Ataque do Irão nos céus de Israel
Irão regista 657 mortos e mais de 2.000 feridos em ataques israelitas
Citando notícias e as suas próprias fontes, a HRANA calcula que nos ataques iniciados há uma semana morreram pelo menos 263 civis, incluindo mais de 20 crianças, 164 militares e outras 230 pessoas de estatuto desconhecido, em todo o país.
Até sexta-feira, mais de 2.000 pessoas ficaram feridas nos bombardeamentos, acrescentou a organização de defesa dos direitos humanos, fundada no Irão em 2005 e posteriormente baseada nos Estados Unidos.
O último número oficial das autoridades iranianas, datado de 15 de junho, apontou para pelo menos 224 mortes, incluindo comandantes militares, cientistas nucleares e civis.
Israel estima, por seu lado, que os ataques iranianos já fizeram pelo menos 24 mortos e 1.217 feridos, 12 em estado grave.
A ofensiva sem precedentes foi lançada por Israel sob pretexto de impedir o Irão de adquirir armas nucleares.
Ao longo da última semana, foram atingidas centenas de instalações militares e nucleares e mortos os principais oficiais militares e cientistas nucleares do Irão.
A Casa Branca afirmou na quinta-feira que o Irão tem capacidade para montar uma bomba nuclear em "quinze dias" se o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, der a ordem.
"Vamos ser muito claros: o Irão tem tudo o que precisa para construir uma arma nuclear. Tudo o que precisam é de uma decisão do líder supremo para o fazer, e demorariam quinze dias a completar a produção desta arma, que representaria uma ameaça existencial não só para Israel, mas também para os Estados Unidos e para o mundo inteiro", declarou a porta-voz do executivo americano, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa.
A responsável disse também que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai tomar uma decisão sobre uma eventual intervenção norte-americana no Irão "nas próximas duas semanas".
"Dado que existe uma possibilidade substancial de potenciais negociações com o Irão num futuro próximo, tomarei a minha decisão sobre ir ou não para lá nas próximas duas semanas", disse o líder norte-americano, numa declaração transmitida pela porta-voz presidencial.
Leavitt sublinhou que "ninguém deve ficar surpreendido" com a abordagem de Trump de que o Irão "não deve ter uma arma nuclear", uma posição que tem defendido "não só como Presidente, mas também como cidadão".
Trump nega diretora de Serviços Secretos sobre Irão
Trump sobre Médio Oriente: "Europa não pode ajudar nesta questão"
Terceiro porta-aviões norte-americano dirige-se para o Médio Oriente
As Forças Armadas norte-americanas realizaram vários exercícios na última semana, desde o início da guerra desencadeada em 13 de junho por Israel, um aliado de Washington, contra o Irão.
O "Gerald Ford", o mais recente porta-aviões norte-americano, vai deixar a base naval de Norfolk, na costa leste dos Estados Unidos, "na manhã de 24 de junho, para uma deslocação previamente agendada" para a Europa, segundo o oficial da Marinha citado pela agência de notícias AFP.
Primeiro navio de uma nova geração de porta-aviões, o "USS Gerald Ford" é um navio de propulsão nuclear de cem mil toneladas ao serviço desde 2017.
O porta-aviões "USS Carl Vinson" já estava presente no Médio Oriente há vários meses e participou na campanha de ataques dos Estados Unidos contra os rebeldes Huthis no Iémen, apoiados pelo Irão.
Por sua vez, o "Nimitz", que navegava no Mar do Sul da China, rumou esta semana para oeste e segue em direção ao Médio Oriente.
Nos últimos dias, numerosos aviões militares de grande porte partiram dos Estados Unidos em direção a bases militares norte-americanas na Europa, enquanto dezenas de aeronaves foram retiradas de uma base no Qatar, protegendo-as de possíveis ataques provenientes de Teerão.
Os Estados Unidos estavam a conduzir negociações indiretas com o Irão sobre o seu programa nuclear antes do início da ofensiva lançada por Israel, com a justificação de que o país estava prestes a possuir uma arma nuclear, uma acusação refutada por Teerão.
Após um encontro em Genebra, na Suíça, com as diplomacias britânica, francesa e alemã, o Governo iraniano manifestou hoje disponibilidade para voltar ao diálogo sobre o seu programa nuclear, mas só se Israel cessar os seus ataques.
Os chefes das diplomacias das principais potências europeias indicaram pelo seu lado que transmitiram ao governante iraniano o apelo para que Teerão retome as negociações que estavam em curso com os Estados Unidos antes do conflito, para evitar uma escalada regional.
Antes desta reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano descreveu hoje a ofensiva militar israelita como "uma traição" ao processo diplomático com os Estados Unidos, numa intervenção no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
A Casa Branca indicou na quinta-feira que o Irão tem capacidade para criar uma arma atómica em 15 dias se o líder supremo, Ali Khamenei, der a ordem, mas o Presidente norte-americano ainda não tomou nenhuma decisão sobre a participação de Washington no conflito, ao lado de Israel, nem sobre a utilização das poderosas bombas antibunker que possui para penetrar e destruir as unidades nucleares iranianas.
"Dado que existe uma possibilidade substancial de potenciais negociações com o Irão num futuro próximo, tomarei a minha decisão nas próximas duas semanas", afirmou, no mesmo dia, Donald Trump, numa declaração transmitida pela porta-voz presidencial.
O Governo norte-americano adotou hoje novas sanções para impedir Teerão de obter componentes úteis para a sua indústria de defesa.
Trump admite decidir intervenção antes de duas semanas e desvaloriza Europa
Depois de na quinta-feira ter dado duas semanas a Teerão para negociar antes de decidir sobre uma possível intervenção militar norte-americana ao lado de Israel, Trump disse hoje que este prazo era um "máximo", e que poderá tomar a sua decisão antes.
Questionado sobre a possibilidade de os iranianos exigirem o fim dos ataques israelitas como pré-requisito para qualquer negociação, Trump disse que tal é "muito difícil".
"Quando alguém está a ganhar, é um pouco mais difícil do que quando alguém está a perder", acrescentou.
O Governo iraniano manifestou hoje disponibilidade para voltar ao diálogo sobre o seu programa nuclear se Israel cessar os seus ataques, após um encontro em Genebra, na Suíça, com as diplomacias britânica, francesa e alemã.
"Somos a favor da continuidade das discussões com o E3 [Alemanha, França e Reino Unido] e a União Europeia", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano aos jornalistas no final da reunião com os seus homólogos europeus.
Abbas Araghchi afirmou que o seu país "está pronto para considerar a diplomacia assim que a agressão cessar e o agressor for levado à justiça", referindo-se a Israel, que iniciou bombardeamentos em grande escala contra a República Islâmica em 13 de junho.
Após a reunião, os chefes das diplomacias das principais potências europeias indicaram que transmitiram ao governante iraniano o apelo para que Teerão retome as negociações que estavam em curso com os Estados Unidos antes da eclosão deste conflito, para evitar uma escalada regional.
Ainda à chegada a Morristown, Nova Jersey, Trump afirmou hoje que os europeus seriam inúteis na resolução da guerra entre o Irão e Israel.
"O Irão não quer falar com a Europa. Querem falar connosco. A Europa não poderá ajudar nesta questão", declarou o Presidente norte-americano.
Em Genebra, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, afirmou que o Irão foi instado a reatar negociações sem esperar pelo fim dos bombardeamentos israelitas.
Barrot defendeu que "não há solução" para o conflito entre o Irão e Israel "por meios militares", e apelou a Teerão para "estar aberto ao diálogo" com os Estados Unidos, ao mesmo tempo que advertiu ser "ilusório e perigoso" impor uma mudança do regime iraniano a partir do exterior.
No mesmo sentido, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, considerou que a região se encontra numa "situação extremamente crítica" desde a abertura das hostilidades de Israel, que tiveram resposta através de bombardeamentos diários do Irão.
O pré-requisito para que as negociações deem frutos, no entanto, é que o Irão renuncie a "qualquer enriquecimento de material que possa ser utilizado para fabricar armas nucleares", sublinhou o ministro alemão.
Outra condição para o lado europeu, destacada por Wadephul, é que os Estados Unidos possam participar nas negociações e na solução para esta crise.
O chefe da diplomacia de Londres, David Lammy, sublinhou igualmente que os governantes europeus deixaram claro que "o Irão não pode ter uma arma nuclear", numa fase que classificou como perigosa e que não deve dar lugar a um agravamento do conflito.
Do mesmo modo, a alta-representante da União Europeia para a Política Externa e Política de Segurança, Kaja Kallas, reiterou pelo seu lado que a escalada regional da violência não beneficia ninguém.
Antes desta reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano descreveu hoje a ofensiva militar israelita como "uma traição" ao processo diplomático com os Estados Unidos, numa intervenção no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
A Casa Branca indicou na quinta-feira que o Irão tem capacidade para criar uma bomba nuclear em 15 dias se o líder supremo, Ali Khamenei, der a ordem, mas o Presidente norte-americano ainda não tomou nenhuma decisão sobre a participação de Washington no conflito, ao lado de Israel.
Mais de 100 ONG europeias querem suspensão do acordo de cooperação UE-Israel
Em declaração conjunta, 114 organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias, entre as quais o português Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) querem que esta seja a decisão a tomar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que se vão reunir na segunda-feira.
Em particular, as organizações, entre as quais a Amnistia Internacional, a Human Rights Watch, a Federação Internacional dos Direitos Humanos e a Pax Christi International, pretendem que a revisão em curso do cumprimento por parte de Israel do artigo 2.º do Acordo de Associação seja "exaustiva, abrangente e credível".
Este artigo, acentuam, estabelece que o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos constitui um "elemento essencial" do acordo.
Ora, contrapõem, "perante as provas esmagadoras dos crimes atrozes e outras violações graves dos direitos humanos cometidos por Israel contra os palestinos em todo o Território Palestino Ocupado (TPO), uma revisão credível só pode chegar a uma conclusão: que Israel está em grave incumprimento do artigo 2.º".
Desta forma, os subscritores, que incluem também as francesas Confederação Geral do Trabalho e União Sindical Solidaires e a União Geral dos Trabalhadores de Espanha, querem que a Comissão Europeia e os Estados-Membros apoiem "medidas significativas e concretas, incluindo a suspensão do Acordo de Associação UE-Israel".
Os autores do texto, em que estão várias organizações judaicas, como Collectif Judéo-Arabe et Citoyen pour la Palestine (CJACP), European Jews for Palestine, Jewish Call for Peace e a Union Juive Française pour la Paix, declaram-se "chocados com o facto de a UE ter demorado tanto tempo a lançar esta revisão".
É que, recordam, Espanha e Irlanda já a tinham solicitado em fevereiro de 2024, além da existência de "decisões dos tribunais internacionais, dos mandados de detenção emitidos pelo Tribunal Penal Internacional e dos inúmeros relatórios de organismos da ONU, especialistas independentes, ONG proeminentes e académicos que expõem as violações muito graves dos direitos humanos e do direito internacional humanitário por parte de Israel em todo o Território Palestiniano Ocupado, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidade - incluindo deslocação forçada, apartheid e extermínio - e genocídio".
Acresce, sublinham, que "o contexto em que esta revisão está a ser realizada é dramático e requer medidas urgentes e eficazes", dado o "sofrimento indescritível" dos palestinianos, causado designadamente pelo bloqueio completo de Israel à entrada de ajuda na Faixa de Gaza e à expansão das suas operações militares.
Apontam ainda que, "como partes na Convenção sobre o Genocídio, todos os Estados-Membros da UE têm a obrigação de `empregar todos os meios razoavelmente ao seu alcance` para impedir um genocídio", a propósito do que entendem que "a ação da UE está muito atrasada".
Por junto, consideram que uma "revisão fraca ou inconclusiva do cumprimento do artigo 2.º por parte de Israel e/ou a incapacidade da Comissão e do Conselho de suspender pelo menos parte do Acordo de Associação acabariam por destruir o que resta da credibilidade da UE".
Mais importante ainda, comparam, este desempenho "encorajaria ainda mais as autoridades israelitas a continuar os seus crimes atrozes e outras violações graves contra os palestinos com total impunidade".
Um documento do Serviço de Ação Externa da UE enviado para as representações dos 27 Estados-membros da UE, hoje conhecido, reconhece haver "indicações de que Israel está a violar as obrigações para com os direitos humanos ao abrigo do Artigo 2.º do Acordo de Associação entre a União Europeia (UE) e Israel", disse hoje fonte europeia.
Ao abrigo deste artigo, consultado pela Lusa, os países do bloco comunitário e Israel comprometem-se a respeitar "os direitos humanos e princípios democráticos, que guiam as suas políticas e as políticas internacionais, e que são um elemento essencial" do acordo de associação.
Com base nesta avaliação feita pelo serviço diplomático da UE, os Estados-membros terão de avançar para uma discussão com vista à revisão e possível suspensão desde acordo com Telavive, por causa da ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Teerão rejeita negociações sem cessar-fogo
Foto: Fabrice Coffrini/Pool via Reuters
Base militar da Terceira. Vinte aviões militares dos EUA nas Lajes
Trump desacredita a própria chefe dos serviços de informações
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que a sua diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard, estava errada ao sugerir que não há provas de que o Irão esteja a desenvolver uma arma nuclear.
Guerra entre Israel e Irão faz escalar os preços dos combustíveis
Israel admite que conflito com o Irão poderá ser prolongado
Foto: Florion Goga - Reuters
Gaza. Pelo menos 60 mortos em novos ataques israelitas
Teerão diz-se disponível para o diálogo se ataques israelitas cessarem
Putin alerta para risco de guerra mundial devido aos conflitos no Irão e na Ucrânia
Israel terá violado acordo de associação com UE ao desrespeitar direitos humanos
Líderes europeus preocupados com programa nuclear iraniano
Os MNE de Alemanha, a França e a Grã-Bretanha manifestaram preocupação com a finalidade do programa iraniano depois da reunião com o chefe da diplomacia da República Islâmica que contou também com a participação da União Europeia.
Sul de Gaza prestes a ficar sem abastecimento de água
A AAH destaca que desde o início da ofensiva israelita contra o movimento palestiniano Hamas, foram danificadas ou destruídas 89% das infraestruturas de água e saneamento da Faixa, incluindo 238 poços e partes da principal conduta de água para Gaza (Mekerot).
Os impactos nas centrais de dessalinização, poços e outras infraestruturas também reduziram a produção de água para menos de 58% do que era produzido antes da ofensiva, deixando 90% da população de Gaza sem acesso a água potável.
O combustível para abastecer as restantes centrais elétricas e os camiões tornou-se essencial e a ONG estima que, se o acesso for negado, 122 instalações municipais, incluindo poços e estações de bombagem de esgotos, fiquem sem combustível até ao final de junho, afetando o serviço a um milhão de pessoas em Gaza.
Nos próximos dias, "esta situação crítica ameaça comprometer o acesso a água potável a pelo menos 78 mil pessoas no sul", especialmente em Khan Yunis, afirma.
Desde o início da sua ofensiva em Gaza, Israel restringiu o já limitado acesso a combustível.
A 02 de março, quando lançou um bloqueio total ao acesso de ajuda humanitária a Gaza, a entrada de combustível foi também completamente interrompida.
O exército permitiu, em 19 de maio, a entrada de alguns camiões em Gaza (embora a distribuição só começasse dias depois).
Para além de afetar o acesso da população à água, a situação prejudicou o acesso à eletricidade para os hospitais, que também utilizam geradores movidos a combustível.
"Só o acesso humanitário imediato e irrestrito - a todas as passagens da fronteira de Gaza, à circulação dentro de Gaza, bem como às famílias carenciadas e às reservas de combustível - evitará uma catástrofe de grandes proporções", afirma a ONG.
A AAH possui mais de 100 pontos de abastecimento de água através de camiões-cisterna na Cidade de Gaza, em Deir el-Balah (centro) e no sul, uma vez que o acesso ao norte está severamente limitado pelas operações do exército israelita e pelas ordens de evacuação.
Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, alguns dos quais continuam em cativeiro.
Na sequência da ofensiva, o sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, e cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes.
Liderança europeia diz a Teerão para prosseguir negociações com os Estados Unidos
A Alemanha, a França e a Grã-Bretanha instaram o Irão a "prosseguir as suas discussões com os Estados Unidos" sobre o seu programa nuclear. O pedido foi deixado durante o encontro desta sexta-feira em Genebra com o chefe da diplomacia iraniana.
Espanha retirou 199 pessoas de Israel, incluindo portugueses
As 199 pessoas retiradas de Israel viajaram hoje em cinco autocarros desde Telavive e de Jerusalém até à Jordânia, a partir de onde vão ser levadas para a base aérea de Torrejón de Ardoz, na zona de Madrid, num voo das Forças Armadas espanholas.
Neste grupo de 199 pessoas, que quiseram sair de Israel por causa da escalada de tensão entre este país e o Irão, há 176 espanhóis e 23 de outras nacionalidades (Canadá, Chile, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Israel, Nicarágua e Portugal), segundo fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, que não deram mais detalhes.
Por outro lado, o Governo espanhol retirou também um grupo de 40 pessoas do Irão, na quinta-feira, todas de nacionalidade espanhola, que saíram do país por via terrestre, cruzando a fronteira com a Arménia, disse o mesmo ministério.
A escalada de tensão entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Na quinta-feira, um avião da TAP aterrou no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, com 69 pessoas a bordo, incluindo 48 portugueses, vindas de Israel, na sequência do conflito com o Irão.
Em declarações aos jornalistas, depois da chegada dos passageiros que pediram a Portugal o repatriamento, o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa, explicou que viajaram, no total, 69 pessoas - adultos e crianças. Destas, 48 eram cidadãos portugueses e os restantes 21 eram de outras nacionalidades - espanhola, alemã, israelita, checa, austríaca, búlgara, argentina e ucraniana.
"O número inicial eram 122, que tirámos de Israel e que depois a nossa Força Aérea fez o transporte do Egito para o Chipre e aí alguns foram para os respetivos países", acrescentou na mesma ocasião Emídio Sousa.
Liga Árabe na Turquia para discutir o conflito
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe vão reunir-se numa reunião extraordinária em Istambul para discutir o conflito Irão-Israel, segundo uma fonte diplomática regional.
Encontro em Genebra entre Irão e União Europeia
O Irão e países europeus iniciaram hoje discussões em Genebra focadas no programa nuclear iraniano, uma semana após o início da guerra entre Israel e a República Islâmica.
"Devíamos ter-nos reunido com os americanos a 15 de junho para elaborar um acordo muito promissor", acrescentou Araghchi antes das conversações com os seus homólogos, o britânico David Lammy, o francês Jean-Noël Barrot e o alemão Johann Wadephul, assim como com a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas.
Estados Unidos adotam sanções para restringir armamento iraniano
A decisão surge em plena guerra entre o Irão e Israel.
Putin diz apoiar Teerão nos seu objetivos nucleares pacíficos
O presidente russo disse dar todo o seu apoio ao Irão e quando questionado se está preocupado que o rumo que estamos a tomar possa desembocar numa terceira guerra mundial respondeu que sim.
UE aponta indícios de que Israel violou acordo com europeus no tema dos Direitos Humanos
Existem indícios de que Israel violou as suas obrigações em matéria de direitos humanos ao abrigo dos termos de um pacto que regula as suas relações com a União Europeia, apontam responsáveis da política externa da União, de acordo um documento visto pela Reuters.
Embaixadora do Reino Unido na ONU deixa apelo à contenção
A embaixadora do Reino Unido nas Nações Unidas apelou a todas as partes envolvidas no conflito entre Israel e o Irão para que protejam os civis. Barbara Woodword diz que a contenção é vital para prevenir uma nova escalada.
Putin diz que Rússia está em contato com Israel e Irão
O presidente russo fala numa tentativa para pôr fim ao derramamento de sangue.
Base das Lajes recebe aviões reabastecedores norte-americanos
Foto: Lusa
A partir dos Açores, o jornalista Francisco Faria explica-nos que aviões são estes.
Chefe da AIEA garante capacidade para efetuar inspeções "incontestáveis"
"Uma solução diplomática é possível se houver vontade política. Elementos de um acordo foram discutidos. A AIEA pode garantir, através de um sistema de inspeções incontestáveis, que armas nucleares não serão desenvolvidas no Irão", afirmou Rafael Grossi, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para abordar o conflito entre Israel e o Irão, iniciado há uma semana.
Na mesma intervenção, Grossi indicou que os ataques israelitas que visaram instalações nucleares no Irão causaram uma forte degradação da segurança nuclear no país.
"Embora até agora não tenham causado qualquer fuga radiológica que afete a população, existe o perigo de que tal possa ocorrer", acrescentou o diretor-geral da AIEA.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
Cidadão europeu detido no Irão acusado de "espiar áreas sensíveis"
Três paramédicos mortos numa ambulância em Teerão - Governo iraniano
"Em mais uma flagrante violação do direito internacional humanitário, o regime sionista atacou uma ambulância em Teerão, matando três profissionais de saúde civis. Trata-se de um assassínio deliberado", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ismail Baghaei.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Irão, Hossein Kermanpour, Israel atacou na última madrugada três hospitais, um dos quais na capital, seis ambulâncias e um centro de saúde.
Os três paramédicos juntam-se aos quatro profissionais de saúde que o ministério iraniano tinha registado até à noite passada como mortos nos ataques.
"De acordo com as Convenções de Genebra, atacar pessoal médico e veículos humanitários durante as operações de ajuda é estritamente proibido e considerado um crime de guerra", acusou Baghaei, referindo que "Israel tem um longo historial de ataques contra instalações médicas, caravanas de ajuda humanitária e pessoal médico".
Na quinta-feira, Israel acusou o Irão de cometer um crime de guerra ao bombardear o Hospital Soroka, no sul do país, que fez 71 feridos ligeiros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, argumentou que o ataque teve como alvo uma sede dos serviços de informação israelitas, que ficou alegadamente destruída, e não o Hospital Soroka, alegando que foi atingido pela "onda de choque" que "causou danos superficiais a uma pequena parte" da unidade.
Já hoje, novos bombardeamentos iranianos contra cidades do centro e norte de Israel fizeram pelo menos 17 feridos, dois dos quais com gravidade, de acordo com o último relatório das autoridades médicas israelitas.
O ataque envolveu inicialmente o lançamento de 20 a 25 mísseis contra as cidades de Haifa, no norte do país, Gush Dan e Bersheba no centro, dos quais seis caíram em solo israelita.
De acordo com o serviço de emergência israelita, Magen David Adom, um jovem de 16 anos foi hospitalizado em estado grave em Haifa, juntamente com um homem de 40.
No seu último relatório hoje divulgado, as autoridades israelitas estimam que os ataques iranianos contra o país, através de mais de 450 mísseis e 400 drones dirigidos a meia centena de alvos, já fizeram 24 mortos e 1.217 feridos, 12 em estado grave.
Israel lançou um ataque contra o Irão na madrugada de 13 de junho, alegando ter informações de que Teerão se aproximava do "ponto de não retorno" para obter uma bomba atómica.
A acusação é refutada por Teerão, que insiste nos fins pacíficos do seu programa nuclear, e que tem lançado vários ataques aéreos em retaliação contra Israel.
Os bombardeamentos israelitas causaram pelo menos 224 mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear, mas o número deverá ser bastante superior, uma vez que os últimos dados oficiais remontam a domingo.
AIEA alerta para possibilidade de "catástrofe nuclear" na central de Bushehr
Um ataque direto à central nuclear de Bushehr, no Irão, em funcionamento, teria as consequências mais "graves", com potencial para libertar grandes quantidades de radiação para o ambiente, alertou na sexta-feira o responsável da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Até ao momento, os ataques israelitas contra o Irão "não provocaram libertação de radiação que afete a população", mas "existe o perigo de que isso aconteça", acrescentou Rafael Grossi durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Dois feridos, um grave, após ataques com mísseis iranianos, Haifa atingida
"Após os últimos alertas, paramédicos e socorristas do Magen David Adom (equivalente à Cruz Vermelha) estão a prestar atendimento médico e a retirar para o hospital um adolescente de 16 anos em estado grave, atingido por estilhaços na parte superior do corpo, bem como um homem de 54 anos em estado moderado", informou a organização israelense de ajuda humanitária.
Em Haifa, cidade portuária no norte de Israel, equipes de resgate inspecionam prédios atingidos por mísseis, de acordo com um fotógrafo da AFP no local.
Sirenes de ataque aéreo soaram no início da tarde em várias áreas de Israel após ataques com mísseis iranianos.
Guterres apela a todas as partes para que deem "uma oportunidade à paz"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a todas as partes envolvidas na guerra entre o Irão e Israel, e às “partes potenciais”, para que deem “uma oportunidade à paz”.
"Há momentos em que as escolhas que se nos deparam não são apenas importantes, são decisivas. Momentos em que a direção tomada determinará não só o destino das nações, mas potencialmente o nosso futuro coletivo. Estamos num desses momentos", afirmou numa reunião do Conselho de Segurança.
“Para as partes em conflito, para as potenciais partes em conflito e para o Conselho de Segurança, que representa a comunidade internacional, tenho uma mensagem simples e clara: deem uma oportunidade à paz”, apelou.
António Guterres mostrou-se alarmado com a escalada da guerra entre o Irão e Israel.
"Não estamos a ser empurrados para a crise, estamos a precipitar-nos para ela. Não estamos a assistir a incidentes isolados, estamos a caminho de um potencial caos", alertou.
"Não vamos olhar para trás um dia, para este momento decisivo, com arrependimento. Vamos atuar, de forma responsável e em conjunto, para afastar a região, e o mundo, do precipício".
Aviões norte-americanos na base da Lajes
Conflito entre Israel e o Irão está a aproximar-se do "ponto de não retorno"
"O genocídio em Gaza e o conflito com o Irão estão a caminhar rapidamente para um ponto de não retorno. Esta loucura tem de acabar o mais rapidamente possível", afirmou o líder turco num fórum em Istambul.
Número de mortos em bombardeamentos israelitas sobe para 60
O porta-voz da defesa civil, Mahmud Bassal, disse à AFP que cinco pessoas foram mortas enquanto esperavam por ajuda no sul da Faixa de Gaza e 26 outras perto de uma área central conhecida como o corredor de Netzarim, uma faixa de terra controlada por Israel que divide o território palestiniano.
Milhares de palestinianos têm-se reunido diariamente nesta zona, na esperança de receberem rações alimentares, numa altura em que a fome se faz sentir em Gaza, após mais de 20 meses de guerra.
O exército israelita disse à AFP que as suas tropas na zona de Netzarim começaram por disparar “tiros de aviso” contra “suspeitos” que se aproximavam.
Quando os indivíduos continuaram a avançar, “um avião atacou e eliminou os suspeitos, a fim de eliminar a ameaça”, disse o exército.
Exército israelita atingiu campo de refugiados
Alertas aéreos em várias regiões de Israel
“Na sequência dos últimos alertas, os socorristas e motoristas de ambulância do Magen David Adom estão a prestar cuidados médicos e a evacuar para o hospital um adolescente de 16 anos em estado grave, atingido por estilhaços na parte superior do corpo, e um homem de 54 anos em estado moderado”, declarou a organização de socorro israelita.
Preço dos combustíveis vai disparar na próxima semana
Foto: Alexandre Brito - RTP
O último pico no preço dos combustíveis foi registado no verão de 2023, de julho a setembro.
O barril de Brent, que serve de referência a Portugal, ronda atualmente os 80 dólares. No início de maio estava nos 60 dólares.
Irão rejeita negociar com Estados Unidos enquanto Israel atacar
Foto: Abedin Taherkenareh - EPA
Autorização de residência. Governo quer pôr fim à lei que permite exceções
"Irão deve mostrar que quer juntar-se à plataforma para negociações"
Emmanuel Macron referia-se ao encontro desta sexta-feira, em Genebra, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de Reino Unido, França, Alemanha e Irão.
Os europeus, afiançou Macron, vai apresentar a Teerão uma proposta diplomática concreta para acabar com o conflito israelo-iraniano.
A proposta inclui quatro componentes essenciais: a retoma do trabalho da AIEA para garantir o "enriquecimento zero" de urânio por parte do Irão; a vigilância das atividades iranianas no domínio do armamento balístico; o financiamento iraniano a grupos "proxy" no Médio Oriente; a libertação de "reféns" por parte da República Islâmica, uma referência a cidadãos estrangeiros detidos em prisões iranianas.
Base das Lajes recebe 12 aviões reabastecedores norte-americanos
Na quinta-feira, estavam na base das Lajes oito aeronaves de reabastecimento aéreo da Força Aérea norte-americana, segundo fotografias divulgadas numa página nas redes sociais dedicada à aviação nos Açores.
Segundo a Lusa constatou no local, hoje estão 12 aeronaves de reabastecimento aéreo na infraestrutura.
Questionada sobre a presença destas aeronaves nas Lajes, fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) disse apenas que "o Comando Europeu dos EUA acolhe habitualmente aviões militares (e pessoal) dos EUA em regime transitório, em conformidade com acordos de acesso a bases e sobrevoo com aliados e parceiros".
"Para além disso, não temos mais nada a partilhar", acrescentou.
A Lusa perguntou se era habitual a presença deste número de aeronaves nas Lajes e se estava relacionado com a situação no Médio Oriente.
Questionou também se estava previsto um aumento de movimento de aeronaves militares na base das Lajes.
Na quarta-feira, a Lusa já tinha questionado o Departamento de Defesa dos EUA sobre um possível reforço da atividade militar nas Lajes, devido à situação no Médio Oriente, mas foi dito apenas que naquele dia não havia alterações a anunciar.
Israel iniciou uma ofensiva contra o Irão em 13 de junho, com ataques a alvos militares e alvos relacionados com o programa nuclear iraniano, ao que o Irão respondeu com o lançamento de mísseis balísticos e `drones` cidades israelitas.
Um dos principais locais de produção de urânio do Irão, Fordo, requer munições de penetração profunda.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse na quarta-feira que o Pentágono já sugeriu à Casa Branca possíveis opções de intervenção no Irão, mas não confirmou a hipótese de um auxílio militar nos ataques israelitas.
Questionado nesse dia, Donald Trump voltou a não dizer se decidiu ordenar um ataque dos EUA ao Irão.
"Posso fazer isso, posso não fazer isso. Ninguém sabe o que vou fazer", disse Trump numa conversa com jornalistas na Casa Branca.
Bombardeamentos israelitas mataram 43 pessoas
Vinte e seis pessoas foram mortas enquanto esperavam por ajuda perto do corredor de Netzarim, no centro de Gaza, disse à AFP Mohammad al-Moughayyer, um funcionário da defesa civil.
Milhares de pessoas deslocam-se diariamente a várias partes do território, incluindo esta, na esperança de receber alimentos.
De acordo com Mohammad al-Moughayyer, 17 outras pessoas foram mortas em cinco locais diferentes por bombardeamentos ou disparos israelitas.
Zelensky acusa Rússia de defender programa nuclear iraniano
Zelensky defendeu num discurso transmitido hoje pela televisão ucraniana que não há outra forma de interpretar os sinais demonstrados pela Rússia e pela atividade que Moscovo "mantém nos bastidores".
O presidente ucraniano acrescentou que a Rússia está a tentar intervir na crise do Médio Oriente porque "um dos cúmplices" está a perder a capacidade de exportar a guerra, referindo-se ao Irão.
O regime de Teerão forneceu à Rússia os aparelhos aéreos não tripulados (drones) Shahed - que Moscovo também já produz - para atacar a Ucrânia.
Volodimir Zelensky disse ainda que os drones de fabrico iraniano e os mísseis balísticos fornecidos pela Coreia do Norte estão a ser utilizados pela Rússia para matar cidadãos ucranianos.
Neste sentido, o chefe de Estado ucraniano reiterou o pedido sobre o agravamento das sanções internacionais contra a Rússia.
c/ Lusa
Conflito pode ter impacto migratório "prejudicial" para a Europa
O conflito poderia desencadear um aumento da migração que afetaria a Europa e a região, disse Erdoğan, de acordo com a AFP.
“A espiral de violência desencadeada pelos ataques de Israel pode prejudicar a região e a Europa em termos de migração e a possibilidade de vazamento nuclear”.
Milhares protestam em Teerão contra Israel
“Esta é a sexta-feira da solidariedade e da resistência da nação iraniana em todo o país”, afirmou o apresentador do noticiário televisivo.
As imagens mostram manifestantes segurando retratos de comandantes mortos desde o início da guerra com Israel, enquanto outros agitavam bandeiras iranianas e do Hezbollah libanês.
Ponto Central da Antena 1. Antigo ministro João Leão admite aumento do preço do petróleo em Portugal
João Leão diz que é praticamente impossível a Europa e, em concreto, Portugal escaparem ilesos a esse nível. Questionado, também, sobre o reforço do investimento na Defesa, em vésperas da cimeira da NATO, João Leão considera que os cinco por cento do PIB são um objetivo demasiado exigente e avisa que outras necessidades podem mesmo ter de ficar para trás.
UNICEF alerta para falta de água potável na Faixa de Gaza
"As crianças vão começar a morrer de sede. Só 40 por cento das instalações de produção de água potável continuam a funcionar", alertou a partir de Genebra James Elder, porta-voz da UNICEF.
Esta aviso chega um dia depois de a mesma estrutura da ONU ter adiantado que mais de cinco mil crianças da Faixa de Gaza foram diagnosticadas, em maio, com subnutrição.
Especialistas russos mantêm-se em central nuclear iraniana
Moscovo tem vindo a advertir Israel para que não ataque Bushehr.
"Único caminho é a diplomacia", defende ministra britânica
"Enquantro trabalhamos de forma muito próxima com os Estados Unidos - eles são o nosso parceiro de defesa e segurança mais próximo - o único caminho para isto é o fim da escalada e a diplomacia", defendeu a governante, quando questionada sobre um cenário de participação do Reino Unido no conflito.
Lisa Nandy descreveu a atual situação no Médio Oriente como "a mais precária" da sua geração e o reime iraniano como "desestabilizador".
"Temos múltiplos desafios e só há um caminho que vai proteger e apoiar as pessoas - e este é a diplomacia", insistiu.
AIEA confirma ataque israelita a complexo nuclear em construção
O reator de água pesada de Arak foi bombardeado por caças israelitas na quinta-feira - a AIEA afiança que o complexo não albergava material nuclear.
Em comunicado, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, adverte que, embora não tenha ocorrido qualquer "grande incidente radiológico", subsiste o risco de um "acidente".
"Dentro destas circunstâncias desafiantes e complexas, é crucial que a AIEA receba informação técnica atempada e regular sobre as instalações nucelares".
Ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros recusa conversações com EUA durante "agressão"
Ministro francês dos Negócios Estrangeiros conversou com Marco Rubio
Sete feridos em bombardeamento iraniano
Dezenas de caças israelitas envolvidos em bombardeamentos sobre Teerão
Na rede social X, as IDF afirmam que "estes locais serviam como centro industrial chave para o Ministério iraniano da Defesa".
What did the IDF accomplish in Iran overnight?
— Israel Defense Forces (@IDF) June 20, 2025
✈️60+ fighter jets struck dozens of military targets in Iran using approximately 120 munitions.
⭕️Several industrial sites used to manufacture missiles were struck in the Tehran area. These sites served as a key industrial center… pic.twitter.com/lQtxFIbFyc
Terá sido também atingido o quartel-general da Organização de Investigação e Desenvolvimento Militar.
Mudança de regime no Irão seria "inaceitável"
Em entrevista à britânica Sky News, Peskov deixa claro que a Rússia teria uma reação "muito negativa" à eliminação do número um do regime iraniano: "A situação é extremamente tensa e perigosa não só para a região mas globalmente".
Quanto ao possíveol envolvimento dos Estados Unidos na guerra, o porta-voz da Presidência russa enfatiza que tal cenária "apenas levaria a mais um círculo de confrontação e escalada da tensão na região".
Recorde-se que o presidente norte-americano, Donald Trumpo, remeteu para "as próximas duas semanas" uma decisão sobre uma eventual participação nos ataques ao Irão, ao lado de Israel.
Israel anuncia novo ataque a agência iraniana de desenvolvimento militar
De acordo com um comunicado militar, as forças israelitas também atacaram "dezenas" de alvos militares no Irão, incluindo várias instalações de fabrico de mísseis nos arredores de Teerão.
"Estas instalações foram desenvolvidas ao longo de muitos anos e têm funcionado como um centro industrial fundamental para o Ministério da Defesa iraniano", refere o comunicado.
Israel já tinha bombardeado a SPND no passado domingo.
"Foi criada em 2011 por Mohsen Fakhrizadeh, o fundador do programa de armas nucleares do Irão", referem os militares.
Uma fábrica que produz um componente considerado essencial para o programa de armas nucleares de Teerão também foi atingida, segundo o comunicado, mas não foram dados mais pormenores.
Numa declaração posterior, o exército israelita disse que também tinha bombardeado três lançadores de mísseis no Irão "e um comando militar que estava a operar para disparar os mísseis".
O exército israelita afirma ter destruído até agora cerca de 200 plataformas de lançamento de mísseis no Irão, dois terços do total disponível.
"Estimamos que o Irão ainda tenha mais de 100 e que isso possa causar danos muito graves a Israel e às nossas cidades", disse um oficial militar israelita numa reunião virtual com jornalistas na quinta-feira.
Israel começou a bombardear o Irão a 13 de junho, justificando-o com os progressos do programa nuclear da república islâmica e com a ameaça que representa para o país o fabrico de mísseis balísticos.
Desde então, o exército israelita atacou infraestruturas militares (sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos, etc.), assim como centrais nucleares (Natanz, Isfahan e Furdou), mas também altas patentes da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas nucleares.
Na quinta-feira, depois de uma reunião com o homólogo norte-americano, Marco Rubio, em Washington, o chefe da diplomacia britânica, David Lamy, anunciou que existe uma "janela de oportunidade" para "uma solução diplomática" com o Irão.
David Lammy confirmou que se juntaria hoje aos seus homólogos alemão e francês para participarem numa reunião com o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, em Genebra, onde também estará a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.
Em nova Iorque, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se para debater a escalada do conflito, hoje pela segunda vez hoje, após uma primeira reunião de emergência na semana passada. Esta nova sessão foi solicitada pelo Irão, com o apoio da Rússia, China e Paquistão.
Genebra, palco de iniciativa diplomática
- Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Reino Unido, França e Alemanha contam reunir-se esta sexta-feira, em Genebra, com o homólogo iraniano. O objetivo é abrir caminho ao regresso à via diplomática para a resolução do conflito entre Israel e Irão;
- Teerão sublinha que se mantém disponível para a via diplomática, mas exorta desde já os interlocutores europeus a pressionarem Israel no sentido de um ponto final aos bombardeamentos;
- A reunião de Genebra tem lugar um dia depois de um presidente norte-americano, Donald Trump, ter remetido para as “próximas duas semanas” uma decisão sobre a eventual participação da máquina de guerra dos Estados Unidos, ao lado de Israel, na ofensiva contra a República Islâmica;
- Qualquer forma de envolvimento norte-americano na guerra, reitera Teerão, terá “retaliação imediata”;
- O Governo israelita volta a declarar abertamente a preferência por uma mudança de regime no Irão. O ministro da Defesa, Israel Katz, veio mesmo afirmar que “não se pode permitir” que o líder supremo do regime, Ali Khamenei, “exista”;
- Israel voltou ser alvo, já esta manhã, de mísseis iranianos. A cidade de Beersheba, no sul do país, foi a mais atingida. Os projéteis causaram estragos em zonas residenciais. Há notícia de pelo menos cinco feridos ligeiros;
- As Forças de Defesa de Israel desencadearam, por sua vez, ataques ao reator iranianio de água pesada no complexo do Arak. A televisão estatal do Irão noticiou que “não há qualquer perigo de radiação” decorrente deste bombardeamento. Foi também visada a central de Natanz;
- As autoridades da Faixa de Gaza adiantam que, na quinta-feira, morreram pelo menos 76 pessoas no território - 20 foram abatidas quanto tentavam chegar à ajuda humanitária. Israel impôs, em Março, um bloqueio à entrada de ajuda em Gaza, que foi parcialmente levantado no mês seguintes. Quase 400 pessoas morreram já em ataques junto aos pontos de distribuição de alimentos;
- No espaço de uma semana, segundo a organização Ativistas dos Direitos Humanos, sediada em Washington, morreram pelo menos 657 pessoas e outras 2.037 ficaram feridas no Irão;
- Os ataques iranianos da manhã de quinta-feira sobre solo israelita fizeram pelo menos 240 feridos;
- Chegaram na última noite a Lisboa 69 pessoas, entre as quais 48 portugueses, que haviam pedido para abandonar Israel. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não garante que haja mais operações de repatriamento.
Trump decide se participará na guerra entre Israel e Irão em duas semanas
Foto: Ken Cedeno - Reuters
Vladimir Putin garante ter soluções para a crise israelo-iraniana
As consequências para a Rússia de um enfraquecimento do Irão
No entanto, a Rússia tem vindo a perder apoio no Médio Oriente e o Irão pode ser uma perda mais.
Míssil balístico atingiu um dos principais hospitais israelitas
Foto: Marc Israel Sellem - EPA
Portugal retirou 69 pessoas de Israel, 48 são portuguesas
Foto: Rodrigo Antunes - Lusa