Biden acredita que EUA estarão mais seguros a ajudar Ucrânia e Israel
Foto: Jonathan Ernest - EPA
"Hoje de manhã vim de Israel. Fui o primeiro presidente americano a deslocar-me lá durante uma guerra", continuou, acrescentando que falou com o primeiro-ministro israelita, com alguns membros do Governo de Israel e com cidadãos que presenciaram o ataque do Hamas.
De acordo com o presidente dos Estados Unidos, foram "massacradas em Israel" mais de 1300 pessoas, incluindo 32 cidadãos norte-americanos, além das dezenas de inocentes que foram "feitos reféns".
"Eu disse que estamos a fazer todos os esforços para os trazer para casa. Para um presidente não há maior prioridade que garantir a segurança de norte-americanos feitos reféns", frisou Biden.
"O ataque do Hamas lançou o mal no mundo, mas infelizmente os judeus sabem melhor do que ninguém que não há limite para a maldade das pessoas", recordou ainda o presidente, deixando claro que também falou com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, tendo lhe garantido que os EUA estão "comprometidos com o seu direito à dignidade e autodeterminação".
"As ações dos terroristas do Hamas não lhes retiram esse direito".
Lamentando ainda também as vítimas palestinianas, Joe Biden mencionou o ataque ao hospital em Gaza, que terá feito entre dezenas a centenas de mortos, e sublinhou que "não foi levado a cabo por Israel".
"Lamentamos a perda dessas vidas. Lamentamos e estamos do lado dos palestinianos que só querem viver em paz", disse.
"O ataque a Israel vem na sequência de quase 20 meses de guerra contra o povo ucraniano, desde que Putin lançou a sua invasão", continuou o presidente, voltando a lembrar também "os sinais de tortura", as "crianças levadas à força pelos russos" ou as valas comuns.
"É doentio. O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: querem aniquilar completamente uma democracia vizinha".
Nas palavras de Biden, o único objetivo do Hamas é "matar judeus e destruir Israel" e não representa os palestinianos, usando-os como "escudos humanos", fazendo sofrer famílias palestinianas.
No discurso ao país, o presidente dos Estados Unidos explicou que "para a segurança interna" é "vital a sobrevivência da Ucrânia".
"Quando os terroristas não pagam o preço da agressão causam mais caos, mais mortes, mais destruição. Não param e o custo e as ameaças aos norte-americanos em todo o mundo não pararão de crescer", argumentou. "Se não pararmos o apetite de Putin pela Ucrânia, ele nunca se irá limitar à Ucrânia".
Além disso, "pode haver ameaças noutros locais do mundo, como no Médio Oriente". O Irão, por exemplo, "apoia as forças russas contra a Ucrânia e apoia o Hamas e outros grupos terroristas na região".
"É um bom investimento, que irá dar dividendos para o nosso país durante gerações. Ajudará a manter as tropas norte-americanas livres de perigo".
Já quanto a Israel, o objetivo é garantir que "tem o necessário para proteger os seus cidadãos hoje e sempre".
"O pacote de segurança que vou enviar ao Congresso (...) é um incremento sem precedentes para a Segurança de Israel, com vista a melhorar as forças militares de Israel".
O presidente norte-americano disse ainda que o mundo não pode desistir de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, argumentando que os dois povos merecem "viver em segurança".
"Por mais difícil que seja, não podemos desistir da paz. Não podemos desistir da solução de dois Estados", disse Joe Biden.
"Israel e os palestinianos merecem igualmente viver em segurança, dignidade e paz", frisou.
Investigação internacional a explosão em hospital de Gaza não é apropriada, dizem EUA
"Não creio que seja apropriado neste momento", frisou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em conferência de imprensa.
O movimento islamita Hamas denunciou centenas de mortos na explosão ocorrida na terça-feira e acusou de imediato Israel, que nega o ataque e diz que se tratou do lançamento de um foguete pelo grupo islamita Jihad Islâmica que acabou por atingir o centro médico.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano acrescentou que o governo liderado por Joe Biden está a conduzir a sua própria investigação e lamentou, em qualquer caso, que muitos meios de comunicação social e muitas pessoas tenham rapidamente acreditado na versão do Hamas, "uma organização terrorista".
Miller também apontou que, embora o Hamas "não tenha fornecido provas, o governo de Israel apresentou uma grande quantidade de provas", e pediu que, antes de determinar qualquer coisa ou de escolher uma versão ou outra, isso fosse levado em consideração.
O porta-voz enfrentou diversas perguntas de jornalistas sobre a demissão de um elemento do Departamento de Estado, em protesto contra a decisão dos Estados Unidos de continuar a fornecer ajuda militar a Israel neste momento, apesar dos ataques à população civil de Gaza.
"Entendemos, esperamos e apreciamos os diversos pontos de vista das pessoas que trabalham neste departamento", garantiu Miller.
No entanto, deixou claro que Washington apoia fortemente o direito e mesmo a obrigação de Israel de se defender destes ataques terroristas, da mesma forma que pediu àquele país que cumprisse direito internacional nas suas operações militares.
Miller reconheceu que as armas norte-americanas "não podem ser usadas contra a população civil", mas também admitiu que "uma das tragédias da guerra é que sempre há mortes de civis, e o que é necessário é que sejam minimizadas".
Hoje cumpre-se o 13.º dia de guerra, iniciada com o ataque surpresa do grupo islamita Hamas em território israelita que provocou, segundo as autoridades judaicas, cerca de 1.400 mortos e 4.000 feridos.
O movimento islamita capturou também 200 pessoas, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas. Outras milícias capturaram mais 50 pessoas, o que perfaz um total de 250 reféns.
Israel reagiu ao ataque de 07 de outubro declarando guerra ao Hamas, impondo um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária e iniciando intensos bombardeamentos que segundo as autoridades palestinianas já provocaram mais de 3.700 mortos.
EUA abatem vários mísseis e drones no mar Vermelho potencialmente em direção a Israel
O Departamento de Defesa norte-americano não reportou "até ao momento" nenhum ferido entre os marinheiros do USS Carney ou entre civis no terreno, informou ainda a agência France-Presse (AFP).
"Não podemos dizer com certeza quais eram os alvos desses mísseis e ‘drones’, mas eles foram lançados do Iémen em direção ao norte ao longo do mar Vermelho, potencialmente em direção a alvos em Israel", frisou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, durante uma conferência de imprensa.
Uma autoridade dos EUA, que falou à agência Associated Press (AP) sob condição de anonimato, disse não acreditar que os mísseis estivessem apontados para o navio de guerra. Ryder acrescentou que os mísseis foram abatidos porque "representavam uma ameaça potencial" com base no seu perfil de voo, acrescentando que os EUA estão preparados para fazer o que for necessário "para proteger os parceiros e os seus interesses nesta importante região".
C/Lusa
Biden discursa na Sala Oval para pedir dinheiro para Israel e para a Ucrânia
Alemanha disponibiliza 50 milhões de euros para ajuda a civis em Gaza
"A nossa mensagem é clara: não vamos abandonar mães, pais e filhos palestinianos inocentes", frisou Annalena Baerbock, durante uma conferência de imprensa em Amã ao lado do homólogo jordano, Ayman Safadi.
Esta ajuda adicional permite "apoiar organizações internacionais como o Programa Alimentar Mundial, a Unicef e especialmente a Unrwa [agência da ONU para os refugiados palestinianos], para que os habitantes de Gaza possam ser abastecidos com alimentos", sublinhou Baerbock, citada num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
"Estamos a preparar-nos para poder enviar equipes médicas para Gaza", acrescentou, descrevendo a situação humanitária em Gaza como catastrófica.
Baerbock elogiou também os sinais que dão esperança de uma abertura "pelo menos limitada" do ponto de passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza.
A ministra apelou a todas as partes interessadas envolvidas para "ultrapassarem os últimos obstáculos" para que seja permitida a passagem.
"Precisamos de locais em Gaza onde civis, famílias e crianças possam ser tratados com total segurança, ou seja, locais com infraestruturas civis, hospitais e escolas", realçou Baerbock.
C/Lusa
Líbano diz que jornalista foi morto por forças israelitas no sul do país
Mais de 300 detidos junto ao Capitólio em manifestação de apelo ao cessar-fogo em Gaza
Congresso Mundial Judaico apela ao Papa para interceder na libertação de reféns do Hamas
Durante uma audiência no Vaticano, Ronald Lauder instou o Papa a usar a "sua autoridade moral para assegurar o retorno seguro dos reféns", afirmou WJC num comunicado.
Israel reviu hoje em alta para 203 o total de pessoas feitas reféns pelo grupo islamita palestiniano Hamas durante o ataque de 07 de outubro em solo israelita.
O Papa Francisco apelou publicamente à libertação dos reféns, ao mesmo tempo que expressou preocupação com a população na Faixa de Gaza.
O ataque do Hamas causou 1.400 mortos em Israel, sobretudo civis, enquanto a resposta israelita fez pelo menos 3.700 mortos na Faixa de Gaza, nos dois lados na maioria civis, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo Hamas.
Criado em 1936, o CMJ representa as comunidades judaicas de cerca de uma centena de países perante governos e organizações internacionais.
Von der Leyen alerta que risco de repercussões regionais da guerra entre Israel e o Hamas é "real"
"Vimos as ruas árabes a encherem-se de raiva em toda a região. Por isso, o risco de repercussões regionais é real", afirmou.
Von der Leyen considerou ainda que o Irão "só quer alimentar o fogo do caos" e que a Rússia, "cliente do Irão em tempos de guerra, está a observar atentamente".
"A Rússia e o Hamas são parecidos", acrescentou.
MNE português e homólogo libanês alertam para risco de contágio do conflito na região
João Gomes Cravinho manteve hoje uma conversa telefónica com o chefe da diplomacia libanesa, Abdallah Bou Habib, para analisar a situação na região e naquele país em particular.
Portugal e Líbano partilham "a preocupação quanto ao risco de alastramento regional da atual situação de instabilidade", destacou o chefe da diplomacia portuguesa numa nota na rede social X (antigo Twitter).
Desde o passado dia 8 de outubro - um dia após a ofensiva do Hamas sobre Israel que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, milhares de feridos e mais de 200 reféns -, o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel envolveram-se numa série de ataques cruzados nas zonas fronteiriças de ambos os países, onde também ocorreram alguns atos reivindicados por fações palestinianas que se encontram em território libanês.During a phone call, MFA @JoaoCravinho and his Lebanese counterpart, Abdallah Bou Habib @Mofalebanon, discussed the situation in the region and Lebanon, country with which Portugal shares concerns on the regional spillovers of the ongoing instability. https://t.co/SAOL0Yoxvv
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) October 19, 2023
O Governo do Líbano anda há dias a desdobrar-se em contactos nacionais e internacionais para impedir que o país se torne uma segunda frente da guerra na Faixa de Gaza - que o Exército israelita bombardeia desde há 13 dias em retaliação ao ataque do Hamas, no poder naquele enclave palestiniano pobre desde 2007 e classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia (UE) e Israel -, enquanto cada vez mais países instam os seus cidadãos a abandonarem o Líbano.
O ministro português também manteve hoje uma conversa com o homólogo argelino, Ahmed Attaf, onde foi sublinhada "a importância de se retomar, com urgência, o diálogo político e de se mobilizar a comunidade internacional para a construção de uma paz duradoura".
Nos últimos dias, o chefe da diplomacia portuguesa tem realizado várias conversas telefónicas e presenciais com homólogos de países vizinhos de Israel e da Palestina, insistindo na posição de Portugal, que reconhece a Israel o direito de se defender, desde que protegendo a vida de civis na zona de Gaza.
Gomes Cravinho também tem insistido na necessidade de conter o conflito, evitando a sua escalada, e de criar condições para uma adequada assistência humanitária às vítimas do conflito.
Hoje cumpre-se o 13.º dia de guerra, iniciada com o ataque surpresa do grupo islamita Hamas em território israelita que provocou, segundo as autoridades judaicas, cerca de 1.400 mortos e 4.000 feridos.
O movimento islamita capturou também 200 pessoas, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas - segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas. Outras milícias capturaram mais 50 pessoas, o que perfaz um total de 250 reféns.
Israel dá sinais de que entrará brevemente na Faixa de Gaza
Pelo menos 16 jornalistas palestinianos morreram desde o início da guerra
EUA anulam mísseis e drones no Mar Vermelho com alvos "potenciais" em Israel
“Não podemos afirmar com certeza quais eram os alvos destes mísseis e drones, mas foram lançados a partir do Iémen, rumo a norte, ao longo do Mar Vermelho, potencialmente em direção a alvos em Israel”, afirmou um porta-voz do Pentágono numa conferência de imprensa.
Príncipe herdeiro saudita e secretário-geral da ONU discutem situação em Gaza
Israel fez mais de 80 detenções em vários locais da Cisjordânia
Embaixador israelita lança críticas contra as Nações Unidas
Israel não vai parar bombardeamentos contra território palestiniano
Continuam parados os camiões com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza
Rússia considera que veto norte-americano na ONU terá "consequências monstruosas"
"No contexto de um confronto que ganha cada vez mais força e corre o risco de ultrapassar as fronteiras do Médio Oriente e adquirir uma dimensão sectária, as consequências de tal passo são monstruosas", adiantou o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
O MNE russo considerou que esta resolução poderia ter contribuído para “travar a escalada de tensões e reduzir a violência contra civis” e a decisão norte-americana foi “dececionante”.
Moscovo defendeu que o veto norte-americano “demonstra claramente as reais aspirações de Washington para a região do Médio Oriente” e que Washington se tem oposto “desde o início a qualquer iniciativa humanitária”.
“Cada dia de atraso significa não apenas um rápido aumento no número de mortos e feridos, mas também o sofrimento ininterrupto dos civis que se tornaram prisioneiros do enclave (de Gaza) sob bloqueio”, considerou a diplomacia russa.
Numa crítica a Israel, o MNE russo argumentou ainda que “o direito à legítima defesa não significa ter licença para represálias massivas e indiscriminadas
Dos 15 estados-membros do Conselho de Segurança da ONU, 12 votaram na quarta-feira a favor desta resolução e dois abstiveram-se, incluindo a Rússia. No entanto, um voto contra dos EUA, um dos cinco membros permanentes, foi o suficiente para bloquear a adoção da resolução.
Pelo menos 18 palestinianos morreram no campo de refugiados de Jaballa, em Gaza
Ataques a Israel. Livre discorda do texto final do voto de pesar
Lusa
Chegou a ser noticiado o acordo entre PS, PSD e LIVRE, mas o partido considera agora que o texto não respeita o entendimento original e que não há assim condições para votar favoravelmente.
Reportagem de João Alexandre.
A votação do voto de pesar decorre amanhã, em plenário.
O Livre garante estar disponível para rever o texto atual por forma a que haja um consenso mais alargado
Quanto ao Chega, já anunciou um voto de abstenção caso o texto não deixe clara a condenação do Hamas e o direito de Israel a defender-se dos ataques.
Israel retira diplomatas da Turquia como "medida de segurança"
Israel apelou na quarta-feira aos seus cidadãos para deixarem a Turquia o mais rapidamente possível para sua própria segurança, citando crescentes “ameaças terroristas” para os seus concidadãos no estrangeiro, de acordo com o consulado do Estado judeu em Istambul.
“À luz do aumento contínuo das ameaças terroristas contra israelitas no estrangeiro (…) todos os israelitas que permanecem na Turquia devem partir o mais rapidamente possível”, alertou também o Conselho de Segurança Nacional israelita num comunicado oficial.
Cartoon. The Guardian dispensa Steve Bell após caricatura de Netanyahu
REUTERS/Suzanne Plunkett
O premiado Steve Bell foi afastado por causa de uma caricatura do primeiro-ministro israelita.
Pormenores aqui contados pela jornalista Ana Isabel Costa.
Joaquim Vieira, responsável do Observatório de Imprensa, alertou para que casos como os de Steve Bell nos façam reforçar a vigilância pela liberdade de expressão.
Terminal de Rafah entre Egito e Gaza abre sexta-feira
Citando "fontes", a estação de televisão AlQahera News indicou que "Rafah abrirá amanhã (sexta-feira)", sem fornecer mais pormenores sobre a ajuda que chegará ao enclave palestiniano pobre há 12 dias sob ataque israelita, após um ataque do movimento islamita Hamas a Israel, a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
Durante a noite, o Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou ter obtido do homólogo egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, a garantia de "deixar entrar até 20 camiões", um número absolutamente insuficiente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Cairo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje "um acesso humanitário rápido e sem obstáculos" que permita a entrega da ajuda à Faixa de Gaza, apelando também para "um cessar-fogo humanitário imediato".
As colunas de ajuda humanitária, que devem chegar a esta língua de terra exígua onde vivem 2,4 milhões de palestinianos, estão retidas há dias no terminal de passagem de Rafah.
Bairros inteiros foram arrasados e estão sem água, comida e eletricidade, e mais de um milhão de pessoas foram deslocadas após o cerco imposto a 09 de outubro por Israel a Gaza, já submetida a um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo desde que o Hamas -- classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia - tomou o poder, em 2007.
No terminal de Rafah, egípcios repararam hoje os danos causados pelos bombardeamentos israelitas, para deixar passar os camiões de ajuda, segundo testemunhas, e dezenas de pessoas concentraram-se no local, na esperança de que a reabertura do ponto de passagem lhes permita abandonar aquele território palestiniano.
No 13.º dia de guerra mortífera entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita. O número de reféns do Hamas foi hoje revisto em alta para 203 pessoas.
Do lado palestiniano, mais de 3.700 pessoas, na maioria civis, foram mortas nos bombardeamentos incessantes realizados em retaliação pelo Exército israelitas, de acordo com o mais recente balanço do Governo local, controlado pelo Hamas.
Primeiro-ministro israelita surge entre um grupo de soldados israelitas perto da Faixa de Gaza e promete "vitória"
Washington adverte para potenciais riscos de segurança decorrentes das ondas de choque do conflito israelo-palestiniano
A Administração Biden enumera "tensões acrescidas em diferentes locais do mundo" e o "potencial para ataques terroristas, manifestações ou ações violentas contra cidadãos e interesses dos Estados Unidos".
Terminal de Rafah entre Egito e Gaza deve abrir na sexta-feira
Citando "fontes", a estação de televisão AlQahera News indicou que "Rafah abrirá amanhã (sexta-feira)", sem fornecer mais pormenores sobre a ajuda que chegará ao enclave palestiniano pobre há 12 dias sob ataque israelita, após um ataque do movimento islamita Hamas a Israel, a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
Durante a noite, o Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou ter obtido do homólogo egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, a garantia de "deixar entrar até 20 camiões", um número absolutamente insuficiente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Recomendação do Ministério alemão dos Negócios Estrangeiros foi emitida esta quinta-feira
As forças do Estado hebraico têm retaliado após disparos efetuados a partir de território do país vizinho
As Forças de Defesa de Israel já vieram confirmar que identificaram pelo menos 20 lançamentos, acrescentando que estão a procurar atingir os locais de onde partiram os projéteis.
Embora os rockets tenham partido do Líbano, estes lançamentos foram entretanto reivindicados pelo movimento Hamas, que administra a Faixa de Gaza.
Segundo avião com ajuda humanitária rumo ao Egito
Juntamente com um voo efetuado ontem, este totalizará 54 toneladas de ajuda humanitária, incluindo produtos de higiene e saneamento, alimentos, água e abrigos.
EUA e Reino Unido aconselham cidadãos a abandonar o Líbano
Londres e Washington já tinham avisado os seus cidadãos para não viajarem para o Líbano.
"Recomendamos aos cidadãos norte-americanos que se encontram no Líbano que tomem as medidas adequadas para abandonar o país; as opções comerciais continuam atualmente disponíveis", afirma um comunicado da embaixada dos EUA.
A embaixada britânica emitiu um aviso semelhante: "Se estão atualmente no Líbano, encorajamo-los a sair agora enquanto as opções comerciais continuam disponíveis.
"Os cidadãos britânicos devem ter cuidado e evitar as zonas onde possam ocorrer manifestações", acrescenta a nota.
Ajuda médica está “pronta” para seguir para Gaza
"Os nossos camiões estão carregados e prontos para partir", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, numa conferência de imprensa.
Tedros Adhanom espera que os fornecimentos sejam entregues assim que a passagem abrir, "espero que amanhã".
Coligação de esquerda em França em "impasse" após semanas de tensão sobre Hamas
A não qualificação do Hamas como organização terrorista por Mélenchon, líder da França Insubmissa (LFI), após os ataques de 07 de outubro contra Israel, dividiu o seio da Nova União Ecológica e Social Popular (NUPES), já a viver tensões que tornavam cada vez mais difícil o entendimento nesta coligação que nas eleições legislativas de 2022 conseguiu eleger 131 deputados de esquerda.
Ainda em setembro, a deputada Sophia Chikirou da LFI, muito próxima de Mélenchon, tinha comparado o líder dos comunistas, Fabien Roussel, a Jacques Doriot, um colaboracionista que ajudou os alemães durante a ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial, o que criou um desconforto entre insubmissos, comunistas, socialistas e ecologistas.
Bárbara Gomes, conselheira de Paris eleita pelo Partido Comunista, criticou em declarações à Lusa que "certas pessoas" na LFI tenham "mostrado que estavam mais preocupadas em instrumentalizar os discursos de Fabien Roussel e dos comunistas em geral, do que trabalhar na unidade e em ter um programa comum".
"O que se passou nas últimas semanas foi o culminar de uma série de episódios complexos. Como é que hoje temos pessoas que não conseguem qualificar o Hamas de organização terrorista, mas conseguem chamar os comunistas de nazis?", questionou Gomes.
No início desta semana, os socialistas decidiram implementar uma "moratória" à sua participação na NUPES, com os ecologistas a pedirem um encontro entre todos os deputados de forma a pensar no futuro da coligação. Os socialistas dizem-se dececionados com o comportamento de Mélenchon, mas querem criar uma nova união de esquerda.
"Seja qual for a nossa opinião sobre a NUPES, esperávamos uma reação unânime aos ataques do Hamas e o problema não é a NUPES, é Jean-Luc Mélenchon que quer sempre diferenciar-se. Houve uma grande deceção e temos todos consciência do que se está a passar, isto não pode ser o fim da coligação de esquerda porque sabemos muito bem o que se pode passar em 2027 e isso ninguém na esquerda quer", disse João Martins Pereira, membro do Conselho Nacional do Partido Socialista francês, favorável à moratória que teve 54% de votos a favor.
Para os comunistas, este é "um momento de reflexão", mas não deve ser o fim da coligação.
"Podemos dizer que é um momento de reflexão, nós queremos pensar melhor a maneira como responder a tudo que se passa e precisamos de alguma distância em relação à NUPES, porque não estava a funcionar corretamente. Há muito tempo que sabemos que o problema número um da NUPES é a atitude de certos dirigentes da LFI, que não permite trabalhar com esta força", indicou Bárbara Gomes.
Mas se nem socialistas, nem comunistas nem ecologistas anunciaram ainda o fim da NUPES, é também porque está em jogo a eleição presidencial de 2027, com muitos esquerdistas a acreditarem que, sem um candidato forte no seu campo, a via fica aberta para a extrema-direita e para Marine Le Pen. Assim, os partidos tentam apostar na refundação da coligação.
"O que estamos a propor é trabalhar com aqueles que dentro da LFI têm valores em comum connosco, o que passa também pela condenação do Hamas, até porque não é por acaso que é considerada uma organização terrorista pela União Europeia", disse João Martins Pereira, que é também eleito local em Charenton, perto de Paris.
"Os militantes percebem o facto de querermos trabalhar com todas as pessoas de boa vontade na esquerda, tal como já acontece em muitas cidades onde governamos juntos", adiantou à Lusa.
Para os comunistas, deve agora repensar-se a forma como a coligação trabalha em conjunto. Figuras como os deputados `insubmissos` François Ruffin ou Clementine Autain são referidas frequentemente como consensuais entre os partidos de esquerda e possíveis elos de ligação com outros partidos.
"Nós o que queremos é ter uma coligação política em que podemos trabalhar os pontos comuns - a maioria dos pontos dos nossos programas são convergentes - e colocar de lado os pontos divergentes", defendeu também Bárbara Gomes, que refere trabalhar de forma regular com as `insubmissas` Leila Chaibi ou Danielle Simonnet.
"Se dirigentes como Jean-Luc Melenchon aceitarem que dá para trabalhar de outra maneira, veremos. Claro que é complicado quando se chama um aliado de nazi... Mas trabalhamos muito bem com pessoas da LFI", adiantou.
No entanto, cabe agora à própria França Insubmissa decidir o que fazer face à sua liderança e à continuação da própria NUPES, algo difícil devido ao domínio de Mélenchon nesta força política.
"Por enquanto, dentro da LFI, ainda não se ouviu muito a oposição e eu acho que certos deputados não podem ficar calados internamente, porque senão vão ser marginalizados à esquerda", considerou João Martins Pereira.
Com os olhos postos em 2027, mas também já nas eleições europeias que decorrem daqui a oito meses e onde os partidos vão concorrer de forma separada, a esquerda quer ver resolvido este impasse, até porque sabe que em conjunto têm maior peso eleitoral.
"Estamos num impasse, mas queremos sublimar esta união. Eu acredito que não podemos ganhar sem um espaço coletivo à esquerda. Temos de trabalhar juntos, precisamos disso", concluiu Bárbara Gomes.
Seis mortos em confrontos com forças israelitas na Cisjordânia
As forças israelitas entraram há pouco no campo de refugiados de Nur Shams, na cidade de Tulkarm, e os combates entre elas e homens armados palestinianos prosseguem, segundo a Reuters, que cita testemunhas.
As forças armadas israelitas afirmaram anteriormente que tinham detido mais de 80 suspeitos, incluindo "63 agentes terroristas do Hamas", em rusgas efetuadas durante a noite na Cisjordânia.
O exército israelita afirmou ter detido cinco suspeitos em Nur Shams e acrescentou que as forças de segurança "continuam a operar no campo para impedir as atividades terroristas".
Sem falar em cessar-fogo Marcelo recusa que Portugal tenha mudado de posição
Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, usou várias vezes essa expressão, considerando que é "fundamental existir um cessar-fogo" destinado à criação de corredores de segurança e ao reforço do apoio humanitário à população da Faixa de Gaza.
Questionado hoje pelos jornalistas, no Porto de Zeebrugge, durante a sua visita de Estado à Bélgica, se essas declarações do primeiro-ministro significam uma mudança de posição de Portugal, o chefe de Estado respondeu: "Não, Portugal tem sido muito regular nas posições que tem tomado".
O Presidente da República tinha ao seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal "tem sido claro na condenação que houve do ataque terrorista do Hamas" de 07 de outubro em território israelita, defendendo o "direito legítimo de resposta de Israel em relação ao Hamas", mas separando este grupo islamita do "povo palestiniano como um todo" e condenando "condutas e comportamentos que ao atingir vítimas civis inocentes são obviamente deploráveis".
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", acrescentou.
Interrogado em concreto sobre um pedido de cessar-fogo, o Presidente da República não referiu essa palavra e disse apenas que "Portugal, como sabem, está sempre do lado da solução, nunca está do lado do agravamento dos conflitos" e deseja que a situação seja ultrapassada rapidamente.
"E estão todos a trabalhar nesse sentido, os que querem que se ultrapasse. E eu acho que é um sentimento muito generalizado, e obviamente da União Europeia, dos nossos aliados transatlânticos, como os Estados Unidos da América, e muitos mais", sustentou.
Já na quarta-feira, interrogado sobre o apelo do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para que haja um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas, Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a dizer que compreende esta posição de António Guterres, sem a subscrever.
"Eu queria dizer só sobre isso é que compreendo perfeitamente a posição do secretário-geral das Nações Unidas, porque está, no exercício do seu mandato, preocupado com a situação", respondeu, acrescentando: "É um apelo perfeitamente compreensível, porque corresponde ao que tem sido a linha orientadora da sua atuação em diversas situações no mundo".
O Presidente da República iniciou na terça-feira uma visita de Estado de três dias à Bélgica, a convite dos reis dos belgas, Philippe e Mathilde, que termina hoje, dia em que o programa se concentra na região da Flandres.
Marcelo Rebelo de Sousa prestou declarações aos jornalistas depois de visitar o Porto de Zeebrugge - que agora integra o grande Porto de Antuérpia-Bruges, na sequência de uma fusão em 2022 - e antes de um almoço na Câmara Municipal de Bruges.
Biden fala à Nação para discutir resposta ao conflito
Nas suas declarações, previstas para serem proferidas a partir da Sala Oval, Biden vai transmitir uma mensagem de solidariedade aos povos da Ucrânia e de Israel. Mas também se dirigirá à nação, incluindo aos legisladores dos EUA, sobre o impacto dos dois conflitos, disse o conselheiro adjunto para a segurança nacional, Jon Finer, em entrevistas à televisão.
Egito e Jordânia apelam ao fim “imediato” da guerra em Gaza
Os líderes egípcio e jordano deveriam inicialmente encontrar-se com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Amã, juntamente com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, mas a Jordânia cancelou a cimeira.
"O Egito e a Jordânia rejeitam a política de punição coletiva através do cerco, da fome imposta e da deslocação forçada" dos habitantes do território pobre e sobrepovoado, anunciou o palácio real jordano.
Os dois dirigentes árabes alertaram também para "uma catástrofe regional" se o conflito "alastrar", apelando ao "fim imediato" das hostilidades.
O Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, e a Jordânia, que faz fronteira com a Cisjordânia ocupada, estão ligados a Israel por tratados de paz assinados respetivamente em 1979 e 1994, pondo fim ao estado de guerra com o seu vizinho.
Os dois países, que têm frequentemente servido de mediadores entre israelitas e palestinianos, têm vindo a alertar, desde há vários dias, contra a "deslocação forçada" de palestinianos no seu território.
Na quinta-feira de manhã, Sissi recebeu Michael Kurilla, chefe do comando militar americano para o Médio Oriente, Ásia Central e do Sul (Centcom), para discutir "a situação em Gaza", anunciou o seu gabinete.
Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Choukri, e o seu homólogo britânico, James Cleverly, declararam conjuntamente no Cairo que "a prioridade" era "fornecer ajuda humanitária aos habitantes de Gaza".
O Egito, que detém a única porta de acesso ao mundo da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, anunciou que se compromete a deixar passar, de forma "permanente", a ajuda humanitária através da passagem de Rafah para este território palestiniano sob cerco total.
Camiões com ajuda humanitária vão poder entrar em Gaza
Foto: Stringer/Reuters
Lançamento de rockets a partir de Gaza intensificou-se após pausa de 14 horas
Líder espiritual do Hamas entre dezenas de palestinianos detidos
Foto: Marques de Almeida - RTP
Prossegue a escalada da tensão na fronteira entre Israel e o Líbano
Human Rights Watch defende abertura imediata das fronteiras
EPA
A organização já condenou o ataque ao hospital de Gaza que provocou a morte muitas dezenas de civis palestinianos.
"Queremos que vocês ganhem", diz Sunak a Netanyahu
- O primeiro-ministro britânico chegou a Israel na manhã desta quinta-feira, tendo entretanto estado reunido com o presidente israelita, Isaac Herzog, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Queremos que vocês vençam", afirmou Rishi Sunak ao chefe do Governo do Estado hebraico, acrescentando que o Reino Unido saúda o compromisso de Telavive para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza;
- Rishi Sunak ruma esta tarde à Arábia Saudita;
- Acumulam-se as filas de camiões carregados de alimentos, água e medicamentos nas imediações da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza. Espera-se que as autoridades egípcias abram aquele posto fronteiriço nas próximas horas. De acordo com Washington, uma primeira coluna de 20 veículos poderá fazer a travessia na sexta-feira. As organizações de assistência a operar no terreno advertem para necessidades urgentes e em larga escala;
- As Forças de Defesa de Israel prosseguiram as vagas de bombardeamentos sobre Gaza na última noite, indicando que atingiram "centenas" de alvos do movimento radical palestiniano Hamas. Mais de 3.700 pessoas morreram neste território, em consequência da contraofensiva israelita, segundo um balanço das autoridades palestinianas de saúde;
- As autoridades israelitas estimam em 203 o número de reféns que foram levados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro.
Ministério da Saúde de Gaza atualiza número de mortos para 3.785
Rishi Sunak garante que Reino Unido está ao lado de Israel nesta sua “hora mais negra”
O primeiro-ministro israelita afirmou que esta será “uma guerra longa” e apelou à união de todo o mundo com o Estado hebraico.
“Nunca vi o povo de Israel mais unido do que está agora. Mas precisamos dessa unidade em todo o lado e o apoio contínuo enquanto avançamos e vencemos esta guerra justa contra os bárbaros modernos, os maiores monstros do planeta”, disse Netanyahu, considerando que o Hamas "são os novos nazis". “Temos de vencer juntos”, asseverou.
Live now: Statement with Prime Minister @netanyahu following our meeting today ⬇️https://t.co/5WFoRVNR0n
— Rishi Sunak (@RishiSunak) October 19, 2023
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, reiterou a sua solidariedade com os israelitas, afirmando que o Reino Unido “apoia totalmente o direito de Israel de se defender de acordo com a lei internacional”.
“É um orgulho estar aqui consigo na hora mais negra de Israel. Queremos que vençam”, declarou.
Centenas de manifestantes invadem Capitólio em protesto pró-palestinianos
Muitos foram algemados e escoltados para fora do Capitólio.
No exterior, estavam mais manifestante com cartazes de apoio ao povo palestiniano, apelando à resistência.
Gaza. Bombardeamentos intensificaram-se nas últimas horas
Ataque aéreo israelita mata chefe das forças de segurança nacional lideradas pelo Hamas
Presidente do Egito e rei da Jordânia reúnem-se hoje no Cairo
O encontro foi anunciado após o cancelamento de uma reunião em Amã com o presidente norte-americano, Joe Biden, que deveria ter acontecido esta quarta-feira. A reunião foi cancelada após o ataque a um hospital em Gaza.
Pelo menos 203 cidadãos e soldados israelitas mantidos como reféns pelo Hamas
Durante o último dia, as forças militares realizaram incursões em Gaza para recolher informações sobre as condições dos reféns, disse Hagari.
A mesma fonte adianta ainda que pelo menos 306 soldados israelitas foram mortos desde o ataque do Hamas a 7 de outubro.
Governo israelita tenciona realojar residentes na fronteira setentrional em estabelecimentos de ensino
Em causa estão perto de 47 mil pessoas que habitam a uma distância de até cinco quilómetros da fronteira libanesa.
Quatro em dez internados são menores
"Eu estava na sala de operações quando o míssil caiu. O teto da sala de operações caiu sobre nós. Havia centenas de mortos, partes amputadas, pessoas com amputações primárias", contou.
Abu-Sittah afirmou ainda que 40 por cento dos doentes que atende são "crianças e todas perderam um ou os dois pais". "Infelizmente, estas crianças têm pela frente um caminho longo, longo até à recuperação".
Sunak condena "ataque horrendo" do Hamas à chegada a Telavive
Foto: Ronen Zvulun - Reuters
Sunak reiterou que o Reino Unido está ao lado de Israel.
27ª cimeira UE-EUA dominada por conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia
Esta é a segunda cimeira que reúne os três presidentes atualmente em funções -- Joe Biden (EUA), Charles Michel (Conselho Europeu) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), sendo que as comitivas incluem os respetivos chefes da diplomacia, Anthony Blinken, pelos EUA, e Josep Borrel, pela UE.
A análise do conflito entre o Hamas e Israel, bem como a definição de tudo o que pode ser feito para evitar que este alastre na região, tornou-se o tema prioritário da agenda da reunião, desde 07 de outubro, dia em que o grupo terrorista islamita lançou um ataque sobre Israel, que tem respondido com dureza desde então.
Os líderes dos dois blocos tencionam, segundo fonte europeia, "comparar notas e partilhar informação" sobre a situação, após a cimeira extraordinária dos 27 de terça-feira, marcada pela preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza, pelos efeitos que o conflito pode ter na segurança na Europa ou nos movimentos migratórios, e numa possível extensão das tensões a países vizinhos.
Ainda no campo da gestão de conflitos, será debatido em Washington o compromisso comum de apoiar a Ucrânia na defesa da sua soberania e de impor custos à Rússia pela sua agressão.
Estão também na agenda do encontro temas como a segurança económica, a Lei da Redução da Inflação dos EUA (IRA) - que inclui subvenções a empresas que invistam em tecnologia não poluente - e os materiais críticos.
Relativamente à China, fontes citadas pela EFE recordaram que as visões da UE e dos EUA não coincidem "exatamente a 100%", embora ambas as partes concordem na necessidade de se envolverem com Pequim nas "questões globais".
Destacaram ainda que a UE procura uma relação "mais equilibrada" com a China em questões económicas, enquanto nos direitos humanos - onde há diferenças com Pequim -, há abertura ao diálogo.
Outro ponto que Michel e Von der Leyen irão abordar com Biden será o clima e a economia `verde`, enquanto na agenda comercial bilateral as fontes apontaram que a situação é mais "fluida".
Sobre a questão das taxas impostas pelos EUA às importações europeias de aço e alumínio, a UE quer que sejam eliminadas e para isso, disseram as memas fontes, é necessário chegar a uma solução compatível com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Por sua vez, o comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, disse através da plataforma X (antigo Twitter) estar a "trabalhar arduamente para alcançar acordos comerciais sólidos e mutuamente benéficos com os parceiros americanos".
"Queremos fazer das `tarifas 232` da era (do ex-presidente dos EUA, Donald) Trump uma coisa do passado e procurar novos caminhos de cooperação", disse o político letão sobre os impostos que os EUA impuseram ao aço e ao alumínio europeus e que foram considerados ilegais pela OMC.
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O chanceler alemão classifica como "cínicos" os avisos do presidente russo
Os balanços das vítimas do bombardeamento do Hospital Al Ahli divergem
Há notícia de cinco palestinianos mortos nas últimas horas
Palestinianos em protesto na Cisjordânia
O Tsahal afirma ter abatido um chefe de uma fação armada em Gaza
Rússia vai enviar 27 toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza
"Um avião especial (...) descolou do aeródromo de Ramenskoye, perto de Moscovo, com destino ao aeroporto de El-Arich, no Egito. A ajuda humanitária russa será entregue a representantes do Crescente Vermelho egípcio para ser enviada para a Faixa de Gaza", disse o vice-ministro, Ilia Denissov, citado num comunicado do Ministério das Situações de Emergência russo.
"A população vai receber farinha, açúcar, arroz e massa", acrescentou.
Os Presidentes norte-americano, Joe Biden, e egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, anunciaram na quarta-feira que a ajuda internacional vai poder chegar a Gaza, onde existe uma ameaça de catástrofe humanitária, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Biden, que visitou Telavive na quarta-feira, disse ter obtido autorização do Presidente egípcio para "permitir a passagem de até 20 camiões" na passagem de Rafah, a única não controlada por Israel.
No entanto, é pouco provável que esta ajuda chegue antes de sexta-feira, devido aos trabalhos a efetuar na estrada, destruída pelos bombardeamentos israelitas.
A Rússia, por seu lado, não especificou quando é que a ajuda deverá ser entregue aos civis da Faixa de Gaza.
A 07 de outubro, o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.
O ataque do Hamas causou 1.400 mortos em Israel, enquanto a resposta israelita fez pelo menos 3.478 mortos na Faixa de Gaza, nos dois lados na maioria civis, de acordo com as autoridades locais.
Xi Jinping quer levar "mais estabilidade" ao Médio Oriente
"A China está disposta a trabalhar com o Egito para trazer maior certeza e estabilidade à região e ao mundo", afirmou o chefe de Estado chinês, de acordo com a Xinhua, no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
A 07 de outubro, o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.
O ataque do Hamas causou 1.400 mortos em Israel, enquanto a resposta israelita fez pelo menos 3.478 mortos na Faixa de Gaza, nos dois lados na maioria civis, de acordo com as autoridades locais.
Israel compromete-se a permitir que ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza
- O Governo israelita afirma que não vai bloquear a ajuda humanitária que chegue a partir do Egito. Em causa está a entrega de alimentos, água e medicamentos para os civis. Contudo, Telavive avisa que essa ajuda não pode chegar às estruturas do Hamas que governam a Faixa de Gaza. A luz verde israelita seguiu-se a um pedido do presidente norte-americano, Joe Biden, no final da visita a Israel;
- O anúncio de que o Egito aceitou abrir a fronteira de Rafah para deixar passar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza partiu do presidente dos Estados Unidos, que na quarta-feira se avistou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Telavive;
- Dezenas de voluntários esperam já a entrega de ajuda humanitária a Gaza. O presidente do Egito rejeita, contudo, a deslocação forçada de palestinianos para o Sinai, argumentando que tal medida transformaria a península numa base para ataques contra o Estado hebraico;
- As Forças de Defesa de Israel adiantaram, ao início da manhã, que foram destruídas, em 24 horas, "centenas de infraestruturas terroristas do Hamas". O exército israelita, lê-se numa publicação na rede social X, "continua a atacar em permanência ao longo da Faixa de Gaza". Ainda segundo o Tsahal, terão sido visados "locais de lançamento de mísseis anti-tanque, entradas de túneis, infraestruturas de informações, quartéis operacionais e outros quartéis";
- Os Estados Unidos vetaram, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução tendo em vista um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Esta trégua teria por ojetivo permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A votação do texto, elaborado pelo Brasil, foi adiada por duas vezes nos últimos dias, enquanto Washington tentava mediar o acesso de mantimentos. Doze membros do órgão votaram a favor da resolução. Rússia e Reino Unido abstiveram-se;
- Israel nega a autoria do bombardeamento do Hospital Al Ahli, em Gaza, atribuindo a explosão ao lançamento falhado de um rocket da Jihad Islâmica. A unidade foi atingida num momento em que os blocos operatórios trabalhavam em turnos consecutivos;
- O primeiro-ministro britânico encontra-se em Israel. Na antecâmara desta visita, Rishi Sunak sublinhou que "todas as mortes de civis são uma tragédia" e que "demasiadas vidas foram perdidas depois do terrível ato de terror do Hamas". "O ataque ao Hospital Al Ahli deveria ser um momento-chave para que os líderes da região e do mundo se unam e evitem uma perigosa escalada do conflito. Foi assegurar que o Reino Unido esteja na linha da frente deste esforço", vincou;
- Demiu-se um responsável da agência do Departamento de Estado norte-americano que trabalha nos processos de transferência de armamento para aliados dos Estados Unidos. Josh Paul invocou discordância com a decisão, por parte da Administração Biden, de agilizar o envio de armas a Israel.
Egito convida Brasil para cimeira sobre crise humanitária em Gaza
O convite surge na sequência da tentativa do Brasil de aprovar uma resolução que visava um cessar-fogo e a entrega de ajuda humanitária aos civis, mas que não teve sucesso porque os EUA vetaram o texto, alegando que não mencionava o direito de autodefesa de Israel.
No entanto, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, não pode viajar porque está a recuperar de uma cirurgia, pelo que vai enviar um representante à capital egípcia, Cairo, no sábado, informou a Agência Brasil.
Durante o fim de semana, o presidente falou por telefone com o homólogo egípcio, Abdelfáta al Sisi, e com o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. Lula pediu apoio para a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza e reafirmou a importância de se procurar a paz na região.
"O povo inocente de Gaza não pode pagar o preço da loucura daqueles que querem a guerra", disse o presidente brasileiro, que manifestou preocupação com os civis palestinianos e condenou os ataques do Hamas em território israelita.
Guterres discute ajuda humanitária no Egito
O executivo israelita indicou que “não irá impedir” o fornecimento de alimentos, água e medicamentos, desde que esses bens não cheguem ao Hamas. As informações divulgadas por Telavive não referem o combustível, que está também a escassear.
Em declarações à imprensa, na terça-feira, o porta-voz de Guterres confirmou que o secretário-geral da ONU irá falar com o presidente egípcio e com "outros" líderes para discutir "a situação em curso na região".
Nas mesmas declarações, o porta-voz não indicou se o secretário-geral da ONU irá deslocar-se igualmente a Israel ou a outros países da região.