apoiou Israel. "Há muito que os apoiamos fortemente. E Israel está a sair-se muito bem agora".

Questionado pelos jornalistas sobre se os Estados Unidos se envolveriam militarmente neste conflito, Trump ignorou a questão.

"Não quero falar sobre isso", limitou-se a dizer.
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EUA apelam aos cidadãos para não viajarem para território israelita

"A situação de segurança em Israel, incluindo Telavive e Jerusalém, é imprevisível", alertou o Departamento de Estado norte-americano, depois de mísseis iranianos terem sido disparados contra Israel nos últimos dias em resposta a ataques israelitas.
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por Lusa

Turquia aumenta arsenal de misséis devido a novo conflito na região

A Turquia vai aumentar o arsenal de mísseis de médio e longo alcance "para um nível dissuasor", anunciou hoje o Presidente turco, justificando que tomou esta decisão "à luz dos desenvolvimentos recentes".

Recep Tayyip Erdogan referia-se ao conflito entre Israel e o Irão, iniciado por uma vaga de bombardeamentos israelitas contra o território iraniano.

"Em pouco tempo, teremos atingido um nível de capacidade defensiva em que ninguém ousará desafiar-nos", declarou, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.

O chefe de Estado afirmou que a indústria de armamento turca atingiu um nível com capacidade para sustentar um poder dissuasor, de acordo com a agência de notícias oficial Anadolu.

"Esperamos manter o nosso país longe dos efeitos negativos das crises na nossa região", afirmou o líder turco, acrescentando que a Turquia precisa ser "política, social, económica e militarmente forte" e também autossuficiente.

Segundo Erdogan, os bombardeamentos contra alvos militares e instalações nucleares no Irão demonstram que Israel é a maior ameaça à segurança e à estabilidade no Médio Oriente.

A cada dia que passa, prosseguiu, "torna-se mais claro que o ataque [israelita] lançado sob o pretexto de atingir instalações nucleares iranianas tem objetivos muito amplos e insidiosos".

O Presidente da Turquia insistiu que as negociações são a única forma de resolver o diferendo sobre o programa nuclear iraniano.

Israel alega que o Irão está a tentar fabricar uma arma nuclear, embora a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indique não ter provas deste objetivo, ao mesmo tempo que não pode garantir que o programa iraniano seja totalmente pacífico.

Israel bombardeou o Irão na madrugada de 13 de junho, lançando ataques contra instalações militares e nucleares iranianas, que mataram lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

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por RTP

Governo israelita ameaça prender jornalistas que filmem zonas atingidas

O ministro da Segurança de Israel, Itamar Ben Gvir, acusou a imprensa internacional de "pôr vidas israelitas em perigo" com a cobertura dos ataques iranianos e ameaçou prender quem recolha imagens em zonas atingidas. Numa visita à cidade de Petah Tikva, atingida por mísseis disparados pelo Irão, o ministro de extrema-direita ameaçou os "meios de comunicação estrangeiros" que "favorecem expressões de apoio aos ataques iranianos", em declarações recolhidas pelo jornal Times of Israel.
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por RTP

Irão sente perigo de ameaça e responde a ataques contra Israel

A especialista Joana Ricarte considera que o Irão se sente ameaçado e, por isso, aumenta a probabilidade de réplicas de ataques com Israel - que diz ter intenção de desmantelar o programa nuclear iraniano.
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Israel ataca televisão estatal do Irão

Há relatos de várias explosões no edifício da televisão estatal iraniana.

A televisão iraniana foi atacada quando estava no ar com uma apresentadora a dar notícias.
A apresentadora foi surpreendida com uma explosão e abandonou de imediato o estúdio.

A explosão provocou uma nuvem de fumo. O edifício está em chamas neste momento e a emissão está suspensa. Há relatos de várias explosões no edifício da televisão estatal iraniana.


Israel já tinha emitido um alerta para a evacuação da zona da capital iraniana onde se encontram os estúdios de TV, uma hora antes dos ataques.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que a emissora IRIB estava "à beira do desaparecimento" depois de o Exército ter emitido o aviso de evacuação.

"O porta-voz da propaganda e incitação iraniana está à beira do desaparecimento. A retirada dos residentes próximos já começou", declarou Katz em comunicado, esta segunda-feira.
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por RTP

Israel volta a atacar Teerão

O Exército israelita lançou um novo ataque aéreo no oeste de Teerão, contra alegados alvos militares iranianos, após ter emitido um aviso aos civis de retirada das zonas visadas. As defesas antiaéreas iranianas foram ativadas no seguimento de ataques a oeste da capital iraniana, especificamente nas zonas montanhosas de Bagheri e Chitgar, segundo a agência de notícias estatal ISNA.

Entretanto, o Irão avisou os residentes de Telavive para abandonarem imediatamente as partes da cidade onde existem infraestruturas militares devido à possibilidade de novos ataques, segundo a imprensa iraniana.

"Nas próximas horas, as Forças Armadas empreenderão ações nesta zona para atacar infraestruturas militares do regime sionista, tal como fizeram nos últimos dias nos arredores de Telavive", indicou num comunicado a Guarda Revolucionária, que foi divulgado pelo canal de televisão público Kan.
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Israel apela aos residentes para abandonarem uma zona no nordeste de Teerão

Na tarde desta segunda-feira, o exército israelita apelou aos habitantes de uma zona a nordeste de Teerão para que abandonassem a zona, na expetativa de ataques contra "infraestruturas militares pertencentes ao regime iraniano".

"Nas próximas horas, as forças armadas israelitas vão atuar na zona (...) para atingir as infraestruturas militares pertencentes ao regime iraniano. Cidadãos de Teerão, para vossa própria segurança, por favor abandonem (esta) zona do terceiro distrito", declarou o coronel Avichay Adraee, porta-voz do exército israelita, numa mensagem no Telegram em persa acompanhada de um mapa que mostra a zona a evacuar a vermelho.
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Rússia diz que o Irão está a exercer o seu direito de autodefesa contra Israel

A Rússia acredita que o Irão está a exercer o seu direito de se defender contra um ataque de Israel, disse na segunda-feira o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sergei Ryabkov. As agências noticiosas russas citaram também Ryabkov como tendo dito que a Rússia estava a discutir a crise com os Estados Unidos, bem como a manter contactos com Israel e com o Irão.
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França e os europeus prontos a ajudar Israel na sua luta contra o Irão

Os europeus, liderados pela França, que há meses criticam a política do Governo israelita em Gaza, dizem agora estar prontos a ajudar Israel na sua luta contra o Irão, correndo o risco de confundir as suas posições.

Na sexta-feira, dia do ataque israelita ao Irão, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França poderia participar nas “operações de proteção e defesa” de Israel, caso Teerão “retaliasse” contra os ataques israelitas no seu território.

No sábado, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciou que a Grã-Bretanha iria enviar “recursos” para o Médio Oriente, “incluindo aviões de combate, como parte do apoio de emergência” a Israel.

No domingo, o chanceler alemão Friedrich Merz tomou posição, sublinhando que o Irão “nunca deverá ter armas nucleares”.
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por RTP

Teerão acusa israelitas da morte de 45 crianças e mulheres

O Irão acusou hoje Israel de ter matado 45 crianças e mulheres desde que iniciou a ofensiva militar contra a República Islâmica na sexta-feira, 13 de junho.

“Quarenta e cinco crianças e mulheres foram mortas nos ataques israelitas e 75 dos feridos são também mulheres e crianças”, disse a porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, citada pelos meios de comunicação social do Irão.

Mohajerani não deu o número total de mortos nos ataques, mas o Ministério da Saúde iraniano divulgou no domingo um balanço de 224 mortos e 1.257 feridos em todo o país, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O Irão respondeu aos ataques com o disparo de mísseis contra Israel que causaram 24 mortos, de acordo com as autoridades israelitas.
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Situação dramática em Gaza
por RTP

MSF implora à UE que aumente a pressão sobre Israel

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigiram que a União Europeia pare com a sua “retórica vazia” sobre a situação dramática em Gaza e tome medidas concretas para pôr fim aos crimes de guerra de Israel no território palestiniano.

O apelo assume a forma de uma carta aberta dirigida aos líderes dos Estados-Membros da UE e aos chefes das instituições da União Europeia, uma vez que o assunto deverá constar da ordem de trabalhos de uma reunião ministerial na próxima segunda-feira.

De acordo com uma cópia enviada à imprensa, a carta insta-os a abrir o acesso à ajuda humanitária vital para os palestinianos em Gaza, porque o atual bloqueio “não é uma medida de segurança legítima, é um crime de guerra”.

As evacuações médicas também devem ser intensificadas, de acordo com a MSF, que estima que “cerca de 13 mil pessoas, incluindo mais de 4.500 crianças, ainda estão em necessidade urgente”.

“A União Europeia e muitos dos seus líderes optaram recentemente por repreender Israel, mas estas palavras soam vazias porque não estão a tomar as medidas concretas necessárias para pôr fim ao massacre”, lê-se na carta.

Os MSF condenam o facto de os países europeus (não citados) "continuarem hipocritamente a fornecer a Israel armas que matam, queimam ou incapacitam permanentemente as pessoas que chegam aos nossos hospitais. Isto tem de acabar".
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por RTP

Força israelita mata 20 pessoas que aguardavam ajuda humanitária

A agência de defesa civil de Gaza disse que as tropas israelitas mataram 20 pessoas que esperavam para recolher alimentos esta segunda-feira, o último incidente mortal perto de um centro de ajuda apoiado pelos Estados Unidos no sul do território palestiniano, avança a AFP.

O porta-voz da defesa civil, Mahmud Bassal, disse que “as forças de ocupação (israelitas) abriram fogo” perto da rotunda de Al-Alam, na cidade de Rafah, no sul do país, onde muitas pessoas estavam à espera de chegar a um local de distribuição de ajuda.

Bassal disse que “20 mártires morreram e mais de 200 feridos por tiros da ocupação” foram levados para hospitais próximos.



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Afirma Benjamin Netanyahu
por RTP

"Estamos no caminho da vitória" e "controlamos os céus de Teerão"

O primeiro-ministro israelita afirmou que o país “está no caminho da vitória” e que a força aérea israelita “controla os céus de Teerão”.

“Estamos a caminho de alcançar os nossos dois principais objetivos: eliminar a ameaça nuclear e eliminar a ameaça dos mísseis", acrescentou Netanyahu.

O chefe do governo israelita revelou ainda que avisou “os cidadãos de Teerão” para abandonarem a capital iraniana.
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Momento-Chave
por RTP

Companhia aérea israelita prolonga suspensão dos voos até 23 de junho

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por RTP

Paquistão encerra postos fronteiriços com o Irão

O Paquistão encerrou os cinco postos fronteiriços com o Irão até nova ordem, depois de os ataques israelitas terem lançado uma nova vaga de violência com a República Islâmica, anunciaram hoje as autoridades paquistanesas.

“As passagens fronteiriças nos cinco distritos foram suspensas”, disse Qadir Bakhsh Pirkani, um alto funcionário do Balochistão, a província paquistanesa que faz fronteira com o Irão.

Os postos fronteiriços em causa são os de Chaghi, Washuk, Panjgur, Kech e Gwadar.

O movimento de pessoas “foi suspenso até novo aviso”, disse Atta ul Munim, um executivo do terminal de Chaghi, à agência de notícias France-Presse (AFP).

“Mas o comércio continua”, acrescentou a mesma fonte.
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por RTP

Médio Oriente. Governo assegura que está a fazer tudo para garantir segurança dos portugueses

Foto: Ammar Awad - Reuters

O Ministério dos Negócios Estrangeiros assegura que está a fazer tudo para garantir a segurança dos portugueses que estão em Israel e no Irão, mas também dos que se encontram noutros países da região. É o caso dos 37 turistas que estão na Jordânia.

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por RTP

Conflito israelo-iraniano. "Às vezes é preciso lutar", afirma Trump

Foto: Jim Lo Scalzo - EPA

O presidente norte-americano espera que Israel e o Irão consigam negociar um acordo, mas diz que às vezes é "preciso lutar primeiro".

Donald Trump está a caminho da cimeira do G7, que este ano está ensombrada por vários conflitos mundiais, lembrados pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.

A presidente da Comissão Europeia, também presente na cimeira, sublinha que Israel tem o direito de se defender e que o Irão é a principal fonte de instabilidade na região.
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por RTP

Intensifica-se a troca de bombardeamentos entre Israel e Irão

Foto: Atef Safadi - EPA

Nas últimas horas, aumentou o número de mortos de ambos os lados. Teerão atacou várias cidades israelitas, danificando vários edifícios, entre as quais a embaixada norte-americana. Telavive também atingiu várias zonas do Irão.

Há notícias de que um hospital ficou danificado.
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"Estão todos bem"
por RTP

Governo organiza operação para repatriar portugueses

O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que o governo está a preparar um programa para trazer os portugueses que se encontram nos países envolvidos no conflito do Médio Oriente. O Governo não revela detalhes da operação por razões de segurança, mas Paulo Rangel afirma que “todos os portugueses estão bem”.
Segundo o governante, há cidadãos nacionais no Irão, Israel e Jordânia que estão em trânsito, ou de férias ou em trabalho e “que ficaram sem aviões”. Para já, o executivo está apenas a repatriar os “portugueses que querem sair”.

A operação implica deslocações rodoviárias e por avião. “A diplomacia esteve ativa este fim de semana”, segundo Paulo Rangel que frisa que esta é uma “situação muito complexa”, e que o Governo não “deve revelar detalhes”.

Nesta altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a contactar os 130 portugueses que estão em Israel, sendo que falta contactar com alguns.

“São operações que exigem tratar cada pessoa, uma a uma”, esclareceu. 

A situação "mais complexa" era a do Irão, sublinhou Paulo Rangel. "Já saíram ontem (domingo), por nossa mão, por terra, quatro portugueses para o Azerbaijão. Entretanto já tinha saído um pela Turquia, ainda três expatriados que estão, mas que têm meios próprios para regressar", detalhou.

"Depois, a segunda mais complexa é obviamente a dos cidadãos que estão em Israel. Tivermos 130 pedidos de repatriamento, uma parte muito importante de cidadãos que estavam em trânsito ou que estão a fazer turismo, ou que estavam em trabalho e que obviamente ficaram sem aviões", adiantou o ministro.
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por RTP

Golpe no programa nuclear iraniano

A dimensão sem precedentes do ataque israelita de sexta-feira, para impedir o Irão de adquirir uma bomba atómica, infligiu um golpe no seu programa nuclear, embora o impacto ainda não seja definitivo, segundo especialistas entrevistados pela AFP.

O centro-piloto de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do país, foi “destruído” na sua parte acima do solo, assim como as infraestruturas elétricas, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), citando informações das autoridades iranianas.

Por outro lado, “não há qualquer indicação de que tenha havido um ataque físico ao pavilhão subterrâneo” que alberga a central principal, afirmou o organismo da ONU na segunda-feira. No entanto, “o corte de energia pode ter danificado” os milhares de centrifugadores aí instalados.

Os danos, confirmados por imagens de satélite, são “significativos”, de acordo com um relatório do Instituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS), uma organização norte-americana especializada em proliferação nuclear.

A outra instalação de enriquecimento, Fordo, a sul da capital iraniana, também foi atingida, mas “não foram observados danos”, segundo a AIEA.

Na central nuclear de Esfahan (centro do Irão), foram atingidos quatro edifícios: o laboratório químico central, uma instalação de conversão de urânio, a instalação de fabrico de combustível para o reator de investigação de Teerão e uma instalação em construção.

Pensa-se que o complexo contém grandes reservas de urânio altamente enriquecido.

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por RTP

Putin e Erdogan apelam "à cessação imediata das hostilidades"

O presidente russo e o presidente turco condenaram o "ato de força" de Israel contra o Irão e pediram o fim imediato das hostilidades, numa conversa telefónica na segunda-feira, informou o Kremlin.

"Ambos os lados expressaram preocupação com a escalada contínua do conflito, que já causou um grande número de vítimas e está repleto de graves consequências a longo prazo para toda a região", afirmou um comunicado do Kremlin.

"Os líderes manifestaram-se a favor do fim imediato das hostilidades e da resolução de questões contenciosas, incluindo aquelas relacionadas ao programa nuclear iraniano”. Pedem que isso se consiga exclusivamente por meios políticos e diplomáticos.

A presidência turca reiterou também que Erdogan repetiu a sua visão de que a única solução para a crise é o retorno a conversações sobre a questão nuclear.

Erdogan acusou Israel de “colocar em perigo a segurança de toda a região”. 

Os dois lados concordaram em manter uma cooperação estreita, afirmou o comunicado enviado.
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Ataque israelita a hospital
por RTP

Irão fala em "crime de guerra"

O Irão acusou esta segunda-feira Israel de atacar um hospital no oeste do país, denunciando um “crime de guerra”.

“O hospital Farabi, situado na cidade de Kermanshah, no oeste do Irão, foi alvo dos ataques agressivos do regime israelita”, declarou o porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Esmaïl Baghaï. “O ataque a hospitais, para além dos ataques a zonas residenciais, é uma violação flagrante do direito internacional e um crime de guerra”, acrescentou.
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por Lusa

Bundesbank alerta para risco de choque petrolífero

O presidente do Bundesbank alertou hoje para os riscos de um choque petrolífero ligado ao conflito entre Israel e o Irão, instando a zona euro a não relaxar a política monetária, apesar de a inflação ter regressado a 2%.

As consequências dos ataques entre os dois países, que se intensificaram durante o fim de semana, "permanecem incertas", enquanto um conflito prolongado "poderia provocar uma subida acentuada do petróleo" e "perturbar as nossas previsões" para a inflação e o crescimento, afirmou Joachim Nagel num discurso em Frankfurt.

Os preços do petróleo subiram apenas ligeiramente hoje de manhã, depois de terem disparado até 13% na sexta-feira, quando ocorreram os primeiros ataques de Israel ao Irão.

Por volta das 7:20 TMG, o preço do barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subia 1,15%, para 73,82 dólares, e o barril de petróleo Brent do Mar do Norte subia 0,99%, para 74,97 dólares.

Em maio, a inflação na zona euro caiu para 1,9%, de acordo com a primeira estimativa do Eurostat, confirmando a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir as taxas de juro em junho, pela oitava vez num ano.

O instituto também baixou as previsões de inflação para 2025 (2,0%) e 2026 (1,6%), precisamente devido à queda dos preços da energia e a um euro mais forte.

No entanto, os riscos acrescidos em caso de uma escalada prolongada no Médio Oriente, associados às tensões comerciais ainda não resolvidas com os Estados Unidos, tornam "imperativo" que o Banco Central Europeu se mantenha "flexível", sem se comprometer com "uma nova redução das taxas ou uma pausa prolongada", de acordo com Nagel, conhecido pela sua posição monetária ortodoxa.

Em junho, o BCE reduziu a principal taxa de depósito para 2,0%, um nível que já não é considerado restritivo, após um máximo de 4,0% em 2023, para travar a subida dos preços na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Embora a presidente do BCE, Christine Lagarde, tenha reafirmado que cada decisão sobre as taxas será tomada "reunião a reunião", em função da evolução dos dados, falou também do "fim de um ciclo monetário", e os especialistas esperam uma pausa nos cortes das taxas na próxima reunião da instituição, no final de julho.

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Entre Israel e Irão
por RTP

Erdogan diz estar disposto a desempenhar um “papel de facilitador” para pôr fim ao conflito

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse ao seu homólogo iraniano Massoud Pezeshkian, esta segunda-feira, que está disposto a desempenhar um “papel de facilitador” para pôr fim ao conflito entre Israel e Teerão, segundo a Presidência turca.
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Para a Jordânia
por RTP

Israel deportou os últimos passageiros do Selfie Yacht

Israel deportou para a Jordânia os três últimos passageiros do barco com destino a Gaza, incluindo dois cidadãos franceses que tentaram chegar ao território palestiniano na semana passada, anunciou esta segunda-feira o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros.

“As três últimas pessoas que se encontravam a bordo do Selfie Yacht foram transferidas esta manhã (segunda-feira) para a Jordânia através da passagem de Allenby”, declarou o ministério em comunicado, acrescentando que se tratava de dois franceses e um holandês.

Um total de doze pessoas (seis franceses, um alemão, um brasileiro, um turco, um sueco, um espanhol e um holandês) que partiram de Itália a 1 de junho a bordo do veleiro Madleen para “quebrar o bloqueio israelita” a Gaza foram detidas a 9 de junho, depois de Israel ter abordado o barco em águas internacionais a cerca de 185 quilómetros da costa de Gaza.

A sueca Greta Thunberg, um ícone da luta contra as alterações climáticas, e três outros passageiros aceitaram ser deportados imediatamente. Oito outros foram detidos pelas autoridades israelitas, antes de comparecerem perante um tribunal de imigração e serem deportados.
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por RTP

Ataque israelita danifica hospital no oeste do Irão

Os meios de comunicação social iranianos afirmaram que um hospital no oeste do país foi seriamente danificado após um ataque israelita na área na segunda-feira, noticiou a AFP que cita a agência noticiosa Tasnim.
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por RTP

Rússia pronta para mediar acordo entre Israel e Irão

A Rússia continua pronta a agir como mediadora no conflito entre Israel e o Irão, e as anteriores propostas de Moscovo para armazenar urânio iraniano na Rússia continuam em cima da mesa, disse o Kremlin na segunda-feira, avança a AFP.

As anteriores propostas da Rússia para resolver o conflito continuam em cima da mesa, mas o início das hostilidades complicou a situação, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
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por Gonçalo Costa Martins, Rosa Azevedo - Antena 1

Hotéis tornam-se abrigos para moradores de edifícios atingidos em Israel

Foto: Atef Safadi - EPA

Por causa dos sucessivos ataques, em Israel, as escolas estão fechadas, tal como muitos outros serviços. Os hotéis são um dos poucos edifícios que se mantêm de portas abertas e que acolhem desalojados.

Depois da destruição provocada por mísseis do Irão na cidade de Bat Yam, na escalada de ataques que os países mantêm desde a madrugada de sexta-feira, cerca de 200 moradores de alguns edifícios vieram para o hotel onde o luso brasileiro Ivo Jacome é gerente.

"Lamentavelmente essas pessoas estão desabrigadas e um dos hotéis que está a receber esses evacuados é justamente o nosso", descreve à Antena 1.

A unidade hoteleira em Telavive está praticamente cheia desde o fim-de-semana e assim deve continuar por causa do fecho do espaço aéreo: "O nosso hotel é mais voltado para homens de negócio e muitos tiveram de estender a sua estadia".

Quem fica teve de se habituar à rotina dos abrigos que existem em cada piso do hotel onde trabalha Ivo Jacome. 

Quando são emitidos alertas, "todas as pessoas são instruídas a entrar e a ficar até nova ordem". 

Apesar do ambiente de guerra que o país tem vivido com o Hamas desde 2023, a escalada de violência com o Irão trouxe a Israel uma onda de ataques, iniciada pelo país e com resposta nunca antes vista, levando o português David Pina a querer deixar o país onde vivia há oito anos. 

"Desta vez as defesas aéreas não conseguem dar conta da situação sozinhas", afirma, contando que "não há nada como ouvir o som de um míssil balístico a passar por cima de sua casa para ter uma compreensão distinta da vida". 

David Pina e a esposa viajaram para norte da capital Telavive, de onde quer sair, não podendo contar com voos e não tendo sido ainda contactado pelo Estado Português. 
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Nos aeroportos iranianos
por RTP

Voos civis cancelados até terça-feira

A organização da Aviação Civil do Irão revelou que os cancelamentos de voos foram prolongados até às 02h00 horas locais de terça-feira (23h30 de segunda-feira em Lisboa).
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por RTP

Conflito israelo-iraniano. Escombros também em Telavive

Ronen Zvulun - Reuters

A escalada de ataques entre Israel e o Irão entra no quarto dia e o sistema de defesa antiaérea israelita Cúpula de Ferro não está a travar todos os mísseis. Em Telavive, equipas de bombeiros procuram sobreviventes entre os escombros dos edifícios atingidos.

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Momento-Chave
"Um terço"
por RTP

Forças de Defesa de Israel fazem contas aos danos em lançadores iranianos

Segundo as chefias militares do Estado hebraico, as Forças de Defesa de Israel terão já destruído "um terço" dos lançadores de mísseis terra-terra.

“Mais de 50 caças e outros aparelhos de combate levaram a cabo ataques e destruíram mais de 120 lançadores de mísseis terra-terra. Isto perfaz um terço dos lançadores de mísseis terra-terra do regime iraniano", afirmou o brigadeiro-general Effie Defrin, porta-voz militar.
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Katz emenda a mão
por RTP

"Não há intenção de magoar fisicamente os residentes de Teerão"

Num recuo face a uma declaração anterior, o ministro israelita da Defesa vem agora afirmar que o Estado hebraico não tem a intenção de atingir deliberadamente os residentes de Teerão.

"Quero clarificar o óbvio: não há intenção de magoar fisicamente os residente de Teerão como o ditador assassino faz aos residentes de Israel", corrigiu-se Israel Katz.

Pouco antes, o mesmo governante dissera que "os residente de Teerão" teriam de "pagar o preço".
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por Lusa

Bolsas europeias em alta apesar do conflito no Médio Oriente e pendentes da Fed

Reuters

As principais bolsas europeias abriram hoje em alta, apesar do conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão, e pendentes da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), cuja decisão será anunciado na quarta-feira.

Cerca das 09:10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,11% para 545,55 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,22%, 0,51% e 0,19%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se valorizavam 0,74% e 0,5%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:10 o principal índice, o PSI, também avançava, 0,54% para 7.516,04 pontos, contra o novo máximo desde 06 de maio de 2014, de 7.527,31 pontos verificado em 12 de junho.

Na agenda de hoje, a zona euro divulgará os custos laborais do primeiro trimestre em termos homólogos, enquanto nos EUA, a Fed de Nova Iorque divulgará o inquérito à indústria transformadora de junho.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) apresentará também o relatório mensal de junho sobre a oferta e a procura de petróleo bruto, coincidindo com a forte subida dos preços devido aos ataques de Israel às instalações nucleares do Irão.

O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em agosto está a subir 0,44% a esta hora e o preço do barril situa-se em 74,58 dólares, embora tenha subido mais de 7% no mercado de futuros de Londres, com receios de uma interrupção do fornecimento de petróleo do Médio Oriente após os ataques de Israel ao Irão.

O West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, sobe 0,76% e está a ser negociado a 71,82 dólares por barril, antes da abertura oficial do mercado.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,26%, enquanto o índice de referência da Bolsa de Xangai ganhou 0,35% e o de Shenzhen subiu 0,41%.

O Banco do Japão (BoJ) iniciou hoje a reunião de política monetária de dois dias, na qual muitos analistas esperam que mantenha as taxas de juro e que possa abrandar a redução das compras de obrigações do Estado.

Wall Street fechou na passada sexta-feira com uma queda de mais de 1% nos seus indicadores, depois dos ataques cruzados entre Israel e o Irão, que geraram volatilidade nos mercados, fazendo disparar o preço do petróleo e elevando o preço do ouro para máximos históricos.

O Dow Jones terminou a baixar 1,79% para 42.197,79 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a recuar 1,30% para 19.406,83 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

A esta hora, os futuros de Wall Street estão a subir 0,26% para o Dow Jones Industrials, 0,36% para o S&P 500 e 0,44% para o Nasdaq.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, avançavam para 2,576%, contra 2,533% na sessão anterior.

Já o ouro por onça troy, um ativo de refúgio, estava a descer para 3.413,95 dólares, mas contra 3.432,34 dólares na sexta-feira, um novo máximo histórico.

O euro avançava para 1,1577 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1549 dólares na sexta-feira, um novo máximo desde 09 de novembro de 2021.

 

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"Posição firme"
por RTP

Irão insta AIEA a condenar ataques israelitas a instalações nucleares

"Esperamos que o Conselho de Governadores da AIEA e o diretor-geral tomem uma posição firme de condenação deste ato e de chamar o regime [israelita] à responsabilidade", frisou o porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei, em conferência de imprensa.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, adiantou esta segunda-feira não haver sinais de danos adicionais nas instalações de enriquecimento de urânio de Natanz e Fordow, visadas pelas Forças de Defesa de Israel.

"A agência está e vai continuar presente no Irão. As inspeções de salvaguarda no Irão vão continuar assim que as condições de segurança o permitirem, tal como é requerido pelas obrigações ao abrigo do Tratado de Não-Proliferação do Irão", enfatizou Grossi em comunicado.
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Musiyan
por RTP

Novo ataque israelita no oeste do Irão

A agência iraniana Tasnum noticia um novo bombardeamento da máquina de guerra israelita sobre Musiyan, na província ocidental de Ilam: "O regime sionista atacou brutalmente o edifício dos bombeiros".
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Novo balanço
por RTP

Número de mortos após última vaga de bombardeamentos do Irão sobe para oito

Há agora notícia de pelo menos oito mortos e mais de 90 feridos em território israelita, na sequência da mais recente vaga de bombardeamentos com mísseis do Irão sobre várias cidades do Estado hebraico. O balanço está a ser avançado pela rádio do Exército israelita.
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por Carlos Santos Neves - RTP

Vaga de mísseis do Irão atinge várias cidades em Israel

Shir Torem - Reuters

As estruturas militares iranianas voltaram a bombardear com mísseis, durante a noite de domingo para segunda-feira, várias cidades israelitas, causando pelo menos oito mortes e mais de 90 feridos.

Imagens da France-Presse captadas em Telavive mostram edifícios devastados e equipas de bombeiros à procura de sobreviventes entre os escombros. Os projéteis iranianos visaram ainda as cidades de Petah Tikva e Bnei Brak, próximas de Telavive, indica a agência noticiosa francesa.De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, a embaixada norte-americana em Telavive sofreu "pequenos danos". A representação diplomática vai permanecer encerrada.

A partir de Teerão, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, exortou no Parlamento à unidade da população, que, nas suas palavras, deve manter-se "forte contra a agressão criminosa genocida".

Em Jerusalém, o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, veio, por sua vez, avisar que o povo de Teerão "pagará o preço" dos ataques contra civis do Estado hebraico.

A Guarda revolucionária garante que a vaga de bombardeamentos da última madrugada permitiu "que os mísseis atingissem com êxito alvos" em solo israelita. Isto "apesar do apoio total dos Estados Unidos e das potências ocidentais" a Israel.As sirenes ecoaram durante a noite em Jerusalém, de onde saíram relatos de "fortes explosões". 

Haifa, no norte de Israel, foi igualmente vista por mísseis iranianos, que ali atingiram a maior refinaria de petróleo do país, causando um incêndio.

Os mísseis israelitas visaram Teerão, onde as defesas aéreas foram também acionadas. Terão sido atingidos centros de comando da Força Qods, unidade de elite da Guarda Revolucionária. A Força Aérea do Estado hebraico atingiu ainda "dezenas" de plataformas de mísseis superfície-superfície e outras instalações militares no oeste do Irão.

A escalada do conflito, espoletada por um ataque israelita a instalações nucleares, fez já 224 mortos e feriu mais de mil pessoas no Irão. No flanco israelita, pelo menos 18 pessoas morreram e quase 400 ficaram feridas desde a passada sexta-feira.

c/ agências

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"Imediatamente"
por RTP

Pequim apela à contenção entre israelitas e iranianos

A diplomacia chinesa exorta as partes a encetarem "imediatamente" passos para reduzir tensões.

"Exortamos todas as partes a tomarem imediatamente medidas para arrefecer as tensões, evitar que a região caia em grande turbulência e criar condições para o regresso ao caminho correto de resolver questões através de diálogo e negociações", declarou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun.
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Cinco mortos e 92 feridos
por RTP

Serviço israelita Magen David Adom avança com balanço de vítimas de novo ataque iraniano

Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 92 ficaram feridas, esta segunda-feira, em consequência da última vaga de mísseis disparados contra solo israelita a partir do Irão. O balanço é do serviço de emergência de Israel, citado pela agência France-Presse.Nas últimas horas foram lançados mísseis contra Jerusalém, Haifa e Telavive.

Os bombardeamentos abateram-se sobre quatro alvos no centro de Israel. Entre as vítimas, ainda de acordo com o Magen David Adom, haverá "duas mulheres e dois homens com cerca de 70 anos de idade".

"Até ao momento, as equipas do MDA transportaram 92 feridos para hospitais, incluindo uma mulher de 30 anos em situação séria com ferimentos faciais, seis em condição moderada e 85 e, situação leve".
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Escalada verbal
por RTP

Ministro israelita da Defesa avisa que iranianos "vão pagar o preço"

Israel Katz veio já esta segunda-feira afirmar, na sequência de nova vaga de bombardeamentos iranianos noturnos, que os "residentes de Teerão" vão "pagar o preço" de ataques sobre civis israelitas.

"O ditador fanfarrão de Teerão transformou-se num assassino cobarte, disprando deliberadamente contra a frente interna de Israel numa tentativa de deter a contínua ofensiva que está a danificar as suas capacidades", escreveu o ministro israelita da Defesa no Telegram, para acrescentar que "os residentes de Teerão vão pagar o praço - e em breve".
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por Lusa

Israel anuncia lançamento de nova salva de mísseis iranianos sobre Jerusalém

Ammar Awad - Reuters

O exército israelita anunciou esta segunda-feira a deteção de uma nova salva de mísseis lançados pelo Irão, que a defesa antiaérea estava a tentar intercetar, mas várias explosões foram ouvidas em Jerusalém.

"Há pouco tempo, o exército identificou mísseis lançados do Irão em direção ao território do Estado de Israel" e "os sistemas de defesa estão ativados para intercetar a ameaça", declarou o exército em comunicado, instando a população "a dirigir-se para uma zona protegida e aí permanecer até nova ordem".

A AFP testemunhou a ocorrência de fortes explosões ao início desta madrugada em Jerusalém.

As hostilidades abertas entre Israel e o Irão entram hoje no quarto dia sem sinais de abrandamento, alimentando o receio de uma guerra mais vasta na região rica em petróleo.

O Irão disparou várias vagas de drones e mísseis nas últimas 24 horas, enquanto Israel atingiu a capital da República Islâmica, Teerão, matando mais um importante oficial militar, o chefe dos serviços de informações.

Desde sexta-feira, 224 pessoas foram mortas no Irão, de acordo com o governo do país, que afirmou que os civis constituem a maioria das vítimas. Os ataques iranianos causaram a morte de 14 pessoas e cerca de 400 feridos, segundo os serviços de emergência israelitas.

As tensões entre os dois países explodiram em conflito direto na sexta-feira, quando Israel lançou ataques de surpresa contra instalações militares e nucleares iranianas. Desde então, a guerra tem-se pautado pela superioridade aérea israelita e expôs as limitações de uma capacidade de resposta eficaz de Teerão.

As forças apoiadas pelo Irão na região têm igualmente sido largamente dissuadidas pela ação israelita.

O conflito aberto surgiu quando Irão e Estados Unidos estavam há semanas a negociar um acordo sobre o programa nuclear iraniano.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmo no domingo que o Irão e Israel "devem chegar a um acordo e vão chegar a um acordo". "Teremos PAZ, em breve, entre Israel e o Irão!", afirmou na sua rede social Truth Social. "Muitos telefonemas e reuniões estão a ter lugar", acrescentou.

Em seguida, Trump disse, em comentários à comunicação social, que "mas às vezes eles têm que lutar".

Jerusalém, segundo o chefe do Governo israelita, está envolvida numa "campanha existencial", na expressão de Benjamin Netanyahu ao visitar o local de um ataque com mísseis na cidade costeira de Bat Yam, também no domingo.

"O Irão vai pagar um preço muito elevado por assassinar deliberadamente os nossos cidadãos, mulheres e crianças", ameaçou.

A troca de acusações pesou nos mercados financeiros, com as ações da Arábia Saudita, do Egito e do Qatar a caírem no domingo. A libra egípcia enfraqueceu cerca de 1,8%, para mais de 50 por dólar no comércio local. As ações das empresas israelitas subiram, lideradas pela empresa de defesa Elbit Systems Ltd.

A cautela dos investidores noutros locais também foi visível no reinício das negociações esta manhã na Ásia, embora a magnitude dos movimentos fora do setor da energia tenha permanecido relativamente contida.

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Ponto de situação
por RTP

G7 aborda escalada ao quarto dia do conflito entre Israel e Irão

  • A escalada do conflito entre Israel e o Irão, seguida da guerra na Ucrânia e da economia global: são estes os principais temas da cimeira do G7, que tem início esta segunda-feira nas Montanhas Rochosas do Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja esperada presença em território canadiano tem sido localmente critica, tentará testar as relações dos Estados Unidos com aliados tradicionais;


  • Donald Trump escreveu na sua rede, Truth Social, que “em breve” haverá paz entre Israel e Irão, afirmando ainda que estão a decorrer muitos contactos nesse sentido. O presidente norte-americano terá vetado um plano israelita para eliminar o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, segundo dois responsáveis de Washington citados pela agência Reuters;


  • Os três turistas portugueses que se encontravam no Irão já saíram deste país. Ao início da manhã desta segunda-feira estavam a caminho do Azerbaijão por via terrestre. Um outro grupo de 37 portugueses em viagem turística à Jordânia ficou retido em Amã. Este grupo tinha voo previsto para domingo, mas foi reagendado para a próxima noite;


  • O Irão rejeita negociações de cessar-fogo enquanto perdurarem os ataques israelitas. As autoridades de Teerão fizeram saber aos mediadores de Catar e Omã que a retaliação iraniana só vai parar quando Telavive cessar os ataques;


  • O Ministério da Saúde do Irão deu conta de pelo menos 224 mortos e mais de mil feridos nos últimos três dias. Noventa por cento são civis;


  • O Governo iraniano confirmou a morte do chefe dos serviços de informações da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi;


  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reitera que não vai aceitar um cessar-fogo enquanto a máquina de guerra do Estado hebraico não destruir a capacidade nuclear do regime dos ayatollahs. Telavive e Teerão intensificaram os ataques e contra-ataques a alvos militares e estratégicos, que fizeram já14 mortos no flanco israelita. Há notícia de pelo menos três pessoas dadas como desaparecidas e centenas de feridos;


  • “O Irão vai pagar um preço muito pesado pelo assassínio de civis, mulheres e crianças”, ameaçou no domingo o chefe do Governo israelita, ao visitar um local visado pelos projéteis iranianos;


  • Na rede social X, as Forças de Defesa de Israel adiantam que o Comando da Frente Interna deu instruções aos residentes do país para que continuem a procurar espaços protegidos: “O movimento em áreas abertas deve ser minimizado e os ajuntamentos devem ser evitados. Após um alerta, entrem em espaço protegidos e permaneçam aí até novo anúncio oficial;


  • A alta representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas pediu uma reunião por videoconferência dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco para discutir o conflito israelo-iraniano, “face à gravidade da situação no Médio Oriente”;


  • A agência iraniana Tasnim noticiou que as forças de segurança do país terão descoberto instalações secretas para a produção de drones em Shahr-e Ray, a sul de Teerão. O local terá sido usado por agentes israelitas.
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Momento-Chave
por RTP

Guerra entre Israel e Irão deverá dominar cimeira do G7 no Canadá

Foto: Chris Helgren - Reuters

Os perigos da escalada do conflito entre Israel e o Irão, a situação na Ucrânia e a economia global são os grandes temas da cimeira do G7 que vai decorrer no Canadá.

Donald Trump vai testar também a relação entre os Estados Unidos e os aliados tradicionais.

Reportagem dos correspondentes nos Estados Unidos, Cândida Pinto e Ricardo Guerreiro.
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Momento-Chave
por RTP

Telavive e Teerão intensificaram os ataques

Foto: Hamid Amlashi - WANA via Reuters

Ao terceiro dia de bombardeamentos, o Irão deixou claro que só admite interromper os ataques se Israel fizer o mesmo.

O primeiro-ministro israelita insistiu, por sua vez, que a ofensiva só terminará com a destruição de toda a capacidade iraniana de produzir armas nucleares.

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Momento-Chave
por RTP

População iraniana já está a abandonar o país através da Turquia

Foto: Hamid Amlashi/WANA via Reuters

Os últimos ataques iranianos atingiram mais cidades israelitas e provocaram muitas mortes e dezenas de feridos. As equipas de resgate e socorro estão desde a madrugada a tentar ajudaram as vitimas.

No Irão, a população começou já a abandonar o país através da fronteira com a Turquia.
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Momento-Chave
por RTP

Fundo europeu de defesa. Empresa israelita recebe 15 milhões de euros

A maior empresa militar pública de Israel que está envolvida no conflito em Gaza estará a beneficiar de milhões de euros de fundos europeus.

São 15 milhões de euros que podem estar a ser entregue através de uma filial de drones grega.

A revelação é feita por uma investigação de um consórcio europeu de jornalistas.
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