Primeiro-ministro dos Países Baixos pede a Israel moderação na ofensiva
Foto: Kobi Gideon - GPO via EPA
O chefe do Governo dos Países baixos diz que é necessário eliminar o Hamas, mas, ao mesmo tempo, dar perspetivas de independência ao povo palestiniano.
Neto de uma das reféns libertadas espera que "isto abra uma porta para a libertação dos restantes reféns"
Este não é o "momento para um cessar-fogo", diz Casa Branca
"Não acreditamos que este seja o momento para um cessar-fogo. Israel tem o direito de se defender. Eles ainda têm trabalho a fazer para perseguir a liderança do Hamas”, afirmou.
Sobe para 35 número de funcionários mortos da ACNUR
Os três italianos desaparecidos após os ataques do Hamas morreram todos
Hamas. Bombardeamento israelita do campo de al-Shati em Gaza matou dezenas de pessoas
Líderes norte-americanos preocupados com aumento de antisemitismo
Alto Comissariado para os direitos humanos apela a "cessar-fogo humanitário imediato"
"O primeiro passo deve ser um cessar-fogo humanitário imediato, que salve as vidas dos civis através da entrega de ajuda humanitária rápida e eficaz a Gaza", afirmou Volker Türk num comunicado.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou hoje que as conversações sobre um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas só serão possíveis quando todos os reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano forem libertados.
"Os reféns têm de ser libertados, depois podemos falar", declarou o Presidente norte-americano numa conferência de imprensa na Casa Branca, quando questionado sobre o seu apoio a um acordo de "reféns por um cessar-fogo".
As declarações de Biden foram proferidas pouco depois de o Hamas ter anunciado a libertação de mais dois reféns raptados em Israel.
Israel conta mais de 220 reféns israelitas, bem como reféns estrangeiros ou com dupla nacionalidade que foram raptados e levados para Gaza por combatentes do Hamas, num ataque sangrento sem precedentes, em 07 de outubro, que desencadeou uma guerra.
Quatro mil trabalhadores de Gaza detidos em Israel com paradeiro desconhecido
Hoje, seis grupos de defesa dos direitos humanos israelitas apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal para exigir a Israel a revelação dos "nomes e localização de todos os detidos", bem como "a libertação dos ilegalmente detidos na Cisjordânia".
Cerca de 18.500 pessoas da Faixa de Gaza -- desde 2007 controlada pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- tinham autorizações de trabalho em Israel, mas as autoridades israelitas revogaram-nas após o ataque surpresa do grupo islamita palestiniano ao território israelita a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 222 reféns, desencadeando uma forte retaliação israelita.
Desde então, vários milhares foram obrigados a deslocar-se para a Cisjordânia e muitos foram detidos pelas forças de segurança israelitas, segundo organizações não-governamentais (ONG) de direitos humanos.
Atualmente, "estão detidos em lugares indeterminados, com pouca informação sobre o seu estado, numa situação jurídica pouco clara e sem qualquer recurso legal disponível", denunciaram nos últimos dias os grupos Adalah, Médicos pelos Direitos Humanos, Hamoked e o Comité Público Contra a Tortura em Israel.
"Foram encarcerados sem qualquer contacto com o mundo exterior ou representação legal, sem ordem judicial, sem limites temporais e sem um estatuto legal claro", sublinharam estas organizações.
As ONG alegam que foram recentemente contactadas pelas famílias na Faixa de Gaza, mas "as autoridades israelitas negaram-se a fornecer informação sobre onde se encontram detidos os seus entes queridos".
Perante esta situação, as ONG instam Israel a "divulgar informação sobre o paradeiro de todos os detidos e prisioneiros, em cumprimento das suas obrigações legais" e denunciam a aplicação de "medidas arbitrárias e punitivas a todos os palestinianos".
De acordo com a imprensa local, estes milhares de pessoas da Faixa de Gaza estarão detidos na prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e em bases militares, enquanto as forças israelitas continuam a realizar extensas rusgas para fazer detenções em território palestiniano, que incluem detenções de habitantes da Faixa de Gaza.
Tudo isto levou seis ONG israelitas -- entre as quais as mesmas Hamoked, Adalah e Médicos pelos Direitos Humanos -- a apresentar hoje "uma petição urgente" ao Supremo Tribunal de Israel pedindo a libertação dos palestinianos de Gaza detidos "contra a sua vontade e sem fundamento legal".
"Os trabalhadores detidos veem-se privados dos seus direitos fundamentais, incluindo o direito à representação legal", denunciaram estes grupos.
Consideram que Israel está a cometer "um ato ilegal de vingança", com "a revogação maciça" de autorizações de trabalho dos trabalhadores de Gaza no dia em que começou a guerra e a detenção de muitos deles.
Desde que começou o conflito, o Exército israelita confirmou a detenção de 800 palestinianos na Cisjordânia, entre os quais mais de 500 que considera ligados ao Hamas. E indicou também que na noite passada deteve 37 membros daquele grupo islamita.
Durante a madrugada, as forças israelitas realizaram grandes operações em vários pontos da Cisjordânia, em que detiveram 123 pessoas, entre as quais 40 trabalhadores da Faixa de Gaza.
Segundo o Canal 12 de notícias israelita, Israel está a investigar se houve trabalhadores de Gaza a dar informação ou participar no planeamento do ataque do Hamas de há 16 dias.
Nos últimos anos, Israel tinha aumentado as licenças de emprego para trabalhadores daquele enclave palestiniano pobre sob um férreo bloqueio israelita desde 2007, quando o Hamas assumiu o controlo do território.
Para obter acesso e trabalho em Israel, os habitantes da Faixa de Gaza tinham de passar por uma revista de segurança que incluía comprovativos de Israel a garantir que não tinham ligações ao Hamas ou a outros grupos rebeldes locais.
Guterres sem resposta de Netanyahu desde início da guerra em Gaza
"Pedimos uma chamada com o primeiro-ministro [Netanyahu] e, quando essa ligação ocorrer, ocorrerá", disse Dujarric, acrescentando que isso não impede a ONU "de manter contactos funcionais com Israel".
O único contacto até agora tornado público é o que Guterres manteve com o Presidente israelita, Isaac Herzog, que não detém poder executivo. A Herzog, Guterres insistiu na "necessidade de respeitar o direito internacional, de proteger os civis e de proteger as instalações da ONU", disse o porta-voz, referindo-se às escolas onde os refugiados se abrigam.
Dujarric insistiu que Guterres "diz em privado a mesma coisa que diz em público" sobre a situação dos civis.
O porta-voz foi ainda questionado sobre os motivos de Guterres não ter viajado para Israel na sua última deslocação à região - foi ao Cairo e até à fronteira de Rafah, entre o Egito e Gaza -, ao que respondeu: "O secretário-geral tem sempre em conta onde a sua presença é mais útil".
Israel foi sempre muito crítico das instituições da ONU em geral, e, na semana passada, o embaixador israelita nas Nações Unidas, Gilad Erdan, disse num protesto de apoio a Israel em Nova Iorque que Guterres, ao deslocar-se à passagem de Rafah, "enviava uma mensagem de apoio aos terroristas".
O ataque do Hamas ao território israelita a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 222 reféns, desencadeando uma forte retaliação israelita.
O Exército israelita e os combatentes palestinianos vão hoje no 17.º dia de guerra, prosseguindo os incessantes ataques aéreos das forças israelitas ao enclave e o lançamento de projéteis para Israel por parte das milícias palestinianas.
Na Faixa de Gaza, os mortos já são mais de 5.000, incluindo mais de 2.000 crianças, mais de 1.100 mulheres e 217 idosos, segundo as autoridades locais.
Na conferência de imprensa de hoje, o porta-voz reconheceu que a Agência das Nações Unidas para os Palestinianos (UNRWA, a maior organização de ajuda ativa em Gaza) ainda não conseguiu introduzir um único litro de combustível na Faixa.
A UNRWA disse repetidamente que o combustível é necessário para alimentar os geradores que mantêm os hospitais em Gaza em funcionamento, depois de o Governo israelita cortar o fornecimento de eletricidade a todo o território.
Entretanto, pelo menos 35 trabalhadores da UNRWA morreram devido aos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, quando eclodiu a guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel, informou hoje a própria organização em comunicado.
Da mesma forma, indicou que 40 das suas instalações - duas das quais nas últimas 24 horas - foram danificadas desde o início da guerra.
A UNRWA afirmou ainda que quase 600 mil pessoas deslocadas internamente estão refugiadas em 150 instalações da agência na Faixa de Gaza.
Assim, nas últimas 24 horas o número de deslocados internos aumentou em 14.000, ou seja, 3,5%.
A Assembleia Geral da ONU reunir-se-á na quinta-feira para discutir a guerra desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita, anunciou hoje o líder do órgão numa carta aos Estados-membros.
Embora o Conselho de Segurança não tenha conseguido chegar a acordo sobre uma resolução relativa a esta guerra, vários países, nomeadamente a Jordânia em nome do grupo árabe, a Rússia, a Síria, o Bangladesh e até o Vietname e o Camboja, solicitaram formalmente ao presidente da Assembleia, Dennis Francis, que agendasse esta reunião.
Antes da Assembleia se reunir na manhã de quinta-feira, o Conselho de Segurança reunir-se-á na terça-feira para debater a questão. Uma reunião há muito planeada na qual são esperados alguns ministros das Relações Exteriores, entre eles o de Israel, Eli Cohen.
Yocheved Lifshit, de 85 anos, e Nurit Cooper, de 79. Reféns libertadas foram identificadas
Refém do Hamas. Israelita pediu nacionalidade portuguesa em 2021
Gaza. Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE falham consenso
Foto: Julien Warnand - EPA
EUA podem estar a fazer pressão sobre Israel para adiar invasão de Gaza
Médio Oriente. Duas mulheres libertadas pelo Hamas
Israel lançou mais de 300 ataques contra alvos do Hamas nas últimas 24 horas
Gaza. Mais de uma dezena de hospitais deixam de funcionar
Cruz Vermelha adianta que facilitou a libertação dos dois reféns
📢 We facilitated the release of 2 more hostages, transporting them out of #Gaza this evening.
— ICRC (@ICRC) October 23, 2023
Our role as a neutral intermediary makes this work possible & we are ready to facilitate any future release.
We hope that they will soon be back with their loved ones.
Hamas acusa Israel de assassinar membro do grupo na prisão
Von der Leyen garante a Autoridade Palestiniana apoio para solução de 2 estados
"A Comissão Europeia apoiará todos os esforços para encontrar uma solução duradoura para a paz, baseada numa solução de dois Estados", escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X após uma chamada telefónica com Abbas.
A líder do executivo comunitário acrescentou na mensagem ser "vital evitar uma escalada regional mais alargada e a sua propagação".
Na chamada, Ursula von der Leyen disse a Abbas que o atual período é "muito difícil para o povo palestiniano que foi traído pelo Hamas", transmitindo-lhe "as mais profundas condolências" pelas mortes.
"Deixei claro que, nos seus esforços legítimos para combater os terroristas do Hamas, Israel deve procurar proteger as vidas dos civis e respeitar o direito humanitário internacional. A UE está a trabalhar com os seus parceiros para dar resposta às necessidades humanitárias dos palestinianos vulneráveis", garantiu ainda, segundo a publicação no X.
A posição surge depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita do Hamas ter lançado um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns e mais de 1.400 mortos, sobretudo civis.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Assembleia Geral da ONU reúne-se quinta-feira para debater conflito
Washington. Cessar-fogo em Gaza iria beneficiar o Hamas
Reforço militar dos Estados Unidos aumenta risco de escalada no Médio Oriente acusa MNE russo
Durante uma reunião diplomática regional em Teerão, Lavrov referiu-se ao envio pelos Estados Unidos de navios de guerra para o Médio Oriente, considerando que "quanto mais um estado tomar medidas proativas deste tipo, maior será o risco, o perigo de escalada de conflitos é grande".
O chefe da diplomacia russa destacou que os Estados Unidos "já estavam entre os países que mais intervêm" neste conflito.
Lavrov reconheceu, no entanto, que a ação de Washington, bem como a da União Europeia, era necessária para alcançar uma solução diplomática.
"Devemos agir com base no potencial coletivo dos países da região e da União Europeia, e provavelmente, dos Estados Unidos, e é difícil passar sem eles", disse ele.
O chefe da diplomacia russa falava à margem de uma reunião em Teerão com os seus homólogos iraniano, turco, arménio e azeri, com o objetivo de encontrar uma solução para as tensões entre Erevan e Baku sem o Ocidente.
Segundo Lavrov, os participantes também discutiram o conflito israelo-palestiniano e tinham "posições muito próximas".
"A Rússia não aceita qualquer manifestação de terrorismo, qualquer manifestação de violência que viole o direito humanitário internacional, incluindo o uso indiscriminado da força", declarou aos jornalistas.
Após a reunião, os chefes das diplomacias da Rússia, Irão e Turquia emitiram um comunicado conjunto em que sublinham a "necessidade de se parar imediatamente de visar alvos civis inocentes" em Gaza, uma acusação dirigida a Israel.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Sobre o conflito entre Arménia e Azerbaijão, os ministros dos Negócios Estrangeiros iraniano e russo tomaram uma posição conjunta contra o envolvimento dos países ocidentais na resolução de tensões regionais.
"Os problemas da região não podem ser resolvidos pela intervenção de forças estrangeiras", declarou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, segundo o seu gabinete.
Porta-voz do Hamas anuncia a libertação de dois reféns por razões humanitárias
A libertação de reféns por parte do Hamas poderá estar dependente de um acordo para o fornecimento de combustível ao enclave. Estará também afastada a participação de Israel na escolha dos reféns com dupla nacionalidade a serem devolvidos às famílias.
Líder do Hamas admite libertação de reféns civis se israel diminuir ataques
A próxima fase, anunciou Gallant será "múltipla, por ar, mar e terra". acrescentou o responsável pela Defesa de Israel, sem revelar datas.
Israel assassinou cinco comandantes do Hamas desde o início do conflito
Negociadores admitem libertação de mais reféns do Hamas nas próximas horas
Israel prepara "ofensiva combinada, aérea, terrestre e marítima"
Joint Statement by the Prime Minister's Office, the Defense Ministry & IDF Spokesperson:
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) October 23, 2023
The Prime Minister, the Defense Minister and the IDF Chief-of-Staff are working in close and full cooperation, around the clock, to lead the State of Israel to a decisive victory over Hamas.
Irão garante apoio a "milícias palestinianas" no conflito com Israel
امشب با برادرم سامحشکری وزیرخارجه مصر در مورد ارسال کمکهای انسانی و با آقایان اسماعيلهنيه و زیادنخاله رهبران حماس و جهاداسلامی گفتگو داشتم. مقاومت با قدرت در کنار فلسطین است. ساختار سیاسی و امنیتی رژیم اسراییل بشدت فرو ریخته و فقط ماشین جنگی آن علیه غیرنظامیان کار می کند.
— H.Amirabdollahian امیرعبداللهیان (@Amirabdolahian) October 22, 2023
Portugal preferia cessar-fogo humanitário mas apoia apelo da UE para pausa diz Gomes Cravinho
"Nós preferíamos um cessar-fogo humanitário, mas evidentemente, quando se trabalha a 27 [Estados-membros], naturalmente há sempre concessões por parte de todos, nunca há uma formulação em que um país seja 100% satisfeito [...], mas nós ficamos muito satisfeitos em que possa haver um entendimento da União Europeia sobre um tema tão importante, tão candente, tão imediato e que afirma o interesse e a vontade da UE ser um ator coerente nesta importante crise internacional", declarou João Gomes Cravinho.
Falando à imprensa portuguesa no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da UE, no Luxemburgo, o ministro português assinalou que no encontro de hoje "se falou na importância de haver uma pausa humanitária para que a ajuda possa chegar à população de Gaza".
Quando questionado sobre eventuais posições divergentes entre os 27, João Gomes Cravinho reforçou que "há uma distinção entre cessar-fogo e a pausa humanitária, sendo o cessar-fogo algo que é mais consolidado juridicamente".
"Em relação ao tema da pausa humanitária, eu creio que há um consenso em torno em torno da mesa", adiantou.
Ainda assim, de acordo com João Gomes Cravinho, esse apelo não saiu da reunião de hoje, devendo antes ser feito pelos líderes europeus na cimeira de final desta semana em Bruxelas.
"Esta semana ainda haverá o Conselho Europeu, portanto, ao nível de chefes de Estado e de Governo. A nossa expectativa é que dessa reunião possa sair esse apelo", apontou.
O governante garantiu que "não houve divergência sobre essa matéria", considerando antes que "cabe ao Conselho Europeu chegar a essa conclusão".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reuniram-se hoje no Luxemburgo para fazer uma avaliação do apoio prestado à Ucrânia e discutir desafios do atual panorama geopolítico, com a tensão no Médio Oriente a dominar a agenda.
A reunião aconteceu depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita do Hamas ter lançado um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns e mais de 1.400 mortos, sobretudo civis.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Putin apela a um acesso "sem entraves" da ajuda humanitária em Gaza
Reino Unido reforça ajuda humanitária a Gaza em cerca de 23 milhões de euros
"Necessitamos de um fluxo contínuo de ajuda a entrar [em Gaza], a fornecer água, alimentos, medicamentos e combustível, que fazem uma falta cruel", sublinhou Rishi Sunak perante o Parlamento britânico, no regresso de uma visita ao Médio Oriente.
"Estamos já comprometidos com o envio de 10 milhões de libras (11,5 milhões de euros) de apoio suplementar para ajudar os civis em Gaza", referiu Sunak, "e posso anunciar hoje que iremos mais longe: iremos fornecer 20 milhões libras em ajuda humanitária suplementares".
França, "voz singular e "amiga" de Israel e dos palestinianos diz Elizabeth Borne
"A única solução é a paz", defendeu, na abertura do debate parlamentar convocado para refletir sobre a estratégia do país no conflito em curso no Médio-Oriente, descrito por Borne como uma "situação complexa e difícil".
A primeira-ministra de França referiu-se os atentados de dia sete de outubro como "o eclodir de uma violência cega de uma brutalidade sem precedentes". "Minimizar, justificar, até mesmo absolver o terrorismo, é aceitar que ele venha bater novamente amanhã em Israel, em França, por todas as partes", advertiu a chefe de Governo, num discurso brevemente interrompido por reações das bancadas da esquerda.
"Aqueles que confundem o direito dos palestinianos a dispor de um Estado com a justificação do terrorismo cometem um erro moral, político e estratégico", insistiu Borne, lembrando que "os palestinianos não são o Hamas nem o Hamas é o povo palestiniano".
Os bombardeamentos da Faixa de Gaza por parte de Israel valeram igualmente censura da primeira-ministra francesa. "As populações não devem pagar o preço dos crimes dos terroristas", lembrou. "A resposta militar deve fazer-se no respeito pelo direito internacional, nomedadamente o direito internacional humanitário", frisou Elizabeth Borne, lamentando "milhares de palestinianos mortos, incluindo muitas crianças".
"Estas milhares de vidas ceifadas, não as esquecemos. Eu não as esqueço", garantiu.
Ministra da Justiça promete "máxima rapidez" no pedido de nacionalidade de refém
"Situações excecionais merecem decisões excecionais. Nós estamos neste momento a avaliar com a máxima rapidez possível a situação para podermos responder", afirmou Catarina Sarmento e Castro, quando questionada pela comunicação social à margem da assinatura de um protocolo com a Cruz Vermelha em Ponta Delgada, nos Açores.
Sem detalhar o caso, a governante realçou que é "timbre do Ministério da Justiça" a "proteção dos direitos fundamentais" dos cidadãos.
Em causa está uma notícia avançada pelo jornal Público sobre o pedido de nacionalidade de um cidadão israelita que se encontra refém do Hamas.
À agência Lusa, o Ministério da Justiça, numa resposta por escrito, adiantou que está a "analisar este pedido com a necessária urgência, em estreita articulação com outras áreas governativas, nomeadamente os Negócios Estrangeiros, atendendo ao contexto no terreno".
Na reposta, o ministério recorda que "qualquer pedido de nacionalidade implica consultas a diferentes entidades".
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que fizeram duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Josep Borrell. "Pausa na ação bélica necessária para a entrada da ajuda humanitária"
O chefe da diplomacia europeia considerou que é preciso olhar para os esforços do passado "e revigorá-los", mas tendo em conta que a complexidade do conflito israelo-palestiniano agravou-se com a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
Borrell recordou que o Hamas não representa os palestinianos e que estão a morrer civis entre os ataques do grupo islamita -- considerado terrorista pela UE -- e a retaliação as tropas israelitas.
O diplomata insistiu que é preciso dialogar com os todos os países do Médio Oriente para "ver até onde pode ir a ação política e acabar com este ciclo de violência".
"Enquanto houver bombardeamentos, as pessoas continuam a deslocar-se e a situação humanitária vai continuar a agravar-se", completou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reuniram-se hoje no Luxemburgo para fazer uma avaliação do apoio prestado à Ucrânia e discutir desafios do atual panorama geopolítico, com a tensão no Médio Oriente a dominar a agenda.
com Lusa
Mais de 19 mil deslocados no Líbano
"Estes números deverão aumentar à medida que as tensões transfronteiriças persistem", alertou o porta-voz da OIM, Mohammedali Abunajela, num comunicado enviado à AFP.
Israel diz ter neutralizado dois drones vindos de Gaza
Terceira coluna de camiões entrou em Gaza através da fronteira com Egito
Foto: Stringer/Reuters
Gaza. UE quer "pausa humanitária" para libertar reféns e levar ajuda
Foto: Julien Warnand - EPA
RTP no Médio Oriente. Israel intensifica ataques a Gaza
Israel lançou na última noite 300 ataques contra a Faixa de Gaza
Autoridade Palestiniana acusa ONU de "não garantir acesso a necessidades humanitárias básicas"
O Ministério, que tem sede na Cisjordânia ocupada, afirmou que "o Conselho de Segurança da ONU está a afogar-se em padrões duplos miseráveis e carece de um consenso mínimo sobre os seus deveres e responsabilidades em relação à catástrofe humanitária que se abateu sobre o nosso povo e que equivale à nova Nakba".
A Nakba refere-se à deslocação em massa de palestinianos na década de 1940, aquando da criação do Estado de Israel.
"O Ministério rejeita veementemente a politização da entrada contínua de toda a ajuda humanitária na Faixa de Gaza e considera-a uma violação flagrante do direito internacional e do direito internacional dos direitos humanos", acrescenta o comunicado que apela à criação de corredores humanitários permanentes para fornecer ajuda e proteção aos palestinianos em Gaza.
Gaza debaixo de fogo. "São frequentes os cogumelos de fumo das explosões"
Foto: Lisi Niesner - Reuters
UE discute cessar-fogo e ajuda aos palestinianos
Número de mortos em Gaza sobe para 5.087
Segundo este ministério, nas últimas 24 horas morreram 436 palestinianos em ataques israelitas, incluindo 182 crianças. A maior parte das mortes ocorreu no sul da Faixa de Gaza.
Bombardeamentos israelitas junto a campos de refugiados e hospitais
O número de vítimas palestinianas continua a aumentar, numa altura em que Israel promete não dar tréguas e extinguir pontos estratégicos para o Hamas.
Incursões israelitas limitadas em Gaza
- O exército israelita confirma ter desencadeado mais incursões terrestres - de alcance limitado - para atacar posições do Hamas no terreno e “encontrar informações” sobre reféns. O movimento palestiniano afiança ter destruído um tanque israelita, no domingo, no sul de Gaza. As Forças de Defesa de Israel deram conta de uma baixa entre as suas fileiras, vítima de um míssil antitanque;
- A aviação e a artilharia israelitas prosseguem as sucessivas vagas de bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza, de norte a sul do território. Responsáveis da administração do movimento radical palestiniano apontam para dezenas de mortos em ataques conduzidos por Israel durante a noite de domingo para segunda-feira;
- A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos avisa que o quadro no sul da Faixa de Gaza é cada vez mais crítico, de tal forma que há notícia de civis a regressarem ao norte do território, contra as repetidas advertências das Forças de Defesa de Israel;
- Mais de 1.400 israelitas morreram na ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas sobre comunidades israelitas próximas de Gaza, segundo o último balanço de Telavive;
- As autoridades de saúde de Gaza avançam também com um balanço atualizado de vítimas da contraofensiva israelita: morreram mais de 4.600 pessoas.
Ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett faz mea culpa diante de ofensiva do Hamas
"É claro que também eu tenho responsabilidade. Servi como primeiro-ministro durante cerca de 12 meses e agi para atrasar outro confronto com o Hamas, sob a premissa de que poderíamos mantê-los com medo e dissuadidos", retorquiu.
A tensão na fronteira entre Israel e o Líbano continua a recrudescer
Ainda de acordo com Hagari, duas dezenas de posições do Hezbollah xiita libanês foram atingidas desde o início de outubro.
Cada morte civil tem de ser uma preocupação, expressa Josep Borrell
Reuters
O posto fronteiriço de Rafah voltou a abrir esta manhã para a passagem de ajuda humanitária
Líderes de países ocidentais lançam apelo à proteção de civis em Gaza
Foto: Mohammed Salem - Reuters
A ajuda humanitária que tem chegado àquele território é considerada insuficiente para dar resposta às necessidades da população.
Objetivo é "encontrar informações" sobre reféns e "eliminar células terroristas"
Hagari indicou ainda que os operacionais israelitas envolvidos nestas operações estão a tentar "encontrar informações" sobre reféns.
Citadas na edição online do jornal israelita Haaretz, as Brigadas Ezzedin Al-Qassam, braço armado do Hamas, confirmaram que estiveram em combate com forças israelitas infiltradas em Gaza, reivindicando a destruição de equipamento do Tsahal.
RTP em Jerusalém. "Situação cada vez mais complexa"
ONU volta a alertar que muitos hospitais em Gaza estão à beira do colapso
De acordo com o relatório diário do escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, o Hospital Shifa trata atualmente cerca de 5.000 pacientes, quando a sua capacidade é de 700, aos quais se somam 45.000 pessoas deslocadas internamente abrigadas nas instalações.
"Um grande número de pacientes é tratado no terreno, pois não há camas suficientes", é referido no relatório, no qual é lembrado que os 17 hospitais existentes no norte da Faixa de Gaza, zona que Israel ordenou evacuar, continuam a funcionar devido ao risco que muitos pacientes correriam se fossem transferidos.
As Nações Unidas recordam ainda que 16 profissionais de saúde morreram nas hostilidades, além de 29 funcionários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza.
Esta agência alertou no domingo que só lhe resta combustível para os próximos três dias, necessário para abastecer, por exemplo, hospitais ou centrais de dessalinização de água.
A sobrelotação nos hospitais repete-se nas escolas da UNRWA e noutras instalações atualmente utilizadas para abrigar pessoas deslocadas internamente em Gaza (1,4 milhões no total).
Cerca de 700.000 pessoas vivem com familiares, 71.000 em escolas, 101.000 em hospitais, igrejas e outros edifícios públicos, e 580.000 em escolas e outros abrigos da UNRWA, muitos deles concebidos para acomodar entre 1.500 e 2.000 pessoas cada, mas atualmente fornecem abrigo ao dobro ou triplo.
"Para garantir um ambiente seguro, à noite as mulheres e as crianças permanecem nas salas de aula, enquanto os homens e os rapazes adolescentes dormem ao ar livre, no recreio da escola", informam as Nações Unidas no seu relatório diário.
A agência de coordenação indica que nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, morreram cerca de 266 palestinianos, elevando o número total de vítimas mortais na Faixa para 4.651 (1.873 crianças e 1.023 mulheres), enquanto os feridos ascendem a 14.245.
A isto somam-se as 91 mortes e 1.734 feridos devido a confrontos entre palestinianos e forças israelitas ou colonos na Cisjordânia, enquanto o número de mortos em Israel situa-se nos 1.400, quase todos vítimas dos ataques do Hamas em 07 de outubro.
O grupo islamita lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
É esta a mais recente contagem avançada pelas Forças de Defesa de Israel
O porta-voz militar Daniel Hagari adiantou ainda, em conferência de imprensa, que o exército está na posse de pelo menos mil corpos de militantes do Hamas.
Hagari confirmou, por último, que foi já permitida a entrada de 14 camiões com material humanitário na Faixa de Gaza, após verificações de segurança.
Palavras de Josep Borrell no arranque da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE
"Não posso antecipar o resultado da reunião, mas é certamente algo que os ministros terão de discutir. O secretário-geral das Nações Unidas pediu-o muito. Pessoalmente, penso que é necessária uma pausa humanitária para permitir a entrada e a distribuição de apoio humanitário", insistiu Josep Borrell.
A maior parte permanece debaixo de escombros deixados pelos consecutivos bombardeamentos israelitas
Diplomacia da UE reunida. "É preciso impedir que Putin seja vencedor da crise em Gaza"
Foto: Reuters
Quanto à guerra na Ucrânia, o ministro português dos Negócios Estrangeiros frisou que "é preciso impedir que Putin seja vencedor da crise em Gaza".
O balanço é avançado pela administração do Hamas na Faixa de Gaza
Norte-americanos e europeus apelam à proteção de civis na Faixa de Gaza
- Estados Unidos, Canadá e quatro países europeus pedem a Israel que proteja os civis na Faixa de Gaza. O pedido resulta de uma conversa telefónica entre Joe Biden, Justin Trudeau e os homólogos de Reino Unido, França, Alemanha e Itália. Em comunicado conjunto, os seis líderes reiteram o apoio a Israel e ao direito do país a defender-se, mas apelam para que o direito humanitário internacional seja respeitado. Comprometem-se ainda a promoverem a coordenação com os parceiros no Médio Oriente para garantir acesso seguro a comida, água e equipamento médico;
- Os presidentes dos Estados Unidos e de Israel comprometem-se com um fluxo contínuo de ajuda humanitária a Gaza. Na rede social X, Joe Biden afirma que, de ora em diante, a entrada de ajuda crítica aos palestinianos não vai parar. Os dois líderes abordaram ao telefone os esforços para libertar mais reféns das fações radicais palestinianas;
- Por sua vez, o ministro israelita da Segurança, Itamar Ben-Gvir, figura da extrema-direita, defendeu que não deve existir qualquer garantia de "ajuda contínua" aos territórios palestinianos enquanto o Hamas não anuir a libertar todos os reféns;
- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, veio entretanto avisar que, caso o Hezbollah xiita libanês ataque Israel, o Tsahal vai destruir o Líbano;
- Uma segunda coluna de camiões com ajuda humanitária chegou a Gaza na última noite. Catorze camiões carregados com alimentos, água e medicamentos passaram pelo posto de Rafah, confirmaram as Nações Unidas e o Crescente Vermelho palestiniano. No sábado, outros 20 camiões havia recebido luz verde para avançar;
- Bombardeamentos levados a cabo durante a noite pelas Forças de Defesa de Isral mataram um feriram "um elevado número" de pessoas na Faixa de Gaza, segundo a administração do Hamas, citada pela BBC. Há relatos de explosões próximas de diferentes hospitais. Pelo menos um soldado israelita foi abatido em Gaza, ao participar numa operação de busca de reféns, confirmou o Tsahal;
- Os chefes da diplomacia da União Europeia reúnem-se esta segunda-feira para debater a situação no Médio Oriente. Espera-se uma tomada de posição conjunta sobre o conflito, assim como compromissos no que diz respeito à assistência humanitária;
- Marcelo Rebelo de Sousa falou ao telefone com o homólogo israelita, Isaac Herzog. O telefonema, a pedido do presidente de Israel, serviu para explicar o adiamento da visita a Portugal, que estava prevista para início de novembro - o chefe de Estado israelita agradeceu a condenação imediata, por parte das autoridades portugueses, da ofensiva desencadeada pelo Hamas a 7 de outubro. O presidente da República explicou, por sua vez, a posição portuguesa no quadro dos valores e princípios internacionais e constitucionais.
China manifesta preocupação com escalada da situação em Gaza
Citado pela televisão estatal chinesa CCTV, o enviado especial de Pequim para o Médio Oriente, Zhai Jun, que se encontra em visita à região, alertou para a possível propagação do conflito a nível regional e internacional, especialmente ao longo das fronteiras do Líbano e da Síria, o que está a criar um quadro preocupante.
Durante a Cimeira da Paz do Cairo, no sábado, Zhai exortou a comunidade internacional a estar "altamente vigilante" sobre a situação e a tomar medidas imediatas para garantir o cumprimento rigoroso do Direito humanitário internacional.
O enviado especial chinês exortou a comunidade internacional a evitar uma grave catástrofe humanitária e a "trabalhar em conjunto para controlar a situação".
Zhai manifestou o empenho da China em fazer "tudo o que for necessário" para promover o diálogo, alcançar um cessar-fogo e restabelecer a paz na região, sublinhando a importância de se avançar para uma solução que inclua dois Estados e uma resolução justa e duradoura para o conflito.
Ele realçou a vontade chinesa de manter uma comunicação estreita com a comunidade internacional, incluindo os países árabes, e a sua intenção de visitar os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, a Jordânia e outros países da região, a fim de reforçar a coordenação regional para pôr termo à crise.
Num encontro anterior, em 19 de outubro, no Qatar, com o seu homólogo russo, Mikhail Bogdanov, o diplomata chinês afirmou que a "raiz do atual conflito entre Israel e a Palestina se deve à falta de garantias dos direitos do povo palestiniano".
Ele assegurou que o país asiático vai procurar promover, em conjunto com a Rússia, o "arrefecimento" da situação em Gaza o mais rapidamente possível.
EUA e aliados ocidentais saúdam início da ajuda humanitária a Gaza
Joe Biden conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau e a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, disse a Casa Branca.
Num comunicado, a presidência dos EUA disse que os líderes se comprometeram a continuar a coordenação com os parceiros da região para garantir "acesso sustentado e seguro a alimentos, água, cuidados médicos e outra assistência" a Gaza.
A passagem fronteiriça de Rafah reabriu no domingo para que 17 camiões com ajuda humanitária para o povo palestiniano pudessem chegar até à Faixa de Gaza, depois de no sábado terem entrado 20 camiões.
Após a passagem dos primeiros 20 camiões, as Nações Unidas estimaram que a sua carga equivalia apenas a 4% das importações diárias em Gaza antes do início da guerra, e que seriam necessários pelo menos 100 camiões por dia.
Os habitantes da Faixa de Gaza estão sujeitos a um bloqueio israelita que cortou os alimentos, a água, os medicamentos e a eletricidade desde que o grupo islamita do Hamas lançou uma ofensiva contra o sul de Israel em 7 de outubro.
Desde então, os mais de 2,4 milhões de habitantes do território, metade dos quais crianças, têm-se debatido com ataques aéreos israelitas e com recursos cada vez mais escassos.
Os seis chefes de Governo apelaram ao "respeito pelo direito humanitário internacional, incluindo a proteção dos civis", apesar de terem "reiterado o seu apoio a Israel e ao seu direito de se defender contra o terrorismo".
O comunicado prometeu também uma estreita coordenação diplomática, inclusive com parceiros "chave" na região, "para evitar que o conflito alastre, preservar a estabilidade no Médio Oriente e trabalhar para uma solução política e uma paz duradoura".
Além disso, os líderes discutiram a situação dos seus próprios cidadãos presos pela guerra, "especialmente aqueles que desejam deixar a Faixa de Gaza", território palestiniano sujeito a um bloqueio imposto por Israel.
De acordo a Casa Branca, os cinco líderes ocidentais manifestaram a Biden a satisfação com a libertação de duas reféns, uma mãe e filha com cidadania norte-americanas, e apelaram à libertação "imediata" de todos os cerca de 210 reféns mantido pelo Hamas em cativeiro.
O grupo islamita lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, num conflito já provocou pelo menos 6.200 mortos e milhares de feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.