Ponto de situação
- O Egito anunciou, nas últimas horas, o acordo para uma "passagem duradoura" de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah, numa altura em que centenas de camiões com ajuda estão parados às portas do enclave.
- Centenas de manifestantes entraram quarta-feira em confronto com as forças de segurança libanesas num subúrbio de Beirute, perto da Embaixada dos EUA, durante manifestações de apoio aos civis de Gaza e ao movimento islamita Hamas na guerra contra Israel.
- Centenas de pessoas juntaram-se, na quarta-feira, na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, numa manifestação contra o escalar da violência em Gaza, onde as palavras de ordem que mais se ouviram foram "Palestina livre" e "Palestina vencerá".
- Pelo menos uma centena de manifestantes que se apresentaram como Judeus pela Paz ocuparam hoje um edifício do Congresso dos Estados Unidos, exigindo aos congressistas e à administração Biden que pressionem por um cessar-fogo em Gaza.
- A Organização de Cooperação Islâmica (OCI) criticou as posições internacionais tomadas a favor de Israel, após a explosão registada num hospital de Gaza que matou centenas de pessoas, criticando a "imunidade concedida" ao Estado judeu.
- O Hezbollah garantiu ter infligido baixas e danos em seis ataques contra o norte de Israel, ações que aumentam os receios de que o grupo xiita libanês se envolva diretamente no conflito em Gaza.
Egito anuncia "passagem duradoura" de ajuda para Gaza através de Rafah
"O Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi e o presidente dos EUA Joe Biden concordaram com a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza através da passagem de Rafah de forma duradoura", frisou o porta-voz da presidência, Ahmed Fahmy, em comunicado, sem especificar uma data concreta.
A entrega de ajuda será supervisionada pela ONU, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Sameh Shoukry, à estação Al-Arabiya.
Questionado se os estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade que pretendam sair seriam autorizados a passar, o ministro referiu: "Desde que a passagem esteja a funcionar normalmente e as instalações [da passagem] tenham sido reparadas".
O Egito ainda tem de reparar a estrada que atravessa a fronteira, que ficou esburacada pelos ataques aéreos israelitas, noticiou a agência Associated Press (AP).
Mais de 200 camiões e cerca de 3.000 toneladas de ajuda estão posicionados na passagem de Rafah ou perto desta, que é a única ligação de Gaza ao Egito, sublinhou o líder do Crescente Vermelho para o Sinai do Norte, Khalid Zayed.
Joe Biden tinham anunciado anteriormente que Al-Sissi tinha concordado em "deixar até 20 camiões atravessarem" a fronteira, para a entrega de ajuda humanitária a Gaza.
"Se o Hamas [os capturar] ou não os deixar passar (...) então tudo estará acabado", alertou o chefe de Estado norte-americano.
Biden fez o anúncio após uma conversa telefónica com Al-Sissi e garantiu que o egípcio está "totalmente cooperativo" e que "merecia muito reconhecimento" pela sua ação.
Israel isolou a Faixa de Gaza, impedindo toda a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível aos seus 2,3 milhões de habitantes após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro.
Funcionários da Casa Branca adiantaram à agência Associated Press (AP) que a ajuda seguirá nos próximos dias.
Antes, Israel tinha garantido que permitiria ao Egito entregar quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, a primeira cedência num cerco de 10 dias ao território, desde que esses bens não cheguem ao movimento islamita palestiniano Hamas.
O responsável da ONU para as emergências humanitárias defendeu esta quarta-feira que a ajuda a Gaza, assim que puder atravessar a fronteira do Egito, deverá ser "substancial", da ordem dos 100 camiões por dia, e a sua segurança, acautelada.
Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.
A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestino, a maioria civis, segundo as autoridades locais.
Manifestantes no Líbano protestam contra explosão de hospital em Gaza
Centenas de pessoas no centro de Lisboa contra violência em Gaza e por "Palestina livre"
Centenas de pessoas juntaram-se hoje na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, numa manifestação contra o escalar da violência em Gaza, onde as palavras de ordem que mais se ouviram foram "Palestina livre" e "Palestina vencerá".
Com música de fundo de tambores e empunhando bandeiras da Palestina, os manifestantes, muitos dos quais envergando o lenço tradicional palestiniano, empunhavam cartazes que apelavam ao "fim do genocídio", "fim do apartheid" e "fim do bloqueio a Gaza", por Israel, que tem em curso uma operação militar em Gaza depois de a 07 de outubro ter sido alvo de um ataque do movimento islamita Hamas que fez perto de 1.400 mortos.
No encontro, os organizadores manifestaram receio de um alastramento da guerra ao resto do mundo e exigiram do Governo português uma tomada de posição.
A concentração "Fim à Agressão a Gaza, Paz no Médio Oriente", que teve início hoje às 18:00 e a que se seguiu uma vigília, foi organizada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), Coletivo pela Libertação da Palestina e Confederação-Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), face ao conflito entre israelitas e palestinianos.
O secretário geral do PCP, Paulo Raimundo, marcou presença na manifestação, justificando que não podia deixar de estar presente "nesta jornada de parar a guerra, o genocídio e o massacre".
O responsável político acredita que a força das manifestações que estão a tomar expressão cada vez mais forte em todo o mundo, para exigir o "fim da guerra, deste massacre que está em curso e da suposta invasão de Gaza", pode travar o seu avanço.
"Não só é possível, como penso que estas demonstrações de força, de solidariedade e confiança têm estado a retardar de forma concreta este massacre em curso", afirmou, lembrando que o que classificou como um "genocídio em curso", há dez dias e com "dez mil bombas detonadas em Gaza por parte do governo israelita", além da "destruição de escolas, hospitais, ambulâncias e milhares de mortos".
"Todos nos preocupamos com as vítimas civis de todo o lado, e que atos criminosos, terroristas que vitimem vítimas inocentes e civis são condenáveis sejam elas de onde forem: isso aconteceu no [ataque do Hamas] no dia 07 de outubro em Israel e está a acontecer desde há 10 dias para cá, todos os dias, atos terroristas, atos criminosos, crimes de guerra" alegadamente cometidos por forças israelitas, disse Raimundo.
Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, disse que a manifestação pretende denunciar os mais de 70 anos de repressão, opressão e ocupação de terras do povo palestiniano.
Camarinha pôs a tónica no incumprimento por parte de Israel das "centenas de resoluções das Nações Unidas" e sublinhou que é preciso dar-lhes cumprimento.
"Israel tem feito o que tem feito com a cumplicidade dos EUA da União Europeia e da NATO", acrescentou a sindicalista, considerando que basta cumprir as resoluções da ONU "para que acabe esta guerra e para que o povo palestiniano tenha direito ao seu Estado".
O vice-presidente do CPPC, Rui Garcia, lembrou que Portugal comemora em breve os 50 anos do 25 de Abril e que perante essa celebração da liberdade se deveria questionar o que está a fazer perante os acontecimentos na Palestina.
"O Governo português tem especial responsabilidade de levantar a voz. Não basta dizer no vazio que se é contra os crimes de guerra. É preciso que no concreto haja posições e atuação, para que aquela situação termine e se inverta", salientou.
Para Rui Garcia, o que está em curso na Palestina é uma "limpeza étnica".
Já o vice-presidente do MPPM, Carlos Almeida, questionou por que é que o Governo português tem uma resolução aprovada na Assembleia da República desde 2014, recomendando o reconhecimento do Estado da Palestina e aguarda tanto tempo para o fazer.
"Todos os governos do mundo sabem que a solução dos dois Estados está a morrer todos os dias" e "ninguém pode dizer que não sabia", considerou.
"O potencial de alastramento para um conflito de larguíssimas proporções, que pode atingir não apenas a paz no Médio Oriente, mas a paz no mundo, devia alertar as consciências", adiantou.
Embrulhada na bandeira palestiniana, Adriana, escritora de 28 anos com ascendência alemã e judaica, disse à Lusa estar na presente na manifestação por ter "a responsabilidade" de se opor a um Estado que impõe um "Apartheid a um grupo de pessoas que têm sido privadas dos seus direitos". "Tenho uma responsabilidade especial por ser judia", disse a jovem de Washington DC (EUA), que está em Portugal há um ano e meio.
Iuri, 30 anos, saiu à rua "para apoiar os palestinianos que estão a passar por um genocídio". "Mostrar apoio e solidariedade é o mínimo que podemos fazer por aqueles que não têm voz", adiantou à Lusa o jovem, que trabalha na indústria da informação.
Com a cabeça coberta por um lenço palestiniano, branco e preto, Shannon assumiu estar presente "para que o mundo saiba que as pessoas estão com a Palestina". "O mínimo que podemos fazer para os inocentes que estão a ser mortos é condenar o que está a acontecer todos os dias", disse à Lusa a jovem de 28 anos, de dupla nacionalidade alemã e americana, que está em Portugal há sete anos e trabalha na área do marketing.
Ataque israelita atinge posição militar no sul da Síria
"Sons de explosões ressoaram na província de Qouneitra após um ataque israelita contra uma posição do exército sírio", disse a ONG, sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de fontes no país em guerra.
Sons de explosões também foram ouvidos nas Colinas de Golã (no sul), disse o OSDH, sem especificar a origem dos tiros.
Dois adolescentes foram mortos a tiro por forças israelitas na Cisjordânia
Amnistia contesta proibição de manifestações pró-palestinianas em Berlim
"A liberdade de reunião é um direito de todos, independentemente de opiniões políticas", afirmou a AI numa publicação nas redes sociais.
A polícia pode excluir dos protestos pessoas que tenham cometido crimes de incitação ao ódio ou à violência, mas isso "não justifica uma proibição geral de manifestações", acrescentou.
"Os relatos sobre violência policial, sobre as centenas de detenções, incluindo de menores e a multiplicação de controlos injustificados sobre possíveis cidadãos árabes ou muçulmanos são preocupantes", concluiu a ONG.
Desde o início do conflito entre o grupo islâmico Hamas e Israel, a 7 de outubro, tanto as autoridades de Berlim como de outras cidades alemãs, proibiram todas as manifestações pró-palestinianas, com a justificação de que poderiam ser utilizadas como meio para cometer crimes.
Um apelo sob o lema "Judeus berlinenses contra a violência no Médio Oriente" foi proibido no dia 13 de outubro, enquanto hoje foi rejeitado um apelo da "Juventude contra o Racismo".
Apesar das proibições, no último fim de semana, cerca de 1000 manifestantes reuniram-se no centro da capital alemã, antes de serem afastados pelas autoridades, que prenderam 127 pessoas.
C/Lusa
Ataque aéreo israelita atinge aldeias no Líbano
Primeiro-ministro do Reino Unido quinta-feira em Israel e na região
Hezbollah adverte que está "mil vezes mais forte"
"A resposta ao erro que podem vir a cometer quanto à nossa resistência será retumbante", afirmou um dos líderes do Hezbollah, Hashem Safieddine, perante milhares de apoiantes no Líbano reunidos para protestar contra o bombardeamento, atribuído a Israel, de um hospital em Gaza.
"Porque o que nós temos é fé e Deus é mais forte que vocês, do que todos os vossos navios de guerra e do que todas as vossas armas", acrescentou, sublinhando que "estamos mil vezes mais fortes" do que antes.
Os Estados Unidos da América advertiram o Irão, que, além do Hezbollah, apoia o Hamas, contra qualquer envolvimento na crise entre Israel e o Hamas, tendo enviado para a zona dois porta-aviões para dissuadir qualquer Estado ou organização de tentar agravar o conflito.
Cerco a Gaza. Egito aceita a passagem de camiões com ajuda
20 camiões. Biden elogia presidente egípcio por reabrir Raffah
Manifestantes ocupam edifício do Congresso dos EUA para exigir cessar-fogo
Explosão em hospital de Gaza causou dezenas de mortos e não centenas afirma inteligência europeia
"Não há 200 nem mesmo 500 mortos, mas sim algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50", referiu esta fonte que falou à AFP sob condição de anonimato.
O mesmo responsável de um serviço de inteligência europeu também acredita que "Israel provavelmente não fez isso [o ataque]", segundo as "pistas sérias" de inteligência disponíveis nesta agência.
Já hoje, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, referiu que a explosão causou pelo menos 471 mortos.
Israel atribuiu a explosão a um ataque fracassado de foguetes da organização palestiniana Jihad Islâmica, que negou a responsabilidade.
"O edifício não foi destruído", acrescentou esta fonte europeia.
E "o hospital provavelmente já tinha sido evacuado anteriormente, como todo um conjunto de hospitais localizados no norte de Gaza", depois da imposição nesse sentido feita dias antes pelo Exército israelita.
A mesma fonte realçou ainda que "não há provas que apoiem" a presença de centenas de pessoas no estacionamento do hospital onde ocorreu o bombardeamento.
Os Estados Unidos invocaram hoje os seus próprios serviços de inteligência para apoiar, inclusive através do seu Presidente Joe Biden, em visita a Israel, que o Estado judeu não é o culpado.
"Continuamos a recolher informações, mas a nossa posição hoje, baseada na análise de imagens aéreas, comunicações intercetadas e informações de acesso aberto, é que Israel não é responsável pela explosão que ocorreu no hospital de Gaza", destacou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, através da rede social X (antigo Twitter).
Também o Exército israelita insistiu hoje que o edifício do hospital não ficou sequer destruído e que terá havido apenas uma pequena explosão no parque de estacionamento adjacente causada por um foguete da Jihad Islâmica, eventualmente por um erro.
A explosão no hospital ocorreu no momento em que Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.
A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.
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Deslocalização de residentes de Gaza é "linha vermelha"
O comunicado emitido no final da reunião frisa que a ideia de deslocar os habitantes do enclave é "uma linha vermelha que não iremos deixar que seja ultrapassada, tal como a deslocalização dos palestiniano das suas casas em Jerusalém ou na Cirjordânia não deveria ser autorizada".
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Bombardeamentos israelitas em Gaza fazem pelo menos 40 mortos indica Wafa
A mesma fonte adiantou que a maioria destas vítimas, incluindo menores, foi morta por ataques aéreos israelitas contra uma mesquita e o campo de refugiados de Al Nuseirat, situado na localidade de Deir al Balah, e contra uma casa na povoação de Al Mugraga.
Outras dez pessoas foram mortas e 22 feridas em ataques similares contra casas em Deir al Balah, indicou a Wafa, ao precisar que 18 pessoas ainda permaneciam nos escombros.
O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel desencadeou um bombardeamento generalizado na Faixa de Gaza, numa operação designada "Espadas de Ferro".
Israel tem prosseguido os seus ataques devastadores no território onde o Hamas está no poder desde 2007. O Ministério da Saúde local atualizou hoje o número de vítimas, anunciando que pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.
No ataque do Hamas, foram mortos cerca de 1.400 israelitas, incluindo mais de 300 militares, e sequestradas cerca de 200 pessoas que estão retidas na Faixa de Gaza, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.
O conflito já alastrou à fronteira israelo-libanesa, com contínuas trocas de disparos de artilharia e bombardeamentos entre o Exército judaico e a milícia xiita libanesa do Hezbollah. Na Cisjordânia ocupada, e desde 07 de outubro, já foram mortos pelo menos 61 palestinianos, centenas ficaram feridos e efetuadas mais de 700 detenções.
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Mais de 3.470 mortos em Gaza indica Ministério da Saúde
Manifestação em Lisboa pelo fim da agressão a Gaza
A manifestação foi organizada sob o lema "Fim à Agressão a Gaza, Paz no Médio Oriente".
Com música de fundo de tambores e empunhando bandeiras da Palestina, os manifestantes, muitos dos quais envergando o lenço tradicional palestiniano, empunhavam cartazes que apelavam ao "fim do genocidio", "fim do apartheid" e "fim do bloqueio a Gaza", por Israel, que tem em curso uma operação militar em Gaza depois de a 07 de outubro ter sido alvo de um ataque do Hamas que fez perto de 1.400 mortos.
No encontro, os organizadores manifestaram receio de um alastramento da guerra ao resto do mundo e exigiram do Governo português uma tomada de posição.
com Lusa
Portugueses em Gaza. Governo prepara operação de repatriamento
Costa considera importante investigação independente sobre ataque em hospital de Gaza
No debate preparatório sobre a reunião da próxima semana do Conselho Europeu, no parlamento, o deputado único do Livre, Rui Tavares, defendeu que Portugal "tem toda a obrigação" de estar do lado das exigências feitas pelo secretário-geral das Nações Unidas, designadamente no que se refere ao apelo a um cessar-fogo ou a "uma missão de investigação independente" para esclarecer a origem do ataque sobre um hospital na Faixa de Gaza, esta terça-feira.
Na resposta, António Costa reconheceu que, além das condenações, é importante que "haja o apoio a todas as propostas apresentadas pelo secretário-geral das Nações Unidas".
É importante que haja "efetivamente um cessar-fogo, um corredor humanitário, que haja investigações independentes para que não haja dúvidas de quem efetivamente disparou o míssil sobre o hospital e, sobretudo, travar esta escalada. Isso é o mais urgente", declarou.
António Costa defendeu que isso abrirá "portas para a diplomacia, o diálogo político e a estabilização da região" e sustentou que "uma paz justa e duradoura na região" deve passar pelo reconhecimento de dois Estados.
Antes, o deputado do PCP Bruno Dias defendeu que o comunicado assinado este domingo pelo Conselho Europeu tem uma "posição de seguidismo e cumplicidade para com a chocante atuação" da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, perante "os crimes de guerra que continuam a ser praticados" por Israel.
"Considera o senhor primeiro-ministro, o Governo, que é com as políticas que têm sido seguidas até agora pela União Europeia que se está a dar um contributo sério para a paz no Médio Oriente?", perguntou.
"Para nós, Israel não é inimigo, não vamos tratar Israel como inimigo", respondeu António Costa, reiterando que o executivo de Telavive tem direito "à sua defesa militar, quer para reprimir o ataque, quer para destruir militarmente o Hamas", que caracterizou como "uma organização terrorista, antidemocrática, que oprime o povo palestiniano".
No entanto, o primeiro-ministro ressalvou que "esse direito de Israel tem de se cumprir no estrito respeito do direito internacional, humanitário", reiterando que o cerco à Faixa de Gaza, com o corte de eletricidade, água e acesso a bens essenciais, não cumpre esse direito.
França assegura que crise no Médio Oriente não afetará apoio a Kiev
"A multiplicação das crises não enfraquecerá de forma alguma o apoio francês e europeu à Ucrânia, que permanecerá enquanto for necessário", sublinhou Macron, durante uma conversa telefónica com Zelensky, informou a presidência francesa.
Os dois líderes discutiram também as capacidades militares da Ucrânia, que espera uma nova campanha de bombardeamentos russos durante o inverno, bem como as necessidades de Kiev, à medida que esta estação se aproxima.
O chefe de Estado ucraniano sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que o seu país atribui "grande importância à ajuda militar da França", que forneceu canhões de artilharia César e que já prometeu mísseis SCALP de longo alcance.
Os dois discutiram ainda o corredor do Mar Negro destinado às exportações de cereais que a Ucrânia pretende implementar, apesar do bloqueio russo.
Macron e Zelensky também conversaram sobre o ressurgimento da violência no Médio Oriente, com os massacres de israelitas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e a resposta de Israel em Gaza.
"Ambos salientámos a necessidade de proteger os civis e evitar qualquer nova escalada na região", observou o Presidente ucraniano.
Lusa
ONU. Necessários 100 camiões por dia em ajuda humanitária
Cisjordânia. Pedras e tiros, crescem confrontos entre jovens e militares israelitas
REUTERS/Ammar Awad
O enviado especial da Antena 1, José Manuel Rosendo, está em Ramallah onde os jovens apedrejam os militares israelitas.
Jordânia e Conselho para a Cooperação Islâmica acusam israel
Embaixador de Israel aponta o dedo ao Conselho de Segurança
Tesouro dos EUA sanciona financiamentos do Hamas
As sanções, impostas sob uma ordem executiva “relacionada com o terrorismo”, tiveram como alvo nove indivíduos e uma entidade com sede em Gaza e noutros lugares, incluindo Sudão, Turquia, Argélia e Catar, disse o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado.
"Os Estados Unidos estão a adotar medidas rápidas e decisivas para atacar os financiadores e facilitadores do Hamas após seu massacre brutal e inconcebível de civis israelenses, incluindo crianças", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
"Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de levantar e de usar fundos para realizar atrocidades e aterrorizar o povo de Israel", acrescentou Yellen.
Joe Biden abandona Israel
A visita do presidente dos Estados Unidos da América durou menos de oito horas.
Enviado da ONU alerta. "Estamos à beira de um abismo fundo e perigoso"
Confrontos em manifestação pró-Palestina na Turquia
Exército israelita ataca posições do Hezbollah no Líbano
"As Forças de Defesa de Israel estão atualmente a atacar a fonte dos disparos no Líbano e continuarão a atacar alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah", disse um porta-voz militar.
Por seu lado, o Hezbollah confirmou ter lançado hoje à tarde dois mísseis teleguiados, um contra três posições militares israelitas ao largo da cidade libanesa de Naquora e o outro contra a colina de al-Tahyat.
Nesta última zona, os alvos do ataque foram um "centro de congregação para os soldados da ocupação" e um sistema de vigilância, disse a formação xiita, reivindicando que fez várias vítimas nestes locais, incluindo pelo menos uma morte.
O exército israelita, que não confirmou a existência de vítimas, apontou os disparos libaneses para as cidades de Manara e Rosh Hanikra, adjacentes à fronteira libanesa perto do Mediterrâneo, e afirmou ter respondido aos disparos.
Além disso, as forças israelitas indicaram ter destruído dois postos militares em território libanês, depois de terem detetado milicianos que tentavam disparar um míssil antitanque e atacado outro posto de onde foi disparado um míssil antitanque perto de Metula.
Anteriormente, Israel também identificou ataques contra os seus soldados em Shtula, um posto militar avançado em Zarit, bem como em Dvoranit e Har Dov, todos eles perto da fronteira libanesa.
As hostilidades nesta zona aumentaram um dia após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, a 07 de outubro. São já 11 dias consecutivos de escalada entre as milícias do Líbano e as forças israelitas, a maior desde a guerra de 2006.
Terça-feira, cinco mísseis antitanque foram disparados do Líbano contra postos militares israelitas e comunidades adjacentes à fronteira, um dos quais deixou feridos dois soldados e um civil.
Por outro lado, também foram disparados dois foguetes pelas milícias a partir do Líbano e o sistema de defesa aérea israelita intercetou um `drone` (aparelho voador não tripulado) que atravessou a fronteira.
Num incidente anterior, também registado terça-feira, o exército israelita afirmou ter frustrado uma tentativa de infiltração no seu território por "células terroristas" que foram descobertas quando se aproximavam da vedação fronteiriça do lado libanês, resultando na morte de quatro atacantes do Hezbollah.
Os últimos 11 dias de escalada na região causaram pelo menos 26 mortos: cinco em Israel -- quatro soldados e um civil -- e pelo menos 21 no Líbano, incluindo sete civis - entre os quais um operador de câmara da Reuters -, nove membros do Hezbollah e cinco membros de milícias palestinianas.
Israel-Hamas. Jogador argelino do Nice suspenso após publicar post sobre o conflito
Na segunda-feira, o Ministério Público francês abriu uma investigação à publicação do jogador argelino, apesar de este ter prontamente apagado a publicação das redes sociais.
Communiqué de l’#OGCNice concernant Youcef #Atal ⬇️
— OGC Nice (@ogcnice) October 18, 2023
“No entanto, dada a natureza da publicação partilhada e a sua gravidade, o clube tomou a decisão de aplicar sanções disciplinares contra o jogador antes daquelas que podem ser decididas através das instituições judiciais. Assim, o clube anuncia a suspensão de Youcef Atal até novos desenvolvimentos”.
Depois de apagada a publicação, Atal pediu desculpa. “Estou consciente que a minha publicação chocou muita gente, o que não era a minha intenção e, por isso, peço desculpa. Quero clarificar o meu ponto de vista sem ambiguidade: eu condeno de forma veemente todas as formas de violência, em qualquer parte do mundo, e dou o meu apoio a todas as vítimas”.
Também Anwar El Ghazi, jogador dos alemães do Mainz 05, foi suspenso pelo seu clube depois de uma publicação sobre o conflito entre Israel e o Hamas. O holandês de 28 anos juntou-se ao clube no mês passado e, tal como Atal, também eliminou a publicação feita nas redes sociais. A mensagem era pró-Palestina e o clube alemão classificou o conteúdo de “inaceitável”.
“Antes de qualquer decisão, o clube e o jogador conversaram. O Mainz 05 respeita o facto de existir uma variedade de opiniões e perspetivas sobre o complexo conflito de décadas no Médio Oriente. No entanto, o clube distancia-se do que foi dito na publicação em questão, já que não está alinhada com os valores do clube”, declarou Mainz, que joga na Bundesliga.
Costa critica cerco à Faixa de Gaza que viola direito humanitário
No regresso dos debates quinzenais ao plenário da Assembleia da República, que voltaram hoje com um novo modelo, a deputada do BE Mariana Mortágua começou a sua intervenção pela questão de Israel, considerando que Portugal tem "o dever de condenar os crimes, sejam eles os crimes cometidos pelo Hamas como pelo Estado de Israel", mas também de "apelar a um cessar-fogo imediato" e de "reconhecer o direito palestiniano".
Na resposta, António Costa afirmou que "Portugal tem uma posição clara, pública e conhecida" sobre a Palestina e recordou que condenou "de forma inequívoca o atentado terrorista e a barbaridade cometida pelo Hamas sobre Israel".
"A reação de Israel tem que respeitar escrupulosamente aquilo que é o direito internacional e em particular o direito humanitário. Israel, ao fazer o cerco que está a fazer à Faixa de Gaza, privando crianças, mulheres e homens de acesso à água, de acesso à eletricidade, está a violar as normas do direito humanitário", sustentou.
Para o primeiro-ministro, "as vidas não são diferentes sendo um israelita ou sendo um palestiniano".
"A vida é a vida, é sempre sagrada. Temos sempre que a proteger e condenamos quem quer que seja que atente contra a vida humana", disse Costa.
Guerra Israel-Hamas. Gomes Cravinho alerta para risco de "contágio regional"
"Foco no papel da comunidade internacional, incluindo face à degradação da situação humanitária, à necessidade de proteger civis e ao risco de contágio regional", escreveu o Ministério na sua conta oficial na rede social X (antiga Twitter), referindo-se ao conteúdo da conversa entre Cravinho e Al Nanyan.
Nos últimos dias, o chefe da diplomacia portuguesa tem realizado várias conversas telefónicas e presenciais com homólogos de países vizinhos de Israel e da Palestina, insistindo na posição de Portugal, que reconhece a Israel o direito de se defender, desde que protegendo a vida de civis na zona de Gaza.
Gomes Cravinho também tem insistido na necessidade de conter o conflito, evitando a sua escalada, e de criar condições para uma adequada assistência humanitária às vítimas do conflito.
Presidente do Irão diz que Telavive vai enfrentar "dura vingança" após massacre em hospital
"[Israel] Aguarda uma dura vingança às mãos dos países muçulmanos", disse Raisi num discurso durante uma manifestação em Teerão em protesto contra o bombardeamento do Hospital Al Ahli, reportou o portal noticioso Iran Nuances.
"Enfrentarão a ira dos países muçulmanos", acrescentou Raisi, que usava um lenço palestiniano ao pescoço, sublinhando que, com o ataque ao hospital, "começou o princípio do fim do regime sionista".
"Com cada gota de sangue derramada pelos palestinianos, o regime sionista aproxima-se mais um passo do colapso", afirmou Raisi, que acusou os Estados Unidos de serem "um parceiro" de Israel nos crimes que estão a ser cometidos na Faixa de Gaza e de armar o exército israelita com mísseis.
Para o Presidente iraniano, as bombas que caem sobre a população da Faixa de Gaza "pertencem aos Estados Unidos".
O Irão declarou hoje um dia de luto pelo bombardeamento do hospital, um massacre que Israel e as milícias palestinianas se responsabilizam mutuamente.
Milhares de pessoas em Teerão saíram à rua esta tarde para protestar contra o incidente.
Na Praça da Palestina, na capital, ouviram-se gritos de "Alá é Grande", "morte à América" e "morte a Israel".
Terça-feira à noite, milhares de pessoas já haviam protestado na capital, inclusive em frente às embaixadas da França e do Reino Unido.
A República Islâmica do Irão e Israel são inimigos e representam uma ameaça existencial um para o outro, ambos competindo através de uma guerra secreta com ciberataques, assassínios e sabotagens.
Hamas diz estar a coordenar próximos passos da guerra com o Hezbollah no Líbano
O chefe do gabinete político do Hamas no Líbano, Ahmed Abdul-Hadi, admitiu a abertura de uma segunda frente no conflito com Israel, afirmando que o movimento xiita libanês Hezbollah está "preparado para uma grande guerra", após a aberta a 07 deste mês com o ataque do Hamas contra Israel.
Abdul-Hadi, contudo, insistiu que o Hamas, movimento considerado terrorista por União Europeia (UE) e Estados Unidos e que governa a Faixa de Gaza desde 2007, não avisou antecipadamente o seu aliado Hezbollah dos ataques a Israel a 07 de outubro, que mataram mais de 1.400 pessoas.
Apesar disso, revelou, há uma "cooperação contínua" entre os dois grupos, em que o Hezbollah está agora "preparado para uma grande guerra" contra Israel no norte, enquanto o Hamas vai rebentar o "sonho" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de o expulsar de Gaza.
As declarações aumentam os receios de que o conflito no Médio Oriente possa estar prestes a alastrar-se para duas frentes e engolir o Líbano, sobretudo se Israel lançar uma invasão terrestre em Gaza, onde os bombardeamentos já mataram mais de 2.700 pessoas, e Teerão empenhar os seus aliados xiitas do Hezbollah numa guerra total.
"Temos relações muito fortes com o Hezbollah. Estávamos a cooperar com o Hezbollah antes e depois do ataque a Israel e agora estamos em plena cooperação", disse Abdul-Hadi numa entrevista no seu gabinete no campo de refugiados de Mar Elias, em Beirute, onde nasceu há 55 anos.
Abdul-Hadi identificou a ofensiva terrestre israelita em Gaza como um dos principais fatores que poderiam levar o Hezbollah a participar plenamente no conflito.
"O Hezbollah não prestará atenção às ameaças de quem quer que seja contra a sua entrada na guerra e ignorará os avisos para não se meter nela. Quando o Hezbollah quiser ou não entrar na guerra estará relacionado com a escalada israelita e com os incidentes no terreno, especialmente se Israel tentar entrar em Gaza", frisou.
Tal ação é amplamente esperada, numa altura em que Israel está a colocar blindados em posição perto de Gaza. No entanto, o porta-voz militar israelita, Richard Hecht, advertiu para o risco de se fazerem suposições sobre o próximo passo.
"Estamos a preparar-nos para as próximas fases. Ainda não dissemos quais serão. Toda a gente está a falar da ofensiva terrestre. Pode ser algo diferente", referiu.
Abdul-Hadi sublinhou que o Hezbollah já demonstrou, em escaramuças fronteiriças, que não vai furtar-se ao combate.
"O Hezbollah disse que não vai ficar à margem e a prova disso é que atacou ao longo da fronteira sul por sua iniciativa. Estão a dizer que estão preparados para uma grande guerra. O Hezbollah deixou claro que, se os israelitas atravessarem a linha, lançará um ataque total contra Israel", acrescentou Abdul-Hadi.
Os confrontos com foguetes e artilharia ao longo da fronteira libanesa, pouco depois de o Hamas ter lançado o seu ataque terrorista contra Israel, tiveram inicialmente um alcance limitado, embora tenham matado várias pessoas, incluindo o repórter de imagem da agência noticiosa britânica Reuters Issam Abdallah.
Nos últimos três dias, porém, os ataques tornaram-se mais intensos, no meio de avisos do Irão e do Hezbollah de uma possível ação "preventiva" contra Israel.
Para agravar as tensões, o líder iraniano, ayatollah Ali Khamenei, avisou terça-feira que, se Israel não parar de bombardear Gaza, "ninguém pode parar os muçulmanos e as forças da resistência".
Na entrevista ao Politico, Ahmed Abdul-Hadi manteve-se "intransigente" na defesa da sua posição, apesar das abundantes provas documentais em contrário, segundo as quais mulheres, crianças e idosos foram chacinados no ataque a Israel.
Os seus comentários estão em sintonia com os de outros altos responsáveis do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, que montaram uma ofensiva de relações públicas para distanciar o Hamas das mortes de civis.
Mas, segundo o Politico, tem havido inconsistências nas suas explicações.
O chefe das relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse terça-feira que os combatentes do movimento receberam ordens claras para não atacar civis quando os militantes atacaram o sul de Israel. No entanto, agora negou a existência de mortes, dizendo à televisão australiana ABC que a culpa é de "outros grupos".
Quanto à questão dos reféns, Abdul-Hadi disse que o Hamas não fechou a porta às negociações sobre os prisioneiros israelitas. "Mas temos de ter algo em troca", disse.
"Os soldados israelitas capturados não estão na mesa das negociações. Só estarão depois de a guerra terminar e depois de cumprida a exigência a libertação dos 6.000 palestinianos detidos nas prisões israelitas", acrescentou.
Nesse sentido, Abdul-Hadi disse que o Hamas não tinha outra opção senão atacar.
"Esta operação foi organizada pelas Brigadas al-Qassam [a ala militar do Hamas] e mais tarde outras organizações palestinianas juntaram-se à operação. Tratou-se de uma missão puramente palestiniana, o planeamento e a execução. Nem mesmo os nossos leais aliados sabiam o que estava para vir", concluiu.
Nova resolução por "pausas humanitárias" em Gaza vetada por EUA no Conselho de Segurança
A resolução, proposta pelo Brasil, foi rejeitada após o voto contra dos Estados Unidos, tendo recebido ainda 12 votos a favor e duas abstenções dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança.
No final da votação, o Brasil lamentou a falta de ação do Conselho de Segurança sobre a situação em Gaza.
Até ao momento, o órgão da ONU responsável por manter a paz e a segurança internacionais não conseguiu tomar uma posição sobre o ataque mortífero do Hamas a Israel, a 07 de outubro, ou sobre a resposta israelita, com um bloqueio a Gaza e ataques aéreos que, segundo fontes palestinianas, fizeram 2.750 vítimas mortais.
Turquia vai decretar três dias de luto nacional por ataque a hospital em Gaza
Segundo a vice-presidente do partido presidencial AKP no parlamento, Özlem Zengin, citada pela estação de televisão estatal turca TRT e a estação privada NTV, o anúncio será oficializado por decreto presidencial.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha apelado na terça-feira à noite para "o fim desta brutalidade sem precedentes em Gaza", acusando Israel de ter "atacado um hospital que albergava mulheres, crianças e civis inocentes".
No entanto, o Exército israelita afirmou hoje ter "provas" da autoria do grupo palestiniano Jihad Islâmica deste ataque, uma versão dos acontecimentos apoiada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, atualmente em visita a Israel.
O ataque com um míssil que fez pelo menos 471 mortos, segundo o mais recente balanço, desencadeou fortes reações na Turquia, onde cerca de 80.000 pessoas se manifestaram na terça-feira em frente ao consulado de Israel em Istambul, de acordo com as autoridades.
O Ministério da Saúde do Governo do movimento islamita palestiniano Hamas atualizou hoje o número de vítimas na Faixa de Gaza, anunciando que pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.
A mesma fonte não esclareceu se estavam já incluídas no balanço as centenas de pessoas mortas ao início da noite de terça-feira no hospital de Gaza.
Hospital anglicano já tinha sido atacado no sábado, diz Gaza
O grupo islamita Hamas, que governa Gaza desde 2007, acusou Israel de ter matado centenas de pessoas no ataque contra o hospital, mas o exército israelita negou e atribuiu a responsabilidade ao grupo palestiniano Jihad Islâmica.
"O massacre do Hospital Batista foi precedido, em 14 de outubro, pelo bombardeamento de dois obuses" israelitas, disse o vice-ministro da Saúde da Faixa de Gaza, Youssef Abu al-Rish, numa conferência de imprensa em Gaza.
Al-Rish afirmou que depois do bombardeamento de sábado, as forças israelitas disseram à direção do hospital que deveria evacuar a unidade fundada pela Igreja Anglicana.
Segundo Al-Rish, a direção do hospital contactou o bispo da Igreja Evangélica de Inglaterra, que confirmou que a unidade poderia continuar a funcionar depois de ter falado com os organismos internacionais.
"A ocupação [Israel] está a ameaçar os hospitais e não foram tomadas medidas de dissuasão, mas foram recebidas mensagens de tranquilidade e apoio", disse Al-Rish, citado pela agência espanhola Europa Press.
Al-Rish contou que foi ao local após o ataque de terça-feira para ajudar a tratar as vítimas e viu situações que nunca tinha visto.
Disse também que o ataque contra o hospital Al Ahli foi seguido de um bombardeamento nas imediações do Hospital Europeu de Gaza.
"Apelamos ao mundo livre para que impeça a ocupação [Israel] de bombardear civis em segurança e de causar graves danos ao nosso povo em sofrimento", acrescentou.
Israel negou ter atacado o hospital e atribuiu a explosão ao lançamento falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que desmentiu o exército israelita.
EUA dizem que Israel não foi responsável por ataque a hospital
Israel permite entrada em Gaza de ajuda humanitária vinda do Egito
O Governo frisa, porém, que "não autorizará qualquer ajuda humanitária" vinda de Israel à Faixa de Gaza enquanto os reféns feitos pelo Hamas "não forem devolvidos".
Biden anuncia mais apoio à Palestina
Biden diz que "terroristas nunca irão quebrar a força do povo"
Biden deixou também um alerta: “as outras nações e atores hostis não devem pensar em atacar Israel”.
Dois palestinianos mortos pelas forças israelitas
Nove cidadãos britânicos continuam desaparecidos
Para Rishi Sunak "parte do trabalho de Israel consiste em recuperar os reféns que foram capturados por uma organização terrorista".
Ataque a hospital em Gaza fez 471 mortos
Portugueses no Líbano já pensam no que fazer se guerra começar
"Um dia queremos sair [do Líbano], no outro sentimos que não vai acontecer nada, mas depois se alguma coisa acontecer podemos arrepender-nos", diz à Lusa Isaías, filho de pai português e mãe libanesa. "É um estado de emoções mistas".
Isaías e os pais vivem nas montanhas a leste de Beirute, em Mansourieh. Apesar de consideraram que "não há risco de bombardeamentos" naquela cidade, a família lembra-se bem da última guerra entre o Hezbollah e Israel, em 2006.
"Quando a guerra de 2006 começou, passadas uma ou duas semanas, [Israel] começou a bombardear Beirute, a embaixada ligou-nos para evacuarmos e fomos retirados pelos navios de guerra da marinha italiana", diz Isaias.
A família, que também tem casa em Alenquer, está a "avaliar" se fica no Líbano ou não. Entre os fatores, está a casa em Mansourieh que não querem deixar para trás.
"Eu ficaria entusiasmado se me mudasse para Portugal, [mas] algumas pessoas dizem o contrário porque crescemos aqui", diz Isaias.
A Embaixada de Portugal em Chipre está a acompanhar e a apoiar a situação de cerca de 30 portugueses no Líbano, mas não emitiu até agora nenhuma recomendação de evacuação.
"Participámos [na segunda-feira] numa reunião de coordenação consular com colegas dos outros Estados-membros da União Europeia e de outros países", disse a embaixada numa mensagem enviada por WhatsApp aos Portugueses no Líbano.
Nenhuma embaixada europeia reduziu o seu pessoal nem iniciou a retirada dos seus cidadãos até ao momento, de acordo com a mesma fonte.
A representação diplomática portuguesa informou ainda "que a zona da fronteira sul continua particularmente sensível e volátil", mas que não tem conhecimento de portugueses na zona.
Na quarta-feira, a embaixada dos Estados Unidos aconselhou os seus cidadãos a não viajar para o Líbano, a par da saída dos que ali residem. A mensagem foi enviada aos norte-americanos no país, após violentos protestos à porta da embaixada contra o bombardeamento do hospital Al-Ahli em Gaza. Mais protestos à porta do edifício estão agendados para a tarde de quarta-feira.
Outras representações diplomáticas, como as do Canadá e Austrália, também já tinham aconselhado os seus cidadãos a sair do Líbano, "enquanto ainda estão disponíveis voos comerciais".
As companhias aéreas Lufthansa e Swiss cancelaram todos os seus voos de e para o aeroporto Rafik Hariri em Beirute, até ao final do mês. A companhia de bandeira libanesa, Middle East Airlines (MEA) anunciou esta semana que vai transferir cinco dos seus 24 aviões para Istanbul como "precaução".
A MEA fez o mesmo durante a guerra em 2006, quando Israel bombardeou e destruiu o aeroporto de Beirute, o único no país.
Leopoldina Hamade, 83 anos, vive no Líbano há 57 com o marido, nas montanhas do Chouf, também considerada uma zona segura.
A portuguesa conta à Lusa que, por enquanto, não tem planos de ir embora, devido à situação de saúde do marido.
Os filhos do casal, um médico e um informático que vivem nos Estados Unidos, "estão preocupadíssimos pois não se sabe o que virá", conta Leopoldina.
"Claro que estamos preocupados com a situação e seguimos passo a passo tudo o que se está a passar, tanto mais que o Líbano é sempre o bode expiatório", a diz à Lusa Leopoldina Hamade.
"Já passei por guerras e uma vez fomos pelas serras de noite para ir apanhar o avião para Portugal", diz Leopoldina. "O que é necessário é nunca perder a fé."
Confrontos em Beirute junto à embaixada dos EUA
Marcelo condena ataques ao hospital de Gaza
Primeiro-ministro israelita promete fazer o possível para poupar civis
"À medida que avançamos nesta guerra, Israel fará tudo o que for possível para manter os civis fora de perigo", disse Netanyahu em Telavive no início de um encontro com o Presidente norte-americano, Joe Biden.
"Pedimos [aos civis] e continuamos a pedir-lhes que se desloquem para áreas seguras", afirmou Netanyahu, citado pela agência espanhola EFE.
Israel tinha ordenado a mais de um milhão de palestinianos que abandonassem o norte da Faixa de Gaza na antecipação de uma possível ofensiva terrestre contra o Hamas.
Biden disse a Netanyahu que os Estados Unidos também estavam empenhados em evitar "mais tragédias" para os civis no conflito entre Israel e o Hamas, que provocou milhares de mortos dos dois lados em 12 dias.
"Continuaremos a trabalhar convosco e com os nossos parceiros em toda a região para evitar mais tragédias para civis inocentes", afirmou Biden, segundo a agência francesa AFP.
Biden deveria viajar para Amã para participar hoje numa cimeira com o rei Abdullah II da Jordânia e os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, mas o encontro foi cancelado.
O anúncio do cancelamento foi feito pela Jordânia após notícias sobre a morte de centenas de pessoas num hospital de Gaza na terça-feira, que o Hamas atribuiu a um bombardeamento israelita.
Israel negou ter atacado o hospital e atribuiu a explosão ao lançamento falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que desmentiu o exército israelita.
A atual guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita em território israelita em 07 de outubro, que as autoridades de Telavive disseram ter provocado 1.400 mortos.
Desde então, Israel cercou a Faixa de Gaza e prometeu aniquilar o Hamas, que controla o enclave com 2,3 milhões de habitantes desde 2007.
Os bombardeamentos israelitas contra Gaza provocaram pelo menos 3.200 mortos, segundo as autoridades do pequeno território situado na costa oriental do Mar Mediterrâneo.
EUA sancionam membros do Hamas
"Os Estados Unidos estão a tomar medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e apoiantes do Hamas, na sequência do massacre brutal e inaceitável de civis israelitas, incluindo crianças", declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, num comunicado, referindo-se ao ataque mortal do Hamas em território israelita em 7 de outubro.
RTP em Ramallah. Palestinianos no primeiro de três dias de luto nacional
Foto: Marques de Almeida - RTP
Gaza. Ataque a hospital provocou onda de indignação em todo o mundo
Foto: Mohammed Salem - Reuters
Já o Hamas e a Jihad Islâmica acusam Telavive.
Conflito no Médio Oriente. A análise de Cândida Pinto
Berlim confirma cidadãos alemães entre os mortos pelo Hamas
"Infelizmente, temos de assumir que um número de um dígito de cidadãos alemães foi vítima do terror do Hamas", ou seja, menos de 10 pessoas, disse Christian Wagner, porta-voz do ministério, sem dar mais pormenores sobre o contexto das mortes.
A diplomacia alemã já tinha informado que havia cidadãos alemães entre os raptados no dia seguinte aos ataques do Hamas contra Israel, a 7 de outubro.
O ministério falou de "oito casos conhecidos" de alemães raptados pelo Hamas, um caso que pode envolver várias pessoas. No total, "um pequeno número de dois dígitos" de reféns de nacionalidade alemã está envolvido, revelou o porta-voz esta quarta-feira.
Muitos estrangeiros foram mortos, feitos reféns ou desapareceram desde o ataque do movimento islâmico palestiniano Hamas a Israel, seguido de ataques de retaliação israelita na Faixa de Gaza.
Antony J. Blinken falou com Mahmoud Abbas
Blinken expressou o apoio contínuo dos Estados Unidos ao povo palestiniano, sublinhando que os terroristas do Hamas não representam os palestinianos nem as suas legítimas aspirações à autodeterminação e a medidas iguais de dignidade, liberdade, segurança e justiça.
O secretário de Estado salientou que os Estados Unidos condenam inequivocamente todo o terrorismo e sublinhou o firme empenho dos Estados Unidos em defender a lei da guerra, incluindo importantes proteções para os civis.
Blinken e Abbas discutiram os esforços contínuos dos EUA para coordenar a prestação de assistência humanitária urgente e vital para os civis em Gaza, em conjunto com parceiros, e os esforços para evitar que o conflito se espalhe.
Hamas diz que EUA são “cegamente parciais” em relação a Israel
Cravinho convencido de que ataque a hospital em Gaza partiu da Jihad Islâmica
Manifestantes entram em confronto com forças de segurança em Ramallah
China condena ataque a hospital de Gaza
"A China está chocada com as pesadas perdas causadas pelo ataque a um hospital em Gaza e condena-o vigorosamente", escreveu o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros num comunicado, apelando a um "cessar-fogo imediato".
"A guerra apaga o futuro", afirma papa Francisco
EPA
Vários países apelam aos seus cidadãos para evitar deslocações ao Líbano
Ataque a hospital em Gaza. Israel disponibiliza áudio que implica Hamas
Polícia turca impede tentativa de assalto a consulado israelita
Mais de 60 pessoas, na sua maioria agentes da polícia, ficaram feridas na quarta-feira, depois de um grupo ter atacado o edifício do consulado com pedras, paus e fogo de artifício, informou o Gabinete do Governador de Istambul. Cinco manifestantes foram detidos depois de terem saltado as barricadas da polícia.
O pedido do MNE britânico sobre a explosão no hospital
"Ontem à noite, muitos tiraram conclusões precipitadas sobre a trágica perda de vidas no hospital Al Ahli", escreveu Cleverly num post no X, antigo Twitter.Last night, too many jumped to conclusions around the tragic loss of life at Al Ahli hospital.
— James Cleverly🇬🇧 (@JamesCleverly) October 18, 2023
Getting this wrong would put even more lives at risk.
Wait for the facts, report them clearly and accurately.
Cool heads must prevail.
"Antissemitismo não tem lugar na Alemanha"
“Quero dizer expressamente que estou indignado com o que alguns estão a gritar e a fazer".
Anschläge gegen jüdische Einrichtungen, gewalttätige Ausschreitungen auf unseren Straßen – das ist menschenverachtend, abscheulich und nicht zu dulden. Antisemitismus hat in Deutschland keinen Platz. Mein Dank geht besonders in dieser Situation an die Sicherheitskräfte.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) October 18, 2023
Os ataques a instituições judaicas e os atos de violência nas nossas ruas são desprezíveis e não podem ser tolerados. O antissemitismo não tem lugar na Alemanha".
Putin apela ao fim do conflito
"Espero realmente que isto seja um sinal de que precisamos de acabar com este conflito o mais depressa possível. Em todo o caso, temos de nos concentrar na possibilidade de iniciar alguns contactos e negociações.", acrescentou o presidente russo.
Israel volta a descartar responsabilidades em ataque a hospital em Gaza
Foto: Mohammed Saber - EPA
Independentemente do responsável pelo ataque a este hospital em Gaza, está em causa um crime de guerra, explica o especialista em Direito Internacional Francisco Pereira Coutinho. Este perito entende que quer o Hamas quer Israel já cometeram crimes de guerra, durante as últimas semanas.
Irão apela a países islâmicos para imporem sanções a Israel
A reunião urgente da OIC teve lugar na quarta-feira, na cidade saudita de Jeddah, para os países islâmicos discutirem o conflito israelo-palestiniano.
Exército israelita acusa Jihad Islâmica do ataque a hospital em Gaza
Ataque a hospital. Embaixador palestiniano na ONU acusa Israel de mentir
Joe Biden em Israel. "Uma visita que fica quase vazia"
Retrato traçado pelos enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
Scholz confiante que ajuda chegue a Gaza em breve
"Estamos todos estreitamente alinhados, então tenho a sensação de que isso pode acontecer em breve ", disse Scholz a repórteres no Cairo após seu encontro com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
O presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelita mostram-se unidos em declaração conjunta
Quanto ao bombardeamento que atingiu, na noite de terça-feira, o Hospital Al Ahli, no centro de Gaza, Biden afinou o diapasão norte-americano pela posição de Israel, que atribuiu a explosão a um disparo falhado da Jihad Islâmica.
"Com base no que vi, parece ter sido feito pela outra equipa, não vocês. Mas há muitas pessoas que não têm a certeza, pelo que temos de ultrapassar muitas coisas", declarou o presidente dos Estados Unidos, para acrescentar estar "profundamente triste e indignado com a explosão no hospital em Gaza".
"Temos também de manter presente que o Hamas não representa todo o povo palestiniano e só lhe trouxe sofrimento", vincou.
"Forças da civilização e da barbárie"
Netanyahu, que foi o primeiro a pronunciar-se, começou por elogiar o que descreveu como a "clareza moral" do interlocutor norte-americano: "Desenhou corretamente uma linha entre as forças da civilização e as forças da barbárie".
O primeiro-ministro israelita descreveu, em seguida, a ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas a "20 onzes de setembro" e voltou a comparar o movimento radical palestiniano ao Estado Islâmico.
Rússia pede a Israel provas de inocência do ataque a hospital de Gaza
"Vemos neste momento um desejo [por parte de Israel] de se distanciar de qualquer responsabilidade. Se esta tentativa constitui uma intenção séria (...) de provar a sua inocência (...), então os factos devem ser apresentados", defendeu Maria Zakharova.
A porta-voz russa pediu aos Estados Unidos e a Israel que forneçam imagens de satélite para investigar a origem do ataque, acusando os governos ocidentais de darem a impressão, nas suas reações, de que "o ataque aconteceu por si só".
A explosão, pela qual Israel e os palestinianos se culpam mutuamente, fez centenas de mortos e provocou condenações internacionais e manifestações em todo o mundo muçulmano.
O movimento islamita Hamas, no poder em Gaza, acusou Israel de estar na origem deste ataque de terça-feira à noite, que o exército israelita atribuiu a um ataque fracassado de foguetes da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestiniano, 11 dias depois do início da guerra desencadeada por um ataque-surpresa sem precedentes do Hamas a Israel.
O exército israelita afirmou hoje que tinha provas da responsabilidade da Jihad Islâmica "baseadas em informações, sistemas operacionais e imagens aéreas, todas verificadas", segundo o porta-voz militar, Daniel Hagari.
"Se Israel quiser, pode deportar os palestinianos de Gaza para o deserto do Negev e devolvê-los à Faixa no fim da guerra"
Papa apela para que se evite catástrofe humana na Faixa de Gaza
"Também hoje estou a pensar na Palestina e em Israel, as vítimas estão a aumentar e a situação em Gaza é desesperada", disse Francisco durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro.
"Por favor, façam tudo o que for possível para evitar uma catástrofe humana", apelou o chefe da Igreja Católica, citado pela agência espanhola EFE.
Israel declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter realizado uma incursão sem precedentes em território israelita em 07 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.
Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza desde então, provocando mais de três mil mortos e um milhão de deslocados, segundo a ONU.
Uma explosão na terça-feira no hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, matou "entre 200 e 300 pessoas", segundo uma declaração do Ministério da Saúde de Gaza citada pela agência francesa AFP.
O Hamas e outras fontes palestinianas afirmaram que o hospital foi bombardeado por Israel e que o ataque provocou pelo menos 500 mortos.
Israel negou a acusação e disse que a explosão foi causada pelo disparo falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica.
A Jihad Islâmica também negou a responsabilidade e devolveu a acusação a Israel.
Sinagoga em Berlim atacada com cocktails Molotov
A comunidade Kahal Adass Jisroel declarou que a sua sinagoga, situada no bairro de Mitte, foi atacada com dois engenhos incendiários. A polícia confirmou o incidente.
"Pessoas desconhecidas atiraram dois cocktails Molotov da rua", escreveu a comunidade no X, antigo Twitter. A comunidade também publicou um vídeo em que os agentes da polícia investigam o local em frente à sinagoga, que foi isolado.
O complexo de edifícios da comunidade Kahal Adass Jisroel, no centro de Berlim, alberga uma sinagoga, um jardim de infância e um centro comunitário.Heute Nacht (18.10.) wurde ein versuchter Brandanschlag auf unsere Gemeinde Kahal Adass Jisroel verübt. Unbekannte warfen dabei 2 Molotow-Cocktails von der Straße aus in Richtung unseres Gemeindezentrums in der Brunnenstraße in Berlin-Mitte. pic.twitter.com/tnh0UIV9mw
— Kahal Adass Jisroel (@KAJ_Berlin) October 18, 2023
A polícia informou ainda que, durante a noite, se registaram distúrbios entre imigrantes muçulmanos e a polícia nos bairros de Neukoelln e Kreuzberg e no emblemático Portão de Brandemburgo, em Berlim, tendo vários agentes ficado feridos.
Dados da ONU. Mais de três mil mortos em Gaza sem balanço de ataque a hospital
Numa atualização diária sobre o conflito, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) disse que não conseguiu contabilizar as vítimas do ataque ao hospital Al Ahli, na terça-feira.
As autoridades de saúde do território controlado pelo grupo islamita Hamas disseram que o ataque ao hospital provocou pelo menos 500 mortos.
Israel negou ter sido responsável pela explosão no hospital situado no norte de Gaza, que atribuiu à milícia palestiniana Jihad Islâmica.
O OCHA disse que 853 crianças estão entre os mais de três mil mortos contabilizados na Faixa de Gaza, segundo a agência espanhola EFE.
Os bombardeamentos israelitas por terra, mar e ar mataram 192 pessoas no último dia, antes do ataque ao hospital Al Ahli, disse a ONU.
"Centenas de vítimas adicionais podem estar presas nos escombros", admitiu o gabinete de coordenação humanitária, que teme que os corpos possam causar epidemias e problemas ambientais.
A ONU também manteve o número de deslocados internos em Gaza em mais de um milhão, dos quais cerca de 352 mil permanecem em escolas no centro e no sul do território geridas pela missão da organização.
Segundo a ONU, foram atacadas zonas do sul de Gaza para onde as autoridades israelitas tinham ordenado que se deslocassem os refugiados, o que criou o caos e levou famílias a regressar a zonas mais a norte.
A Faixa de Gaza sofreu sete dias de falta total de eletricidade, o que reduziu ao mínimo as operações em muitos hospitais, acrescentou.
A atual guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.
Charles Michel chocado com ataque a hospital
"É imperativo que todos os factos que rodeiam este incidente sejam investigados minuciosamente e que os responsáveis sejam responsabilizados. Apelamos também ao acesso imediato da ajuda humanitária à Faixa de Gaza para prestar assistência", acrescentou.
"Não há desculpa para um ataque a um hospital cheio de civis"
I am saddened by the strike against the Al-Ahli hospital and the huge death toll.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) October 18, 2023
There is no excuse for hitting a hospital full of medical staff and civilians.
All the facts have to be established and those responsible must be held accountable.
Joe Biden chegou a Israel
A visita ocorre um dia depois de uma explosão num hospital da Faixa de Gaza ter causado pelo menos 500 mortos, segundo as autoridades palestinianas.
Situação em Gaza está "fora de controlo"
The situation in #Gaza is spiralling out of control.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 18, 2023
Every second we wait to get medical aid in, we lose lives.
For 4 days @WHO supplies have been stuck at the border.
We need immediate access to start delivering life-saving supplies.
We need violence on all sides to stop.
União Africana condena bombardeamento contra um hospital em Gaza
"Não há palavras para expressar plenamente a nossa condenação ao bombardeamento israelita de um hospital em Gaza hoje (terça-feira), matando centenas de pessoas", disse Mahamat numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
O Egito acusou Israel de bombardear deliberadamente o hospital, embora as autoridades israelitas neguem ter atacado o edifício e culpado grupos palestinos pelo massacre.
"Atacar um hospital, considerado um porto seguro ao abrigo do direito humanitário internacional, é um crime de guerra. A comunidade internacional deve agir agora", acrescentou o responsável.
Pelo menos 500 pessoas terão morrido, saegundo as autoridades palestinianas, após o bombardeamento do hospital Al Ahli, representando o maior massacre em Gaza das cinco guerras que ocorreram entre as milícias palestinianas e Israel desde 2008.
É também o ataque com maior número de vítimas mortais cometido até agora desde que, em 07 de outubro, o ataque surpresa do Hamas contra Israel desencadeou a atual guerra, que já causou mais de 3.000 mortos em Gaza e 1.400 mortes em território israelita.
Jihad Islâmica nega acusações de Israel
Irão condena ataque a hospital e declara um dia de luto
"As chamas do bombardeamento israelo-americano contra palestinianos inocentes tratados num hospital de Gaza devorarão os sionistas", declarou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, na terça-feira à noite.
"O Irão, como parte da nação islâmica, está de luto", acrescentou, segundo noticiou hoje a imprensa iraniana, citada pela agência espanhola EFE.
Israel e as milícias palestinianas acusam-se mutuamente pelo ataque ao hospital Al Ahli Araba, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira.
O grupo islamita Hamas acusou Israel de ter bombardeado o hospital, enquanto o exército israelita atribuiu a responsabilidade à milícia palestiniana Jihad Islâmica.
As autoridades de saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, disseram que morreram pelo menos 500 pessoas, no que poderá ser o ataque mais grave no enclave desde 2008.
O ataque ocorreu na véspera da chegada à região do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O ataque foi criticado pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, e desencadeou a fúria na Cisjordânia ocupada por Israel e no estrangeiro.
No Irão, que apoia o Hamas, milhares de pessoas saíram à rua em Teerão durante a madrugada para protestar contra o bombardeamento do hospital, com gritos de "morte à América" e "morte a Israel".
Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.
Israel respondeu com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza que mataram pelo menos três mil pessoas, de acordo com as autoridades palestinianas do enclave.
Há também a registar 12.500 feridos em Gaza e mais de 4.200 feridos em Israel.
Além dos bombardeamentos, Israel cercou e suspendeu os fornecimentos à Faixa de Gaza, um pequeno território onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que é controlado pelo Hamas desde 2007.
Telavive poderá eliminar Hamas mas atrairá Hezbollah e al-Qaida
Num artigo publicado no portal do Conselho para as Relações Internacionais, um `think tank` com sede em Nova Iorque voltado para a política externa e assuntos internacionais, Hoffman destacou a capacidade e os meios do Hamas, movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia (UE) e Estados Unidos, para montar ataques coordenados e simultâneos a partir do ar, do mar e da terra.
"O facto de o Hamas ter a capacidade de manter os seus preparativos desconhecidos de um país como Israel, que possui um dos serviços de informações mais sofisticados do mundo, sugere fortemente que teve apoio, aconselhamento e orientação de um Estado externo no planeamento e execução do ataque a Israel. O Irão, por conseguinte, será fortemente suspeito de estar por detrás disto", sublinhou.
Hoffman sustentou que o Irão fornece ao Hamas e à Jihad Islâmica da Palestina (JIP) pelo menos 100 milhões de dólares (94,4 milhões de euros) por ano e proclama abertamente a intenção de destruir Israel, tendo Teerão manifestado preocupação com a possibilidade de a Arábia Saudita e Israel estabelecerem relações diplomáticas formais, agravada pelo pacto de defesa entre Riade e Washington.
"O Irão tinha todas as razões para encorajar e facilitar o ataque a Israel. Mas isso é muito diferente de ordenar, muito menos de orquestrar os ataques ou de dar qualquer tipo de `luz verde`. Embora o Hamas e o JIP, tal como o Hezbollah [com sede no Líbano], tenham laços estreitos com o Irão, também funcionam de forma independente. Assim, o longo historial do Irão na tentativa de desestabilizar países da região, incluindo Bahrein, Iraque, Kuwait, Líbano e Arábia Saudita está muito bem documentado", disse.
Apesar de, tal como prometeu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a retaliação ser "maciça e decisiva, com a intenção de destruir de vez o Hamas", a guerra está a mostrar que os crimes de guerra, independentemente de ter sido desencadeada pelo Hamas a 07 deste mês, são muitos e quem está a pagar são os civis de ambos os lados.
"Os relatos de execuções, abusos sexuais, civis a serem retirados das suas casas e outras depredações não ficarão impunes a Israel. À medida que mais informação vir a luz do dia e que o choque do ataque inicial se desvanecer, os israelitas exigirão vingança", sustentou Hoffman.
No entanto, defendeu, o argumento comum sobre o contraterrorismo, de que "não há solução militar", não é totalmente verdade, "desde que um país não se preocupe em ferir civis", tal como, exemplificou, sucedeu no Sri Lanka.
"A campanha militar em 2009 esmagou completamente os Tigres Tamil. Estima-se que cerca de 20.000 civis tenham sido mortos. Morreram o fundador e líder dos Tigres, toda a sua equipa de comando e praticamente todos os oficiais e elementos da organização. Um grupo terrorista pode ser destruído desta forma, mas isso implica uma enorme perda de vidas civis", lembrou.
"Se Israel perseguir este objetivo, é provável que se siga uma série de coisas, incluindo o Hezbollah vir em auxílio do Hamas, ou o Irão envolver-se potencialmente, com a possível convergência de combatentes estrangeiros da Al-Qaida e dos Talibãs, entre outros grupos. Isso lançaria este conflito numa trajetória completamente diferente", alertou Hoffman.
Para o analista, o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, explorou a vantagem da surpresa "com um sucesso espantoso", tendo como "vantagem, agora", a capacidade de se dispersar e de se esconder dentro do escudo protetor da população civil do enclave.
No entanto, para Hoffman, as vantagens de Israel deveriam ter impedido o ataque surpresa do Hamas, pois Telavive "tem uma das forças armadas mais sofisticadas tecnologicamente, mais bem treinadas, armadas e profissionais da região, se não do mundo".
"O armamento avançado, a doutrina, a formação e o equipamento das Forças de Defesa de Israel dotaram-nas de capacidades de combate formidáveis que se tornarão cada vez mais evidentes nos próximos dias", argumentou o analista do IRC, apontando que, historicamente, as organizações terroristas "têm-se saído mal quando o peso total do poderio militar de um Estado estabelecido é exercido sobre elas".
Segundo Hoffman, o conflito "está longe" de ter terminado e é completamente imprevisível quanto à sua evolução, pois foram desencadeadas "forças poderosas e centrífugas" que reescreveram as regras para Israel e o Hamas, e talvez para outros na região.
"Por exemplo, tendo em conta os laços de longa data do Hezbollah com o Hamas e o facto de o seu patrono estatal mútuo ter um enorme interesse em assegurar a longevidade dos seus clientes terroristas regionais, o Hezbollah, por sua própria iniciativa mas em total sintonia com os desejos do Irão, entrará provavelmente na guerra se Israel lançar um ataque terrestre em Gaza. As consequências serão então enormes", advertiu.
Atualmente, prosseguiu, o Hezbollah dispõe de um arsenal de mísseis que se crê ser dez vezes superior, mais precisos e capazes de percorrer distâncias maiores, razão pela qual todo o território de Israel ficaria vulnerável a ataques de mísseis.
"Existe a possibilidade de a guerra alastrar e o terrível derramamento de sangue e as tragédias que se seguirão tornarão qualquer tipo de conversações mais difíceis e mais distantes do que no passado. Os militantes palestinianos na Cisjordânia podem revoltar-se com violência a qualquer momento, embora isso seja mais provável se Israel lançar um grande ataque terrestre e reocupar Gaza. Isso levantaria a questão: confrontado com uma guerra em três frentes, será que Israel visaria o Irão na esperança de o pressionar a retirar os seus lacaios?", questionou Hoffman, sem dar uma resposta.
Guterres horrorizado com ataque a hospital em Gaza apela a cessar-fogo
Foto: Mohamed Saber - EPA
O exército israelita mostra imagens aéreas para afiançar que a aviação do Estado hebraico não bombardeou a unidade Al Ahli
פגיעת שיגור כושל של ארגון הטרור גא"פ באזור בית החולים אלמעמדאני בעיר עזה
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) October 18, 2023
מצורף סרטון מתוך מערכות חה״א שמתעד את אזור בית החולים לפני ואחרי השיגור הכושל של ארגון הטרור גא״פ: pic.twitter.com/KVXmlYuNj9
O Tsahal, que publicou imagens aéreas nas redes sociais, reitera que a explosão mortífera teria sido causada pelo lançamento falhado de um rocket por parte do grupo extremista.
Os argumentos israelitas
Segundo o porta-voz militar israelita Daniel Hagari, uma primeira barragem de projéteis foi lançada pelo Hamas, a partir de Gaza, às 18h15 de terça-feira (16h15 em Lisboa). Pelas 18h59, ainda de acordo com o Tsahal, uma segunda barragem de uma dezenas de rockets foi lançada pela Jihad Islâmica a partir de um cemitério próximo - foi neste momento que surgiram relatos de uma explosão no Hospital Al Ahli.
"Eles foram ao ponto de inflacionar os números de baixas. Perceberam com absoluta certeza que tinha sido um rocket mal disparado pela Jihad Islâmica e atingir o hospital", acusou o mesmo porta-voz, referindo-se ao Hamas.
Hagari argumentou ainda que, se as forças israelitas tivessem sido responsáveis pelo bombardeamento do hospital, "por ar, terra ou mar", haveria "uma cratera" ou algum "dano estrutural".
Israel e palestinianos trocam acusações sobre ataque a hospital de Gaza
- O presidente norte-americano chega esta quarta-feira a Israel. O objetivo da visita é mostrar apoio à guerra contra o Hamas e deixar patente a influência dos Estados Unidos no Médio Oriente. Joe Biden deve reunir-se com o primeiro-ministro israelita para perceber quais são os planos para a ofensiva na Faixa de Gaza e, em simultâneo, tentar desbloquear a ajuda humanitária;
- A viagem do presidente norte-americamo ao Médio Oriente sofreu entretanto uma alteração significativa. Foi cancelada a cimeira na Jordânia. Joe Biden deveria deslocar-se a Amã, para onde estava previsto um encontro com os homólogos da Jordânia, do Egito e da Autoridade Palestiniana. Contudo, o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, cancelou a presença devido ao ataque ao Hospital Al Ahli, em Gaza, na noite de terça-feira. O encontro acabou por ser cancelado face aos três dias de luto decretados pela Autoridade Palestiniana;
- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, veio insistir na ideia de que tudo o que está a acontecer na Faixa de Gaza é responsabilidade do movimento radical Hamas;
- O bombardeamento da noite de terça-feira sobre o hospital no centro de Gaza causou pelo menos meio milhar de mortos. O número de vítimas foi avançado pelas autoridades de saúde do território administrado pelo Hamas. O balanço exato dos feridos não é conhecido. Um médico adiantou que quatro mil pessoas estavam refugiadas naquela unidade;
- Depois do bombardeamento, Israel e Gaza trocaram acusações. As autoridaes do território palestiniano responsabilizam o exército israelita. O Governo do Estado hebraico nega a acusação e aponta o dedo à Jihad Islâmica, que negou também a autoria do ataque. Os israelitas alegam que a explosão no hospital ocorreu quando o grupo extremista palestiniano falhou o lançamento de um rocket;
- As Forças de Defesa de Israel voltaram a instar a população de Gaza a abandonar a cidade e a deslocar-se para sul, afirmando que existe uma "zona humanitária" com ajuda disponível em Al-Mawasi, a 28 quilómetros do principal centro urbano do território;
- Já esta manhã, a Força Aérea israelita indicou ter bombardeado, nas últimas horas, dezenas de "alvos militares ao longo da Faixa de Gaza". A aviação do Estado hebraico diz ainda ter "eliminado" dois membros da hierarquia do Hamas.
Ataque a Hospital. Israel acusa militantes palestinianos
Bombardeamento de hospital em Gaza ameaça incendiar Médio Oriente
Foto: Mohammed Al-Masri - Reuters
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, culpou os "terroristas bárbaros de Gaza" pelo ataque ao hospital: "Aqueles que mataram brutalmente os nossos filhos estão a matar os seus próprios filhos".
O 10.º dia do conflito desencadeado pelo ataque do Hamas contra Israel gerou fortes reações de todo o mundo. Por parte dos países árabes, o bombardeamento ao hospital gerou uma condenação generalizada, com manifestantes a saírem às ruas em Amã e Tunes.
c/ Lusa