Passagem de Rafah "será aberta" para permitir entrada de ajuda a Gaza - Blinken
"Rafah será aberta", afirmou Blinken, em declarações aos jornalistas que o acompanhavam após reunir-se no Cairo com o Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi.
"Estamos a definir, em cooperação com a ONU, o Egito, Israel e outros, um mecanismo para levar a ajuda a quem dela necessita", disse o chefe da diplomacia norte-americano, num comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
Os Estados Unidos tinham alcançado um acordo com o Egito, Israel e o Qatar para que no sábado fosse permitida a saída da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah a centenas de estrangeiros e palestinianos com passaporte de outros países, incluindo cidadãos norte-americanos e europeus.
No entanto, após a divulgação do acordo, as autoridades egípcias anunciaram que não autorizariam a entrada no seu país de estrangeiros procedentes de Gaza, se não fosse previamente facultada a entrada da ajuda humanitária para os 2,2 milhões de pessoas amontoadas naquele território palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo movimento islamita Hamas.
A ajuda humanitária, incluindo medicamentos para os hospitais da Faixa de Gaza, encontra-se agora à espera de ser autorizada a atravessar do Egito para aquele enclave pela passagem de Rafah, o único acesso que não é controlado por Israel e que o liga à Península do Sinai egípcio.
Enquanto os EUA, o Canadá e outros países tentam retirar os seus cidadãos da Faixa de Gaza, as Forças Armadas israelitas parecem estar a preparar-se para uma ofensiva terrestre, embora não seja ainda conhecida a data exata dessa operação.
Contudo, soldados israelitas concentram-se junto à fronteira com a Faixa de Gaza e o Governo emitiu um ultimato aos 1,1 milhões de palestinianos que vivem no norte do enclave para se deslocarem para o sul -- uma ação veementemente condenada pela comunidade árabe e pela ONU.
Israel encontra-se em alerta máximo desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 155, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas - grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel -- e ao qual Israel impôs um cerco total, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade, a forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.670 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, e feriu pelo menos 9.600.
António Guterres pede libertação imediata de reféns
Mahmoud Abbas diz que ações do Hamas não representam palestinianos
Comunidade judaica do Porto diz que há seis luso-israelitas desaparecidos
Estão a realizar-se manifestações pró-Palestina em vários locais
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Médicos de hospital no Norte de Gaza recusaram sair dos hospitais
Hospitais palestinianos estão à beira do colapso em toda a faixa de Gaza
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Irão para Israel: "Não ataquem e nós não responderemos"
Israel acumula na fronteira forças militares para a ofensiva terrestre
Um milhão de deslocados na Faixa de Gaza em apenas uma semana
Nações Unidas dizem que a Faixa de Gaza está a ser empurrada para o abismo
Os Estados Unidos já enviaram um segundo porta-aviões para a região e o secretário de Estado Anthony Blinken volta amanhã para Israel.
Ainda não foram estabelecidos corredores humanitários nem local de acolhimento em território egípcio.
Milhares de palestinianos não têm para onde ir.
Agência da ONU para os refugiados palestinianos alerta para catástrofe humanitária
Haitham Imad - EPA
Mais pormenores no trabalho da jornalista Alexandra Sofia Costa.
Biden nomeia enviado especial dos EUA para crise humanitária em Gaza
"O enviado especial Satterfield dirigirá a diplomacia norte-americana para urgentemente enfrentar a crise humanitária em Gaza, o que incluirá trabalhar para facilitar o fornecimento de ajuda vital às pessoas mais vulneráveis e promover a segurança dos civis, em coordenação com as Nações Unidas e os parceiros dos Estados Unidos", anunciou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado.
O novo responsável "liderará uma abordagem que inclui todo o Governo para mitigar as consequências humanitárias do ataque terrorista do [movimento islamita palestiniano] Hamas a Israel, apoiando esforços essenciais da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional e do Gabinete da População, Refugiados e Migrações do Departamento de Estado".
"O seu papel deriva do compromisso de longa data dos Estados Unidos de apoiar a paz e a estabilidade na região" do Médio Oriente, sublinhou o chefe da diplomacia norte-americana.
Em seguida, destacou as características que fazem do antigo embaixador a pessoa ideal para o cargo: "As décadas de experiência diplomática do enviado especial Satterfield e o seu trabalho no contexto de alguns dos mais desafiantes conflitos do mundo serão fundamentais para prosseguir o nosso esforço contínuo de resposta a necessidades humanitárias urgentes".
"A sua experiência na região estende-se por mais de 40 anos, incluindo missões na Síria, Tunísia, Arábia Saudita e duas passagens pelo Líbano", salientou, acrescentando que "foi secretário-adjunto interino para os Assuntos do Próximo Oriente, diretor dos Assuntos Árabes e Israelo-Árabes no Departamento de Estado e, entre 1993 e 1996, diretor dos Assuntos do Próximo Oriente no Conselho de Segurança Nacional, onde trabalhou principalmente no processo de paz israelo-árabe", tendo, desde que deixou o Governo, ocupado o lugar de diretor do Baker Institute for Public Policy da Rice University.
"Aprecio profundamente a disponibilidade do enviado especial Satterfield para assumir este papel e aguardo com expectativa a oportunidade de trabalhar em estreita colaboração com ele nestas novas funções", concluiu Antony Blinken.
Israel encontra-se em alerta máximo nas suas fronteiras desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 126, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
A forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.450 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, e feriu pelo menos 9.200 na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
Israel, que impôs um cerco total a Gaza, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade e planeia uma ofensiva maciça ao norte daquele território palestiniano, emitiu um ultimato para a população civil (cerca de 1,1 milhões de pessoas) o abandonar e se dirigir para o sul -- uma deslocação forçada que originou protestos da comunidade internacional e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, para os grupos mais fragilizados, poderá "equivaler a uma sentença de morte".
Macron fala com o Presidente do Irão. “O Irão deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar qualquer conflagração regional”
Cento e cinquenta e cinco reféns em Gaza
Mais de um milhar de pessoas nos destroços em Gaza
Número de mortes em Gaza sobe
Dezanove franceses mortos desde o ataque do Hamas
Joe Biden fala com Mahmoud Abbas
I spoke with Palestinian Authority President Abbas to condemn Hamas’ attack on Israel and reiterate that Hamas does not stand for the Palestinian people’s right to dignity and self-determination.
— President Biden (@POTUS) October 15, 2023
I assured him that we're working with partners in the region to ensure…
Irão alerta França para prevenir repressão contra Palestinianos
Blinken diz que afirmação dos direitos palestinianos é solução para crise
"Está claro que há dois caminhos na região. Um é o de uma maior integração, normalização, colaboração e afirmação dos direitos dos palestinianos", disse Blinken durante um encontro no Cairo com o Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi.
Segundo o chefe da diplomacia norte-americana, "a outra opção é a que oferece o Hamas, um caminho que só oferece morte, destruição, terror e loucura", acrescentando que "a opção é muito clara" e que os EUA têm o objetivo de "trabalhar em conjunto e encaminhar todos para a primeira opção".
Blinken fez estas declarações após aterrar esta manhã no Cairo, onde se encontra no âmbito de uma ronda pelo Médio Oriente para reafirmar o "apoio inquebrantável" do seu país a Israel após os ataques do grupo islamita Hamas no passado dia 07 de outubro, que provocaram uma agressiva campanha de bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza.
Nesse sentido, o chefe da diplomacia dos EUA reafirmou que o seu país está "decidido a opor-se ao Hamas e a tudo o que fez para garantir que nunca mais volta a acontecer", afirmações que reiterou em cada visita a outros países árabes.
Blinken não fez qualquer referência aos intensos bombardeamentos israelitas, ao bloqueio ou ao ultimato para evacuar o norte da Faixa de Gaza imposto por Israel, algo que evitou condenar ou mencionar ao longo da visita em defesa do Estado de Israel.
Ainda assim, garantiu que os EUA estão "decididos a apoiar os civis inocentes que sofreram, principalmente devido à ação do Hamas".
O diplomata disse ainda que a sua visita ao Egito tem o objetivo de abordar como prevenir que o conflito alastre e para "pensar juntos numa forma de avançar" em direção a uma solução.
Blinken aterrou no Egito depois de uma intensa ronda de contactos que o levaram a Telavive, Jordânia, Catar, Bahrein e Arábia Saudita.
A visita do secretário de Estado dos EUA acontece num momento em que a ajuda humanitária aguarda a passagem para Gaza através de Rafah, a única fronteira do enclave palestiniano que não é controlada por Israel e que faz a ligação com a península do Sinai egípcio.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pelo União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, iniciou a 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, que controla desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
UNICEF. "É fundamental a abertura de corredores humanitários" em Gaza
Lembra que se deve exigir que as crianças feitas reféns sejam libertadas.
Conselho Europeu emite comunicado
Doze jornalistas morreram desde início do conflito em Gaza
Entre os mortos estão dez jornalistas palestinianos, um jornalista israelita e outro desaparecido, além de um morto em ataques no sul do Líbano.
A contagem inclui os mortos até 14 de outubro, nos primeiros oito dias do conflito, explica o CJP, que alerta para "os perigos particularmente elevados" que afetam os jornalistas na Faixa de Gaza "dado o risco de um ataque por terra das forças israelitas".
O CPJ também alerta sobre os "bombardeios devastadores da aviação israelita, a impossibilidade de comunicação e os contínuos cortes de energia".
"São civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser atacados pelas partes em conflito", disse o coordenador do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansour, pedindo que ambas as partes tomem medidas para garantir a sua segurança.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
Hamas reporta mais de 2000 mortos em Gaza
Braço armado do Hamas no Líbano diz ter atacado Israel
Fornecimento de água reposto em algumas partes sul de Gaza
Movimentações militares na fronteira com Faixa de Gaza
Netanyahu apresenta Governo de unidade e promete "desmantelar" Hamas
"Os nossos maravilhosos combatentes estão prontos a atuar a qualquer momento para exterminar os monstros sangrentos que pegaram em armas contra nós", disse Netanyahu, durante uma breve apresentação em público da equipa, antes de uma reunião de segurança, à porta fechada, entre os membros do novo Governo.
Netanyahu, acompanhado por Benny Gantz, membro da oposição que se tornou ministro sem pasta, frisou que o Governo de unidade "envia uma mensagem clara ao inimigo, ao país e ao mundo".
Foi também anunciado hoje que o primeiro-ministro israelita terá o primeiro encontro com as famílias dos raptados pelo Hamas, um total de 126, segundo as estimativas do exército israelita, numa reunião na base de Ramla.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou as milícias libanesas do Hezbollah que o seu país não está interessado numa escalada das hostilidades na fronteira e que "respeitará" qualquer exercício de "contenção" que as milícias decidam levar a cabo, mas que pagarão um "preço elevado" se entrarem na guerra.
"Não queremos uma escalada. Temos uma missão a cumprir, por isso, se o Hezbollah decidir enveredar pelo caminho da guerra, pagará um preço muito alto, muito alto", enfatizou Gallant, durante uma visita a um posto militar israelita perto de Gaza, em mais um dia de trocas de artilharia na fronteira israelo-libanesa que causaram a morte de pelo menos um israelita.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
Telavive quer liquidar causa palestiniana à custa de países vizinhos, diz PR egípcio
Num comunicado, o porta-voz da presidência egípcia, Ahmed Fahmy, disse que o Conselho de Segurança Nacional, presidido por al-Sisi, "rejeitou e denunciou a política de deslocação ou as tentativas de liquidar a causa palestiniana à custa dos países vizinhos" durante uma reunião do órgão, composto por altos funcionários militares e dos serviços secretos.
Face à iminência de uma possível operação terrestre do exército israelita, o Conselho afirmou que "a segurança nacional do Egito é uma linha vermelha" que o Cairo está "empenhado em proteger".
Nesse sentido, al-Sisi propôs hoje a realização de uma cimeira regional para abordar a evolução da guerra e da crise humanitária na Faixa de Gaza e "o futuro da causa palestiniana", segundo uma resolução aprovada pelo Conselho.
Segundo o porta-voz presidencial Ahmed Fahmy, a proposta do Conselho, composto por militares de topo, serviços secretos e outros responsáveis pela segurança que se reúnem em situações de emergência no país do Nilo, vai agora ser analisada por outros países vizinhos.
Além disso, foi também decidido intensificar os contactos com as organizações humanitárias internacionais e regionais para levar "a ajuda necessária" a Gaza, bem como insistir que "não há solução para a causa palestiniana a não ser a solução de dois Estados".
A resolução do Conselho, o órgão político mais poderoso do país, surge num momento em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou ao Cairo para analisar a situação de conflito, tendo anunciado que vai regressar a Israel para uma segunda visita em menos de uma semana, depois de ter visitado seis países árabes.
Por outro lado, a resolução do Conselho surge também numa altura em que aumenta a pressão sobre o Egito para que autorize a passagem na fronteira de Rafah, o único ponto de saída da Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel, para os residentes do enclave palestiniano que tentam escapar aos bombardeamentos indiscriminados do Estado judaico.
No sábado, o Egito recusou permitir a saída de estrangeiros residentes em Gaza através do seu território, algo que tinha estado a negociar com os Estados Unidos, uma vez que o acordo não incluía a autorização de entrada de ajuda humanitária no enclave, que enfrenta uma catástrofe humanitária.
O Egito não quer que o afluxo de pessoas se transforme num ataque maciço à fronteira, como aconteceu em 2008, e que resulte numa potencial vaga de centenas de milhares de refugiados que dificilmente poderão regressar a casa.
Além disso, a entrada de habitantes de Gaza poderia significar a entrada de militantes do Hamas, uma organização próxima da Irmandade Muçulmana egípcia, que o país considera terrorista.
Milhares protestam em Rabat contra a normalização com Telavive
Segundo as autoridades policiais contactadas pela agência noticiosa espanhola EFE, cerca de 14 mil pessoas participaram na marcha, que se estendeu desde o portão da Medina de Rabat até ao Parlamento.
Os manifestantes carregavam bandeiras palestinianas de vários tamanhos, bem como fotografias a mostrar palestinianos mortos e feridos em Gaza, "kufiyas" (lenços palestinianos) e bandeiras de Marrocos e da Palestina.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a normalização das relações diplomáticas entre Marrocos e Israel, que envolveram também os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
Marrocos e Israel retomaram as relações diplomáticas em 2020 no âmbito dos Acordos de Abraão, patrocinados pelo então Presidente norte-americano, Donald Trump, para aproximar os países árabes do Estado israelita.
Em troca, a então administração dos Estados Unidos reconheceu a soberania marroquina sobre o território do Saara Ocidental, algo que o novo Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu mudar, mas que, até hoje, não fez.
"O povo contra a normalização", "Não à normalização" ou "A normalização é uma traição" são algumas das palavras de ordem ouvidas na manifestação.
Também foram ouvidas frases de apoio à chamada operação "Tempestade Al Aqsa" levada a cabo contra Israel pelo grupo islamita Hamas, considerado terrorista pelos pela União Europeia (UEE) e pelos Estados Unidos, e ao povo palestino.
"O povo marroquino saúda a resistência do povo palestiniano", "Sacrificamos o nosso sangue por ti, Palestina", "Gaza, um símbolo de orgulho", "A Palestina não está à venda", "Parem o genocídio das crianças de Gaza" ou "Palestina Livre" foram algumas das frases mais ouvidas.
Na marcha, com pessoas vindas de outras partes do Marrocos, também foram observados cartazes em apoio à Palestina e escritas frases como "Uma terra pela qual você tem de matar não é sua, uma terra pela qual você tem de morrer é a Palestina".
Sob o lema "O povo marroquino apoia a tempestade de Al-Aqsa e contra a normalização", a marcha foi convocada pela Frente Marroquina de Apoio à Palestina e à Antinormalização e pelo Grupo de Ação Nacional Pró-Palestina, e apoiada por formações islâmicas, entre elas o Partido da Justiça e Desenvolvimento (PJD), hoje na oposição, mas que governou Marrocos durante uma década até 2021, e o movimento Justiça e Espiritualidade.
A 11 deste mês, numa reunião extraordinária da Liga Árabe, no Cairo, Nasser Burita, chefe da diplomacia de Marrocos, deixou críticas à retaliação israelita e apelou a que se "dê toda a proteção" aos civis encurralados na Faixa de Gaza.
"O facto de os civis serem visados em qualquer lugar é uma fonte de grande preocupação. Devemos sublinhar a importância de lhes dar toda a proteção, de acordo com os artigos do direito internacional", disse Burita durante a sessão de abertura da reunião, presidida por Marrocos.
O ministro marroquino qualificou como "catastrófica" a situação em Gaza e recordou a "deslocação maciça" de pessoas que fogem dos bombardeamentos israelitas incessantes no enclave, que está sujeito a "um bloqueio total", que inclui "o corte de água e a proibição de entrada de alimentos, medicamentos e combustível".
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, o "cerco" a Gaza está a acontecer "no meio da emergência de um discurso sistemático e horrível de erradicação que não augura nada de bom para o futuro próximo", lembrando que "a violência só conduz à contra violência".
"Os acontecimentos sangrentos e horríveis a que todos assistimos nos últimos dias e a violência sem precedentes e a tensão perigosa que os acompanharam são uma indicação de que estamos perante uma situação sem precedentes que pode levar o conflito a uma fase cujas características e repercussões no futuro da Faixa de Gaza serão sentidas por todos", advertiu.
Cerca de 70% dos refugiados no norte de Gaza sem cuidados médicos
"Setenta por cento da população das regiões de Gaza e do norte da Faixa de Gaza está privada de serviços de saúde para os refugiados, depois de a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente ter evacuado os seus centros e suspendido os seus serviços", afirmou o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qudra, nas redes sociais.
Al-Qudra alertou também que as ambulâncias estão a ter grandes dificuldades em transportar as novas vítimas dos ataques israelitas, devido aos danos nas estradas até aos hospitais.
O Ministério da Saúde de Gaza lançou um apelo "urgente" à doação de sangue aos hospitais da região, sobretudo ao Hospital Al Shifa e a outros centros incluídos na Rede de Bancos de Sangue, "para que doem sangue imediatamente".
O último balanço do Ministério da Saúde aponta para 300 mortos e 800 feridos no sábado, "a maior parte crianças e mulheres".
No total, 2.329 pessoas foram mortas e 9.042 ficaram feridas desde o início dos ataques de Israel, em resposta à ofensiva do Hamas no último fim de semana.
"Estes crimes contra o nosso povo equivalem a uma limpeza étnica", considerou Al Qudra, segundo o qual o número de vítimas mortais nestes oito dias excede o das baixas registadas durante os 51 dias da guerra de 2014.
As instalações de saúde estão sobrecarregadas e as morgues estão lotadas, motivo pelo qual estão a ser utilizados camiões frigoríficos, normalmente utilizados para transportar alimentos, para armazenar os corpos.
ONU. Um milhão de pessoas deslocadas numa semana em Gaza
A diretora de comunicação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Juliette Touma, disse à AFP que "um milhão de pessoas foram deslocadas durante os primeiros sete dias da guerra".
"É provável que o número aumente à medida que as pessoas continuem a abandonar as suas casas", acrescentou Touma.
Israel instou os habitantes do norte do território palestiniano, onde residem cerca de 1,1 milhões de pessoas, de uma população total de 2,4 milhões, a fugirem para sul, alegando estar iminente um ataque em larga escala para destruir o centro de operações do Hamas.
Segundo as autoridades locais, mais de 2.300 pessoas morreram na Faixa de Gaza na sequência dos ataques israelitas.
Mais de 1.300 pessoas foram mortas em Israel no ataque do Hamas, durante o qual 126 pessoas foram também capturadas, de acordo com os últimos números das autoridades israelitas.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Mais de 1.400 pessoas mortas em Israel e 126 feitas reféns
O Governo israelita confirmou hoje que mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro, enquanto o Exército dá conta de 126 reféns detidos pelo movimento islamita.
Além disso, o exército israelita afirmou que pelo menos 286 soldados se encontravam entre os mortos, enquanto prosseguem os esforços para identificar centenas de outros corpos.
A grande maioria das mortes era de civis mortos durante um ataque surpresa do movimento islamita Hamas no dia 07 de outubro
Marcelo fala em "choque brutal" com ataque do Hamas a Israel
Guerra no Médio Oriente já fez 1.400 mortos do lado de Israel
Irão adverte que "ninguém pode garantir o controlo da situação" se Israel invadir Gaza
A advertência está expressa num comunicado do ministério iraniano, divulgado na capital do Qatar na sequência da visita de Hossein Amir-Habdollahian, no quadro de uma digressão regional que o levou também ao Iraque, Líbano e Síria.
O chefe da diplomacia iraniana foi recebido pelo emir do Qatar, Tamim ben Hamad al-Thani, com quem discutiu "a evolução da situação nos territórios palestinianos", segundo a agência noticiosa QNA.
A República Islâmica do Irão apoia financeira e militarmente o Hamas, o movimento islamita palestiniano que lançou um ataque sangrento contra Israel a 07 deste mês, desencadeando uma guerra na Faixa de Gaza, com a consequente retaliação militar israelita.
"Se os ataques do regime sionista contra a população indefesa de Gaza continuarem, ninguém pode garantir o controlo da situação e a perspetiva de um alargamento do conflito", afirmou Amir-Habdollahian durante o encontro com o líder do Qatar, acrescenta o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.
Israel e os Estados Unidos temem a abertura de uma segunda frente no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, se o Hezbollah, outro movimento apoiado pelo Irão, decidir intervir maciçamente na guerra entre Israel e o seu aliado palestiniano.
O ministro disse que as partes que querem "evitar que a crise se alastre devem impedir os ataques bárbaros do regime sionista", de acordo com o comunicado de imprensa.
Amir-Abdollahian afirmou ainda que os altos dirigentes do Hamas, com quem se encontrou em Beirute e Doha nos últimos dias, consideram "a questão dos prisioneiros civis" como "uma prioridade da agenda" e que, "se as condições estiverem reunidas, tomarão as medidas adequadas", acrescenta o comunicado.
Sábado, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou ser dever do mundo muçulmano apoiar o povo palestiniano e garantiu que os palestinianos "prevalecerão na guerra" contra Israel.
"Todos no mundo muçulmano têm o dever de apoiar o povo palestiniano. Com a graça de Deus, o movimento que começou na Palestina avançará e resultará na vitória completa dos palestinianos", disse Khamenei, na rede social X (antigo Twitter), sublinhando que a Palestina e Gaza são "um exemplo da força do Islão".
Terça-feira, Khamenei afirmou que os palestinianos estão orgulhosos do ataque surpresa contra Israel e, paralelamente, negou qualquer envolvimento do Irão no conflito.
"Beijamos a testa e as mãos dos líderes inteligentes e qualificados que organizaram esta operação e a juventude palestiniana. Estamos orgulhosos deles", disse o ayatollah Khamenei.
O Irão e Israel têm mantido uma rivalidade que representa uma ameaça existencial mútua, uma vez que competem pela hegemonia regional e mantêm uma guerra secreta com ataques cibernéticos, assassínios e atos de sabotagens.
O Irão lidera o chamado Eixo da Resistência, uma espécie de aliança informal composta pela Síria, pelo grupo xiita libanês Hezbollah, por fações palestinianas, por milícias iraquianas e pelos rebeldes Houthi do Iémen, entre outros.
Médicos em Gaza recusam evacuar hospitais após ordem de Israel
Dizem que é impossível transferir os doentes e que uma ação deste género pode levar à morte de centenas de pessoas.
Ofensiva iminente. Israel promete atacar "por ar, mar e terra"
Milhares de pessoas deixam cidade israelita após recomendação do Governo
A movimentação militar é intensa junto à fronteira com a Faixa de Gaza.
Blinken regressa a Israel segunda-feira
O diplomata tem estado em viagem pelos países do Médio Oriente, reunindo com aliados árabes para evitar que a guerra se transforme num conflito mais amplo.
Netanyahu promete "demolir o Hamas"
RTP em Siderot
Secretário-geral da Liga Árabe diz que Telavive é uma "máquina de matar"
Aboul Gheit referia-se aos incessantes bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza desde o ataque surpresa de dia 07 do grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, contra o Estado judeu.
"Esta febre de loucura com que Israel se comporta e o estado raivoso da sua máquina de matar nada mais são do que uma personificação da feiura e da brutalidade da ocupação. São crimes de guerra acumulados e violações massivas do direito humanitário internacional", disse o chefe da organização pan-árabe na conta pessoal na rede social X (ex-Twitter).
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio afirmou que a posição internacional "está a mudar e a despertar da obsessão de apoiar Israel" para "uma realidade dolorosa cujo preço é pago por pessoas inocentes na Faixa de Gaza".
"Continuaremos com os movimentos e contactos políticos até que esta situação mude. A consciência global deve despertar para os crimes que estão a ser cometidos", concluiu.
Cidade de Sderot está a ser evacuada sob disparos do Hamas
A poucos minutos das 13:00 (11:00 de Lisboa) os foguetes disparados de Gaza foram apontados contra a periferia leste da cidade, não provocando vítimas.
Hoje, a meio da manhã, as autoridades israelitas decretaram a evacuação da cidade que já estava parcialmente desocupada porque parte da população tem abandonado as casas ao longo dos últimos dias.
Alguns autocarros de passageiros deslocaram-se para norte acompanhados de pequenas colunas de veículos civis escoltados pelas forças de segurança, que montaram uma operação de retirada dos residentes.
São muito poucos os automóveis estacionados na cidade deserta a leste de Gaza e a maior parte das residências tem as janelas fechadas, com persianas fechadas ou com as cortinas corridas.
A artilharia de campanha de Israel continua a atingir Gaza e, ao contrário dos últimos dias, é percetível a passagem de aviões de combate, a grande altitude sobre o enclave.
Papa pede abertura de corredores humanitários
"Os direitos humanitários devem ser respeitados, sobretudo em Gaza", acrescentou.
Médicos em Gaza alertam que milhares de feridos podem morrer sem bens essenciais
Nas ruas os civis tentam encontrar comida, água e procuram segurança, antes de uma aguardada ofensiva terrestre israelita, em resposta ao ataque mortal do Hamas na semana passada.
As forças israelitas, apoiadas por um crescente destacamento de navios de guerra norte-americanos na região, posicionaram-se ao longo da fronteira de Gaza e prepararam-se para o que Israel disse ser uma vasta operação para desmantelar o grupo.
Uma semana de ataques aéreos violentos demoliu bairros inteiros, mas não conseguiu travar os disparos de foguetes do Hamas contra Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 2.329 palestinianos foram mortos desde o início dos combates, mais do que na guerra de 2014 em Gaza, que durou mais de seis semanas.
O número avançado faz desta a mais mortífera das cinco guerras de Gaza. Mais de 1.300 israelitas foram mortos, a grande maioria civis, no ataque do Hamas em 07 de outubro.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, lançou a 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, que controla desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Prazo de Israel chega ao fim
Ajuda humanitária acumula-se no Sinai egípcio
O posto fronteiriço de Rafah, que liga a península egípcia do Sinai à Faixa de Gaza, está encerrado desde que, na segunda e terça-feira, a zona registou três bombardeamentos israelitas em menos de 24 horas.
No sábado, um funcionário dos EUA disse à AFP que o Egito e Israel tinham concordado em deixar os norte-americanos saírem da Faixa de Gaza através de Rafah, mas o Egito impôs condições.
O Egito "recusa-se a permitir que o posto fronteiriço seja exclusivamente dedicado à passagem de estrangeiros", afirmaram fontes superiores citadas por meios de comunicação social próximos dos serviços secretos.
"A posição egípcia é clara: a condição (para estas passagens) é que a entrada de ajuda em Gaza seja facilitada", acrescentaram.
Hoje, testemunhas relataram que os blocos de betão instalados pelos egípcios após o bombardeamento israelita para reforçar a sua fronteira ainda se encontravam no local, o que parece indicar que não está prevista qualquer passagem no futuro imediato.
Já aterraram no aeroporto de El-Arich, capital do Sinai do Norte, cargas de ajuda provenientes da Jordânia, da Turquia e dos Emirados Árabes Unidos, bem como material médico destinado a cobrir as necessidades de 300.000 pessoas na Faixa de Gaza, enviado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Egito, por seu lado, enviou um comboio de cerca de uma centena de camiões para transportar material de socorro para a Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel, que controla as outras duas aberturas para o mundo a partir de Gaza, declarou um "cerco total" ao território palestiniano, após 16 anos de bloqueio, proibindo a entrada de alimentos e cortando a água e a eletricidade aos 2,4 milhões de habitantes do território palestiniano.
Aumenta também a pressão sobre o Egito, que receia que a sua fronteira possa ser forçada pelos habitantes de Gaza, como aconteceu em 2008, no início do bloqueio israelita.
Na sexta-feira, o exército israelita ordenou a retirada dos 1,1 milhões de habitantes do norte da Faixa de Gaza para o sul, que faz fronteira com o Egito.
Um morto e dez feridos em ataque do Hezbollah
Normalização das relações israelo-sauditas e guerra levam Blinken a Riade
Blinken tem viajado pela região desde que o movimento islamita, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, realizou um ataque sem precedentes em Israel, a 07 deste mês, desencadeando uma guerra contra o território palestiniano.
O chefe da diplomacia norte-americana reuniu-se durante mais de uma hora com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, na residência real perto de Riade, disse um responsável norte-americano à AFP, que descreveu o encontro com o "muito produtivo", mas sem adiantar pormenores.
A violência entre Israel e o Hamas deixou milhares de mortos em ambos os lados.
Em setembro passado, Mohammed bin Salman relatou progressos nas discussões sobre uma possível normalização com Israel, patrocinada pelos Estados Unidos, mas uma fonte próxima do Governo saudita disse no sábado que as discussões foram suspensas.
O reino do Golfo, guardião dos primeiros locais mais sagrados do Islão, nunca reconheceu Israel e não aderiu aos Acordos de Abraão de 2020, mediados pelos Estados Unidos, que permitiram aos vizinhos Bahrein e Emirados Árabes Unidos, bem como Marrocos, estabelecerem laços diplomáticos com Israel.
Bin Salman foi pressionado nos últimos meses pela administração norte-americana a fazer o mesmo, com Riade a exigir em troca garantias de segurança de Washington e assistência no desenvolvimento de um programa nuclear civil.
Depois de uma visita de solidariedade a Israel, na quinta-feira, o chefe da diplomacia norte-americana iniciou uma digressão a seis países árabes com o objetivo particular de exercer pressão sobre o Hamas, a fim de evitar a propagação do conflito na região.
Depois da Jordânia, Qatar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, Blinken tem previsto viajar hoje para o Egito, um importante mediador entre Israel e o Hamas.
Fonte da administração norte-americana disse no sábado à agência noticiosa France-Presse (AFP) que o Cairo havia trabalhado para um acordo que permitisse aos cidadãos norte-americanos deixar a Faixa de Gaza, mas que foram impedidos pelo Hamas de ir para o único ponto de passagem, na fronteira de Rafah.
Israel fecha parte da fronteira com o Líbano
Joe Biden frisa que palestinianos não são o Hamas
São declarações no âmbito de um campanha de Direitos Humanos.
Já morreram vários profissionais da ONU em Gaza
Israel garante que continuará a permitir passagem de civis do norte para sul
EUA oferecem aos americanos em Israel retirada por mar
Israel abre novo corredor para sul da Faixa de Gaza
Ação israelita ultrapassa "domínio da autodefesa", considera Pequim
"As ações de Israel ultrapassaram o domínio da autodefesa" e os dirigentes devem parar de "punir coletivamente o povo de Gaza", disse Wang Yi ao chefe da diplomacia da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, no sábado, de acordo com uma declaração divulgada hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"As partes não devem tomar qualquer medida que possa agravar a situação", sublinhou Wang Yi, apelando à abertura "de negociações".
A televisão pública chinesa CCTV anunciou que o enviado da China para o Médio Oriente, Zhai Jun, vai visitar a região na próxima semana para promover um cessar-fogo e conversações de paz.
No sábado, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apelou à China, parceira do Irão, para que usasse a sua influência para acalmar a situação no Médio Oriente.
Visita do enviado da China para o Médio Oriente para promover cessar-fogo
O objetivo da visita de Zhai Jun é "coordenar um cessar-fogo com as várias partes, proteger os civis, acalmar a situação e promover as conversações de paz", afirmou a CCTV.
O anúncio surge no momento em que Israel se prepara para lançar uma ofensiva no norte da Faixa de Gaza, depois de ter concedido aos residentes um prazo suplementar para saírem da zona no sábado, uma semana depois de o movimento islamita Hamas ter lançado um ataque sem precedentes no território israelita.
Os dados oficiais de vítimas mortais, na maioria civis, apontam para mais de 1.400 mortes em Israel e mais de 2.200 na Faixa de Gaza, de acordo com fontes oficiais israelitas e palestinianas.
Zhai disse que "a perspetiva de (o conflito) se alargar e transbordar é profundamente preocupante", de acordo com a CCTV, que publicou um vídeo de uma entrevista com o enviado.
No sábado, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que Washington devia "desempenhar um papel construtivo" no conflito entre Israel e Gaza, durante uma conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Antony Blinken.
Wang Yi pediu a realização de uma "reunião internacional de paz o mais rapidamente possível para promover um amplo consenso", acrescentando que "a solução fundamental para a questão palestiniana reside na implementação de uma `solução de dois Estados`".
Na quarta-feira, Zhai Jun tinha apelado para um "cessar-fogo imediato" numa conversa telefónica com um responsável da Autoridade Palestiniana, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Zhai Jun disse ao vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Amal Jadu, que a China estava "profundamente triste com a intensificação do atual conflito" e "muito preocupada com a grave deterioração da segurança e da situação humanitária na Palestina", de acordo com o site do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"As principais prioridades são um cessar-fogo imediato e a proteção dos civis", acrescentou.
A 07 de outubro, o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.
EUA enviam segundo porta-aviões para o Mediterrâneo oriental
O objetivo é "dissuadir uma ação hostil contra Israel ou qualquer esforço para expandir esta guerra na sequência do ataque" do grupo islamita Hamas, a 07 de outubro, afirmou, em comunicado.
O USS Eisenhower e os navios de escolta vão juntar-se a um primeiro porta-aviões, o USS Gerald R. Ford, destacado para a região, na sequência do ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro.
Este destacamento demonstra "o compromisso inabalável de Washington para com a segurança de Israel e a determinação em dissuadir qualquer Estado ou ator não estatal que procure fazer escalar esta guerra", acrescentou Austin.
Os EUA começaram já a enviar ajuda militar para Israel com novas munições e advertiram os vizinhos do Estado hebraico contra o prolongamento do conflito.
No sábado à noite, o Presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhou o apoio dos EUA aos esforços de proteção dos civis, em chamadas telefónicas com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente palestiniano, Mahmud Abbas.
Transportar doentes para sul de Gaza poderá ser sentença de morte
O Exército israelita ordenou a todos os habitantes do norte da Faixa de Gaza, incluindo os doentes e os feridos, que se deslocassem para o sul, para poder lançar uma ofensiva militar terrestre contra o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder naquele enclave palestiniano desde 2007 e que levou a cabo um sangrento ataque surpresa a Israel há uma semana.
"A OMS condena veementemente as repetidas ordens israelitas para evacuar 22 hospitais, que tratam mais de 2.000 doentes no norte da Faixa de Gaza", declarou a agência especializada da ONU num comunicado.
Deslocar 2.000 doentes para o sul de Gaza, "onde os estabelecimentos de saúde atingiram já o máximo da sua capacidade e são incapazes de absorver um aumento considerável do número de doentes, poderá ser o equivalente a uma sentença de morte", sustentou a organização.
Mais de 1.400 pessoas foram mortas pelos combatentes do Hamas, a maioria das quais civis, incluindo crianças, e pelo menos 150 pessoas foram capturadas como reféns, segundo as autoridades israelitas.
A forte resposta israelita fez mais de 2.200 mortos na Faixa de Gaza, entre os quais mais de 700 crianças, e mais de 8.700 feridos, segundo o Hamas.
"A deslocação forçada de doentes e profissionais de saúde agravará mais ainda a presente catástrofe humanitária e de saúde pública", defendeu a OMS.
As pessoas gravemente doentes, nos cuidados intensivos ou a fazer hemodiálise, os recém-nascidos em incubadoras, as grávidas com complicações "correm todos o risco de uma deterioração imediata do seu estado ou de morte, se forem obrigados a deslocar-se e forem privados de cuidados vitais durante a sua deslocação", advertiu a agência das Nações Unidas.
Os profissionais de saúde do norte da Faixa de Gaza são confrontados com "escolhas angustiantes" entre abandonar os seus doentes, expô-los ao risco de morte ao deslocá-los e pôr as suas próprias vidas em perigo ficando ao lado deles.
"Na grande maioria, os profissionais de saúde escolheram ficar e manterem-se fiéis ao juramento que fizeram de `não fazer mal`", sublinhou a OMS.
UE pede que retirada de pessoas de norte para sul de Gaza seja "seriamente reconsiderada"
O responsável da UE apresenta assim uma posição alinhada com a do secretário-geral da ONU, António Guterres.
"A ordem de saída de mais de um milhão de pessoas do norte de Gaza deve ser seriamente reconsiderada, como defendeu vigorosamente António Guterres" num artigo de opinião no `The New York Times`, considerou Borrell, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
O alto representante da União Europeia para a Política Externa também defendeu que "todos os reféns de Gaza devem ser libertados" e que "os civis não devem ser usados como escudos humanos".
Borrell explicou que manteve "intensas consultas" com a diplomacia da Arábia Saudita, Egipto, Qatar e Emirados Árabes Unidos, que confirmaram a sua "convicção de que a prioridade é garantir a proteção de todos os civis".
O representante para as relações externas da UE insistiu hoje, também em linha com Guterres, que a deslocação da população de Gaza exigida pelas forças israelitas é "perigosa" e "praticamente impossível".
"Para um milhão de civis sair do norte de Gaza, através de uma zona de guerra densamente povoada para um local sem comida, água ou abrigo, num território sitiado, é extremamente perigoso e praticamente impossível", notou na rede social.
Israel bombardeia aeroporto de Alepo
O aeroporto de Alepo é um alvo porque Israel alega que é ali que é descarregado muito armamento enviado pelo Irão para atacar solo israelita.
Sobe para 2.329 número de mortos na Faixa de Gaza
Israel volta a alargar prazo de saída dos palestinianos do norte de Gaza
Garantiu ainda que a ofensiva vai avançar e vai ser em grande escala, por terra, ar e mar. O objetivo é destruir os túneis e outras estruturas de apoio ao Hamas.