MSF lamentam que unidades hospitalares sejam um alvo
A organização de ajuda humanitária saiu de Faixa de Gaza depois do pedido de Israel. Ainda assim, muitos médicos ficaram a trabalhar nos hospitais.
Guterres "horrorizado" lembra que hospitais e médicos estão sob proteção internacional
I am horrified by the killing of hundreds of Palestinian civilians in a strike on a hospital in Gaza today, which I strongly condemn. My heart is with the families of the victims. Hospitals and medical personnel are protected under international humanitarian law.
— António Guterres (@antonioguterres) October 17, 2023
Bombardeamento de hospital em Gaza ameaça incendiar Médio Oriente
Foto: Mohammed Al-Masri - Reuters
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, culpou os "terroristas bárbaros de Gaza" pelo ataque ao hospital: "Aqueles que mataram brutalmente os nossos filhos estão a matar os seus próprios filhos".
O 10.º dia do conflito desencadeado pelo ataque do Hamas contra Israel gerou fortes reações de todo o mundo. Por parte dos países árabes, o bombardeamento ao hospital gerou uma condenação generalizada, com manifestantes a saírem às ruas em Amã e Tunes.
c/ Lusa
Joe Biden em contactos sobre bombardeamento de hospital de Gaza
O presidente norte-americano não se pronunciou sobre a origem da explosão que matou centenas de pessoas, enquanto o movimento islamita Hamas culpou Israel e o exército israelita culpou a Jihad Islâmica.
As imagens divulgadas do hospital Al-Ahli mostravam um enorme incêndio rodeando as fachadas do edifício, vidros estilhaçados e corpos, muitos deles desmembrados, espalhados por toda a zona.
França condena firmemente ataque contra hospital em Gaza
"O direito internacional humanitário é vinculativo para todos e deve permitir a proteção das populações civis. O acesso humanitário à Faixa de Gaza deve ser aberto sem demora", sublinhou a diplomacia francesa, em comunicado.
Marrocos também condenou fortemente o ataque ao hospital, que atribuiu às forças israelitas, exigindo que "todas as partes protejam os civis" e que estes "não sejam um alvo".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino sublinhou, em comunicado, "a necessidade urgente de a comunidade internacional fazer esforços concertados para pôr fim às hostilidades o mais rapidamente possível, respeitar as normas humanitárias internacionais e trabalhar para evitar que a região caia numa nova escalada e tensão".
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, acusou Israel de crimes de guerra após o ataque ao hospital, apelando à comunidade internacional para agir.
O Iraque decretou três dias de luto nacional pelas vítimas do ataque, exigindo o envolvimento da comunidade internacional para pôr fim aos "ataques hostis" de Israel contra o enclave palestiniano.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano sublinhou que "os ataques constituem uma grave violação das disposições do direito internacional e humanitário e dos valores mais básicos da humanidade".
Já o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) manifestou "choque e horror" pela morte de centenas de pessoas no ataque ao hospital.
"Os hospitais deveriam ser santuários para preservar a vida, e não cenas de morte e destruição. Nenhum paciente deveria ser assassinado numa cama de hospital, nem um médico ao tentar salvar outras pessoas", frisou este organismo, especializado em assistência humanitária em zonas de conflito, em comunicado.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, frisou hoje que o ataque mortal a um hospital na Faixa de Gaza é "totalmente inaceitável".
"Faltam-me as palavras. Ontem à noite [terça-feira], centenas de pessoas foram mortas de maneira horrível no ataque ao Hospital Al Ahli Arab, incluindo pacientes, cuidadores e famílias que se refugiaram dentro e ao redor do hospital. Uma vez, novamente, os mais vulneráveis [são afetados]. Isto é totalmente inaceitável", frisou, em comunicado.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza.
"De acordo com informações de serviços de informações, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.
Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.
O ataque surpresa do Hamas em 07 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
Mortes em ataques contra hospital e escola em Gaza são "horrendas e chocantes", diz MNE português
"As notícias de Gaza são horrendas e chocantes. Foram mortos centenas de inocentes num hospital. Na escola da UNRWA, também bombardeada, houve mais mortes. Estes alvos não são militares", destacou o chefe da diplomacia portuguesa na rede social X (antigo Twitter).
"Reiteramos o nosso urgente apelo ao respeito permanente do direito internacional humanitário", acrescentou João Gomes Cravinho.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza e que, de acordo com o movimento islamita Hamas, provocou 500 mortos.
"De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.
Também hoje pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos na Faixa de Gaza, indicou o organismo, que denunciou um "flagrante desrespeito pela vida dos civis".
Num comunicado, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, informou que "pelo menos seis pessoas morreram hoje à tarde quando uma escola da UNRWA foi atingida no acampamento de refugiados de Al Maghazi, na zona central de Gaza".
Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo pessoal da agência que integra o sistema da ONU, e a escola sofreu graves danos estruturais, afirmou ainda Lazzarini, admitindo que o número de vítimas poderá aumentar.
Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.
O ataque surpresa do Hamas em 07 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
Egito, Turquia e Liga Árabe condenam ataque contra hospital em Gaza
Borrell pede apuramento claro da responsabilidade por ataque a hospital de Gaza
"As notícias do hospital (…) em Gaza acrescentam horror à tragédia que se desenrola diante dos nossos olhos há dias", destacou Borrell, através da rede social X (antigo Twitter).
O chefe da diplomacia europeia defendeu que "a responsabilidade por este crime deve ser claramente estabelecida e os autores devem ser responsabilizados".
E lamentou que, "mais uma vez, os civis inocentes paguem o preço mais alto".
Rússia e Emirados pedem reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
“A Rússia e os Emirados Árabes Unidos solicitaram uma reunião aberta de emergência do Conselho de Segurança da ONU para as 10h00 de amanhã (hora local, 15h00 em Lisboa), 18 de outubro, em conexão com o ataque com mísseis contra um hospital de Gaza", anunciou o vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, na plataforma X (antigo Twitter).
"Vamos ver como os nossos colegas ocidentais reagirão a isto", acrescentou.
C/Lusa
Manifestante palestiniano morto na Cisjordânia
Ataque a Hospital. Israel acusa militantes palestinianos
Mahmoud Abbas cancela reunião com Joe Biden
Costa salienta consenso europeu na condenação do Hamas e pelo direito humanitário
Esta posição de António Costa foi publicada na sua conta na rede social X (antigo Twitter), que se realizou por videoconferência, com o objetivo de os líderes europeus definirem uma posição comum sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Participei na reunião do @EUCouncil dedicada à situação em #Israel e em #Gaza. Houve um consenso muito alargado na condenação total do Hamas e quanto ao direito de Israel de se defender dos brutais ataques terroristas, respeitando o direito humanitário internacional.#EUCO pic.twitter.com/IP3ZdPMbjU
— António Costa (@antoniocostapm) October 17, 2023
De acordo com António Costa, todos os líderes dos Estados-membros da União Europeia concordaram "também que os reféns feitos pelo Hamas devem ser libertados imediatamente e sem pré-condições".
"O mesmo consenso quanto à importância de impedir uma catástrofe humanitária em Gaza", completou.
Nas suas mensagens, o primeiro-ministro referiu que os Estados-membros da União Europeia apoiam e saúdam "o aumento da assistência humanitária anunciado pela Comissão Europeia".
"É fundamental assegurar a criação de corredores humanitários, seguindo o apelo do secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres], e apoiar o Egito na gestão desta crise humanitária", acrescentou António Costa.
C/Lusa
RTP em Israel. Hezbollah poderá constituir segunda frente de batalha
RTP acompanha situação de hospital bombardeado em Gaza
Israel culpa Jihad Islâmica pelo bombardeamento do hospital de Gaza
Marcelo de visita à Bélgica apanhado no meio de um atentado
Exército israelita atribui à Jihad Islâmica ataque que atingiu hospital em Gaza
"De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
C/Lusa
Hamas compromete-se a libertar todos os reféns se Israel puser fim aos bombardeamentos a Gaza
Um alto responsável do Hamas disse à emissora NBC News que os reféns poderiam ser libertados no prazo de uma hora, desde que Israel satisfizesse as suas exigências, sublinhando que não existe atualmente um local seguro para os libertar. Em troca da libertação dos soldados israelitas detidos, Israel deve libertar todos os palestinianos que estão em prisões israelitas, acrescentou.
O responsável do Hamas afirmou que tanto os EUA como Israel já conhecem as condições para a eventual libertação dos reféns civis, alegando que o grupo as deu a conhecer nas suas conversações com os líderes de vários países árabes.
Guterres no Egito quinta-feira para discutir entrega de ajuda humanitária
Atualmente na China, Guterres será recebido na quinta-feira na capital egípcia por Sissi e "outros" líderes para discutir "a situação em curso região", ou seja, a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, declarou o porta-voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric, durante uma conferência de imprensa.
C/Lusa
Joe Biden chega esta quarta-feira a Israel
Gaza. Palestinianos ameaçados com morte por falta de alimentos
São quatro os luso-israelitas mortos pelo Hamas
Hamas divulga video com declarações de refém israelita
Von der Leyen recusa contradição entre apoio a Telavive e solidariedade com palestinianos
Von der Leyen referiu também ter falado, no sábado, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, tendo-o informado que a Comissão Europeia vai %u201Ctriplicar a ajuda humanitária aos palestinianos durante este ano%u201D.
Por outro lado, Bruxelas estará ainda %u201Ca estabelecer uma ponte aérea para o Egito%u201D para fazer chegar ajuda a Gaza.
A ajuda humanitária, adiantou também Von der Leyen, não se esgota em Gaza, havendo também pessoas em necessidade em outras zonas da região.
Os líderes dos 27 da União Europeia (UE) reuniram-se hoje por videoconferência, com a participação do primeiro-ministro, António Costa, para definir uma posição comum sobre o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas, mas também sobre o apoio a fornecer à população civil palestiniana na Faixa de Gaza.
C/Lusa
Conselho Europeu. Charles Michel diz que é preciso "fazer tudo para evitar escalada"
Os líderes europeus debateram ainda a necessidade de ter um compromisso "ativo no plano diplomático com Israel e com os parceiros da região".
Um dos "compromissos partilhados pelos líderes" é "tudo fazer para evitar a escalada regional".
Faixa de Gaza. Ex-Relator Especial da ONU diz que o mundo não faz o suficiente para impedir tragédia
REUTERS/Denis Balibouse
Ao serviço da ONU, Michael Lynk acusou o Estado de Israel de criar um regime de apartheid.
O antigo Relator Especial sobre a situação dos Direitos Humanos nos territórios palestinianos critica a dualidade de critérios em relação a este conflito e defende que o silêncio do Tribunal Penal Internacional é uma luz verde para "os crimes de Israel".
Ataque israelita a hospital em Gaza faz centenas de mortos
Este ataque ao hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza, e caso seja confirmado, será o mais mortífero bombardeamento aéreo israelita nas cinco guerras que foram travadas desde 2008.
As imagens divulgadas do hospital Al-Ahli mostravam um enorme incêndio rodeando as fachadas do edifício, vidros estilhaçados e corpos, muitos deles desmembrados, espalhados por toda a zona. O ministério referiu que pelo menos 500 pessoas foram mortas.
Cinco combatentes do Hezbollah mortos
As forças israelitas e os grupos armados no Líbano têm-se envolvido numa série de escaramuças de baixa intensidade desde o início da última guerra em Gaza, desencadeada um dia antes com o ataque a Israel por combatentes do movimento islamita Hamas. A escalada surge no meio de receios de que a guerra possa alastrar ao Líbano, onde os xiitas do Hezbollah, pró-iraniano, manifestaram forte apoio ao Hamas, movimento que governa a Faixa de Gaza desde 2007 e que é considerado como um “grupo terrorista” pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, além de Israel.
É de sublinhar que Israel considera o grupo fortemente armado do Líbano como a sua maior ameaça, tendo afirmado que uma incursão terrestre na Faixa de Gaza bloqueada conduziria a uma escalada.
C/Lusa
Israel. Nível de segurança não vai ser para já aumentado
O ministro da Administração Interna diz que o nível de ameaça ao país não aumentou com a guerra no Médio Oriente e que a situação está a ser acompanhada em permanência.
Nível de alerta de segurança em Portugal está "em avaliação" revela MAI
"Não está a ser equacionado [o aumento do nível de alerta], está ser objeto nesta fase de uma avaliação no diálogo que é desenvolvido com as forças e serviços de segurança", afirmou aos jornalistas José Luis Carneiro, quando questionado se Portugal vai aumentar o nível de alerta de segurança após os recentes ataques na França e na Bélgica na sequência do conflito armado entre Israel e o movimento islamita Hamas.
O ministro deu conta de que o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro, tem estado "em articulação com as entidades internacionais que cooperam com os países europeus e também tem estado em articulação com as forças e serviços de segurança".
O governante acrescentou que é "em função do diálogo em curso que serão tomadas as medidas consideradas adequadas ao nível da segurança, mas sempre com prévia avaliação, com muita sensatez, ponderação e equilíbrio".
O ministro disse ainda que quem pode prestar "informações adequadas" sobre esta matéria é o secretário-geral do SSI, que é "quem tem função de coordenação e articulação entre as forças e serviços de segurança".
"Há instâncias próprias de operação policial internacional que têm estado em diálogo e em troca de informação, qualquer dúvida de qualquer instituição, nomeadamente dos deputados, por via da ministra dos Assuntos Parlamentares, devem colocar essa questão ao SSI", afirmou o ministro, no final da cerimónia de tomada de posse do diretor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), Luís Farinha.
O Chega anunciou hoje que vai requerer as audições do ministro da Administração Interna e dos serviços de informações para que prestem esclarecimentos sobre as medidas para evitar "ataques como os que aconteceram em França e na Bélgica".
A agência Lusa questionou o SSI sobre as medidas de segurança adotadas em Portugal, mas até ao momento ainda não obteve qualquer resposta.
O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
Depois destes ataques, um professor foi esfaqueado, na passada sexta-feira, em frente a uma escola secundária no norte de França, num ataque no qual três outras pessoas ficaram feridas. O autor do ataque - que tem 20 anos, nacionalidade checheno-russa e é acusado de radicalização islâmica - reivindicou o ato em nome da organização Estado Islâmico.
Na segunda-feira, em Bruxelas, duas pessoas morreram baleadas e uma outra ficou ferida, tendo o suspeito sido morto pela polícia.
Na sequência deste ataque, o nível de alerta em Bruxelas foi elevado para o grau máximo.
Netanyahu apela ao mundo para se unir para derrotar o Hamas
Netanyahu acusou ainda o Hamas de querer "ter os cidadãos de Gaza como escudo humano".
"A selvageria que testemunhámos perpetrada pelos assassinos do Hamas que saíram de Gaza foram os piores crimes cometidos contra os judeus desde o Holocausto", afirmou o chefe de Governo de Israel.
Olaf Scholz, por sua vez, disse que o dever da Alemanha é "defender a existência do Estado de Israel".
O chanceler alemão, que visita Telavive para mostrar solidariedade a Israel, disse que estava "em visita a amigos em tempos difíceis", citou a Deutsche Welle.
"Como disse no parlamento na semana passada, só pode haver um lugar para a Alemanha em tempos difíceis: ao lado de Israel. A segurança de Israel e dos seus cidadãos é a razão de Estado da Alemanha. E o parlamento alemão apoia esta posição por unanimidade", reiterou Scholz.
O chanceler alemão observou ainda que a história da Alemanha e o seu papel "na sequência do Holocausto significa que é nosso dever defender a existência do Estado de Israel".
"Condenamos nos termos mais veementes os ataques sanguinários perpetrados pelos terroristas do Hamas. O terror brutal contra civis inocentes, a execução de cidadãos indefesos, o assassinato de bebés, o rapto de mulheres, homens e crianças, a humilhação e apresentação de sobreviventes do Holocausto – faz-nos gelar o sangue".
Primeiro-ministro britânico vai visitar Israel
Charles Michel debate situação com Lula da Silva
“No âmbito do Conselho Europeu de hoje, tive uma importante conversa telefónica com o presidente Lula da Silva, que ocupa atualmente a liderança do Conselho de Segurança da ONU”, revelou Michel, na sua conta na rede social X (ex-Twitter).
Ahead of the #EUCO today, important call with President @LulaOficial of Brazil, currently holding Presidency of the @UN Security Council. Working together to avoid escalation and a humanitarian disaster. All sides must comply with International Law.
— Charles Michel (@CharlesMichel) October 17, 2023
Also joining efforts to…
O líder do Conselho salientou ter de trabalhar em conjunto com Luiz Inácio Lula da Silva para "evitar um agravamento [do conflito] e um desastre humanitário".
Segundo Michel, ambos concordaram que "todas as partes devem cumprir a lei internacional" e em juntar esforços para "se chegar a uma paz duradoura e sustentável, baseada na solução de dois estados".
O Conselho Europeu está reunido, por vídeo conferência, em Bruxelas para debater a situação no Médio Oriente, com o primeiro-ministro, António Costa, a representar Portugal. O Brasil exerce em outubro a presidência mensal do Conselho de Segurança.
C/Lusa
Já morreram pelo menos 940 crianças em Gaza
Hamas afirma que visita de Biden incentivará morte de palestinianos
Numa entrevista telefónica concedida à televisão CNN, Qassem censurou a Administração norte-americana pela postura "agressiva" contra os palestinianos e por aceitar a "retórica israelita".
"Infelizmente, a Administração dos Estados Unidos e o Presidente [Joe] Biden tomaram uma postura muito agressiva contra o povo palestiniano e caíram na narrativa israelita. A sua visita serve apenas para apoiar financeiramente e moralmente os israelitas, encorajar a ocupação e a realização de mais massacres contra os nossos irmãos, crianças e idosos palestinianos", referiu o porta-voz do Hamas.
Qassem também afirmou que pelo menos “dois terços” das vítimas dos bombardeamentos israelitas de hoje são mulheres e crianças que fugiram do norte para o sul da Faixa de Gaza.
Biden tem viagem marcada para esta quarta-feira, aceitando assim o convite do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e na sequência da visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a Israel.
C/Lusa
Conflito Médio Oriente. Marcelo aponta a unidade da União Europeia
FOTO: José Coelho - Lusa
O programa da visita de Estado foi adaptado, mas sobre o ataque na capital belga, o presidente da República diz que "ninguém pode garantir que não há terrorismo em qualquer ponto do mundo", mas "as estruturas na Europa (...) normalmente estão preparadas para prevenir e tentar enfrentar essa situação".
No caso português, continuou, "não faz sentido nenhum fazer especulações e projeções" como "começar a falar no fenómeno da migração ou dos migrantes e, a partir daí, começar a estabelecer cenários".
"A segurança é muito importante para as pessoas. As estruturas de segurança estão a ter uma capacidade de prevenção e resposta crescente", afirmou ainda sobre o terrorismo na Europa. "Agora ninguém pode impedir, mesmo em termos do ato criminoso comum, que não haja atos criminosos em acontecimentos de massas".
Questionado sobre a escalada do conflito entre Israel e o Hamas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que numa "reunião de Conselho Europeu" onde se debaterá a situação, os líderes presentes "não podem deixar de tratar (...) as várias vertentes da questão".
"Faz lógica com um objetivo que é muito importante que é a União Europeia ter uma voz unida", continuou. "É muito importante que a União Europeia tenha uma posição comum".
Segundo o presidente, a UE está a preparar uma "posição comum" sobre o assunto e a situação no Médio Oriente.
"A União Europeia (...) está a fazer um esforço para ter um voz única", sublinhou, referindo-se à condenação aos ataques do Hamas ou ao apoio às vítimas civis de ambos os lados.
Autoridades de Gaza pedem à população que dê urgentemente combustível que tiver
O cerco de Israel àquele enclave palestiniano, em retaliação contra a ofensiva do Hamas a território israelita a 7 de outubro, causou uma escassez que ameaça suspender os serviços de saúde, pondo em perigo a vida de milhares de feridos e doentes.
Hamas anuncia a morte de um dos seus comandantes num ataque israelita
Hospitais tornam-se campos improvisados para deslocados
Texto russo sobre conflito no Médio Oriente não passa na ONU
Foto: Andrew Kelly - Reuters
A sessão ficou também marcada pelas acusações do representante da Palestina à ação de Israel na Faixa de Gaza.
Gaza só tem comida para mais cinco dias
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Washington "não tem" indicações de maior envolvimento do Irão
RTP em Israel. "Mais uma noite de intensos bombardeamentos"
Fronteira de Rafah entre Faixa de Gaza e Egito permanece fechada
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Guterres deve visitar o Egito na quinta-feira
Ministério Público belga não descarta ligação entre atentado e situação no Médio Oriente
Dois mil soldados dos EUA colocados em estado de prontidão
Combustível nos hospitais em Gaza está a esgotar-se
Mohammed al-Masri - Reuters
A porta-voz do gabinete dos Direitos Humanos da ONU diz que a Organização está muito preocupada com esta ordem.
Rei jordano recusa refugiados palestinianos na Jordânia e no Egito
Quatro feridos por mísseis antitanque disparados do Líbano
Jordânia vai acolher cimeira entre Biden e líderes egípcios e palestinianos
Ponto da situação
- A ONU alertou para o risco iminente de mortes por infeções em Gaza por Israel só ter permitido o abastecimento de uma quantidade mínima de água desde o início da guerra com o Hamas;
- A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos revelou que os hospitais de Gaza só têm reservas de combustíveis para mais 24 horas;
- A Organização Mundial da Saúde pediu acesso urgente a Gaza para distribuir material médico;
- O presidente dos EUA vai na quarta-feira a Israel;
- O chanceler alemão Olaf Scholz exortou o Irão a não entrar no conflito no Médio Oriente;
- O exército israelita revelou que matou quatro pessoas que tentavam atravessar a vedação junto à fronteira com o Líbano;
- Sem revelar a data concreta, o presidente francês Emmanuel Macron revelou que se vai deslocar a Israel;
- Guarda Revolucionária de elite do Irão insiste que haverá outra onda de choque se Israel não “parar com atrocidades" em Gaza.
Haverá outra onda de choque se Israel não “parar com atrocidades” em Gaza
Macron vai a Israel
Egito vai acolher sábado cimeira para debater conflito israelo-palestiniano
Países Baixos prometem 10 milhões de euros de ajuda suplementar
Refém franco-israelita afirma estar a ser bem tratada e apela à libertação
Próxima fase da guerra pode ser diferente das expetativas
"Vai acabar por surgir cólera em Gaza nesta catástrofe humanitária perfeita"
Amir Cohen - Reuters
Para este especialista em medicina de emergência, os corredores humanitários devem abrir o quanto antes. As Nações Unidas já contam mais de um milhão de deslocados em dez dias, desde que o movimento Hamas atacou Israel.
Terroristas detidos
Faixa de Gaza voltou a ser bombardeada na última noite
Uma coluna de ajuda humanitária do Crescente Vermelho continua a aguardar autorização para entregar o apoio aos palestinianos acumulados no centro e no sul da Faixa de Gaza, como constataram os enviados da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
ONU alerta para risco de mortes por infeções por falta de água
Numa atualização da informação sobre a Faixa de Gaza, a ONU disse que Israel autorizou, até agora, o abastecimento de menos de 4% da água consumida pela população antes do início da guerra com o movimento islamita.
O risco de mortes por infeções "é iminente se a água e o combustível não forem imediatamente autorizados a entrar no enclave palestiniano", afirmou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa).
Após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, que provocou mais de 2.400 mortos em 07 de outubro, Israel anunciou o corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza.
Israel também tem bombardeado a Faixa de Gaza desde então, em ataques que causaram mais de 2.800 mortos, segundo as autoridades palestinianas.
O Hamas, considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Israel mantém o território de 2,3 milhões de habitantes cercado desde o ataque do Hamas e pediu a cerca de metade da população local para se deslocar para sul na antecipação de uma ofensiva terrestre.
A retoma do abastecimento de água foi feita especificamente na zona a leste da cidade de Khan Younis, no sul, onde os palestinianos continuam a chegar depois da ordem de evacuação do norte.
"Dado o colapso de praticamente todos os serviços de água e saneamento em Gaza, a população corre o risco de morrer de doenças infecciosas", disse a ONU.
De acordo com organizações humanitárias, o combustível que os hospitais estão a utilizar para fazer funcionar os geradores que produzem uma quantidade mínima de eletricidade necessária para continuarem a funcionar irá esgotar-se nas próximas horas.
"Gaza está sob um apagão total pelo sexto dia consecutivo", disse a ONU na atualização divulgada na cidade suíça de Genebra, citada pela agência espanhola EFE.
"Os hospitais estão à beira do colapso porque as reservas de gasóleo que utilizam para os geradores se esgotaram quase completamente, pondo em risco a vida de milhares de pacientes", referiu.
O ponto de situação do OCHA confirma que se mantém o bloqueio à Faixa de Gaza e que o posto fronteiriço de Rafah continua fechado, apesar da expectativa de que iria ser aberto na segunda-feira.
Rafah liga Gaza à península egípcia do Sinai e é a única fronteira do território palestiniano não controlado por Israel.
O encerramento de Rafah impede a entrada de alimentos, água e medicamentos que as Nações Unidas colocaram no Egito e que estão prontos para serem transportados e distribuídos em Gaza.
Os Estados Unidos têm estado a negociar com as partes relevantes no conflito a abertura de Rafah para permitir a saída de estrangeiros retidos em Gaza e a entrada da ajuda humanitária.
Alerta da UNRWA
OMS pede acesso urgente a Gaza
Camiões com ajuda humanitária retidos
Ninguém pode parar as "forças da resistência" se os crimes de Israel continuarem
Exército israelita mata quatro pessoas junto da fronteira com o Líbano
Alemanha exorta Irão a não entrar no conflito do Médio Oriente
ONU alerta para falta de apoio humanitário
Biden vai a Israel na quarta-feira
Irão adverte para "ação preventiva" contra Israel
- O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hosein Amir Abdolahian, adverte para uma potencial "ação preventiva", nas próximas horas, por parte de grupos de "resistência" contra Israel, caso os ataques na Faixa de Gaza se acentuem. O denominado Eixo da Resistência é uma aliança informal, encabeçada por Teerão, que inclui organizações como o Hezbollah xiita libanês, o movimento palestiniano Hamas e a Jihad Islâmica;
- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai visitar Israel na quarta-feira, confirmou Washington. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sublinha que esta deslocação acontece num contexto crítico não só para o Estado hebraico, mas para todo o mundo;
- O chefe da diplomacia dos Estados Unidos indicou também que foram acauteladas garantias, por parte de Israel, para a autorização da entrada de ajuda humanitária em Gaza, sem, todavia, avançar com detalhes. Estão em curso conversações tendo em vista a abertura da passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito;
- A Força Aérea israelita afirma ter atingido, no Líbano, alvos do Hezbollah, movimento xiita apoiado pelo Irão; O Hamas divulgou um vídeo que mostra uma das pessoas levadas como reféns durante a ofensiva do passado dia 7 de outubro contra Israel. Trata-se de uma mulher que se identifica como Maya Shem, de 21 anos;
- As Forças de Defesa de Israel indicam que perto de meio milhão de israelitas foram retirados de regiões sob risco nos últimos dez dias;
- Segundo as Nações Unidas, perto de um milhão de palestinianos que abandonaram as suas casas, em fuga à guerra, estão agora sem comida, água ou combustível;
- Uma resolução gizada pela Rússia foi reprovada no Conselho de Segurança da ONU. Os países ocidentais, desde logo os Estados Unidos e o Reino Unido, votaram contra, assinalando o facto de o texto não condenar expressamente o Hamas.
Líderes dos 27 tomam posição sobre conflito entre Israel e o Hamas
Portugal está representado pelo primeiro-ministro António Costa.
A reunião acontece um dia depois de a Comissão Europeia ter anunciado a abertura de uma ponte aérea com o Egito para enviar ajuda humanitária à população palestiniana de Gaza que vive uma “situação humanitária desastrosa”, na sequência do “ataque terrorista hediondo” perpetrado pelo Hamas contra Israel, em 7 de outubro, e da retaliação israelita que se seguiu.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi alvo de críticas na última semana por não se ter pronunciado sobre o povo palestiniano e sobre a retaliação israelita contra o Hamas.
Na carta convite que enviou aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), Charles Michel reconheceu que “as cenas trágicas que se desenrolam na Faixa de Gaza resultantes do cerco e da falta de (acesso) às necessidades básicas, combinadas com a destruição provocada por bombardeamentos significativos (de Israel), estão a fazer soar o alarme para a comunidade internacional”.
“É da maior importância que o Conselho Europeu, em linha com os tratados e os nossos valores, estabeleça uma posição comum e uma linha de ação clara e unificada que reflita a complexidade da situação que se desenrola”, defendeu ainda na missiva.
Exército israelita diz que matou um dos líderes do Hamas em bombardeamento
Numa declaração conjunta com a Agência de Segurança de Israel, o exército salientou que Mazini era responsável pela negociação de reféns do Hamas e "dirigia atividades terroristas contra Israel".
O exército divulgou um vídeo que mostra o momento em que o edifício onde Mazini alegadamente se encontrava, na Faixa de Gaza, foi bombardeado.
Num comunicado separado, o exército informou que atingiu vários alvos do Hamas nas últimas horas, tendo bombardeado um quartel-general do movimento islamita palestiniano e abatido um operacional militar.
Os israelitas atacaram ainda um banco alegadamente utilizado pelo Hamas para financiar as suas atividades.
Israel bombardeia Gaza há 11 dias, na sequência de um ataque surpresa do Hamas contra alvos israelitas, a 07 de outubro, que causou mais de 1.400 mortos.
Mais de 2.800 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos na Faixa de Gaza, mas o número pode ter aumentado após os ataques aéreos de segunda-feira à noite.
Forças de Israel cercam Faixa de Gaza à espera de ordem para avançar
Foto: Marques de Almeida - RTP