Centenas na rua pela paz no Médio Oriente
Exército israelita disparou contra multidão que esperava comida em Khan Younis
Estados Unidos voltam a mudar posição sobre guerra entre Israel e Irão
Israel acusa liderança militar do Irão de estar em fuga
MNE dá por concluída operação de retirada de portugueses
Milhares de iranianos estão a abandonar Teerão
Trump afirma que EUA têm agora "total controlo" de céu iraniano
Segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ofensiva, ainda em curso, já destruiu "um grande número" de lançadores de mísseis e metade dos `drones` (aeronaves não-tripuladas) de Teerão.
"Agora, temos o controlo total e completo sobre os céus do Irão. O Irão tinha bons detetores aéreos e outros equipamentos de defesa, e muitos, mas não se comparam aos que são feitos, concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém o faz melhor do que os bons e velhos Estados Unidos", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.
As suas declarações surgiram minutos depois de o vice-presidente norte-americano, JD Vance, ter confirmado que Trump poderá considerar necessário adotar "mais medidas" para travar o programa de enriquecimento de urânio do Irão.
Vance, que elogiou a "contenção" de Trump, especulou sobre futuros passos, sublinhando que "a decisão final cabe ao Presidente".
"Penso que ele mereceu que confiemos nele em relação a esta questão", observou o `número dois` do Governo republicano, antes de acrescentar que, "faça o que fizer", Trump manterá as Forças Armadas norte-americanas ao serviço dos interesses dos Estados Unidos.
Afirmou ainda que está a tentar esclarecer as "loucuras" que tem lido sobre este assunto e concordou com Trump que "o Irão não pode ter uma arma nuclear", o argumento que Israel também está a usar para justificar a onda de ataques que lançou na passada sexta-feira e que hoje prossegue, no quinto dia consecutivo.
O vice-presidente norte-americano advertiu o Irão de que pode desistir do enriquecimento de urânio mantendo a sua indústria atómica para fins pacíficos, comentando que ainda não viu "um único bom argumento" que justifique a violação das "obrigações em matéria de não-proliferação".
"Não vi uma única boa resposta às conclusões da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA)", sentenciou.
Israel lançou na sexta-feira uma vaga de ataques contra instalações nucleares iranianas e zonas residenciais da capital, Teerão.
Desde então, as autoridades do país da Ásia Central elevaram o número de mortos para mais de 224 pessoas e pelo menos 1.800 feridos.
Do lado israelita, a retaliação iraniana fez pelo menos 24 mortos, segundo as autoridades de Israel.
A ofensiva israelita foi lançada dias antes de uma nova ronda de negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano, que estava prevista para o passado domingo na capital de Omã, Mascate.
Devido aos bombardeamentos israelitas, as autoridades iranianas entretanto anunciaram o cancelamento dessa nova ronda negocial.
Trump diz conhecer paradeiro de Ali Khamenei mas afasta eliminá-lo "por enquanto"
"Sabemos exatamente onde se esconde o chamado `líder supremo`. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto", afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.
Apontando que "a paciência está a esgotar-se" e depois de nos primeiros ataques, a semana passada, Washington ter mandado para Teerão o recado no sentido de que não tinham nada a ver com a ofensiva israelita, Trump vem agora advertir no mesmo sentido: que não quer "que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos".
"Rendição incondicional", acrescentou, noutra publicação na rede social, o Presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na segunda-feira que o Governo que lidera fará "o que for necessário", quando questionado sobre a possibilidade de matar o `ayatollah` Khamenei.
Trump abandonou abruptamente na segunda-feira a cimeira do bloco das sete economias mais industrializadas do mundo (G7) a decorrer no Canadá e regressou na madrugada de hoje a Washington para se reunir com a sua equipa de Segurança Nacional, no âmbito dos ataques entre Israel e o Irão, que duram há cinco dias.
Embora os Estados Unidos tenham negado qualquer participação nos ataques israelitas contra a República Islâmica, Trump sugeriu que a ofensiva ocorreu porque expirou o prazo que impôs a Teerão para fechar um acordo nuclear.
c/ Lusa
"Capitulação sem condições"
Trump pede uma rendição sem condições numa série de mensagens sobre o Irão.
Ordem de fecho para embaixada portuguesa no Irão
Ataques afetam redes de comunicações no Irão
Os meios de comunicação iranianos estão a noticiar uma falha de Internet generalizada em todo o país.
Condecorados pedem a Marcelo que apoie reconhecimento da Palestina
Foto: Frederic Sierakowkski - EPA
Assinam o texto figuras como o militar de Abril, Vasco Lourenço, e os historiadores José Pacheco Pereira e Fernando Rosas.
O grupo de 64 condecorados condena "as operações militares e policiais desencadeadas em Gaza".
Escrevem que estas operações só provocam "a destruição do território, milhares de mortos, de feridos e de presos políticos".
Os signatários acrescentam que "o genocídio do Povo Palestiniano" os obriga a reafirmar os valores pelos quais lutaram e continuam a defender.
Iranianas que vivem em Portugal temem o pior no Irão
Portugal encerra temporariamente embaixada em Teerão
Paulo Rangel indicou ainda que prosseguem as operações de repatriamento no Médio Oriente. Esta terça-feira foram retirados mais sete portugueses do Irão.
Israel atacou na última noite a zona central da Faixa de Gaza
Foto: Amir Cohen - Reuters
O exército israelita disparou contra uma multidão que esperava pelos camiões com ajuda humanitária em Khan Younis. Israel ainda não comentou o ataque.
Trump diz que saída da cimeira do G7 resulta de "algo muito maior" do que trégua
Foto: Suzanne Plunkett - EPA
Trump avisa que todos devem abandonar já a capital do Irão.
Está a agravar-se a guerra entre Israel e o Irão
Foto: Atef Safadi - EPA
Teerão acusa G7 de parcialidade por ignorar "agressão flagrante"
"A declaração dos líderes do G7 ignorou claramente a agressão flagrante de Israel contra o Irão", afirmou o porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, num comunicado citado pela agência noticiosa oficial IRNA.
Numa declaração conjunta divulgada na segunda-feira, os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a defender-se e acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região".
"Exortamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza", afirmaram.
Baghai defendeu que o G7 "deve abandonar a retórica unilateral e atacar a verdadeira fonte da escalada: a agressão de Israel".
"O Irão está a defender-se de uma agressão cruel. Será que o Irão tem realmente outra escolha?", questionou Baghai, também citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O G7 reúne as sete economias mais desenvolvidas (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Japão), mais a União Europeia.
A declaração conjunta foi divulgada antes de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter abandonado a cimeira para regressar a Washington devido à guerra Irão-Israel.
O porta-voz da diplomacia iraniana exortou os membros do G7 a assumir "a sua responsabilidade legal e moral" pelo que descreveu como "um ato de agressão flagrante contra um Estado membro da ONU".
"Têm de dizer a verdade. A guerra agressiva de Israel contra o Irão é um golpe devastador contra a Carta das Nações Unidas e o direito internacional baseado na Carta", afirmou.
Baghai destacou em especial os três membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que integram o G7, referindo-se aos Estados Unidos, ao Reino Unido e à França.
"Os membros do Conselho de Segurança devem, podem e têm de atuar agora de acordo com a responsabilidade principal do Conselho e impedir o agressor de cometer mais crimes", afirmou.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
Desde então, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordo.
Os ataques causaram centenas de mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear.
O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e `drones` contra várias cidades israelitas que mataram mais de duas dezenas de pessoas.
Ministro israelita da Defesa sugere que líder do Irão pode acabar como Saddam
“Aviso o ditador iraniano contra a continuação dos crimes de guerra e o lançamento de mísseis contra civis israelitas”, clamou Katz perante chefias militares do Estado hebraico.
Rei da Jordânia adverte para ameaça global
"Com a expansão, por parte de Israel, da sua ofensiva para incluir o Irão, não há como saber onde vão acabar as fronteiras deste campo de batalha. E isso é uma ameaça para os povos em todo o lado. Em última análise, este conflito deve acabar", clamou o monarca.
Dois petroleiros colidem perto do Estreito de Ormuz
O Estreito de Ormuz luga o Golfo Pérsico, a noroeste, ao Golfo de Oman, a sudeste e ao Mar Arábico.
Irão reivindica ataque a centro dos serviços secretos israelitas em Telavive
As instalações da Mossad estarão "atualmente a arder".
Forças de Defesa de Israel admitem que Irão ainda é capaz de infligir danos
Ainda segundo Defrin, o Irão disparou cerca de 30 mísseis contra solo israelita durante a última noite, a maioria dos quais terá sido intercetada. Ainda assim, foram atingidos vários alvos.
"A vossa conduta na frente interna é criticamente importante. Repito e enfatizo, não podemos dar-nos ao luxo de ser complacentes", frisou.
Mais de meia centena de palestinianos mortos
Ministros de países árabes e muçulmanos condenam ataques de Israel
Os ministros sublinham "a necessidade de respeito pela soberania e integridade territorial dos Estados e os princípios da boa vizinhança", exortando em seguida "todas as partes a resolverem as suas disputas por meios pacíficos". Enfatizam ainda "a importância de criar um Médio Oriente livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa".
O atual conflito, rematam, deve ser solucionado pela diplomacia: "Não pode ser resolvido através de meios militares".
Cidadãos chineses abandonam Irão
Recorde-se que Israel e Irão fecharam os respetivos espaços aéreos.
Pelo menos 47 mortos entre palestinianos que aguardavam ajuda
Há ainda notícia de mais de 200 pessoas feridas.
"Drones israelitas dispararam contra os cidadãos. Alguns minutos depois, tanques israelitas dispararam vários projéteis, o que levou a um grande número de mártires e de feridos", afirmou Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil palestiniana, em declarações à France-Presse.
Teerão faz balanço de ataque norturno com drones
"Vários tipos de drones destrutivos, equipados com capacidades de destruição precisa, destruíram posições estratégicas do regime sionista em Telavive e Haifa", indicou o general Kioumars Heidari, à frente das forças terrestres iranianas, na televisão estatal do país.
Trump reitera que Irão deve "desistir por inteiro" do armamento nuclear
Esta posição foi obtida à saída da cimeira do G7, no Canadá.
Palestinianos abatidos enquanto esperavam camiões com ajuda
Há ainda registo de dezenas de feridos.
Explosões ouvidas no noroeste do Irão
“Foi visto fumo espesso em redor de Tabriz na terça-feira de manhã, após uma explosão", descreve por sua vez, a agência iraniana Mehr.
Tabriz situa-se a mais de 600 quilómetros de Teerão. É ali que se localiza uma das maiores bases aéres da República Islâmica - estrutura visada nos últimos dias pelos bombardeamentos israelitas.
Chefe das Forças Armadas iranianas dado como morto
"Ataques em grande escala"
"Durante os ataques, dezenas de instalações de armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra foram atingidas", tal como "lançadores de mísseis terra-ar e locais de armazenamento de drones", indica o exército do Estado hebraico em comunicado.
Na sequência de uma nova vaga de ataques israelitas à capital iraniana, incluindo o edifício da televisão estatal, que resultou em pelo menos três mortos, os dois países ativaram os sistemas de defesa antimíssil ao cair da noite.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, considerou que ataque à televisão estatal "ilustra o cúmulo da cobardia: eles não conseguem ganhar uma verdadeira batalha e atacam um edifício civil que apenas diz a verdade".
"O ataque à rádio e à televisão iranianas mostra o desespero dos israelitas", acrescentou.
Explosões ouvidas em Jerusalém e Telavive
- Há notícia de explosões ouvidas em Jerusalém, já na manhã desta terça-feira, e os serviços de emergência de Israel estão a dar conta de um bombardeamento iraniano sobre o centro do país, segundo o jornal israelita Haaretz. Isto depois de as Forças de Defesa de Israel terem alertado para uma nova vaga de mísseis iranianos;
- Foram também ouvidas fortes explosões em Telavive, noticia a France-Presse. As Forças de Defesa de Israel afirmam, em comunicado, estar “a operar para intercetar e atacar onde for necessário”, tendo em vista “eliminar a ameaça”;
- Os militares israelitas alegam ter destruído “dezenas de depósitos de mísseis terra-terra e instalações de lançamento, assim como lançados de mísseis terra-ar” no oeste do Irão, durante a noite;
- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garante que Israel controla o espaço aéreo de Teerão. Na visita a uma base aérea, referiu que Israel está a caminho de atingir dois objetivos: eliminar a ameaça nuclear e dos mísseis;
- Enquanto se preparava para abandonar a cimeira do G7, no Canadá, o presidente norte-americano exortou os iranianos, nas redes sociais, a “abandonarem imediatamente” Teerão. Um aviso emitido pouco depois de Israel ter apelado à evacuação de uma grande porção da capital iraniana, na antecâmara de mais um bombardeamento;
- Donald Trump nega ter deixado os trabalhos da cimeira do G7, nas Montanhas Rochosas canadianas, para trabalhar num cessar-fogo entre Israel e o Irão, como chegou a ser sugerido por Emmanuel Macron. O presidente dos Estados Unidos disse mesmo que o homólogo francês estaria “à procura de publicidade”. O atual inquilino da Casa Branca alegou ter regressado a Washington por uma razão “muito maior”;
- Cento e trinta portugueses em Israel deverão ser repatriados nas próximas horas. Estavam em viagem turística ou a trabalhar. A partida do primeiro avião estava marcada para as 7h00 desta terça-feira. Entretanto, no Irão, quatro portugueses saíram pelo Azerbaijão, por estrada. Um outro, havia já saído pela Turquia;
- O Ministério dos Negócios Estrangeiros voltou a apelar aos portugueses para que não viajem com destino ao Médio Oriente.
- O balanço de vítimas mortais dos dois lados ultrapassa as duas centenas: há 224 mortos do lado iraniano e 24 do lado israelita.
Guerra entre Israel e Irão entra no quinto dia
Foto: Gideon Markowicz - Reuters
Os ataques iranianos ocorrem depois do Irão ter apelado à evacuação das instalações dos canais televisivos israelitas, na sequência do ataque de Telavive à televisão nacional iraniana e a alvos estratégicos do Irão.Teerão ameaça Israel com o maior ataque de mísseis da história em solo israelita e não estará disposto a sentar-se à mesa das negociações, enquanto estiver a ser atacado por Telavive.
O Governo iraniano apela mesmo ao presidente dos Estados Unidos para que pressione Benjamin Netanyahu a aceitar um cessar-fogo que permita regressar às negociações sobre o programa nuclear iraniano.
Já o primeiro-ministro de Israel diz que a ofensiva israelita vai "mudar a face do Médio Oriente" e que não ficaria surpreendido se o regime de Teerão fosse derrubado e se o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, fosse assassinado, afirma Netanyahu que Israel vai fazer o que for necessário.
O presidente norte-americano, Donald Trump, insta à evacuação imediata de Teerão e reafirma que o Irão devia assinar um acordo nuclear com os Estados Unidos.
O balanço de vítimas mortais entre os dois lados ultrapassa as duas centenas: há 224 mortos do lado iraniano e 24 do lado israelita.