Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Ammar Awad - Reuters

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por RTP

Líderes da UE voltam a reunir-se para pedir pausa humanitária em Gaza

Foto: Olivier Hoslet - EPA

Os líderes da União Europeia voltam a reunir-se esta quinta e sexta-feira para pedir uma pausa humanitária em Gaza e negociações, tendo em vista uma solução de dois Estados.

Numa carta-convite enviada aos 27 chefes de governo e de Estado da União, o presidente do Conselho Europeu sublinha que "a situação no Médio Oriente é uma tragédia" e que a situação humanitária em Gaza continua a ser motivo de grande preocupação.

Charles Michel apela aos líderes europeus que tomem uma posição para "garantir urgentemente a prestação efetiva de ajuda humanitária e o acesso às necessidades mais básicas".

Portugal preferia apelar a um cessar-fogo humanitário, mas ao nível da União Europeia foi o conceito de pausa humanitária que mereceu consenso.
pub
por RTP

Pedro Sánchez transmitiu apoio a António Guterres

Foto: Olivier Hoslet - EPA

Pedro Sánchez também transmitiu todo o apoio a António Guterres. À chegada a Bruxelas, o presidente espanhol disse que o que o secretário-geral da ONU está a fazer é pedir uma pausa humanitária para que a ajuda entre em Gaza de uma forma sistemática e permanente.

pub
Momento-Chave
por RTP

Biden nega ter exigido adiamento da ofensiva terrestre israelita em Gaza

Foto: Yuri Gripas - EPA

Joe Biden nega ter exigido garantias de Benjamin Netanyahu para um adiamento da ofensiva terrestre.

O presidente norte-americano diz que apenas sugeriu que a operação fosse adiada até à libertação dos reféns, mas sublinha que essa é uma decisão que pertence a Israel.
pub
por Lusa

Al Jazeera anuncia que família do seu correspondente em Gaza foi morta em bombardeamento

A cadeia de televisão Al Jazeera informou que a mulher e os dois filhos do seu chefe de redação em Gaza foram hoje mortos em bombardeamentos israelitas no sul do enclave, para onde se tinham mudado há dias.

"Vários membros da família do nosso colega Wael al-Dahdouh, incluindo a sua mulher, o seu filho e a sua filha, foram martirizados por um bombardeamento israelita contra a sua casa", declarou em comunicado a cadeia de televisão, que tem sede em Doha, no Qatar.

A Al Jazeera mostrou imagens do jornalista na morgue, completamente devastado, sem fôlego e engasgando-se com as suas próprias lágrimas, enquanto via e agarrava os cadáveres ensanguentados dos seus filhos, de 15 e 7 anos.

 


 

As imagens chocaram os jornalistas árabes que ainda trabalham em Gaza e suscitaram uma onda de condenação contra os ataques à comunicação social e aos civis no sul da Faixa de Gaza, para onde Israel disse aos palestinianos que se deslocassem em face à intensificação dos bombardeamentos e a uma possível operação terrestre no norte do enclave.

"Manifestamos a nossa preocupação com a segurança dos nossos correspondentes e equipas em Gaza", afirmou a cadeia de televisão no comunicado, no qual condenou "o ataque indiscriminado e a morte de civis inocentes em Gaza, que resultou na perda trágica da família de Wael al-Dahdouh e de inúmeras outras pessoas".

Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza provocaram até agora mais de 6.500 mortos - cerca de metade dos quais crianças - e mais de 17.000 feridos, no que é já a pior catástrofe humana jamais vivida no enclave.

pub
por RTP

Libertação de grande número de reféns pode acontecer dentro de dias

De acordo com o jornal israelita Haaretz, que cita fontes israelitas e estrangeiras, as negociações em curso pela libertação de um grande número de reféns do Hamas poderá ter resultados "dentro de dias".

Uma das fontes citadas sob anonimato refere que as partes esperam finalizar o acordo "dentro de dois dias, talvez mesmo menos", e que a sua aplicação depende dos progressos nas negociações com o Hamas.
pub
por RTP

EUA e Reino Unido vetam resolução apresentada pela Rússia

O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou numa segunda votação esta quarta-feira, uma resolução da autoria da Rússia sobre a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza. 

O veto desta vez veio dos Estados Unidos e do Reino Unido. O projeto russo, o segundo apresentado por Moscovo desde o início do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, pedia "um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e totalmente respeitado". 

O texto recebeu quatro votos a favor, nove abstenções e dois vetos de membros permanentes do Conselho de Segurança.
pub
por RTP

Rússia e China vetam resolução dos EUA a apelar a pausas humanitárias em Gaza

A resolução elaborada e apresentada pelos Estados Unidos da América ao Conselho de Segurança da ONU pretendia soluções para o agravamento da crise humanitária que se vive na Faixa de Gaza. 

O texto apelava nomeadamente a pausas na violência para permitir o acesso do auxílio e "rejeitava e condenava inequivocamente" os "hediondos ataques terroristas do Hamas" de 7 de outubro,  exigindo também a "libertação imediata e incondicional de todos os restantes reféns" capturados em Israel e retidos pelo movimento islamita em Gaza.

Rússia, China, membros permanentes, e os Emirados Árabes Unidos, vetaram o texto da resolução, dois países abstiveram-se e 10 votaram a favor.


pub
por RTP

Israel. Quase 300 feridos hospitalizados, 50 em estado grave

O Ministério da Saúde de Israel revelou que 267 pessoas foram feridas em ataques do Hamas e precisaram de internamento hospitalar. Meia centena ficaram em estado considerado grave, outras 73 inspiram cuidados e necessitam de vigilância e as restantes ficaram com ferimentos ligeiros ou estão em recuperação. 

Só em Rishon e em Letzion, esta quarta-feira à noite, granadas de morteiro integradas num lançamento em série a partir de Gaza contra o centro de Israel, conseguiram passar a barreira de anti-mísseis e atingiram edifícios residenciais. Seis pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo duas mulheres de 80 e de 75 anos.

Também na aldeia de Sirkin, um rapaz de 13 anos ficou ferido na cabeça quando caiu devido à explosão de um projétil palestiniano e uma mulher ficou ferida ao correr para uma área protegida, noticia o jornal israelita Haaretz.

Dezenas de sirenes soaram esta noite em várias cidades de Israel, no centro do país e na área de Telavive, incluindo Holon, Rishton, Letzion, Bat Yam, Petah Tikva, Elas e Rosh HaAyin, acrescenta o Haaretz.
pub
por RTP

Blinken terá pedido ao Governo do Qatar para moderar retórica da Al Jazeera na cobertura da guerra

O secretário de Estado norte-americano, Tony Blinken, terá dito a um grupo de líderes da comunidade judaica norte-americana que pediu ao primeiro-ministro do Qatar para moderar a "retórica" da Al Jazeera sobre a guerra em Gaza. A conversa entre Blinken e Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani terá sido há duas semanas, de acordo com o portal norte-americano Axios, que sublinha que os comentários do chefe da diplomacia norte-americana sugerem que a Administração dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que afirma o seu apoio à imprensa independente em todo o mundo, "está preocupada com o facto de o enquadramento do conflito pela Al Jazeera poder aumentar as tensões na região". A rede de meios Al Jazeera é financiada pelo Governo do Qatar, mas reclama operar de forma independente, ainda que os seus críticos a acusem de refletir a posição da política externa do Qatar, cujas ligações ao Hamas têm sido particularmente escrutinadas. Israel, por exemplo, acusou já a Al Jazeera de ser "um porta-voz da propaganda" do Hamas, acusação que a cadeia qatari não comentou quando instada a fazê-lo pelo Axios. Lusa
pub
por Lusa

Biden diz não ter exigido que Netanyahu adiasse ofensiva terrestre a Gaza

O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou hoje não ter exigido ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que adiasse uma eventual ofensiva terrestre à Faixa de Gaza até à libertação dos reféns do movimento islamita palestiniano Hamas.

"Não. A decisão foi deles, eu não a exigi", declarou Biden em resposta a uma pergunta em conferência de imprensa.

"O que eu lhe disse (a Netanyahu) foi que se for possível retirar essas pessoas em segurança, é isso que ele deve fazer", precisou.

Reiterando que Israel tem não só o direito mas também "o dever" de se defender, após o ataque sangrento do Hamas a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos em território israelita, na maioria civis, Biden acrescentou que o país deve fazer "tudo o que estiver ao seu alcance para poupar os civis" palestinianos.

Observou, contudo, que não "tem confiança" nos balanços de mortos na Faixa de Gaza fornecidos pelos palestinianos.

Segundo as autoridades locais, a forte retaliação israelita matou até agora pelo menos 6.546 pessoas naquele enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.

O chefe de Estado norte-americano apelou igualmente para que os ataques de colonos israelitas a palestinianos na Cisjordânia "parem de imediato".

Falando na conferência de imprensa em Washington ao lado do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, Biden referiu-se também à colisão no mar entre navios chineses e embarcações filipinas no mar do sul da China, insistindo no compromisso do seu país em defender as Filipinas, depois de Manila ter acusado a China de se ter tratado de embates "intencionais".

"Qualquer ataque a aviões, navios ou forças armadas das Filipinas terá como consequência a ativação da nossa parceria de defesa mútua", declarou o chefe de Estado Democrata à imprensa.

"O compromisso dos Estados Unidos com as Filipinas é inabalável", sublinhou.

pub
Momento-Chave
por RTP

OMS pressiona Hamas a libertar todos os reféns "por razões de saúde"

Num artigo publicado na rede social X, antigo Twitter, o chefe da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou que se "reuniu com as famílias de pessoas raptadas no sul de Israel a 7 de outubro, pelo Hamas, tendo ouvido em primeira mão a tragédia, o trauma e o sofrimento que estão a enfrentar".

Ghebreyesus mostrou-se "extremamente preocupado com a situação de segurança e de saúde das cerca de 200 pessoas" feitas reféns pelo Hamas.


Entre estes, lembrou, "estão trabalhadores de saúde e até 30 crianças".

"A OMS apela à libertação imediata de todos os reféns, assim como acesso urgente a casa um deles e a implementação de cuidados médicos", sublinhou Tedros Ghebreyesus.

O chefe da OMS considerou igualmente que existe a "necessidade urgente dos sequestradores dos reféns fornecerem provas de vida, provas de prestação de cuidados de saúde e a libertação imediata, por razões humanitárias e de saúde, dos que foram raptados".

"Muitos dos reféns, incluindo crianças, mulheres e os idosos, sofrem de problemas de saúde pre-existentes que requerem cuidados e tratamentos urgentes e sustentatáveis", prosseguiu Tedros Ghebreyesus.

"O trauma para a sanidade mental que os raptados e as suas famílias estão a sofrer é grave e o apoio psicosocial de grande importância", lembrou ainda.

"A OMS está pronta a providenciar o ICRC [o Crescente Vermelho Internacional], que está mandatado para dar apoio aos reféns em situações de conflito, com todo o apoio de saúde para os reféns", prometeu ainda Ghebreyesus, agradecendo às famílias "a partilha das suas histórias comoventes".

"Prometi, em nome da OMS, que faríamos todo o possível para apoiar as necessidades de saúde e humanitárias dos que estão cativos", revelou ainda o líder da Organização das Nações Unidas para o setor da Saúde.

"Todos os civis que estão a sofrer neste conflito devem ser protegidos", concluiu  Tedros Adhanom Ghebreyesus.

pub
por Lusa

Huthis do Iémen dizem que "não ficarão de braços cruzados" face a "genocídio em Gaza"

Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, alertaram hoje que "não ficarão de braços cruzados face à guerra genocida" na Faixa de Gaza e ameaçaram "cumprir o seu dever religioso" se Israel continuar a bombardear o enclave palestiniano.

O Conselho Político Supremo do movimento xiita afirmou em comunicado que o grupo está "a monitorizar de perto a situação" e condenou "os crimes atrozes e os massacres genocidas cometidos pelo inimigo sionista contra o povo palestiniano".

Os Huthis também avisaram que "cruzar as `linhas vermelhas` força o Iémen a cumprir seu dever religioso e de princípios".

Esta nova ameaça surge depois de responsáveis norte-americanos, citados pelo The Wall Street Journal terem afirmado que os Huthis dispararam cinco mísseis de cruzeiro fornecidos pelo Irão e cerca de 30 `drones` contra Israel.

Segundo o jornal, na semana passada o contratorpedeiro USS Carney, estacionado no norte do Mar Vermelho, abateu quatro dos mísseis de cruzeiro, enquanto o quinto foi destruído pelos sistemas antiaéreos da Arábia Saudita.

Até agora, nem os Huthis nem Riade comentaram esta informação.

Em 10 de outubro, três dias após o início da guerra em Gaza após o ataque do braço armado do grupo islamita Hamas contra Israel, o principal líder dos Huthis, Abdelmalek al Huti, disse num discurso que o movimento está disposto a "envolver-se na batalha" em apoio aos palestinianos.

O Pentágono confirmou na terça-feira que desde 17 de outubro as forças dos Estados Unidos e da coligação foram alvo de dez ataques às suas bases no Iraque e de três na Síria por grupos apoiados pelo Irão.

Estes grupos pró-Irão, com presença no Iraque, na Síria e no Iémen, fazem parte da chamada Resistência Islâmica e ameaçaram repetidamente que atacariam instalações norte-americanas no Médio Oriente e em Israel se Washington continuasse a apoiar o Estado Judeu ou se decidisse intervir militarmente em Gaza.

pub
Momento-Chave
por Lusa

ONU "a dialogar" com Telavive sobre vistos bloqueados a funcionários

As Nações Unidas "estão a dialogar" com o Governo israelita sobre os vistos bloqueados ou negados aos seus funcionários, incluindo o do chefe humanitário da organização, Martin Griffiths, adiantou hoje o porta-voz do secretário-geral da ONU.

Stéphane Dujarric desvalorizou hoje o anúncio do embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, de que o seu país irá recusar vistos a representantes das Nações Unidas argumentando que "é altura de lhes dar uma lição".

Dujarric afirmou que o anúncio não está a afetar, por enquanto, o trabalho dos funcionários da ONU em Israel.

"Falei com os meus colegas em Jerusalém e eles continuam os seus contactos a todos os níveis com os seus homólogos, quer estejam no Governo ou no exército, e os contactos prosseguem normalmente", disse.

O representante de António Guterres insistiu que não se registou "qualquer alteração ou diminuição do estatuto" dos seus trabalhadores no terreno, em Israel e na Palestina.

No que diz respeito ao estatuto de Griffiths, Dujarric afirmou que este se encontra atualmente em Genebra (a sua residência habitual) e expressou o desejo do secretário-geral de que "tal como qualquer outro gabinete que trabalhe para o secretariado", "todos os Estados-membros facilitem o trabalho dos funcionários da ONU em deslocação oficial".

Quanto aos pedidos de demissão de Guterres feitos esta terça-feira pelo embaixador israelita junto da ONU e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Eli Cohen, Dujarric recusou-se a fazer qualquer comentário: o secretário-geral "não vai comentar todos os pedidos de demissão de um Estado-membro", disse.

 

pub
por RTP

Primeira ação do novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA será apoiar Israel

Mike Johnson, o republicano eleito esta quarta líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, é cristão evangélico e com ligações à extrema direita israelita.

Ao tomar posse, Johnson anunciou que o primeiro projeto que trará perante a Câmara será uma resolução "em apoio ao nosso querido amigo, Israel, e já vem tarde".

Quase 400 legisladores co-assinaram uma resolução a condenar o ataque do Hamas logo depois do dia 7 de outubro, especificamente "a guerra bárbara lançada pelo Hamas". No texto apelaram a todos os países a condenarem a organização, considerada terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.

A resolução apelou ainda o Hamas a cessar os seus ataques e a libertar as mais de 200 pessoas raptadas e mantidas reféns na Faixa de Gaza. Os subscritores manifestaram igualmente o seu compromisso em manter o auxílio humanitário norte-americano e apelaram à aplicação em força de sanções contra o Irão, apoiante do Hamas.

O presidente Joe Biden saudou o novo líder da Câmara dos Representantes, eleito ao fim de três candidaturas falhadas, exortando-o a fazer aprovar "rapidamente" os pacotes de ajuda a Israel e à Ucrânia.
pub
Momento-Chave
por RTP

"Não confio nos números do Hamas", diz Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos considera que os ataques dos colonos israelitas contra os palestinianos na Cisjordânia devem "parar agora". "Estão a atirar achas para a foqueira", acusou, lembrando que os palestinianos "têm direito a estar onde estão".

Sublinha, no entanto, que Israel tem também o direito de se defender, acrescentando a convicção de que Israel, ao mesmo tempo que defende os seus cidadãos, deve proteger os civis de Gaza, que são também eles vítimas do conflito com o Hamas, "por mais difícil que isso seja".

"Penso que devemos ser extremamente cuidadosos", afirmou Joe Biden. "Israel deve ser incrivelmente cuidadoso para garantir que estão focados em perseguir os responsáveis que propagaram esta guerra contra Israel. E quando tal não acontece vai contra os seus interesses", advertiu.

"Mas não tenho confiança nos números que os palestinianos estão a divulgar sobre quantas pessoas foram mortas", acrescentou, reconhecendo contudo que "de certeza que foram mortos inocentes".

Para o líder norte-americano o status quo vigente até 7 de outubro não poderá regressar e, mal o conflito cesse, deverão ser retomadas as negociações para o estabelecimento da solução de dois Estados.

Joe Biden falava aos jornalistas na casa Branca, por ocasião da visita do primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, aos Estados Unidos.

Albanese afirmou por sua vez que "o respeito pelas leis humanitárias internacionais suepra tudo".

"Em tempo de crise", referiu o primeiro-ministro australiano, "o respeito pela lei humanitária internacional supera tudo. É um reconhecimento da nossa humanidade comum, e que aplaudo o presidente pela liderança demonstrada e pelo exemplo que implementou".
pub
Momento-Chave
por RTP

Netanyahu. "Também terei de prestar contas" sobre falhas de segurança

O primeiro-ministro de Israel reconheceu esta noite ao país que ele próprio "terá de prestar contas " sobre os "fracassos das "falhas" securitárias que permitiram aos movimento islamita palestiniano Hamas invadir Israel e assassinar cidadãos israelitas a 7 de outubro. 

"O escândalo será examinado ao detalhe e até ao fim de tudo o que se passou, as falhas serão estudadas e todos deverão prestar contas, eu incluído. Mas tudo se irá passar depois da guerra", prometeu Benjamin Netanyahu.
pub
Momento-Chave
por RTP

Invasão terrestre de Gaza está para breve anuncia Benjamim Netanyahu

Israel está a preparar uma invasão da Faixa de Gaza por terra, anunciou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu num discurso transmitido em direto pela televisão. 

O primeiro-ministro israelita não deu pormenores sobre a operação nem quando poderá ocorrer. 

Revelou apenas que a decisão de avançar sobre o enclave palestiniano administrado pelo Hamas e sob cerco há 19 dias, será tomada pelo gabinete especial de guerra do Governo.

"Já matamos milhares de terroristas e isto é apenas o início", afirmou Netanyahu. "Simultaneamente, estamos a preparar uma invasão terrestre. Não irei dar pormenores sobre o quando, o como nem sobre quantos. Também não irei falar sobre os vários cálculos que estamos a fazer, dos quais a maioria do público não está ciente e é assim que as coisas devem ser", acrescentou.

Israel tem estado a bombardear intensamente a Faixa de Gaza há quase 20 dias, desde que um ataque do Hamas fez 1400 mortos e mais de 220 reféns de diversas nacionalidades.

Mais de 6.500 palestinianos morreram entretanto nos ataques israelitas a Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave administrado pelo Hamas.
pub
Reféns portugueses
por RTP

Adina Moshe. Portugal concede cidadania a mais uma refém do Hamas

A Comunidade Judaica do Porto recebeu a informação que confirma que o Governo português concedeu a nacionalidade portuguesa a uma mulher que é refém do Hamas. A mulher, de 72 anos, foi sequestrada na Faixa de Gaza, depois do marido ter sido assassinado. O pedido de naturalização chegou a Portugal, através de uma carta enviada pelo sobrinho, um médico que descreve o terror vivido durante as horas do Ataque do Hamas. A nacionalidade portuguesa permite que esta mulher seja incluída no grupo de mais de 50 cidadãos reféns do Hamas que esperam ser libertados ao abrigo das negociações internacionais.
pub
por RTP

BE solidário com António Guterres e chocado com Chega e IL

O Bloco de Esquerda está também solidário com António Guterres. 

O líder parlamentar do partido diz ter ficado chocado com o Chega e com a Iniciativa Liberal, que, segundo diz, mostraram ser contra a carta das Nações Unidas.
pub
por RTP

PCP diz compreender palavras de António Guterres

 
A líder parlamentar do PCP compreende as palavras de António Guterres sobre o conflito no Médio Oriente. 

Paula Santos lembrou a posição dos comunistas em relação ao conflito.
pub
por RTP

"Solidário". PS diz que palavras de Guterres foram mal interpretadas

O PS considera que foram mal interpretadas as declarações de António Guterres. O partido está solidário com o Secretário-Geral da ONU.
pub
por RTP

Ventura quer demissão de Guterres e Parlamento a condenar declarações

O Chega condena a declaração do Secretário Geral das Nações Unidas. André Ventura pede à Assembleia da República para tomar uma posição.
pub
por RTP

Correspondente da Al Jazeera perdeu toda a família num bombardeamento de Gaza

A televisão do Qatar, Al Jazeera, afirmou que um dos seus correspondentes em Gaza perdeu toda a família - a mulher, filha e filho - mortos num bombardeamento israelita em Gaza esta noite. 

Israel não comentou ainda o incidente. 

O canal difundiu imagens do seu jornalista, Wael Al Dahdouh, a chorar quando viu os corpos sem vida dos três no hospital.
pub
por RTP

"Seria um erro para Israel". Macron desaconselha operação militar "massiva" em Gaza

Aos repórteres reunidos no Cairo, onde se encontra no âmbito do seu périplo pelo Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Hamas, o presidente francês considerou que Israel cometeria "um erro" se lançasse uma "operação terrestre massiva" em Gaza.

"A França reconhece o direito de Israel à auto-defesa", começou por afirmar Emmanuel Macron. 

"Quanto a uma intervenção no terreno [Gaza], se se dirigir inteiramente a grupos terroristas, é uma escolha que lhe cabe, mas se for uma operação massiva que ponha em perigo a população civil, nesse caso penso que seria um erro para Israel", acrescentou.

"Seria um erro porque não é provável que proteja Israel a longo prazo e porque não é compatível com o respeito pelas populações civis, pelo direito humanitário internacional e até pelas regras da guerra", defendeu o líder francês. antes de partir do Cairo, onde se encontrou com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

Em declarações conjuntas à imprensa, o Presidente egípcio, por seu lado, apelou a Israel para evitar uma "invasão terrestre de Gaza" porque causaria "um grande número de vítimas civis".
pub
por Lusa

Confrontos prosseguem entre Exército israelita e milícias do sul do Líbano

O exército israelita e as milícias do sul do Líbano protagonizaram hoje novas hostilidades na fronteira, com trocas de tiros que incluíram disparos de foguetes e de pelo menos um míssil antitanque contra Israel.

Um porta-voz militar de Israel afirmou que o exército israelita respondeu com bombardeamentos e artilharia e que atacou também duas "células terroristas" que tentavam lançar mísseis para o território judaico em diferentes pontos da fronteira.

Pouco depois, acrescentou, um míssil antitanque foi disparado contra um grupo de soldados israelitas na comunidade de Avivim, que respondeu com fogo de artilharia contra o local de onde partiu o ataque.

O lançamento do míssil foi reivindicado pouco depois pelo grupo xiita libanês Hezbollah, que afirmou ter atingido um tanque israelita, causando mortos e feridos, o que foi desmentido pelo exército israelita.

Até agora, esta é a única ação reivindicada hoje pelo movimento xiita que, nos últimos dias, reconheceu ter sofrido um número significativo de novas baixas nas suas fileiras, totalizando agora 43 desde o início da violência na fronteira, a 08 de outubro.

O último incidente de hoje foi o disparo de quatro mísseis a partir do território libanês, que, segundo o porta-voz militar israelita, fez soar os alarmes de ataque aéreo em comunidades do norte do país e que atingiram zonas despovoadas.

Estes episódios coincidiram hoje com uma reunião em Beirute entre os líderes dos grupos islamitas palestinianos Hamas, Jihad Islâmica e o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, todos apoiados pelo Irão.

Num comunicado, o Hezbollah afirmou que, na reunião, ficou acordada a "continuação da coordenação e o acompanhamento dos desenvolvimentos numa base diária e permanente" e salientou que também foi analisado o que as partes do "Eixo da Resistência" devem fazer "nesta fase delicada para alcançar uma verdadeira vitória da Resistência em Gaza e na Palestina".

Entretanto, a missão de manutenção da paz da ONU no Líbano (FINUL) reiterou hoje que continua a contactar com as "partes" envolvidas na violência na fronteira com Israel para tentar "reduzir as tensões" que têm aumentado há mais de duas semanas.

"O nosso trabalho continua, incluindo as patrulhas. O trabalho com as partes visa essencialmente coordenar e reduzir as tensões na área de responsabilidades" da FINUL, disse o comandante das forças internacionais no país, o espanhol Aroldo Lazaro.

As hostilidades na zona fronteiriça começaram a 08 deste mês, um dia após o ataque do Hamas a Israel, que deixou cerca de 1.400 mortos, o que desencadeou uma guerra que vai já no 19.º dia de combates e já fez quase 6.500 mortos em Gaza.

Embora várias milícias palestinianas tenham reivindicado a autoria de ataques a partir do Líbano nas últimas duas semanas, os principais confrontos são entre o exército israelita e o Hezbollah, que vivem o momento mais tenso desde a guerra de 2006.

Os incidentes na fronteira causaram até agora pelo menos 63 mortos: seis em Israel, cinco soldados e um civil, e pelo menos 57 no Líbano -- oito civis, entre os quais um operador de câmara da Reuters, 43 membros do Hezbollah e seis membros das milícias palestinianas.

pub
por RTP

WSJ. Israel adia ofensiva enquanto aguarda instalação de defesas anti-mísseis dos EUA

O Wall Street Journal avança na sua edição online que as Forças de Defesa de Israel estão a adiar a sua entrada na Faixa de Gaza enquanto aguardam que os Estados Unidos instalem defesas anti-mísseis, para proteger as tropas.

As autoridades norte-americanas esperam conseguir instalar essas defesas no terreno até ao final desta semana.

"Israel concordou, por enquanto, com um pedido dos EUA para colocar em funcionamento as suas defesas aéreas de forma a proteger as tropas norte-americanas na região antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza", afirma o WSJ, de acordo com declarações de autoridades norte-americanas e israelitas.

 O Pentágono pretende implantar quase uma dúzia de sistemas de defesa aérea na região, inclusive para proteger militares norte-americanos destacados no Iraque, Síria, Kuwait, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Desde 7 de outubro, alvos militares norte-americanos sofreram pelo menos 13 ataques na Síria e no Iraque, com recurso a `drones` e a mísseis, cuja autoria foi atribuída a grupos sustentados pelo Irão. 

Há informações não confirmadas de que os EUA irão enviar para Israel todas as suas reservas de mísseis que integram o sistema Iron Dome que protege o país.
pub
por RTP

Líderes da Chéquia e da Áustria solidários com Israel contra o Hamas

O primeiro-ministro da Chéquia e o Chanceler da Áustria estão em Israel tendo-se reunido com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog, numa mostra de solidariedade após os ataques do Hamas dia 7 de outubro. 

Petr Fiala, o líder do governo checo, descreveu o Hamas como um "inimigo comum" de Israel e da Europa e prometeu trabalhar junto das instituições de União Europeia para isolar a organização. 

"Vim aqui nesta hora de dificuldade, expressar o nosso apoio claro e solidariedade com Israel", disse Fiala a Netanyahu. "Sete de outubro foi o dia mais trágico para Israel e para o povo judaico das últimas décadas".

 O chanceler austríaco, Karl Nehammer, apelou durante o seu encontro com Herzog, à imediata e incondicional libertação dos reféns capturados pelo Hamas.
pub
por Lusa

Von der Leyen pede "ação unificada" da UE na segurança face a "incerteza geopolítica"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, instou hoje a uma "ação unificada" na União Europeia (UE) relativamente à gestão migratória para garantir segurança perante "incerteza geopolítica", dadas as tensões em diferentes partes, como Médio Oriente.

"Temos de ser capazes de agir de forma unificada para garantir a segurança e a liberdade dos nossos cidadãos, reforçando as fronteiras externas e evitando o restabelecimento dos controlos nas fronteiras internas. A este respeito, é necessária uma ênfase renovada para garantir que todos os migrantes irregulares e requerentes de asilo sejam registados no Eurodac [base de dados de impressões digitais] e para reforçar a aplicação efetiva das regras de Dublin, incluindo a retoma das transferências sempre que possível", apelou Ursula von der Leyen.

Numa carta hoje divulgada aos líderes da UE, que se reúnem na quinta-feira e sexta-feira com a migração e as tensões no Médio Oriente na agenda, a líder do executivo comunitário recordou o "período de incerteza geopolítica e de preocupação acrescida com a segurança".

"É mais importante do que nunca mostrar aos cidadãos que somos capazes de tomar medidas práticas e eficazes em relação a questões complexas como a migração. Trabalhando em conjunto, podemos garantir que a migração é gerida de forma ordenada, humana e justa, protegendo os direitos fundamentais", defendeu Ursula von der Leyen.

Para a responsável, isto significa utilizar ao máximo "o peso coletivo da UE".

"Os progressos realizados este ano constituem uma demonstração tangível de como a UE está determinada a manter a dinâmica para realizar o nosso trabalho comum em matéria de migração e para reafirmar a eficácia das nossas fronteiras", adiantou a responsável, numa alusão aos avanços no novo Pacto para a Migração e Asilo.

No início de outubro, os embaixadores dos Estados-membros junto da UE deram `luz verde` ao novo Pacto para a Migração e Asilo, num acordo preliminar sobre o regulamento para a gestão de crises que prevê um instrumento de solidariedade.

Depois do aval, decorrem agora discussões legislativas entre colegisladores, faltando depois a aprovação do Conselho Europeu, que se espera que aconteça na cimeira europeia de dezembro.

O objetivo é que haja um acordo final até às eleições europeias de junho de 2024, para partilhar equitativamente as responsabilidades entre os Estados-membros e agir de forma solidária ao lidar com os fluxos migratórios.

Os chefes de Estado e de Governo da UE reúnem-se na quinta e sexta-feira, em altura de tensões no Médio Oriente, numa cimeira em que pedirão uma pausa humanitária em Gaza e negociações para uma solução de dois Estados.

O encontro surge numa altura de acesos bombardeamentos de Israel, que se seguiram ao ataque do grupo islamita do Hamas de 07 de outubro.

pub
Momento-Chave
por RTP

Marcelo Rebelo de Sousa declara apoio às declarações de António Guterres

"O Presidente da República, que sempre interpretou as sucessivas declarações do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, proferidas desde o injustificável ataque do Hamas em Israel, como sendo conformes à salvaguarda dos valores e princípios decorrentes da Carta das Nações Unidas, reitera esse seu entendimento quanto às declarações de ontem e de hoje", lê-se numa nota publicada na página da Presidência portuguesa.

Em causa estão declarações de António Guterres feitas na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em inglês, em que considerou que "é importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", acrescentando que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".

O secretário-geral da ONU defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

No início da sua intervenção, António Guterres disse que condena "inequivocamente os atos de terror horríveis e sem precedentes do Hamas em Israel" e que "nada pode justificar a morte, os ferimentos e o rapto deliberados de civis -- ou o lançamento de foguetes contra alvos civis".

Em reação a estas declarações, na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 07 de outubro com um "discurso chocante".

Na rede social X, ex-Twitter, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização.

Hoje, Gilad Erdan anunciou a decisão de Israel de não conceder vistos a representantes da ONU, numa entrevista à Rádio do Exército israelita.

com Lusa
pub
por RTP

França envia navio militar para apoiar hospitais de Gaza

O presidente francês considerou que o auxílio humanitário deve conseguir entrar na Faixa de Gaza sem obstáculos, dizendo ser essencial levar combustível até aos hospitais. 

No Cairo, onde se reuniu com o seu homólogo egipcio, Macron revelou ainda que um navio da armada francesa estará a caminho da região "nas próximas 48 horas" partindo de Toulon, para dar apoio aos hospitais do enclave. Um avião irá aterrar também no Egito, com auxílio.

A solução da criação de dois Estados vizinhos, Israel e Palestina, lado a lado, voltou a ser defendida por Emmnuel Macron. "Não é porque a ideia é velha que é caduca", considerou, apelando ao retomar das negociações e negando a existência por parte da França de um "padrão duplo" para Israel e os palestinianos.

"Todas as vidas importam, não há hierarquia", sublinhou o Presidente francês.

Macron aproveitou ainda a conferência de imprensa no Cairo ao lado de Abdel Fatah al-Sisi, para revelar um novo balanço do número de vítimas francesas do ataque do Hamas em Israel a 7 de outubro, que é agora de 31 mortos e de nove reféns.

O presidente francês elogiou o papel do Egito na reabertura da passagem de Rafah, a única ligação fronteiriça na Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, mas observou que "a situação é crítica" no território palestiniano desde a nova crise no Médio Oriente iniciada em 7 de outubro.

com Lusa
pub
Momento-Chave
por RTP

Al-Sisi. Deslocação de palestinianos para território egípcio seria "extremamente perigosa"

Ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, que está de visita ao Cairo, depois de se ter deslocado a Israel e à Cisjordânia, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, voltou a rejeitar a abertura das fronteiras sul de Gaza para acolher a população do enclave que fugiu dos bombardeamentos de Israel.

Sisi disse que Macron compreendia que qualquer deslocalização dos palestinianos da Faixa de Gaza para o Egito seria "extremamente perigosa".

"Condenamos todas as ações que afetam todos os civis e isto tem de ser resolvido com um único padrão", acrescentou al-Sisi, depois da polémica levantada pelas palavras recentes do secretário-geral das Nações Unidas.
pub
por RTP

Israel "rejeita completamente" alegação turca de que Hamas "não é organização terrorista"

O "Hamas é uma organização terrorista desprezível pior que o ISIS [Estado islâmico] que assassina brutalmente e intencionalmente, bebés, crianças, mulheres e os idosos, faz reféns civis e usa o seu próprio povo como escudos humanos", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Lior Haiat.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou esta quarta-feira que o grupo palestiniano não é terrorista mas "um grupo de libertação". Israel rejeitou a ideia sem meios termos.

"Nem a tentativa de defesa da organização terrorista pelo presidente turco nem as suas palavras incitadoras irão mudar os horrores que a que assistiu o mundo inteiro e o facto inequívoco: Hamas = ISIS", acrescentou Haiat.

Erdogan, cuja retórica pró-palestiniana, no passado, o afastou de Israel, disse hoje que, embora o mundo ocidental seja contra o Hamas, o grupo islamita "luta para proteger a sua terra e os seus cidadãos".

O presidente turco acusou Israel de "matar crianças" em Gaza através de bombardeamentos, e garantiu que cancelou a visita que planeava fazer a este país depois de se ter reunido no mês passado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nos Estados Unidos, como parte do esforço para aprofundar contactos entre os dois países, após o restabelecimento das relações diplomáticas plenas em 2022.

"Netanyahu abusou da nossa boa vontade", declarou Erdogan, apelando a um "cessar-fogo imediato" em Gaza e à abertura urgente de "um corredor humanitário" para os feridos no enclave.

com Lusa
pub
Momento-Chave
por RTP

António Guterres nega ter justificado terror do Hamas e diz-se "chocado" com "interpretações erradas"

"É falso", reagiu esta quarta-feira o secretário-geral da ONU às acusações de que justificou os atos de terror do Hamas.
"No início da minha intervenção de ontem (terça-feira), afirmei claramente -- e passo a citar: 'Condenei inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel. Nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis -- ou o lançamento de foguetes contra alvos civis'", disse, repetindo parte do discurso que fez anteriormente no Conselho.

Guterres admitiu que falou das queixas do povo palestiniano, mas salientou que ao fazê-lo, também afirmou: "'Mas as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas'".

António Guterres afirmou na terça-feira, perante o Conselho de Segurança da ONU, que os ataques do Hamas "não vêm do nada" e lembrou que os palestinianos foram "sujeitos a 56 anos de ocupação sufocante", declarações que levaram o Governo israelita a pedir a demissão imediata do líder da ONU.

com Lusa
pub
Momento-Chave
por RTP

Londres não se revê nas palavras de António Guterres mas não pede a sua demissão

Fonte de Downing Street reitera que nao há justificação para os ataques do Hamas, que Israel tem o direito de se defender.

Em declarações à correspondente da RTP em Londres, Rosário Salgueiro, o executivo de Londres disse que não se revê na caracterização feita por António Guterres, mas que não estão ao lado de Israel no pedido de demissão do secretário-geral da ONU.

O governo britânico quer continuar a trabalhar trabalhar com todos os parceiros na ajuda humanitária incluindo com António Guterres.
pub
Momento-Chave
por Lusa

Amnistia Internacional apoia declarações de Guterres e afirma que "disse a verdade"

O diretor-executivo da Amnistia Internacional, Pedro Neto, apoiou hoje as declarações proferidas pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que condenaram o ataque do Hamas a Israel mas lembraram que o povo palestiniano é reprimido há 56 anos.

"Disse a verdade", afirmou Pedro Neto à agência Lusa, considerando "completamente desproporcional" a reação do embaixador de Israel junto da ONU, que pediu a demissão de António Guterres.

"Qualquer interpretação de condenar o sistema de `apartheid` em que os palestinianos vivem e que é imposto por Israel não significa apoiar o terrorismo do Hamas. É completamente abusivo e desproporcionado fazer esta interpretação", disse o diretor-executivo em Portugal da organização internacional de defesa dos direitos humanos.

O secretário-geral da ONU condenou na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança dedicada à situação atual no Médio Oriente, os "atos de terror" e "sem precedentes" realizados, em 07 de outubro, pelo grupo islamita Hamas em Israel, salientando que "nada pode justificar o assassínio, o ataque e o rapto deliberados de civis".

No entanto, Guterres sublinhou ser "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada", sublinhando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

O embaixador israelita junto da ONU, Gilad Erdan, reagiu, exigindo a demissão imediata de Guterres e argumentou depois, em mensagem publicada nas redes sociais, que o líder das Nações Unidas "demonstrou compreensão pela campanha de assassínio em massa de crianças, mulheres e idosos".

Mas, para o diretor-executivo da Amnistia Internacional, António Guterres "está a fazer bem o seu papel", não podendo haver dúvidas "de que condena os atos de terror do Hamas" e "os abusos de direitos humanos do exército e do Governo de Israel para com o povo palestiniano".

No entanto, continuou Pedro Neto, "esta polarização favorece tanto o Hamas como as autoridades israelitas porque nos distrai do essencial que é a proteção dos civis inocentes".

A reação do embaixador de Israel foi considerada por Pedro Neto como desproporcional, mas não uma surpresa.

Quando António Guterres visitou o portão fronteiriço de Rafah, que liga o sul de Gaza e o Egito (o único acesso ao enclave palestiniano que não é controlado por Israel), Telavive acusou o secretário-geral da ONU de "estar a defender e a querer dar a ajuda humanitária aos terroristas".

Uma declaração que "não faz qualquer sentido", sublinhou o responsável da Amnistia Internacional.

"É óbvio que António Guterres não quer ajudar terroristas. (...) Aquilo que é preciso perceber é a intenção desta retórica diplomática tão ofensiva de todos os lados que estão envolvidos diretamente no conflito", referiu.

Pedro Neto não se mostra preocupado com o impacto deste incidente na capacidade de Guterres em mediar o conflito em curso entre Israel e o Hamas.

"Creio que ele já não teria esta capacidade. É o secretário-geral das Nações Unidas e gere interesses diplomáticos de várias partes", considerou.

Para o diretor-executivo da Amnistia Internacional, quem tem de ser abordado para mediar é "quem tem ascendente sobre o Governo de Israel e quem tem ascendente sobre o Hamas", ou seja, os Estados Unidos, o Irão, o Qatar.

Israel admitiu que vai reavaliar as relações com a ONU, tendo já hoje recusado vistos a representantes das Nações Unidas.

Uma posição que leva Pedro Neto a lembrar que Israel não pode impedir o trabalho humanitário da ONU no conflito.

"O secretário-geral das Nações Unidas não é o ex-diretor executivo da WebSummit e portanto, o ascendente que Israel tem sobre o mundo das tecnologias e das empresas das tecnologias não é o mesmo que tem sobre as Nações Unidas", frisou o responsável, numa referência ao caso de Paddy Cosgrave, que deixou a liderança do evento tecnológico após comentários sobre Israel.

"Se Israel impedir a entrada de ajuda humanitária está a incumprir e a ofender o Direito Internacional humanitário", referiu, reforçando que "o Governo de Israel e o Hamas - as potências ocupantes e as potências do conflito - não estão isentas das suas obrigações perante as convenções de Genebra, nem estão isentas naquilo que diz respeito ao mandato do Tribunal Penal Internacional de Investigação de Crimes de guerra de ambos os lados".

António Guterres indicou hoje, numa mensagem divulgada nas redes sociais, que "algum alívio humanitário está a chegar a Gaza", mas lamentou tratar-se apenas de "uma gota no oceano das necessidades".

pub
Momento-Chave
por Lusa

Libaneses sentem o efeito de uma economia "já em guerra"

Numa padaria no centro de Beirute, apenas um cliente aguarda enquanto dois padeiros preparam uma `manouche`, pão típico libanês muito apreciado, cujo intenso aroma de tomilho e sementes de sésamo tostados se sente do exterior.

"Sentimos uma grande diferença, a rua está muito mais vazia", diz à Lusa Yara Abi Fakher, a responsável comercial deste restaurante libanês localizado no bairro de Gemmayze, conhecido pelos restaurantes modernos e vida noturna. As ruas deste bairro esvaziaram-se desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, e dos confrontos entre o Hezbollah e Israel na fronteira sul do Líbano.

"Em geral sentimos um grande desconforto, estamos com os nervos à flor da pele e isso tem um impacto na decisão de sair de casa e gastar dinheiro", diz Yara.

Apesar do Líbano não se encontrar oficialmente em guerra, o medo de que o país seja arrastado para um conflito já afeta uma economia que mesmo antes das hostilidades enfrentava, desde 2019, uma das piores crises económicas dos tempos modernos.

Desde o início do conflito em Gaza, a atividade no setor da restauração caiu entre 70% a 80% durante a semana e registou quebras de 30% a 50% aos fins de semana, de acordo com o sindicato dos restaurantes, discotecas e cafés no Líbano.

Um dos setores mais afetados é o turismo, que se estima que represente entre 20% a 40% do PIB do país. Vários países como a França, Estados Unidos, Reino Unido ou a Alemanha não só desaconselharam os seus cidadãos a viajar para o Líbano como já pediram aos seus nacionais para sair do país de imediato, "dada a situação de segurança imprevisível".

"Ainda há voos comerciais disponíveis, mas em capacidade reduzida", escreveu a embaixada norte-americana no aviso mais recente.

As companhias áreas Lufthansa, Swiss e Saudia cancelaram todos os seus voos para o Líbano. A companhia de bandeira MEA transferiu a maioria dos seus 24 aviões para outros países, deixando apenas oito em funcionamento no aeroporto de Beirute, após as companhias de seguros terem reduzido a cobertura das apólices para danos em tempo de guerra.

No aeroporto de Beirute, nota-se o vazio. Poucos aviões na pista, praticamente nenhumas filas, raros passageiros.

"Os turistas, como por exemplo os muitos libaneses a viver fora do país, trazem com eles moeda estrangeira que ajuda os libaneses a lidar com a crise", diz à Lusa Sibylle Rizk, diretora de políticas públicas na Kulluna Irada, ONG focada em reforma política no Líbano.

A decisão da MEA levou a uma quebra de 80% nos voos da companhia e gerou críticas do Governo.

"Fui completamente contra esta decisão porque isto cria um impacto muito negativo no país", diz à Lusa o ministro da Economia do Líbano, Amin Salam.

"Isto envia uma mensagem negativa lá para fora, seja para os visitantes do Líbano, seja para os importadores e exportadores para o Líbano, e cria um impacto negativo na economia", diz o ministro.

A especialista em economia Sibylle Rizk explica também que "as companhias de seguros já consideram que o Líbano está em guerra e o custo dos seguros aumentou para todas as mercadorias em direção ao Líbano, o que vai ter um impacto nos preços num país onde a inflação já estava em altíssimos níveis".

O ministro da Economia Amin Salam diz à Lusa que o aumento de preços pode rondar entre 1% e 3%, embora considere ainda cedo para saber os efeitos totais. As consequências de uma nova guerra no Líbano, frisa, são incalculáveis.

Durante a última guerra entre o Hezbollah e Israel, em 2006, Israel bombardeou o aeroporto de Beirute, o único da cidade, as estradas de acesso à fronteira com a Síria, e impôs um embargo total às vias marítimas. Se isso se repetir agora, o país já enfraquecido por uma crise económica prolongada e altamente dependente de importações, fica sem saída para os seus residentes, e sem entrada para bens essenciais como comida e combustível.

"O que quer que seja que aconteça que leve o Líbano a entrar numa guerra, vai mesmo levar-nos de volta à Idade Média, e estou a falar a sério", diz o ministro Salam.

"Porque as nossas infraestruturas estão muito, muito mal, e a nossa economia está numa posição muito frágil. Não nos podemos dar ao luxo nem de um empurrãozinho, nem de uma pequena escalada [de violência]", diz Salam.

pub
por RTP

Em Luanda. Duarte Pacheco vaiado após dizer que Israel tem o direito de se defender

Uma declaração do deputado português Duarte Pacheco provocou polémica na Assembleia-Geral da União Interparlamentar, em Luanda. No discurso, enquanto presidente cessante da União Interparlamentar, considerou que Israel tem o direito de se defender, respeitando o direito internacional.

pub
por RTP

Irão acusa EUA de serem "cúmplices de criminosos"

"A América é definitivamente cúmplice de criminosos", disse Khamenei durante um discurso em Teerão. "Os Estados Unidos estão, de alguma forma, a dirigir o crime que está a ser cometido em Gaza".

O líder supremo do Irão acusou os Estados Unidos de "dirigirem" o ataque israelita a Gaza, avança a Al Jazeera.

“Os Estados Unidos são cúmplices de criminosos. Os EUA estão, de alguma forma, a dirigir o crime que está a ser cometido em Gaza", afirmou.

Ayatollah Ali Khamenei acrescentou que os “as mãos dos norte-americanos estão manchadas com o sangue dos oprimidos, crianças, doentes e mulheres de outros”.
pub
por RTP

Berlim quer "janelas humanitárias" em vez de cessar-fogo

O governo alemão apelou a “janelas humanitárias” para permitir a entrega de ajuda à Faixa de Gaza, argumentando que o apelo a um cessar-fogo não é adequado à situação.

A guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, vai estar no centro da cimeira dos dirigentes dos Estados-membros da UE, que se realiza em Bruxelas, na quinta e sexta-feira, e a forma como os 27 vão formular uma posição comum está a dar origem a um braço de ferro entre as capitais.

"Na situação atual, agir como se fosse necessário fazer a paz ou estabelecer um cessar-fogo não está à altura da tarefa", declarou Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler Olaf Scholz, numa conferência de imprensa regular.

Segundo Hebestreit, o ataque lançado pelo Hamas a 7 de outubro "continua", enquanto "há ainda mais de 200 reféns, em geral quase todos civis, que foram brutalmente raptados e que continuam a ser mantidos prisioneiros".

Berlim defende a introdução de "janelas humanitárias", "janelas espaciais e temporais durante as quais não há disparos", acrescentou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Sebastian Fischer.

O objetivo é que "o pessoal das Nações Unidas que acompanha os comboios humanitários tenha a certeza de que podem entrar na Faixa de Gaza sem ferimentos e que as pessoas" a quem a ajuda se destina "possam recebê-la sem ferimentos", acrescentou.
pub
Momento-Chave
por RTP

Governo português afirma que António Guterres tem sido "exemplar"


António Costa enviou uma mensagem de solidariedade ao secretário-geral da ONU depois da tempestade causada pelas palavras de António Guterres terça-feira, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Guterres condenou as ações de terror do Hamas mas enquadrou-as em "56 anos de ocupaação". Palavras que levaram o embaixador de Israel na ONU a pedir a demissão do português.

Na mensagem enviada esta quarta-feira, o primeiro-ministro português considerou que, perante a "tragédia humanitária", António Guterres tem sido "exemplar" na afirmação humanista do Direito Internacional, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do executivo.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, tinha já manifestado solidariedade com António Guterres, afirmando que Portugal "compreende e acompanha" a posição do secretário-geral das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

"Compreendemos e acompanhamos inteiramente a posição de António Guterres, que foi inequívoco quando condenou o terrorismo do Hamas, que é absolutamente inaceitável. Foi absolutamente cristalino na análise que fez", declarou João Gomes Cravinho, que lamentou a polémica entre o Governo de Israel e o secretário-geral da ONU.
pub
por RTP

Austrália apela a pausa para permitir ajuda humanitária em Gaza

A Austrália apelou a uma pausa humanitária em Gaza, pouco antes de o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, se encontrar com o Presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington.

"Apelamos a uma pausa humanitária nas hostilidades para que os alimentos, a água, os medicamentos e outra assistência essencial possam chegar às pessoas desesperadamente necessitadas e para que os civis possam encontrar-se em segurança", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong.

"A forma como Israel exerce o seu direito de se defender é importante. É importante para os civis de toda a região e é importante para a segurança permanente de Israel", acrescentou.
pub
Oxfam fala em situação absolutamente horrível
por RTP

"Fome usada como arma de guerra contra civis em Gaza" por Israel

A organização de caridade Oxfam elaborou um estudo que sugere que, desde que Israel apertou o bloqueio à Faixa de Gaza na sequência do ataque do Hamas a 7 de outubro, apenas dois por cento dos alimentos que normalmente seriam entregues entraram em Gaza.

Sally Abi Khalil, diretora regional da Oxfam para o Médio Oriente, afirmou que, "a situação é absolutamente horrível - onde está a humanidade? Milhões de civis estão a ser coletivamente castigados à vista do mundo. Não pode haver justificação para utilizar a fome como arma de guerra. Os líderes mundiais não podem continuar a ficar de braços cruzados, têm a obrigação de agir e de agir já".

A instituição revelou ainda que água potável em Gaza está praticamente esgotada.

"Estima-se que apenas três litros de água potável estejam atualmente disponíveis por pessoa. As Nações Unidas afirmam que um mínimo de 15 litros por dia é essencial para as pessoas nas situações humanitária mais agudas".

As reservas de água engarrafada estão a diminuir e o seu preço disparou para um nível inacessível para a família média em Gaza.

A Oxfam apelou ao Conselho de Segurança da ONU e aos Estados membros para que atuem imediatamente para evitar que a situação se deteriore ainda mais.


pub
Momento-Chave
por RTP

Guterres esteve reunido com famílias de reféns do Hamas em Nova Iorque

A RTP apurou que o secretário-geral das Nações Unidas se reuniu ontem em Nova Iorque com várias famílias de reféns do Hamas.

Inicialmente a reunião envolvia também o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, mas o chefe da diplomacia israelita cancelou a participação depois das declarações de António Guterres no Conselho de Segurança da ONU. O ministro fez-se representar pelo embaixador adjunto.

As famílias terão ficado desapontadas com a atitude do ministro por considerarem que colocou a política à frente dos interesses dos reféns.

O secretário-geral recebeu mensagens de apoio de ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus.

Hoje vão a voto duas resoluções no Conselho de Segurança e amanhã haverá sessão especial da Assembleia-Geral.
pub
por RTP

Declarações de Guterres. Israel está a recusar vistos a representantes da ONU

Foto: Shannon Stapleton - Reuters

É a resposta às declarações de António Guterres na reunião do Conselho de Segurança, onde condenou as violações dos Direitos Humanos em Gaza e disse que "os ataques do Hamas não surgiram do nada". Israel já pediu a demissão do secretário-geral da ONU.

pub
Afirma diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente
por RTP

Situação em Gaza é uma "mancha na nossa consciência coletiva"

A UNICEF, a agência das Nações Unidas para os direitos das crianças, classificou a situação em Gaza como "uma mancha crescente na nossa consciência coletiva".

"A taxa de mortes e ferimentos de crianças é simplesmente espantosa", afirmou Adele Khodr, diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África. Segundo a ONU, mais de 2.360 crianças foram mortas em Gaza e mais de 5.360 ficaram feridas, acrescentando que mais de 30 crianças israelitas foram mortas durante o ataque do Hamas e que dezenas estão atualmente reféns em Gaza.

"Ainda mais assustador é o facto de que, a menos que as tensões sejam atenuadas e que a ajuda humanitária seja autorizada, incluindo alimentos, água, material médico e combustível, o número diário de mortos continuará a aumentar", acrescentou.
pub
por RTP

RTP em Israel. "Não há sinal de redução de bombardeamentos"

Os enviados especiais José Manuel Rosendo e Marques de Almeida registam as repercussões diplomáticas das declarações do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre a situação no território.

pub
Sem cessar-fogo
por RTP

Reino Unido disposto a pausa para ajuda humanitária

A Grã-Bretanha está disposta a discutir uma pausa humanitária no conflito em Gaza para facilitar o envio de ajuda, mas não quer um cessar-fogo generalizado, pois isso só beneficiaria os militantes do Hamas, revelou o porta-voz do primeiro-ministro Rishi Sunak.

“Reconhecemos que para isso aconteça, é necessário um ambiente mais seguro, o que requer pausas especificas e não um cessar-fogo”, esclareceu.

Para o governo britânico, “um cessar-fogo só beneficiaria o Hamas”.

pub
Rei da Jordânia pede a presidente francês
por RTP

“Exortar Israel a pôr termo à guerra em Gaza”

O rei Abdullah da Jordânia disse, esta quarta-feira, ao presidente francês Emmanuel Macron que o fim da guerra entre Israel e Hamas em Gaza é uma necessidade urgente e alertou que, caso contrário, poderia haver uma "explosão" no Oriente Médio.

Numa declaração, o monarca frisou a Macron que “Israel deveria ser pressionado pelas potências mundiais para parar a sua campanha de bombardeamento implacável na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e acabar com o seu cerco ao enclave densamente povoado de 2,3 milhões de palestinianos”.

Macron, que chegou a Amã depois de ter mantido conversações na terça-feira com os líderes israelitas e palestinianos, discutiu com o rei jordano as formas de acabar com o conflito com base num futuro Estado palestiniano que coexista com Israel, disse o comunicado.

"A continuação da guerra (em Gaza) levará a uma explosão da situação na região", disse Abdullah a Macron, fazendo eco das preocupações dos líderes regionais de que a guerra se possa expandir para outros países.

O conflito despertou receios antigos na Jordânia, onde vive uma grande população de refugiados palestinianos e seus descendentes, de que uma guerra mais vasta possa levar Israel a expulsar os palestinianos em massa da Cisjordânia ocupada. Israel retirou-se de Gaza em 2005, após 38 anos de ocupação.

"Somos contra qualquer tentativa de Israel de criar um êxodo de palestinianos ou de deslocar internamente os habitantes de Gaza", sublinhou Abdullah.

A Jordânia, que faz fronteira com a Cisjordânia a oeste, absorveu a maior parte dos palestinianos que fugiram ou foram expulsos das suas casas durante a guerra que rodeou a criação de Israel em 1948.
pub
por RTP

Avião com ajuda humanitária do Reino Unido a caminho do Egito

O Ministério da Defesa publicou nas redes sociais a imagem de um avião com ajuda humanitária para civis palestinianos que está a caminho do Egito.
Segundo o governo do Reino Unido a bordo vão 76.800 pacotes para tratamentos de feridas, 1.350 filtros de água e 2.256 lâmpadas de carregamento solar.
pub
por RTP

Famílias de Gaza marcam partes do corpo para identificação caso morram nos bombardeamentos

Centenas de crianças palestinianas estão a escrever os seus nomes nas mãos, braços e pernas para, caso sejam mortas nos bombardeamentos, os corpos possam ser identificados.

A agência de notícias TRT World publicou imagens na rede social X, onde mostra crianças mais velhas a escreverem os nomes dos amigos, em escrita árabe com caneta hidrográfica, nos braços.
Abdul Rahman Al Masri, médico e chefe do departamento de emergência do Al-Aqsa Martyrs Hospital, afirmou à CNN que os pais estavam preocupados com o que "pudesse acontecer e ninguém fosse capaz de identificar os seus filhos".

"Notámos hoje é que muitos pais escrevem os nomes dos seus filhos nas pernas para que possam ser identificados após ataques aéreos e caso se percam", explica o médico.

"É um fenómeno novo que acaba de começar em Gaza", acrescentando que muitas das crianças trazidas para o hospital estão tão feridas que "é impossível o reconhecimento, só através dessa escrita é que são identificadas".

Segundo a UNICEF, mais de 400 crianças são mortas ou feridas diariamente desde que o bombardeamento a Gaza começou, há 18 dias.
pub
por RTP

Portugal acompanha posição de Guterres sobre conflito israelo-palestiniano

Portugal "compreende e acompanha" a posição do secretário-geral das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas, que motivou um pedido de demissão de António Guterres por Telavive, reagiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à Lusa.

"Compreendemos e acompanhamos inteiramente a posição de António Guterres, que foi inequívoco quando condenou o terrorismo do Hamas, que é absolutamente inaceitável. Foi absolutamente cristalino na análise que fez", afirmou à João Gomes Cravinho, que lamentou esta polémica entre o Governo de Israel e o secretário-geral da ONU.

Para o Governo português, "não há forma nenhuma de dizer que António Guterres está de alguma maneira a desculpabilizar o terrorismo". Tal, acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa, "é um erro absoluto que não se pode deixar passar em branco".

Sobre o pedido de demissão feito por Telavive, o ministro português recusou "valorizar excessivamente".

"É um comentário emocional que não tem qualquer tipo de fundamentação", considerou.



C/Lusa
pub
por RTP

Telavive recusa vistos a representantes da ONU após declarações de Guterres

Israel anunciou entretanto que vai recusar vistos a representantes das Nações Unidas após as declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, que afirmou que o ataque do Hamas "não vem do nada, mas de 56 anos de ocupação".

O anúncio foi feito pelo embaixador israelita na ONU, Guilad Erdan, que acrescentou que Israel já tinha começado a adotar esta política e que tinha recusado um visto ao subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

"É altura de dar uma lição aos altos funcionários da ONU", disse Erdan, esta quarta-feira, numa entrevista à rádio do exército israelita.

pub
por RTP

Mais de 6.500 mortos em Gaza desde o início do conflito

O Ministério palestiniano da Saúde, governado pelo Hamas, anunciou que o número de mortos em Gaza aumentou, contabilizando-se um total de 6.546 vítimas mortais, entre as quais 2.704 crianças.
pub
Momento-Chave
Erdoğan cancela viagem a Israel
por RTP

"Hamas não é uma organização terrorista", afirma presidente da Turquia

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, cancelou a visita que estava planeada a Israel e afirmou que o grupo palestiniano Hamas, que governa Gaza, “não é uma organização terrorista, mas sim um grupo de libertação que trava uma batalha para proteger a sua terra”.

Para o Presidente turco, “as nações muçulmanas trabalham em uníssono para contribuir para um cessar-fogo” e apelou às potencias mundiais “para que pressionem Israel a parar os bombardeamentos em Gaza”.

Segundo Erdoğan, “os países fora da região estão a lançar achas para a fogueira” em nome do apoio a Israel.

O presidente turco propôs ainda a organização de uma conferência de internacional de paz israelo-palestiniana e apelou a outros países muçulmanos que participem “para obter um cessar-fogo e uma paz duradoura”

O presidente turco defendeu ainda que a fronteira de Rafah deve permanecer aberta para que a ajuda humanitária possa chegar a Gaza.

No Parlamento turco, Erdoğan acusou Israel de se “aproveitar das boas intenções da Turquia”.

"Tínhamos planos para visitar Israel, mas foram cancelados. Não iremos", declarou o chefe de Estado, que se encontrou pela primeira vez com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em setembro, em Nova Iorque.

"Apertei a mão a este homem, tínhamos boas intenções, mas ele abusou de nós. As relações poderiam ter sido diferentes, mas infelizmente isso não voltará a acontecer", acrescentou.

"Não encontrarão outro Estado cujo exército se comporte de forma tão desumana", acusou, referindo-se às represálias de Israel em Gaza, em resposta ao ataque sangrento lançado pelo Hamas a 7 de outubro.

Erdoğan afirmou ainda que não tinha problemas com o Estado israelita, mas sim com as políticas israelitas.
pub
Ministro turco dos Negócios Estrangeiros alerta o mundo
por RTP

Únicos resultados possíveis são "uma paz duradoura ou uma guerra mundial"

Hakan Fidan avisou o mundo que Únicos resultados possíveis para Israel e Palestina são “uma paz duradoura ou uma guerra mundial”.

“Estamos num ponto de viragem na história. Ou alcançamos uma paz duradoura ou rebentará uma guerra mundial. Apelamos a todas as partes interessadas, regionais e internacionais, para que ouçam a voz da razão. E aqueles que estão a encorajar Israel a continuar os seus crimes também são responsáveis. Se não agirmos rapidamente, teremos dias mais negros pela frente”, afirmou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros em Doha durante um encontro com o homólogo do Catar.

Para Hakan Fidan, “Israel tem de compreender que não pode ter paz e segurança com violência. A vitória de hoje pode levar a uma derrota futura. A única solução é a criação de um Estado palestiniano independente, com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital”.
pub
Conselheiro de Segurança Nacional de Israel elogia
por RTP

"Catar está a tornar-se uma parte essencial"

O Conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, descreveu a intervenção diplomática do Catar nos aspetos humanitários da guerra contra o Hamas em Gaza como "crucial neste momento".

"Tenho o prazer de dizer que o Catar está a tornar-se uma parte essencial e uma parte interessada na facilitação de soluções humanitárias", disse Hanegbi num post em inglês na plataforma social X.
pub
Momento-Chave
Afirma primeiro-ministro do Catar
por RTP

"Número de crianças mortas em Gaza ultrapassa o número de crianças mortas na Ucrânia"

“O número de crianças mortas em Gaza ultrapassa o número de crianças mortas na Ucrânia, mas não assistimos à mesma reação” afirmou o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrageiros do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em Doha.

Al Thani acrescentou que “todas as vidas humanas são preciosas” e “não podemos condenar a perda de vidas de um lado e lutar do outro”.


“As negociações com os reféns estão a decorrer. Registaram-se alguns progressos nos últimos dias”, revelou Al Thani durante um encontro com o seu homólogo turco.

Segundo o primeiro-ministro do Catar, “se compararmos o ponto em que estamos com o ponto em que começámos, há progressos. Estamos esperançados. E se conseguirmos ir mais longe, veremos algum avanço em breve”.

Para Al-Thani, “a única forma de chegar a uma solução pacífica em Gaza é manter os canais de comunicação abertos”.

No entanto, o governante adverte contra a possibilidade de “mergulhar toda a região no caos”, o que poderá dar origem a “uma crise insuportável”.
pub
por RTP

Oito soldados sírios mortos em ataques israelitas

Oito soldados sírios foram mortos em ataques israelitas que visaram as suas posições no sul do país, anunciou esta quarta-feira a imprensa oficial síria.

De acordo com o exército israelita, os ataques foram efetuados em resposta a disparos dirigidos a Israel na terça-feira, num contexto de receio de um prolongamento regional da guerra entre o Hamas e Israel, iniciada a 7 de outubro.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os ataques "destruíram armazéns de armas e um radar de defesa antiaérea sírio" e fizeram "onze mortos, incluindo quatro oficiais".

Os ataques também visaram uma companhia do exército sírio estacionada perto dos montes Golã, segundo a ONG britânica, que dispõe de uma vasta rede de fontes no país.

pub
por RTP

Papa pede libertação de reféns

"Estou sempre a pensar na grave situação na Palestina e em Israel. Encorajo a libertação dos reféns e a entrada de ajuda humanitária em Gaza", afirmou o papa Francisco durante a audiência semanal.
pub
Afirma Abdel Fattah al-Sisi
por RTP

Egito está a desempenhar papel muito positivo

O Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou hoje, durante a inspeção das unidades militares em Suez, que o Cairo está a desempenhar um papel muito positivo no desanuviamento da crise de Gaza.

Sisi afirmou ainda que, à luz dos acontecimentos atuais, é importante "utilizar as capacidades de forma sensata", acrescentando que o papel do exército é proteger as fronteiras egípcias.

O presidente egípcio acrescentou ainda que é muito importante confiar numa solução diplomática para a causa palestiniana.
pub
Momento-Chave
Deslocação ao Egito e Jordânia
por RTP

Macron vai reunir-se com Sisi no Cairo

O presidente francês Emmanuel Macron vai reunir-se com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi no Cairo esta quarta-feira.

Macron desloca-se à Jordânia e ao Egipto um dia depois de ter visitado Israel, onde afirmou que a coligação liderada pelos EUA, composta por dezenas de países que combatem os militantes do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, deve incluir a luta contra o grupo militante palestiniano Hamas em Gaza.
pub
Números do Ministério palestiniano da Saúde
por RTP

Mais de 100 palestinianos mortos na Cisjordânia

Mais de uma centena de palestinianos foram mortos na Cisjordânia em operações do exército israelita.

Na terça-feira à noite, cinco palestinianos foram mortos por fogo israelita, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.

Três deles foram mortos em Jenin (norte), informou a agência oficial palestiniana Wafa, citando fontes locais.

Dois outros palestinianos foram mortos em Qalqilya (norte) e outro em Qalandia, a norte de Jerusalém.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na terça-feira que cerca de 5.800 pessoas foram mortas por ataques israelitas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, a maioria civis, incluindo cerca de 2.400 crianças.
pub
Momento-Chave
Abrigos esgotados
por RTP

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos adverte para a rutura dos abrigos que disponibiliza aos civis da Faixa de Gaza

A capacidade está excedida em quatro vezes, de acordo com a ONU. São quase 600 mil as pessoas refugiadas em 150 espaços, incluindo escolas e instalações de saúde.


Na rede social X, a UNRWA alerta para um número crescente de pessoas a dormir nas ruas.
pub
Fluxo de ajuda humanitária retomado
por RTP

Uma nova coluna cruzou a passagem de Rafah

Uma quarta coluna de duas dezenas de camiões atravessou esta manhã a fronteira egípcia para transportar material humanitário até à Faixa de Gaza.
pub
por Lusa

Governo italiano critica declarações de Guterres sobre palestinianos

O vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini criticou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, por ter afirmado que os ataques do grupo islamita Hamas em Israel foram terríveis, mas não aconteceram do nada.

Salvini considerou os comentários de Guterres "graves e inaceitáveis", segundo a agência italiana ANSA.

O também ministro dos Transportes e Infraestruturas disse que "não pode haver justificação para o terrorismo".

Salvini, um dos dois vice-primeiro-ministros do Governo ultraconservador, encontrou-se na terça-feira com um grupo de sobreviventes israelitas e famílias de reféns detidos pelo Hamas.

Guterres condenou na terça-feira os "atos de terror" do Hamas de 07 de outubro, mas disse que "não aconteceram do nada", referindo que os palestinianos foram sujeitos "a 56 anos de ocupação sufocante".

"Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência, a sua economia foi sufocada, as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas", afirmou.

"As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", acrescentou o antigo primeiro-ministro português na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Israel pediu a demissão de Guterres por considerar que estava a justificar o terrorismo e admitiu que irá rever as relações com a Organização das Nações Unidas.

O Hamas fez um ataque sem precedentes em Israel em 07 de outubro que as autoridades israelitas disseram ter causado mais de 1.400 mortos.

O grupo palestiniano também raptou duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns em Gaza.

Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e cercou a Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes controlado pelo grupo islamita desde 2007.

O exército israelita tem bombardeado Gaza desde então, com um balanço de mais de 5.800 mortos, segundo o Hamas.

Israel, Estados Unidos e União Europeia qualificam o Hamas como uma organização terrorista.

pub
Momento-Chave
israel aponta o dedo ao Irão
por RTP

O Tsahal acusa Teerão de partilhar informações com o Hamas

Em conferência de imprensa, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, acusa os serviços secretos iranianos de estarem a partilhar dados com o movimento radical palestiniano e a propagar mensagens online contra o Estado hebraico.

Hagari reiterou ainda o aviso aos residentes do norte da Faixa de Gaza para que rumem a sul, na antecâmara da operação terrestre que o Tsahal está a preparar, garantindo que poderão regressar no termo da guerra.

O último balanço de baixas do exército israelita aponta para 308 soldados mortos. O número de reféns em Gaza permanece estimado em 222.
pub
por Lusa

FMI alerta que guerra já está a afetar economias dos países vizinhos

A guerra entre Israel e o Hamas já está a afetar as economias dos países vizinhos, disse hoje a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) num fórum de investidores em Riade, na Arábia Saudita.

"Olhem para os países vizinhos: Egito, Líbano, Jordânia, onde os impactos já são visíveis", disse Kristalina Georgieva.

A declaração de Georgieva ocorre um dia depois de altos responsáveis financeiros terem alertado, na abertura do fórum de investidores em Riade, sobre um possível golpe para a economia global causado pela guerra entre Israel e o Hamas.

"O que estamos a ver é mais nervosismo num mundo já ansioso. Há países que dependem do turismo e a incerteza é prejudicial para os fluxos turísticos", disse a diretora-geral do FMI.

Descrevendo os riscos específicos para a região, sublinhou que "os investidores estarão relutantes em ir para estes países, que o custo do seguro - se quiser transportar mercadorias - aumentará e que há riscos de um aumento no número de refugiados em países que já acolhem muitos deles.

Mais de seis mil delegados participam em Riade durante três dias na conferência anual da Iniciativa de Investimento no Futuro, incluindo os dirigentes dos principais bancos e empresas mundiais, e os presidentes da Coreia do Sul, do Quénia e do Ruanda.

pub
Momento-Chave
por Inês Martins - Antena 1

Danos ou falta de meios fecham um terço dos hospitais em Gaza

Ahmed Zakot - Reuters

As Nações Unidas dão conta de que um em cada três hospitais da Faixa de Gaza está inoperacional. A falta de meios, combustível, eletricidade ou mesmo por danos provocados pelos bombardeamentos israelitas estão a deixar o território sem capacidade de socorro à população.

Há relatos de médicos a tratar os feridos com vinagre, por falta de álcool. E muitas operações são feitas sem anestesia. 

Nas últimas 24 horas, oito camiões atravessaram a fronteira de Rafah para levar comida, água e medicamentos à Faixa de Gaza. Uma ajuda, ainda assim, escassa, referindo as Nações Unidas que seriam necessários 100 camiões por dia.
pub
Momento-Chave
80 mortos em bombardeamentos noturnos sobre Gaza
por RTP

Forças de Defesa de Israel afirmam ter atingido "operacionais do Hamas e infraestrutura terrorista"

O balanço de vítimas dos bombardeamentos israelitas da última noite sobre Gaza é avançado pela estrutura administrativa do Hamas. Terão morrido oito dezenas de pessoas.

As forças israelitas dizem que os ataques visaram túneis, quartéis militares e armazéns de munições. Na terça-feira, o Tsahal havia atingido pelo menos 400 alvos e, no dia anterior, 320.
pub
Momento-Chave
Bombardeamento israelita sobre Jenin
por RTP

Há registo de pelo menos três palestinianos mortos na Cisjordânia

As Forças de Defesa de Israel levaram a cabo, durante a noite, um ataque com drones sobre Jenin, na Cisjordânia, tutelada pela Autoridade Palestiniana. O Estado hebraico alega ter respondido a "terroristas armados" que "dispararam e atiraram engenhos explosivos contra forças de segurança israelitas". Morreram pelo menos três palestinianos, aumentando para 103 o número de mortes naquele território ocorridas desde 7 de outubro, segundo dados do Ministério da Saúde local.
pub
Momento-Chave
por Lusa

Oito soldados sírios mortos em ataques aéreos israelitas

Amir Cohen - Reuters

Oito soldados sírios foram mortos e sete feridos em ataques israelitas contra posições do exército da Síria no sul do país, informou hoje a imprensa estatal síria.

"Por volta das 01:45 [23:45 de terça-feira em Lisboa], o inimigo israelita realizou um ataque aéreo a partir dos Golãs ocupados", visando posições do exército sírio na província de Daraa, de acordo com uma fonte militar citada pela agência de notícias SANA.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram esta madrugada o lançamento de ataques aéreos contra infraestrutura militar na Síria, em retaliação por ataques sírios em direção a território israelita.

"Em resposta ao lançamento de foguetes da Síria contra Israel ontem [na terça-feira], os caças das IDF atacaram a infraestrutura militar e os lançadores de morteiros pertencentes ao exército sírio", informaram as forças armadas na rede social X (antigo Twitter).

Pelo menos dois projéteis foram lançados na terça-feira da província de Deraa, no sul da Síria, em direção a Israel, que respondeu com fogo de artilharia, no terceiro incidente desse tipo desde o início da guerra em Gaza, relataram várias fontes.

"Foram identificados dois lançamentos da Síria contra território israelita, que caíram em locais abertos. As Forças de Defesa de Israel responderam com fogo de artilharia contra as origens do lançamento", disseram os militares israelitas, sem oferecer mais detalhes.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização não-governamental com sede no Reino Unido e uma ampla rede de fontes no terreno, indicou que o lançamento foi feito da região de Deraa e atribuiu a ação a "combatentes leais" ao grupo xiita libanês Hezbollah.

Tanto o Hezbollah como outros grupos armados apoiados pelo Irão estão presentes no território sírio e são aliados do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, considerando Israel a sua permanência nesse país vizinho uma ameaça para a segurança israelita.

O movimento xiita já está envolvido em intensos ataques transfronteiriços com Israel a partir do sul do Líbano.

Este é o terceiro ataque deste tipo efetuado a partir da Síria desde o início da guerra entre Israel e os combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, depois de outros realizados a partir de Deraa e da província vizinha, Quneitra, a 14 e 10 de outubro, respetivamente.

O Estado hebraico respondeu aos últimos projéteis, no dia 14, disparando mísseis sobre o Aeroporto Internacional de Alepo, no noroeste da Síria.

Desde que eclodiu a guerra de Gaza, há mais de duas semanas, a aviação militar israelita também efetuou outros dois ataques simultâneos contra esse aeroporto e o de Damasco, deixando-os temporariamente fora de serviço, por danos sofridos.

Israel ataca o território sírio com relativa frequência, a maioria das vezes com mísseis disparados do ar, tendo como alvo o Hezbollah e outras milícias pró-iranianas.

pub
Momento-Chave
Ponto de situação
por RTP

Guterres condena "ataques horríficos" do Hamas e "punição coletiva" dos palestinianos

  • O embaixador israelita nas Nações Unidas, Gilad Erdan, exigiu um pedido de desculpas ou mesmo a demissão do secretário-geral da ONU. Foi esta a reação da delegação do Estado hebraico às declarações de António Guterres, diante do Conselho de Segurança, sobre o conflito no Médio Oriente. A ofensiva do Hamas, disse Guterres, não aconteceu "do nada" e há 40 anos que o povo palestiniano é alvo de ocupação;

  • Perante o Conselho de Segurança, o secretário-Geral da ONU afirmou-se "profundamente preocupado com as claras violações" do direito humanitário internacional em Gaza e voltou a apelar a um imediato cessar-fogo humanitário;

  • António Guterres voltou entretanto a pronunciar-se sobre o conflito. Nas últimas horas, o secretário-geral das Nações Unidas escreveu na rede social X, ex-Twitter, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques horríficos do Hamas" e que estes "ataques horrendos não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano";

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana denunciou, por sua vez, a inação do Conselho de Segurança da ONU. Riyad Al-Malqi considerou que esta é uma postura indesculpável;

  • O Tribunal Internacional de Justiça está a analisar as consequências legais da ocupação israelita. O principal órgão judicial das Nações Unidas vai levar a cabo audiências públicas sobre "as consequências jurídicas das políticas e práticas de Israel no Território Palestiniano". As audiências, que terão início em fevereiro do próximo ano, vão debruçar-se sobre os argumentos de ambas as partes. Será depois emitido um parecer jurídico não vinculativo;

  • A administração do Hamas adianta que, na última noite, morreram pelo menos 80 pessoas em diferentes sectores da Faixa de Gaza atingidos por ataques das Forças de Defesa de Israel. Estes bombardeamentos causaram também centenas de feridos;

  • Um ataque israelita contra posições militares no sudoeste da Síria, esta quarta-feira, matou pelo menos oito soldados e feriu outros sete, noticia a agência estatal síria SANA. A "agressão aérea" israelita, escreve a agência, visou alvos próximo da cidade de Deraa. Há também notícia de importantes danos materiais;

  • O presidente francês esteve reunido na terça-feira com o presidente da Autoridade Palestiniana. Emmanuel Macron encontrou-se com Mahmoud Abbas depois de ter estado com o presidente e o primeiro-ministro de Israel. A reunião realizou-se em Ramallah, na Cisjordânia. A informação foi confirmada pelo gabinete do líder palestiniano;

  • Já tem nacionalidade portuguesa o cidadão israelita refém do Hamas que aguardava a certidão de Portugal. De acordo com o Público, o Governo acelerou os procedimentos e o homem tem agora dupla nacionalidade, podendo beneficiar de um eventual acordo para a libertação de reféns. A certidão foi imediatamente enviada para a unidade dos serviços de segurança israelita, que a fará chegar ao movimento radical palestiniano. Ofer Calderon aguardava desde 2021 a nacionalidade portuguesa, ao abrigo da lei dos sefarditas. Foi raptado a 7 de outubro e levado para a Faixa de Gaza com os dois filhos menores.

pub
Momento-Chave
por RTP

Guterres acusa Hamas e Israel de claras violações dos Direitos Humanos

O secretário-geral da ONU acusa o Hamas e Israel de clara violação dos Direitos Humanos em Gaza. As Nações Unidas insistem num cessar-fogo humanitário para evitar a catástrofe. Esta terça-feira não passaram camiões na fronteira de Rafah.

O Hamas aponta para mais de 700 palestinianos mortos em 24 horas e Israel garante que os ataques vão prosseguir.
pub
Momento-Chave
por RTP

Médio Oriente. Palavras de António Guterres levantaram mais problemas

As palavras de António Guterres no Conselho de Segurança da ONU não levou a boas reações de ambas as partes. Israel acusa António Guterres de não viver neste mundo e a Palestina acusa a ONU de inação em Gaza.

pub
por Lusa

Portugal defende "solução de dois Estados" e libertação de reféns

Portugal expressou a sua posição na reunião do Conselho de Segurança da ONU Eduardo Muñoz - EPA

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação defendeu a retoma dos esforços políticos em prol da "solução de dois estados" entre Israel e Palestina e apelou à libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas.

Numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para abordar o conflito no Médio Oriente, na terça-feira, Francisco André condenou ainda o grupo islamita Hamas e apoiou os apelos do secretário-geral da ONU, António Guterres, à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

"O terrorismo, em todas as suas formas, deve ser condenado e serei muito claro: os reféns devem ser libertados imediatamente e sem condições prévias. Ao mesmo tempo, as ações de Israel devem respeitar estritamente o direito humanitário internacional, independentemente de quão legítimos sejam os seus objetivos", defendeu o secretário de Estado.

Manifestando solidariedade e apoio ao direito de Israel à autodefesa, Francisco André definiu como prioridade evitar que mais vidas de civis sejam perdidas no conflito, sublinhando que a "punição coletiva das populações civis é contrária ao direito humanitário internacional".

"Estamos a testemunhar uma catástrofe humanitária, que aumenta a cada dia. Devemos agir rapidamente. Portugal apoia o apelo do secretário-geral, António Guterres, por um cessar-fogo humanitário", declarou.

O secretário de Estado defendeu que a natureza e a complexidade das questões em jogo devem ser tidas em conta, observando que, apesar das grandes expectativas geradas pelos Acordos de Oslo há três décadas, o povo palestiniano não obteve o estatuto de Estado.

"Milhões de pessoas foram deslocadas durante gerações e, de facto, continuam a ser desenraizadas nos tempos contemporâneos. Deve ser demonstrado que o caminho político não-violento é o caminho que vale a pena seguir. Temos de regressar à via diplomática. É a única forma de quebrar o ciclo de violência e extremismo", reforçou.

Com um olhar no futuro depois da guerra, o secretário de Estado defendeu que seja estabelecido um caminho claro e sólido para um Estado palestiniano, que cumpra a solução de dois estados.

"Este é o único caminho para uma paz duradoura e sustentável", concluiu.

Reação às declarações de António Guterres

A reunião do Conselho de Segurança da ONU de terça-feira ficou marcada pelas declarações de António Guterres, que disse que os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas "não aconteceram do nada", o que resultou na indignação do governo de Israel, que pediu a demissão do líder da ONU.

Guterres condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" de 7 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel, mas admitiu ser "importante reconhecer" que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante". 

"Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", prosseguiu Guterres, na mesma intervenção.

O líder da ONU sublinhou, porém, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas", frisando ainda que "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

Face a essas declarações, o embaixador israelita junto da ONU, Gilad Erdan, disse à Lusa que Israel vai reavaliar as relações com a ONU e pediu a demissão de Guterres.

"Depois daquilo que o líder desta organização acabou de dizer, apoiando o terrorismo, não há outra forma de explicar. Obviamente, o nosso Governo terá de reavaliar as relações com a ONU e os seus funcionários que estão estacionados na nossa região", afirmou o representante diplomático.

 

pub
por Lusa

Ataques aéreos causam mais de 700 mortos em Gaza

Os cenários de destruição multiplicam-se Reuters

O Ministério de Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, disse que ataques aéreos israelitas mataram pelo menos 704 pessoas, a maioria mulheres e crianças, nas últimas 24 horas.

Num comunicado, o ministério disse que os ataques causaram o desabamento de prédios residenciais, causando em alguns casos a morte de dezenas de moradores.

Duas famílias perderam um total de 47 membros numa casa destruída em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, disse o ministério.

Também no sul de Gaza, em Khan Younis, um ataque a um prédio de quatro andares matou pelo menos 32 pessoas, incluindo 13 membros de uma só família, disse Ammar al-Butta, um familiar que sobreviveu ao ataque.

Cerca de 100 pessoas encontravam-se abrigadas no prédio, incluindo muitas que haviam sido retiradas da Cidade de Gaza, no norte do enclave, notou Ammar al-Butta.

"Achávamos que a nossa área seria segura", continuou al-Butta à agência de notícias Associated Press (AP).

Isto porque, a 13 de outubro, Israel emitiu uma "ordem de deslocação" para cerca de 1,1 milhões de pessoas no norte da Faixa de Gaza para sul, ameaçando lançar uma incursão terrestre no território palestiniano.

Um outro ataque destruiu um movimentado mercado no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, disseram testemunhas à AP.

Na Cidade de Gaza, pelo menos 19 pessoas morreram quando um ataque aéreo atingiu uma habitação, de acordo com sobreviventes, que afirmaram que dezenas de outras pessoas permaneceram soterradas.

Na terça-feira, o ministério tinha anunciado que 5.791 pessoas, na grande maioria civis, incluindo mais de 2.300 crianças, foram mortas desde 7 de outubro, quando iniciaram os ataques contra Gaza, em retaliação a uma ofensiva levada a cabo pelo Hamas contra Israel.

No mesmo dia, a diretora Regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para o Médio Oriente e Norte de África, Adele Khodr, disse que pelo menos 2.360 crianças tinham morrido e 5.364 ficado feridas.

 

pub
por RTP

Exército israelita mantém preparativos para operação terrestre em Gaza

Foto: Amir Cohen - Reuters

O exército israelita quer avançar rapidamente com a ofensiva terrestre sobre Gaza. No entanto, o Governo está a ser fortemente pressionado e hesita em dar luz verde. O impasse entre políticos e militares está também a dividir Israel.

pub
por RTP

Reféns libertadas pelo Hamas relatam violência sofrida durante o rapto

As duas reféns libertadas ontem pelo Hamas relatam a violência que sofreram durante o rapto, mas garantem que depois tiveram acesso a cuidados médicos. As duas mulheres dizem que foram mantidas em cativeiro em túneis subterrâneos muito complexos, como se fossem uma teia de aranha.

Faltam ainda libertar mais de 200 outros reféns.
pub
por RTP

Quatro portugueses podem estar entre os reféns do Hamas

Entre os reféns na posse do Hamas podem estar quatro pessoas que também têm nacionalidade portuguesa. Estas quatro pessoas estão desaparecidas e não se sabe se estão ou não nas mãos dos movimentos palestinianos.

A reportagem da RTP falou com a família de Idan, uma dessas pessoas. A única coisa que a família quer é ter Idande volta.
pub
por RTP

Cidadão israelita refém do Hamas já tem nacionalidade portuguesa

Já tem nacionalidade portuguesa o cidadão israelita refém do Hamas que aguardava a certidão de Portugal. O Governo acelerou os procedimentos perante a situação de urgência.

Este homem tem agora dupla nacionalidade e pode beneficiar de um eventual acordo para a libertação de reféns que não sejam exclusivamente israelitas.
pub
por RTP

Macron pede reconhecimento do direito dos palestinianos a um Estado

Depois do encontro com Benjamin Netanyahu, Emmanuel Macron esteve com o presidente da Autoridade Palestiniana, na Cisjordânia.

O presidente francês denunciou a atuação do Hamas e fala numa tragédia para israelitas e palestinianos.
pub