Erdogan pede a Israel para parar as "operações que equivalem a um genocídio"
"Reitero o meu apelo aos dirigentes israelitas para que não aumentem de forma alguma a dimensão dos ataques contra civis e ponham imediatamente termo a operações que equivalem a um genocídio", escreveu Erdogan na rede X, antigo Twitter.
"É evidente que matar crianças, mulheres e civis, bombardear hospitais, escolas, mesquitas e igrejas não traz segurança", acrescentou, apelando a toda a comunidade internacional para que atue no sentido de conseguir um cessar-fogo humanitário em Gaza o mais rapidamente possível.
Erdogan acusou o governo israelita de agir "como uma organização [terrorista], provocando atores fora da região, em vez de agir de acordo com a razão de Estado".
"A nossa região tem de ser salva o mais rapidamente possível deste frenesim louco, que os países ocidentais apoiam, enquanto a imprensa ocidental tenta legitimá-lo", escreveu.
O presidente da Turquia concluiu propondo "novos mecanismos para garantir a segurança dos muçulmanos, dos judeus, dos cristãos e de todos os que vivem nestas terras" e prometeu que a Turquia continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para o conseguir.
A Turquia é um aliado histórico de Israel, embora as relações tenham ficado tensas depois de dez ativistas turcos terem sido mortos no ataque israelita a uma frota de ajuda humanitária que tentava chegar a Gaza, em 2010, mas no ano passado os dois países restabeleceram relações diplomáticas plenas.
O governo de Erdogan foi muitas vezes próximo do Hamas, mas sempre procurou um papel de mediador no conflito palestiniano e afirmou o seu compromisso com a solução de dois Estados.
Conflito entre Israel e Hamas eleva o nível de alerta em Portugal
Foto: João Marques - RTP
"[Esta situação] vai-nos permitir fazer esta gestão concentrada na unidade de combate e terrorismo da PJ".
João Alvelos explicou que o controlo da fronteira aérea é sistemático e que no futuro poderá haver mais "inspeções aleatórias" na fronteira terrestre.
A situação que aconteceu em Bruxelas também alertou as autoridades. João Alvelos pensa que o homicídio de dois cidadãos suecos na Bélgica pode ser representativo do reaparecimento de células adormecidas ou um sistema novo de fornecimento de meios para o terrorismo.
Apesar da mudança do nível de alerta, não existirão mudanças significativas para o dia-a-dia dos cidadãos em território português.
Biden "muito feliz" após libertação de dois reféns norte-americanos
"Hoje, garantimos a libertação de dois americanos feitos reféns pelo Hamas durante o horrível ataque terrorista contra Israel em 07 de outubro. Os nossos concidadãos suportaram uma terrível provação nestes últimos 14 dias, e estou muito feliz por eles se reunirem em breve com os seus familiares, que foram devastados pelo medo", disse Biden, num comunicado oficial da Casa Branca.
Os reféns agora libertados e as suas famílias "terão o total apoio do Governo dos Estados Unidos à medida que recuperam e curam", garantiu Biden, pedindo o respeito à privacidade destes cidadãos.
Blinken apela à libertação de todos os reféns norte-americanos
Em conferência de imprensa, o secretário de Defesa dos EUA saudou a libertação das duas norte-americanas mas considera que todos "devem ser libertados imediata e incondicionalmente".
Familiares de reféns do Hamas saudaram libertação de norte-americanas
"Apelamos aos líderes mundiais e à comunidade internacional para que exerçam todo o seu poder a fim de atuar em prol da libertação de todos os reféns e desaparecidos", comunicou hoje o grupo israelita "Bring Them Home Now" ("Tragam-nos para Casa Já").
Um comunicado emitido por Bell Sommer, porta-voz do grupo que hoje se reuniu antes do início do dia de descanso judaico (shabbat), saudou a saída das duas norte-americanas pouco depois das primeiras notícias que davam conta da libertação sob a mediação do Qatar.
Mesmo assim, o grupo da sociedade civil israelita refere que a manutenção de reféns é um "crime de guerra", acrescentando que "centenas de famílias" aguardam a ajuda dos líderes dos Estados árabes.
"O Hamas cometeu crimes de guerra. Muitos líderes dos Estados árabes têm uma enorme influência sobre os seus dirigentes e devem atuar no sentido de libertar imediatamente todos os reféns e desaparecidos detidos em Gaza", concluiu o grupo.
Os Estados árabes não são especificados pela organização.
Desconhece-se o número exato de reféns com passaporte norte-americano que foram sequestrados pelo Hamas.
Durante o dia, registou-se no norte e no nordeste do enclave menos fogo de artilharia entre Gaza e Israel mas a situação agravou-se por volta das 22:00 (20:00 em Lisboa) com barragens de foguetes do Hamas contra Ashkelon e Ashdod, cidades junto ao mar.
Foram igualmente disparados foguetes contra a cidade israelita de Sdrot na fronteira nordeste de Gaza, depois do cair da noite .
PSP // RBF
Hamas indica que está a trabalhar com "mediadores" para libertar reféns "civis"
Em comunicado divulgado após a libertação de duas reféns norte-americanas, o movimento islâmico palestiniano adiantou que "está a trabalhar com todos os mediadores envolvidos" para a libertação de civis "quando as circunstâncias de segurança o permitirem".
Número de crimes antissemitas e islamofóbicos dispara em Londres
"Apesar do aumento da presença de agentes policiais, registámos um aumento significativo (no número) de crimes de ódio em Londres", informou a polícia de Londres num comunicado de imprensa.
Foram registados 218 atos criminosos antissemitas entre 01 e 18 de outubro, em comparação com 15 no período homólogo, segundo as autoridades.
"Da mesma forma, registámos um aumento do número de crimes islamofóbicos", subindo "de 42 para 101" no mesmo período, informou a polícia.
As infrações incluem atos dirigidos contra indivíduos ou grupos, pessoalmente e online, ou que inflijam danos a propriedade, de caráter racista ou religioso.
Até agora, 21 pessoas foram presas por atos de ódio em Londres, incluindo um homem suspeito de destruir em Camden, no norte da capital, retratos de israelitas raptados pelo Hamas.
Outra pessoa foi presa em ligação a cerca de dez grafittis islamofóbicos em paragens de autocarro no sudoeste de Londres.
Desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, que respondeu com ataques massivos na Faixa de Gaza em retaliação ao massacre que ocorreu a 07 de outubro, os agentes da polícia de Londres foram destacados junto a escolas religiosas ou locais de culto judaicos e muçulmanos.
No sábado irá decorrer na capital britânica uma nova manifestação pró-Palestina, a pedido da organização Campanha de Solidariedade com a Palestina.
Na semana anterior, milhares de pessoas manifestaram-se em apoio aos palestinianos no centro da capital sob forte vigilância policial e quinze foram presas por "vários crimes", informou a Scotland Yard.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que visitou o Cairo hoje depois de ter estado em Israel e na Arábia Saudita, denunciou os atos "inaceitáveis" cometidos durante estas manifestações.
A maior parte dos comícios que decorreram na capital desde o início da guerra "decorreram sem incidentes", sublinhou a polícia.
O ataque do Hamas contra Israel a 07 de outubro fez mais de 1.400 mortos em Israel, na maioria civis, e a retaliação israelita fez cerca de 4.000 mortos em Gaza, também sobretudo civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.
No 14.º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita.
O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro em Gaza foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou hoje que "a maioria está viva".
Rússia e China vão cooperar em solução de dois Estados entre Israel e palestinianos
Zhai Jun, o enviado especial da China para o Médio Oriente, emitiu estas declarações após um encontro no Qatar, que decorreu na quinta-feira, com Mikhail Bogdanov, o representante especial do Presidente da Rússia para o Médio Oriente e África.
"A razão fundamental para a atual situação do conflito Palestina-Israel reside no facto de não terem sido garantidos os legítimos direitos nacionais do povo palestiniano", disse Zhai, de acordo com um comunicado hoje divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"A China e a Rússia partilham a mesma posição sobre a questão palestiniana, e a China está preparada para manter comunicação e coordenação com a Rússia para promover a desescalada da situação", disse Zhai.
Os dois países pretendem "desempenhar uma função positiva no reinício das conversações entre a Palestina e Israel, promover efetivamente a solução de dois Estados, e promover uma solução abrangente, justa e duradoura para a questão palestiniana num futuro próximo", disse Zhai.
A China enviou Zhai ao Médio Oriente para tentar promover um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, no último sinal sobre a sua ambição em desempenhar uma função importante na região.
Os dois lados confirmaram estar "concentrados numa estreita coordenação de esforços para uma solução política desta e de outras crises no Médio Oriente e na região do norte de África", indicou a agência noticiosa Tass.
A China, que considera os Estados Unidos totalmente alinhados com Israel, disse que se opõe a ataques contra civis, mas não condenou o ataque do Hamas de 07 de outubro que implicou a atual resposta israelita. Pequim apelou a um cessar-fogo imediato para proteger os civis, enquanto Israel prossegue os contínuos bombardeamentos sobre Gaza antes de uma possível invasão terrestre.
"Acreditamos que as principais potências deveriam ser objetivas e imparciais quando abordamos questões muito sensíveis na comunidade internacional", considerou hoje Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiro chinês.
No encontro com Bogdanov, Zhai referiu que Pequim estava desgostoso "com o elevado número de baixas civis provocadas pelo conflito Palestina-Israel e pela crítica deterioração da situação humanitária na Palestina".
Pequim descreveu o Hamas como um "movimento de resistência", ao contrário de Israel e aliados ocidentais que o definem de "terrorista".
Analistas citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) indicam que a China pretende posicionar-se como mediador e exercer a sua influência na região e quando os EUA desviavam a sua atenção global para outras regiões. No entanto, a atual guerra em Gaza implicou o regresso dos Estados Unidos, com o Presidente Joe Biden a visitar Israel esta semana.
Zhai também se reuniu com o ministro de Estado do Qatar para os Assuntos Externos, Mohammed Abdulaziz al-Khulaifi, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O porta-voz Mao Ning disse que Zhai vai deslocar-se a outros países do Médio Oriente, mas não forneceu mais detalhes.
O primeiro-ministro egípcio Mostafa Madbouly disse esta semana ao líder chinês Xi Jinping que "o Egito e outros países árabes apreciam fortemente a posição consistente e justa da China sobre a questão palestiniana e esperam que a China desempenhe uma função de destaque na resolução da atual crise", de acordo com uma declaração chinesa sobre este encontro.
Xi disse a Madbouly, que esteve em Pequim para participar no Fórum sobre a iniciativa de construção de infraestruturas `Uma Faixa, Uma Rota`, que a principal prioridade reside em terminar com os combates e impedir uma severa crise humanitária.
Disse ainda que a China "está pronta para reforçar a coordenação com o Egito e outros países árabes para garantir uma solução abrangente, justa e duradoura da questão palestiniana", indica o comunicado.
Israel. Duas reféns norte-americanas libertadas por "razões humanitárias"
Biden pede ao Congresso ajuda monetária para apoiar Ucrânia e Israel
Conflito entre Israel e Hamas alastra a outros pontos do Médio Oriente
António Guterres pede que ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza
Israel confirma que Hamas libertou duas reféns
SIS eleva grau de ameaça terrorista em Portugal de "moderado" para "significativo"
"O ataque terrorista perpetrado pelo Hamas a 7 de outubro de 2023 provocou uma escalada do conflito no Médio Oriente e acrescentou mais complexidade à ameaça terrorista de matriz islamista na Europa, tal como ficou patente com a ocorrência de ataques terroristas em solo europeu reconduzíveis a este conflito, mas igualmente enquadráveis no estado de ameaça que impende sobre a Europa", salienta o gabinete do secretário-geral na nota enviada à imprensa.
Neste contexto, e em "estreita e permanente cooperação com os seus parceiros internacionais e nacionais", o Serviço de Informações e Segurança (SIS) tem procurado "coligir de forma sistemática indícios que permitam, no contexto dos potenciais agentes de ameaça, identificar e caracterizar intenções e capacidades".
"Desta forma, o SIS considerouexistirem condições que justificam a alteração do grau de ameaça terrorista em Portugal de Moderado para Significativo", lê-se no comunicado enviado à imprensa.
Conflito Israel-Hamas. Charlie Hebdo acusado de "racismo e antissemitismo"
À gerber ! Le dessin de Charlie Hebdo se la joue "temps béni des colonies", et signe tranquillement le retour des caricatures racistes et antisémites.
— Mathilde Panot (@MathildePanot) October 19, 2023
Audience toute trouvée avec Fdesouche qui partage immédiatement.
On vous gêne pas, les racistes ?
Toute ma sororité à ma…
Honte à vous pour cette horrible caricature raciste et antisémite !!!
— Rachel Keke (@KekeRachel) October 19, 2023
C’est digne du pire des torchons d’extrême-droite !
Tout mon soutien à ma collègue Danièle Obono.
Racisme et antisémitisme dans un même dessin.
— Manuel Bompard (@mbompard) October 19, 2023
Quelle honte. https://t.co/rzjX4EGNXG
Forças israelitas pedem a evacuação do hospital Al Quds, em Gaza, adianta o Crescente Vermelho na Palestina
Gaza. Libertação de duas reféns vista como abertura ao diálogo
REUTERS/Amir Cohen
Biden acredita que ajuda humanitária poderá chegar a Gaza dentro de dois dias
Joe Biden esteve reunido esta sexta-feira na Casa Branca com líderes da União Europeia para discutir a situação de guerra no Médio Oriente.
Hamas anuncia libertação de duas reféns norte-americanas, uma mulher e a filha
Dar à luz em Gaza. O receio de 50 mil grávidas palestinianas
“Imaginem! Suportar isto durante os últimos três meses de gravidez antes de dar à luz, com a possibilidade de complicações, sem roupa, sem higiene e sem apoio, sem saber o que lhes vai acontecer no dia seguinte ou mesmo na próxima hora ou no próximo minuto" disse Dominic Allen, numa outra entrevista à CNN.
Pelo menos 30 franceses morreram no ataque do Hamas, sete estão desaparecidos
"Trinta dos nossos cidadãos morreram nestes ataques e sete ainda estão desaparecidos, incluindo pelo menos uma mulher francesa feita refém", adiantou a mesma fonte.
Reconhece também que "provavelmente haverá mais franceses feitos reféns".
O porta-voz do Quai d'Orsay recusou-se quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, a comunicar o número exacto de franceses feitos reféns entre as 203 pessoas nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza.
Casa Branca revela plano de ajuda dos EUA à Ucrânia e a Israel
O custo total do pedido de financiamento suplementar foi estimado em pouco mais de 105 mil milhões de dólares (cerca de 99 mil milhões de euros), que o Presidente Joe Biden espera que o Congresso aprove rapidamente.
Na noite de quinta-feira, num discurso televisionado a partir da Sala Oval da Casa Branca, Biden defendeu o aprofundamento do apoio dos EUA aos seus aliados.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, justificou esta decisão dizendo que a invasão em curso da Ucrânia pela Rússia e o ataque do Hamas a Israel representam um "ponto de inflexão global".
"Este pedido de orçamento é fundamental para promover a segurança nacional da América e garantir a segurança do povo americano", disse Sullivan.
Contudo, a aprovação deste pacote de ajuda está comprometida, já que a Câmara de Representantes do Congresso está sem liderança, com a maioria Republicana incapaz de escolher um novo `speaker`.
O congressista Jim Jordan, de Ohio, um aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, vai hoje de novo a votos, tendo falhado até agora uma maioria que garanta a sua escolha, perante a resistência de uma parte significativa da sua bancada parlamentar.
Mesmo que os Republicanos consigam resolver o seu problema de liderança, Biden enfrentará dificuldades.
O Presidente espera que a combinação de várias questões, desde a segurança das fronteiras até ao combate à influência da China, promova uma coligação política entre os dois partidos que possa fazer avançar a legislação.
Contudo, há igual potencial para que todo o pacote fique atolado em vários debates políticos, especialmente quando se trata de imigração, um tema historicamente controverso.
Embora tenha havido uma pausa nas chegadas de migrantes aos EUA após o início das novas restrições de asilo, decretadas em maio, as travessias ilegais ultrapassaram uma média diária de mais de 8.000 no mês passado.
A Casa Branca quer aumentar o número de agentes de fronteira, instalar novas máquinas de inspeção para detetar a droga fentanil e aumentar os recursos humanos para processar casos de asilo, mas não tem tido o apoio para este plano da maioria Republicana.
RJP // PDF
Lusa/Fim
OIM pede 65 milhões de euros para responder a crise nos territórios palestinianos
Num comunicado, a OIM sublinhou a urgência de dar resposta às "crescentes necessidades humanitárias essenciais" de "mais de um milhão de pessoas [que] fugiram das suas casas na Faixa de Gaza, desde que a violência começou, a 07 de outubro, e de centenas de milhares de civis com pouco ou nenhum acesso a bens de primeira necessidade, incluindo alimentos, água, eletricidade e combustível".
Além disso, salientou a principal organização intergovernamental cuja ação consiste em enfrentar os desafios relacionados com migrações humanas, também "a deterioração da situação de segurança na Cisjordânia e nas zonas fronteiriças entre Israel e o Líbano levou à deslocação interna de cerca de 12.854 pessoas, principalmente do Sul do Líbano".
Esta crise humanitária, desencadeada a 07 de outubro por um ataque sem precedentes a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas -- no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel -- e com uma retaliação israelita desde então em curso - levou a OIM a reiterar os apelos das Nações Unidas para "um fim imediato da escalada da violência e um cessar-fogo para impedir uma catástrofe ainda maior".
O acesso humanitário "é fundamental para permitir o fornecimento de ajuda às populações mais vulneráveis e gravemente afetadas, bem como para a passagem segura de cidadãos de países terceiros retidos em Gaza", insistiu também a organização, acrescentando que recebeu pedidos de Governos para ajudar 1.114 pessoas, entre as quais mulheres e crianças, a regressar aos seus países de origem.
"À medida que nos aproximamos da terceira semana de conflito, a situação humanitária está a piorar a um ritmo assustador", afirmou a diretora-geral da OIM, Amy Pope.
"Centenas de milhares de civis foram deslocados e muitos mais não têm acesso a bens de primeira necessidade como comida, água e fontes de energia. Todas as partes envolvidas e a comunidade internacional têm a responsabilidade de garantir com urgência o acesso aos trabalhadores humanitários", vincou a responsável.
No comunicado, a OIM indicou ainda ter mobilizado equipas no Egito, no Líbano e na Jordânia e estar "pronta a apoiar os esforços humanitários nos territórios palestinianos ocupados e nos países vizinhos, trabalhando em estreita colaboração com os governos nos pedidos de retirada de cidadãos de países terceiros e no fornecimento de bens de ajuda essenciais".
Segundo a agência especializada da ONU, o seu plano de resposta destina-se a cerca de 734.000 pessoas, através de um vasto leque de ações, incluindo "o fornecimento de abrigos e artigos de primeira necessidade, ajuda em dinheiro, assistência médica e material médico, água, saneamento e higiene, saúde mental e apoio psicológico, proteção e assistência à deslocação".
O ataque do Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel, na maioria civis, e a retaliação israelita fez cerca de 4.000 mortos em Gaza, também sobretudo civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.
No 14.º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita.
O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro em Gaza foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou hoje que "a maioria está viva".
21 jornalistas mortos desde 7 de outubro, incluindo 17 palestinianos
Segundo o novo balanço, três dos jornalistas mortos são israelitas e um libanês, sendo ainda assinalado o caso de outros três com destino desconhecido, um israelita que poderá estar mantido como refém pelo Hamas, um palestiniano supostamente detido pelo Exército israelita e outro palestiniano com paradeiro desconhecido.
O balanço dos jornalistas mortos - entre redatores, fotojornalistas e operadores de câmara - tem sido quase diário, apesar de o dia 07 de outubro, quando o movimento islamita Hamas desencadeou o ataque surpresa contra Israel, registar a contagem mais pesada com seis mortos, três israelitas e três palestinianos.
Desde então, e após o início da contraofensiva israelita, todos os jornalistas mortos foram palestinianos, à exceção de um libanês.
As últimas vítimas foram registadas na quinta-feira, quando o operador de câmara Khalil Abu Aatra, da TV Al Aqsa, foi atingido juntamente com seu irmão por um bombardeamento israelita no posto fronteiriço de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito. No dia anterior, o diretor da mesma cadeia televisiva, Sameeh Al Nadky, também tombou num outro bombardeamento.
O CPJ considera estes casos confirmados, mas acrescenta que investiga "numerosas informações não confirmadas" de outros casos de repórteres mortos, detidos, feridos ou ameaçados, e ainda ataques israelitas a edifícios onde se encontravam diversos `media`, ou mesmo contra as residências dos jornalistas.
O Comité, fundado nos Estados Unidos e com delegações em vários locais do mundo, considera que "Gaza representa um risco especialmente elevado para os jornalistas num momento em que se prepararam para cobrir uma possível invasão terrestre de Israel, associada a devastadores bombardeamentos israelitas, cortes extensivos de eletricidade e falha das comunicações".
O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Gaza. "Problema político" explica demora no envio de ajuda humanitária, diz o diretor da AMI
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
A Assistência Médica Internacional tem um plano traçado para quando isso acontecer.
Ministra alemã defende que apoiantes do Hamas devem ser deportados
"Se pudermos deportar os apoiantes do Hamas, temos de o fazer", disse Nancy Faeser aos jornalistas, depois de ter falado com funcionários da Polícia Federal Criminal.
"As nossas autoridades de segurança estão atualmente mais atentas à cena islâmica", acrescentou Faeser, apontando um recente ataque em Bruxelas como uma indicação da ameaça relacionada com as tensões sobre o conflito Israel - Hamas.
Exército israelita diz que maioria dos reféns em Gaza "estão vivos"
“Entre os cerca de 200 reféns que atualmente se encontram na Faixa de Gaza, mais de 20 são menores, entre dez e 20 têm mais de 60 anos, a maioria dos reféns estão vivos”, indicou um porta-voz militar israelita, num comunicado, sem fornecer mais detalhes.
Segundo a mesma fonte, os combatentes do Hamas também transportaram cadáveres para a Faixa de Gaza no decurso do seu ataque de 7 de outubro em solo israelita.
A mesma nota informativa referiu que entre 100 a 200 israelitas estão atualmente dados como “desaparecidos” desde o ataque, em comparação com os três mil anunciados no primeiro dia da guerra.
“Este número diminuiu consideravelmente” à medida que foram confirmadas as localidades onde vivem, segundo a mesma fonte militar.
Israel afirma que "guerra tem três fases"
Segundo os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, a dúvida é quando é que essa ofensiva vai ser desencadeada.
A equipa de RTP, que tem andado junto à fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza e tem constatado grande movimentação militar.
Moscovo aconselha cidadãos a evitarem Israel e territórios adjacentes
"Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades egípcias e israelitas para assegurar a saída da Faixa de Gaza dos cidadãos russos que solicitaram assistência para a evacuação", acrescentou.
"Um grande ponto de interrogação". Chegada da ajuda humanitária a Gaza ainda sem data
Após duas semanas de bombardeamento e de cerco completo, cerca de dois milhões de pessoas necessitam urgentemente de comida, medicamentos e água potável.
Outra das questões em cima da mesa é como é que ajuda vai ser distribuída. Os bombardeamentos destruírem várias infraestruturas.
Emmanuel Macron falou com as famílias dos reféns
Emmanuel Macron afirmou que, juntamente com todos os serviços do Estado francês, está totalmente mobilizado para obter a sua libertação.
O Eliseu afirmou que Macron disse às famílias dos reféns: "Tudo será feito para que regressem sãos e salvos a França".J'ai pu échanger à l’instant avec des familles d’otages français retenus par le Hamas.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) October 20, 2023
Je le dis ici à tous : la France n'abandonne pas les siens. Nous faisons tout notre possible pour obtenir la libération et le retour de nos compatriotes.
La Nation se tient à leurs côtés.
Parlamento aprova voto de pesar e cumpre um minuto de silêncio
A votação decorreu ao início da tarde. O texto foi redigido pela Comissão de Negócios Estrangeiros e recolheu a unanimidade dos partidos a favor da maioria dos pontos.
Apenas o ponto do texto que reconhece o direto de Israel de se defender no quadro do direito internacional teve o voto contra do PCP e do Bloco de Esquerda.
Os deputados cumpriram um minuto de silêncio em memória das vítimas dos ataques terroristas de 7 de outubro.
Médio Oriente. Biden diz que o mundo não pode desistir de solução de dois Estados
Foto: Jonathan Ernst - Reuters
Israel diz ter atingido "mais de 100 alvos operacionais de organizações terroristas"
Foto: Mohammed Saber - EPA
Mais de 4100 pessoas morreram na Faixa de Gaza, entre elas mais de 1600 crianças segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano.
Está ainda encerrada a passagem de Rafah entre Egito e Gaza
Foto: Amr Abdallah Dalsh - Reuters
As Nações Unidas admitem, neste momento, que o início da entrega de bens essenciais deverá ser adiado, pelo menos até sábado.
Preço do ouro continua a subir devido às tensões crescentes no Médio Oriente
De acordo com dados da Bloomberg, às 12:20 em Lisboa a onça de ouro estava a subir para 1.983,73 dólares, mais 1,1% que na quinta-feira (1.962,07 dólares).
No entanto, durante a manhã atingiu um máximo de 1.985,36 dólares.
Se o preço do ouro encerrar finalmente a sessão nestes níveis, será o mais elevado desde maio passado.
Especialistas da Banca March citados pela Efe explicam que as matérias-primas estão a manter ganhos no meio do conflito do Médio Oriente, e que as tensões continuam elevadas depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter pedido ao Congresso dos EUA 100.000 milhões de dólares adicionais para apoiar Israel e a Ucrânia nos respetivos conflitos.
Neste contexto, o ouro encerrará a sua segunda semana consecutiva em território positivo.
O ouro atingiu um máximo histórico em agosto de 2020 de 2.075,47 dólares por onça e em maio passado, aproximou-se deste nível, atingindo um preço de 2.050 dólares.
Mais de quatro mil palestinianos foram mortos
Companhia aérea do Líbano vai reduzir voos
Apenas oitos dos seus 22 aviões vão operar a partir da próxima semana devido a alterações no seguro, acrescentou.
Célula do Hezbollah ataca por bombardeamento israelita perto da fronteiro com o Líbano
שלושה מחבלים של ארגון הטרור חזבאללה זוהו לפני זמן קצר במרחב הגדר בגבול לבנון. כלי טיס של צה״ל שפעל במרחב תקף את המחבלים.
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) October 20, 2023
בנוסף, צלפים של צה"ל ירו לפני זמן קצר לעבר חמושים שזוהו פועלים במרחב גבול לבנון>> pic.twitter.com/xPEFAZ14sS
Embaixada de Omã apela a cidadão a deixarem o Líbano
Guterres avisa em Rafah que ajuda humanitária é a "diferença entre vida e morte" para palestinianos
"Estamos a testemunhar um paradoxo, por trás destes muros temos dois milhões de pessoas que estão a sofrer tremendamente, sem água, sem comida, sem medicamentos, sem combustível. Estão a ser bombardeados e precisam de tudo para sobreviver", começou por dizer.
"Deste lado aqui, temos visto tantos camiões carregados com água, com combustível, com medicamentos, com comida. Com tudo aquilo que é preciso do outro lado do muro", continuou. "Estes camiões não são simples camiões, são uma linha de vida, são a diferença entre a vida e a morte para tanta gente do lado de Gaza".
"O que precisamos é que estes camiões andem para a frente, que atravessem esse muro, atravessem o mais rápido possível e tantos quanto possível".
Guterres lembrou ainda que foi autorizada a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, nos últimos dias, e que há um acordo entre o Egito e Israel para que tal seja possível.
"Estamos ativamente envolvidos com todas as partes –com o Egito, Israel, os Estados Unidos – para poder garantir que conseguimos que conseguimos estabelecer condições e limitar restrições, para podermos ter o mais rápido possível estes camiões onde são necessários".
No entanto, o secretário-geral da ONU considerou que não pode ser apenas um comboio de ajuda humanitária.
"Queremos comboios e comboios de camiões que sejam autorizados em número significativo de camiões que avancem todos os dias para Gaza".
Apoio dos EUA a Israel e Ucrânia pode agravar crise interna nos Estados Unidos
EPA
Ouvido pelo jornalista Diogo Pereira, o professor de diplomacia da Universidade Portucalense Tiago André Lopes diz que a crise interna norte-americana poderá agravar-se. Isto porque a Administração Biden decidiu aumentar a verba financeira destinada a Israel, ao contrário da visão dos norte-americanos sobre o conflito.
Israelitas preparam incursão. Governantes afirmam às tropas que "em breve" estarão em Gaza
“O comando virá”, assegurou ainda Gallant. “Tenho a tarefa de nos levar à vitória”.
Na visita com o primeiro-ministro israelita aos militares que estão na linha da frente, junto da fronteira com Gaza, o ministro instou os soldados a serem “precisos e enérgicos” nesta incursão que será “difícil, longa e intensa”.
“Continuaremos até cumprirmos a nossa missão”, acrescentou.
As Forças de Defesa de Israel concentraram, desde o ataque do Hamas a 7 de outubro, dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira e têm atingido várias regiões da Faixa de Gaza com ataques aéreos, o que tem aumentado o medo da população palestiniana.
Gallant assumiu ainda a responsabilidade pelo fracasso de não terem evitado o ataque do Hamas no sul de Israel, no início do conflito.
“Eu sou responsável pela Defesa. Fui responsável por isso nas últimas duas semanas, mesmo nos incidentes difíceis, e sou o responsável por levar-nos à vitória”, frisou.
Após as declarações do ministro da Defesa, Netanyahu também se dirigiu aos soldados, prometendo uma vitória das forças israelitas, e alertando-os de que “esta é a nossa hora mais sombria”.
“Vamos vencer com todas as nossas forças”, disse o primeiro-ministro ao grupo de soldados de infantaria que está na linha da frente. “Israel está convosco e vamos atacar fortemente os nossos inimigos para que possamos alcançar a vitória”.
עם הלוחמים. מוכנים. pic.twitter.com/mVjwEFQXgC
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 19, 2023
No mesmo encontro, o chefe do Comando Sul das FDI, Yaron Finkelman, afirmou que a esperada ofensiva terrestre será “longa e intensa”.
“Esta guerra foi-nos imposta, com um inimigo cruel que nos prejudicou muito. Mas detivemo-lo, estamos a atacá-lo fortemente”.
As autoridades israelitas acreditam que não têm outra alternativa que não seja lançar um ataque massivo contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
“A estratégia era ter um intervalo cada vez maior entre os diferentes conflitos, mas falhou e não pode acontecer”, explicou ao Guardian um alto funcionário da Defesa de Israel. “Portanto, a única conclusão é que temos de avançar, temos de entrar e eliminar o Hamas desde as suas raízes, não só militarmente mas também economicamente e a sua administração. Tudo tem de desaparecer”.
Em 14 dias de guerra entre Israel e o movimento radical Hamas, os bombardeamentos em Gaza causaram 3.785 mortos, 307 destes em 24 horas. Destas vítimas, 1.524 são crianças. Estima-se que haja ainda centenas de corpos debaixo de escombros.
A 7 de outubro, militantes do Hamas atravessaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e assassinaram cerca de 1.400 israelitas, raptando ainda cerca de duas centenas de pessoas mantidas reféns pelo movimento islamita, o que levou à escalada do conflito na região.
Israel deteve 60 suspeitos palestinianos na Cisjordânia
Também durante a noite, o exército demoliu a casa de Khaled Sabah, um dos atiradores no ataque perto de um posto de gasolina no assentamento de Eli, no centro da Cisjordânia, no qual quatro civis foram mortos em junho.
As forças de segurança israelitas afirmaram que mais de 20 pessoas procuradas foram detidas, mais de 12 palestinianos foram mortos e vários locais de fabrico de explosivos foram destruídos na sua operação no campo de refugiados de Nur al-Shams, na quinta-feira. Um agente da polícia de fronteira foi morto durante a operação.
O exército israelita declarou que, até à data, foram detidos 584 suspeitos na Cisjordânia, dos quais mais de 375 pertencem à organização Hamas.
Vinte detidos no campo de refugiados de Nur Shams
Pelo menos 25 pessoas morreram em ataques israelita junto a padarias
No dia anterior, uma das seis padarias contratadas pelo Programa Alimentar Mundial da ONU e que forneciam pão a 12 mil pessoas foi danificada e deixou de funcionar, referiu o relatório diário sobre a situação em Gaza publicado pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
Agora, a grande maioria das padarias não está a funcionar devido à escassez de ingredientes essenciais, especialmente a farinha de trigo, que deverá estar completamente esgotada em menos de uma semana.
A ONU alertou que os hospitais estão à beira do colapso por falta de energia, medicamentos, equipamentos e pessoal especializado. Também serão suspensos, em breve, procedimentos vitais - como a diálise - para se conseguir manter operacionais os serviços de urgência.
Além disso, mais de 60% dos centros de cuidados primários tiveram de encerrar.
c/Lusa
Von der Leyen denuncia estratégia de "congelar a guerra" e ecoa paralelo entre Putin e Hamas
EPA
Entretanto, Volodymyr Zelensky anuncia a realização de uma cimeira para a paz. De acordo com o presidente ucraniano, o encontro será uma "grande reunião internacional" que vai acontecer ainda este mês em Malta.
O encontro vai ter como objetivo a discussão de uma proposta unilateral de dez pontos para pôr fim ao conflito na Ucrânia.
Países Baixos desaconselham cidadãos a viajar para o Líbano
Escalada militar é “catastrófica” para habitantes
Embora sublinhando que a agência de refugiados da ONU, o ACNUR, não tem mandato formal nos Territórios Palestinianos ou em Israel, Grandi disse que "partilha a extrema preocupação e angústia que tem sido expressa por muitos dos meus colegas, incluindo o secretário-geral da ONU" sobre o conflito.
O presidente do ACNUR não tem mandato em Israel nem nos Territórios Palestinianos, mas "partilha da extrema preocupação e angústia expressas por muitos dos meus colegas, incluindo o secretário-geral da ONU", relativamente ao conflito.
Forças de Defesa de Israel sinalizam que está a ganhar forma no horizonte a próxima fase da contraofensiva em Gaza
Israel retira residentes da cidade de Kiryat Shmona
A ordem foi aprovada pelo ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, e foi comunicada ao presidente da câmara da cidade "há pouco tempo", afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) numa declaração no X, anteriormente conhecido como Twitter.
Os residentes estão a ser levados para casas de hóspedes financiadas pelo Estado.The Minustry of Defense & the IDF announce the evacuation of the northern city of Kiryat Shmona’s residents to state-subsidized guesthouses. The implementation of the evacuation program was approved by DM Yoav Gallant. The IDF notified the mayor of Kiryat Shmona a short while ago
— Ministry of Defense (@Israel_MOD) October 20, 2023
Kiryat Shmona, que tem uma população de cerca de 23 mil habitantes, foi atingida nos últimos dias, no meio de confrontos entre os combatentes armados do grupo libanês Hezbollah e os militares israelitas.
Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém fala em "crime de guerra"
O Ministério do Interior de Gaza, controlado pelo Hamas, revelou que o ataque de quinta-feira deixou um "grande número de mártires e feridos" no complexo da igreja ortodoxa grega de São Porfírio na cidade de Gaza, que é a igreja mais antiga ainda em uso no território.
Testemunhas revelaram à AFP que o ataque parece ter sido dirigido a um alvo próximo do local de culto onde muitos residentes de Gaza se refugiaram durante a guerra no enclave palestiniano. Segundo as testemunhas, o ataque danificou a fachada da igreja e provocou o desabamento de um edifício adjacente, acrescentando que muitas pessoas feridas foram evacuadas para o hospital.
"Visar as igrejas e as suas instituições, bem como os abrigos que oferecem para proteger cidadãos inocentes, especialmente crianças e mulheres que perderam as suas casas devido aos ataques aéreos israelitas em zonas residenciais nos últimos 13 dias, constitui um crime de guerra que não pode ser ignorado", declarou o patriarcado em comunicado.
Posição de Von der Leyen sobre conflito divide eurodeputados portugueses
A deslocação, no dia 11, de Ursula Von der Leyen a Israel, e o facto de não ter apelado, de imediato, a uma resposta de Telavive dentro dos limites do direito humanitário internacional, têm motivado críticas à presidente da Comissão Europeia, que é acusada de ter uma posição parcial em relação ao conflito e de ter extrapolado as suas funções, que não incluem a condução da política externa.
O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel discorda destas críticas: "Teve uma atitude absolutamente irrepreensível", disse à Lusa, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, que decorreu esta semana em Estrasburgo, França.
"Há uma tentativa de aproveitamento político, por um lado, interno em alguns países, por outro, das instituições europeias, em que se está a procurar criar aqui algum ruído", comentou o eleito do PSD, que pertence ao Partido Popular Europeu (PPE), a mesma família política de Von der Leyen.
"Num primeiro momento, é preciso mostrar solidariedade" para com Israel, pelo ataque do Hamas em 07 de outubro, e "denunciar os crimes horrendos" do Hamas. "Depois, é preciso fazer pedagogia", considerou Rangel.
O eurodeputado criticou, por outro lado, o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, por, "perante uma emergência destas", ter mantido uma visita à China, "onde estava o senhor Putin".
Paulo Rangel apontou o dedo a um momento "realmente disfuncional", quando o comissário para a Política de Vizinhança, o húngaro Oliver Varhelyi, anunciou a suspensão de todos os apoios económico-financeiros à população palestiniana, informação que chegou a ser validada pelos porta-vozes da Comissão Europeia, mas depois contrariada pela própria Comissão e pelo comissário para a Gestão de Crises.
Pelo CDS-PP, Nuno Melo rejeita que haja "uma cacofonia": a União Europeia (UE) "está unida na condenação ao Hamas". A viagem de Von der Leyen, ao "dar dimensão à presença da UE em Israel, é um dado positivo".
"A União Europeia é um protagonista muito relevante, tem ajudado muito, do ponto de vista financeiro, os palestinianos (...) e tem apelado também a uma proporcionalidade" na reação de Israel, que é "um Estado democrático".
O deputado centrista, também inserido no PPE, atribuiu algumas discrepâncias de posições a "manifestações políticas e partidárias", também porque se aproximam eleições europeias, em junho do próximo ano.
O socialista Pedro Marques (grupo Socialistas e Democratas -- S&D) considera que a Europa "perdeu a oportunidade de causar uma boa primeira impressão".
As contradições entre comissários foram "um episódio bastante mau e com muita repercussão internacional".
"As afirmações da presidente da Comissão não foram as mais felizes porque não foram equilibradas e não correspondiam à posição que já tinha sido assumida pela União Europeia. Não foi um bom momento", lamentou.
A UE "não tem tido uma resposta única, essencialmente por Ursula Von der Leyen teve um conjunto de iniciativas e um discurso que não têm sequer cobertura nas resoluções" dos 27, criticou o bloquista José Gusmão (Grupo da Esquerda).
Para o eurodeputado do BE, Von der Leyen agiu "de forma absolutamente lamentável", causando "uma mossa institucional".
O comunista João Pimenta Lopes (Esquerda) aponta contradições no discurso das instituições europeias e condena "a hipocrisia e uma abordagem de dois pesos e duas medidas".
Apesar da posição oficial de defesa dos dois Estados -- Israel e Palestina -, o eurodeputado denuncia a "conivência com as políticas de ocupação, há décadas, sobre o povo palestiniano".
"Claramente a União Europeia não falou a uma só voz", considerou o deputado independente Francisco Guerreiro (Grupo dos Verdes), o que atribuiu ao "lóbi muito forte da diplomacia israelita.
O eleito considera no entanto que "não é demasiado tarde" para a UE fazer um esforço no sentido de "se caminhar para a solução dos dois Estados".
"Até porque estamos a falar de vidas humanas", sublinhou.
Treze palestinianos mortos na Cisjordânia
No dia anterior, o Ministério tinha anunciado sete mortos neste " no campo de refugiados de Nour Shams", acrescentando que tinha sido informado da presença de "outros mártires que não puderam ser transferidos de ambulância para o hospital".
Entre os 13 mortos estão cinco crianças.
Segundo os números da Autoridade Palestiniana, pelo menos 81 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelas forças israelitas ou por colonos israelitas desde 7 de outubro, data em que o movimento islamita que governa Gaza lançou um ataque sangrento em solo israelita, desencadeando uma nova guerra que já provocou milhares de mortos.
Única estrada para Gaza danificada por bombas
Israel afirmou que só aceitará a passagem de alimentos, água e medicamentos. O combustível necessário para alimentar os hospitais e os sistemas de filtragem de água não fazem parte do acordo.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, falando no Cairo, afirmou que os fornecimentos que vão entrar aliviariam o que ele chamou de dor e sofrimento humanos colossais.
No entanto, as agências de ajuda humanitária dizem que é necessário muito mais, numa base sustentada.
Mais de mil chineses deixaram o Israel
Os que partiram regressaram à China ou foram para um país terceiro.
Médio Oriente e Ucrânia preenchem cimeira entre União Europeia e EUA
A análise da guerra entre o Hamas e Israel, bem como a definição dos esforços a realizar para evitar um potencial alastramento do conflito a outras zonas da região, tornou-se o tema prioritário da agenda da reunião desde 7 de outubro, dia em que o grupo islamita lançou um ataque sobre Israel, que tem retaliado desde então e visado a Faixa de Gaza com intensos bombardeamentos.
Os líderes dos dois blocos tencionam, segundo fonte europeia, “comparar notas e partilhar informação” sobre a situação, após a cimeira extraordinária dos 27 de terça-feira, marcada pela preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza, pelos efeitos que o conflito pode ter na segurança na Europa ou nos movimentos migratórios, e numa possível extensão das tensões a países vizinhos.
Ainda no campo da gestão de conflitos, será debatido em Washington o compromisso comum de apoiar a Ucrânia na defesa da sua soberania e de impor custos à Rússia pela sua agressão.
Questões económicas, tecnológicas e ambientais, mas também a relação com a China, irão igualmente marcar os trabalhos da cimeira.
Presidente do Congresso Judaico Europeu acusa Irão de planear ataque com Hamas
Numa entrevista à agência Lusa em Lisboa, onde presidiu a uma reunião do Comité Executivo do CJE, que termina hoje, Ariel Muzicant responsabilizou o Irão pelo conflito, uma vez que está por detrás dos diferentes movimentos e organizações que considerou serem "terroristas" e "todos iguais", como o grupo Estado Islâmico (EI), Irmandade Muçulmana, Hezbollah, Jihad Islâmica e Hamas.
"Não há dúvida de que a crise em Israel foi a base para este acontecimento. As perturbações internas, os combates, as manifestações, o facto de existirem tantos problemas na Cisjordânia foram das principais razões que levaram o Hamas a fazer o que fez. Por outro lado, atribuir a culpa apenas a esse facto seria completamente errado. O Hamas planeou isto durante anos, não é algo que tenham feito na semana passada. Planearam isto em conjunto com o Irão desde 2021", afirmou.
Garantindo que o exército israelita tem capacidade para "erradicar" o Hamas, e, se tal for necessário, também o Hezbollah, Jihad Islâmica e Estado Islâmico, Muzicant admitiu, contudo, não ter uma explicação para o falhanço dos serviços secretos israelitas na previsão do ataque do grupo islamita a Israel,
"Eles não sabem. Como é que eu posso saber? Não sou um especialista em segurança de Israel. Com todo o respeito. Não sei", respondeu, quando questionado, sublinhando, porém, que as autoridades israelitas estão numa "luta contra o mal", contra "organizações bárbaras e não contra os palestinianos".
"E enquanto existirem tais organizações, não teremos paz, nem em Israel, nem em qualquer outro lugar. Temos o EI, temos o Hamas, temos o Hezbollah, e é tudo o mesmo tipo de organização bárbara que quer trazer de volta o Califado e quer exterminar todos os que se lhe opõem. E, já agora, querem também trazê-lo de volta a Espanha e a Portugal", sustentou.
"Uma vez que esta era uma terra muçulmana, um dos seus planos é trazer de volta o Califado a Espanha e Portugal. Basta ler o que eles estão a escrever e a dizer. Eles querem levar o Califado e a Sharia e todas as suas ideias a todo o mundo. E, definitivamente, o que querem é a completa aniquilação de Israel e do povo judeu. Não é difícil de entender. Lê-se o que dizem, o que os seus líderes têm escrito e dito. Vejam o que a Irmandade Muçulmana está a dizer, o que a Al-Qaida estava a dizer, o que o EI estava a dizer, o que o Hamas está a dizer. É tudo a mesma merda", afirmou, assumindo não se importar com o adjetivo utilizado.
Para Muzicant, que defende a solução de dois Estados independentes, mas não a qualquer custo, a solução para o problema passa pela eliminação do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, para que os palestinianos, "todos eles próprios vítimas" deste movimento considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, possam ser livres.
"Toda a Palestina, e especialmente a Faixa de Gaza, foi vítima do Hamas. Não têm vivido uma vida normal desde que o Hamas tomou o poder em 2006. Têm estado sob o cerco do Hamas e não de Israel. A fronteira só aconteceu quando o Hamas começou a aterrorizar os civis israelitas com foguetes. Entre a saída de Gaza e a tomada de poder pelo Hamas, houve um período em que a Faixa de Gaza estava aberta, em que não havia bloqueio. As pessoas gostam de se esquecer disso. Foi depois de o Hamas ter iniciado o terrorismo que Israel bloqueou a Faixa de Gaza", argumentou.
Instado pela Lusa sobre o facto de Israel continuar a construir colonatos nos territórios ocupados na Cisjordânia, Muzicant lembrou que, nos acordos de paz de Oslo, em 1993, o então líder da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, concordou que as fronteiras entre os dois territórios seriam definidas em negociações.
"Concordaram em sentar-se, negociar as fronteiras definitivas e encontrar uma solução para a existência de dois Estados. E o que Arafat fez foi, no dia seguinte, começar a bombardear autocarros, a matar civis, a intifada, etc. Podem culpar o colonato, mas, no fim de contas, enquanto não houver uma liderança na Autoridade Palestiniana que queira a paz e aceite que existe um Estado judeu e um Estado palestiniano, não haverá paz", sustentou.
"Defendo a ideia de que os judeus e os palestinianos podem viver em qualquer lugar, mas não pode haver um Estado palestiniano sem judeus e com dois milhões e meio de palestinianos a regressar a Israel. Era isso que Arafat queria e é isso que (o Presidente da Autoridade Palestiniana) Mahmoud Abbas está a querer, e essa não é a solução de dois Estados. Isso é a destruição de Israel", defendeu Muzicant.
"Se querem destruir o Estado de Israel através da chamada solução de dois Estados, em que dois milhões e meio de palestinianos regressam a Israel, isso é a destruição do Estado de Israel e do Estado judaico por outros meios, e isso não vai acontecer. Um Estado palestiniano não pode ser unificado, não pode ser sem judeus", acrescentou.
Há nesta altura 301 pessoas internadas em unidades do Estado hebraico
Biden compara Putin e Hamas. "Querem ambos aniquilar por completo uma democracia vizinha"
- Esta sexta-feira deverá ser aberto um corredor humanitário para a faixa de Gaza. O material de assistência vai chegar numa primeira coluna de duas dezenas de camiões a partir do Egito, onde se encontra o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. O acordo para a abertura da passagem de Rafah foi alcançado entre os presidentes norte-americano e egípcio. Israel não se opõe, desde que a ajuda humanitária não circule por território israelita;
- Joe Biden falou pela segunda vez da Sala Oval, desde que assumiu a Presidência dos Estados Unidos, para reafirmar o compromisso de conseguir estabilidade para o Médio Oriente;
- O presidente norte-americano falou também sobre a Ucrânia, garantindo que não quer que as tropas do seu país entrem em guerra com a Rússia. No entanto, assegura que o apoio a a Kiev é para manter. E ensaiou mesmo uma comparação. "O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas partilham isto: querem ambos aniquilar por completo uma democracia vizinha", clamou Biden;
- A agência Reuters noticia, com base em fontes de segurança, que os complexos militares que ainda albergam forças norte-americanas no Iraque foram atingidas, nas últimas horas, por rockets e drones. Na base aérea de Ain al-Asad, foram ouvidas explosões e os militares iraquianos fecharam todos os acessos àquela estrutura. Desconhece-se se estes alegados ataques causaram vítimas;
- O primeiro-ministro britânico desloca-se esta sexta-feira ao Egito para abordar o conflito israelo-palestiniano com os interlocutores locais. Rishi Sunak propõe-se discutir "o imperativo de evitar a escalada regional e previnir mais perdas desnecessárias de vidas civis";
- As Forças de Defesa de Israel estão a retirar a população da cidade setentrional de Kiryat Shmona, próxima da fronteira com o Líbano. A ordem de evacuação foi aprovada pelo ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant. Os habitantes de Kiryat Shmona, com uma população de cerca de 23 mil pessoas, estão a ser realojados em hospedarias financiadas pelo Estado;
- A guerra entre Israel e o Hamas entra no 14.º dia. Os balanços de vítimas continuam em crescendo. Há notícia de pelo menos 1.300 israelitas mortos e mais de 3.300 feridos desde 7 de outubro, quando o movimento radical palestiniano desencadeou uma ofensiva em solo do Estado hebraico. Na Faixa de Gaza, o número de mortos é agora de 3.785, a maioria vitimada pelos contínuos bombardeamentos aéreos israelitas. Segundo Telavive, Hamas e Jihad Islâmica mantêm como reféns mais de 203 soldados e civis israelitas, além de cidadãos estrangeiros.
Biden acredita que EUA estarão mais seguros a ajudar Ucrânia e Israel
Foto: Jonathan Ernest - EPA
"Hoje de manhã vim de Israel. Fui o primeiro presidente americano a deslocar-me lá durante uma guerra", continuou, acrescentando que falou com o primeiro-ministro israelita, com alguns membros do Governo de Israel e com cidadãos que presenciaram o ataque do Hamas.
De acordo com o presidente dos Estados Unidos, foram "massacradas em Israel" mais de 1300 pessoas, incluindo 32 cidadãos norte-americanos, além das dezenas de inocentes que foram "feitos reféns".
"Eu disse que estamos a fazer todos os esforços para os trazer para casa. Para um presidente não há maior prioridade que garantir a segurança de norte-americanos feitos reféns", frisou Biden.
"O ataque do Hamas lançou o mal no mundo, mas infelizmente os judeus sabem melhor do que ninguém que não há limite para a maldade das pessoas", recordou ainda o presidente, deixando claro que também falou com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, tendo lhe garantido que os EUA estão "comprometidos com o seu direito à dignidade e autodeterminação".
"As ações dos terroristas do Hamas não lhes retiram esse direito".
Lamentando ainda também as vítimas palestinianas, Joe Biden mencionou o ataque ao hospital em Gaza, que terá feito entre dezenas a centenas de mortos, e sublinhou que "não foi levado a cabo por Israel".
"Lamentamos a perda dessas vidas. Lamentamos e estamos do lado dos palestinianos que só querem viver em paz", disse.
"O ataque a Israel vem na sequência de quase 20 meses de guerra contra o povo ucraniano, desde que Putin lançou a sua invasão", continuou o presidente, voltando a lembrar também "os sinais de tortura", as "crianças levadas à força pelos russos" ou as valas comuns.
"É doentio. O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: querem aniquilar completamente uma democracia vizinha".
Nas palavras de Biden, o único objetivo do Hamas é "matar judeus e destruir Israel" e não representa os palestinianos, usando-os como "escudos humanos", fazendo sofrer famílias palestinianas.
No discurso ao país, o presidente dos Estados Unidos explicou que "para a segurança interna" é "vital a sobrevivência da Ucrânia".
"Quando os terroristas não pagam o preço da agressão causam mais caos, mais mortes, mais destruição. Não param e o custo e as ameaças aos norte-americanos em todo o mundo não pararão de crescer", argumentou. "Se não pararmos o apetite de Putin pela Ucrânia, ele nunca se irá limitar à Ucrânia".
Além disso, "pode haver ameaças noutros locais do mundo, como no Médio Oriente". O Irão, por exemplo, "apoia as forças russas contra a Ucrânia e apoia o Hamas e outros grupos terroristas na região".
"É um bom investimento, que irá dar dividendos para o nosso país durante gerações. Ajudará a manter as tropas norte-americanas livres de perigo".
Já quanto a Israel, o objetivo é garantir que "tem o necessário para proteger os seus cidadãos hoje e sempre".
"O pacote de segurança que vou enviar ao Congresso (...) é um incremento sem precedentes para a Segurança de Israel, com vista a melhorar as forças militares de Israel".
O presidente norte-americano disse ainda que o mundo não pode desistir de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, argumentando que os dois povos merecem "viver em segurança".
"Por mais difícil que seja, não podemos desistir da paz. Não podemos desistir da solução de dois Estados", disse Joe Biden.
"Israel e os palestinianos merecem igualmente viver em segurança, dignidade e paz", frisou.