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Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Mariana Ribeiro Soares, Paulo Alexandre Amaral, Carlos Santos Neves - RTP /

Emissão da RTP3


Mohammed Saber - EPA

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Momento-Chave
Lusa /

Netanyahu reitera que não aceita cessar-fogo sem libertação prévia de reféns

"Não haverá cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns", sublinhou o governante israelita, numa breve mensagem na rede social X (antigo Twitter).

Netanyahu não especificou, no entanto, se exige a libertação de todos ou de alguns dos 240 reféns que o Hamas fez, para uma possível trégua.

As negociações para um cessar-fogo em troca de reféns estão a ser lideradas pelo Egito e pelo Qatar, segundo informaram hoje à agência Efe duas fontes familiarizadas com o processo.

Fonte próxima do Hamas em Gaza, movimento considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos da América e que controla o enclave desde 2007, disse à agência France-Presse (AFP) que o Qatar estava a mediar a libertação de 12 reféns, incluindo seis norte-americanos, em troca de "uma trégua humanitária de três dias".

Em Doha, uma fonte próxima das discussões, que falou sob condição de anonimato, tinha referido anteriormente que o Qatar estava a liderar esta mediação "em coordenação com os Estados Unidos (...) para obter a libertação de 10 a 15 reféns em troca de um cessar-fogo de um a dois dias".

Mas o primeiro-ministro israelita rejeitou mais uma vez qualquer cessar-fogo sem a libertação dos reféns.

"Gostaria de rejeitar todos os tipos de rumores vãos que nos chegam de todos os lados e repetir claramente uma coisa: não haverá cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns. Todo o resto é inútil", apontou Netanyahu, durante uma reunião com representantes dos colonos da Cisjordânia, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Segundo a fonte próxima do Hamas, as discussões estão paralisadas neste momento "sobre a duração" da trégua e a inclusão num possível acordo do "norte da Faixa de Gaza, palco de operações de combate em grande escala".

"O Qatar está a aguardar uma resposta dos israelitas", vincou a mesma fonte à AFP.

Esta eventual trégua deverá também permitir ao Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, "entregar mais ajuda humanitária" ao território palestiniano sitiado, através da passagem de Rafah, segundo a mesma fonte.

Mais de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza no dia do ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro por comandos do Hamas em solo israelita.

Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel desde o início da guerra desencadeada por este ataque, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas.

Na Faixa de Gaza, a retaliação de Israel, que diz querer destruir o Hamas, deixou 10.569 mortos, incluindo 4.324 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Israel recusa qualquer trégua humanitária até que os reféns sejam libertados, apesar dos apelos urgentes da ONU, de organizações não-governamentais (ONG) e de outros países para um cessar-fogo ou uma pausa que permita a entrega de ajuda à população privada de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7, reunidos hoje em Tóquio, expressaram o seu apoio ao "cessar-fogo e corredores humanitários" em Gaza.

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Momento-Chave
RTP /

Entrevista à RTP. Embaixador de Israel em desacordo com a posição de Portugal

Em entrevista exclusiva à RTP, gravada na terça-feira, dia que o conflito completou um mês, Dor Shapira afirmou que não concorda com a posição de Portugal quando votou na Assembleia Geral das Nações Unidas a favor de uma trégua humanitária imediata.

O embaixador de Israel em Portugal diz que depois da guerra contra o Hamas a intenção do seu país não é regressar à Faixa de Gaza, que deixou em 2015 e explica que decidiram avançar com a guerra contra o Hamas porque não podiam "continuar a viver assim, ao lado de uma organização terrorista que ameaça a nossa vida, que invadiu o nosso país e chacinou civis".

Nesta entrevista, Dor Shapira afirma que Israel viveu há um mês "o pior e mais horroroso ataque terrorista da sua história", na realidade israelita, "20 vezes maior que o 11 de setembro", e que o seu país decidiu avançar com esta guerra para devolver a segurança a Israel, para garantir que o Hamas não tenha capacidade de efetuar ações como a do dia 7 de outubro no futuro e por último para recuperar os reféns.O representante de Israel em Portugal assumiu que "houve erros" na prevenção do ataque do Hamas contra Israel e garantiu que depois de "acabar com esta guerra" e "atingir os objetivos" israelitas, "haverá investigações para ver onde se errou (...) que informações tínhamos ou não e como abordámos isso".


Sobre a recusa de Israel aceitar um "cessar-fogo" na Faixa de Gaza, Shapira afirma que o país teve "um cessar-fogo, até às 6h35 de 7 de outubro", e que neste momento está "num estado de guerra para garantir que a organização terrorista será eliminada".

"Não quebrámos o cessar-fogo e não iniciámos esta guerra", sublinhou.

Disse que Israel tem atualmente a "capacidade de controlar a situação humanitária na Faixa de Gaza" e que está trabalhar com o Egito para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano e "garantir que vai para os sítios certos", acusando o Hamas de ficar com os alimentos e os medicamentos que entram em Gaza

"Ao lutarmos contra esta organização terrorista garantindo que será eliminada, também estamos a ajudar Mahmoud Abbas (...) assim como o povo palestiniano na Faixa de Gaza e também na Cisjordânia" defende Shapira.
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Antena 1 /

Gaza. Há algo "claramente errado" com as operações militares, diz António Guterres

REUTERS/Brendan McDermid

Num encontro em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU afirmou ser prematuro discutir a manutenção da paz.

Pormenores com a jornalista Sandy Gageiro.

António Guterres mostrou alguma esperança de que após o final desta guerra entre o Hamas e Israel possa haver um ponto de partida para uma negociação séria sobre a solução dos dois Estados.
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Momento-Chave
RTP /

Hamas confirma que fronteira de Rafah esteve fechada esta quarta-feira

Uma autoridade do Hamas confirmou que a fronteira de Rafah esteve fechada esta quarta-feira e nenhum palestiniano ferido ou com dupla nacionalidade conseguiu ser retirado da Faixa de Gaza.

Um responsável do Hamas disse à AFP que o posto fronteiriço permaneceu fechado devido à recusa de Israel em aprovar a lista de feridos que deveriam ser retirados da reigão.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos já tinha anunciado anteriormente que a passagem entre Gaza e o Egito foi fechada devido a “circunstâncias de segurança”.
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RTP /

Chefe humanitário da ONU alerta para situação “cada vez mais alarmante” na Cisjordânia

O chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, alertou para a situação “cada vez mais alarmante” na Cisjordânia ocupada.

Numa publicação na rede social X, Griffiths diz que 158 palestinianos foram mortos na região, incluindo 45 crianças, e mais de 2.400 ficaram feridos, dos quais 250 crianças. Para além disso, há ainda mais de mil deslocados, incluindo 424 crianças.

“Mais uma vez, já chega”, apelou.

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RTP /

Hamas quis chamar à atenção para a causa palestiniana com ataque de 7 de outubro

Confessam também que queriam chamar à atenção para a causa palestiniana e que isso só iria acontecer com um ato de grande envergadura como o que aconteceu a 7 de outubro.
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RTP /

Tropas israelitas já combatem na cidade de Gaza

Foto: Ronen Zvulun - Reuters

Israel diz que está destruir a rede de túneis utilizada pelo Hamas e garante ter abatido o principal responsável pelo fabrico de armas do movimento.
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RTP /

Milhares de palestinianos fugiram para o sul da Faixa de Gaza

Foto: Haitham Imad - EPA

O secretário geral da ONU diz que o elevado número de baixas civis em Gaza mostra que há algo de errado na estratégia militar de Israel para eliminar o Hamas.
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Lusa /

Charles Michel propõe comprar cereais à Ucrânia e enviá-los para Médio Oriente

Num debate realizado no Parlamento Europeu, em que se falou dos temas abordados na cimeira europeia de 26 e 27 de outubro, o presidente do Conselho Europeu centrou-se em particular na escalada da violência no Médio Oriente, desencadeada pelo ataque de dimensões sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro.

Mas também pediu que não fosse esquecida "a situação geopolítica" e, nesse contexto, defendeu que se deve continuar a prestar ajuda à Ucrânia, uma questão que continua a estar no "centro das preocupações" da UE.

"Podemos ajudar o Médio Oriente e, ao mesmo tempo, fornecer ajuda à Ucrânia. Por isso, proponho que compremos cereais à Ucrânia, mandando depois esses cereais a quem deles necessita no Médio Oriente. Será um forte sinal de solidariedade e de eficiência", sublinhou.

Michel começou por dizer que "nada pode justificar o terrorismo do Hamas" e os mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e os mais de 200 reféns feitos por combatentes do movimento islamita a 07 de outubro em território israelita.

"Nunca poderemos permitir que estes ataques terroristas se repitam", sublinhou o presidente do Conselho Europeu, acrescentando que lutar contra o Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza - vai exigir "mais que ataques militares", e que faz falta "uma coligação" de atores internacionais.

Por outro lado, reiterou que a UE defende o direito de Israel a defender-se, mas sempre respeitando o direito internacional.

Ao mesmo tempo, afirmou que são necessários no Médio Oriente "corredores para fazer chegar a ajuda" humanitária e que é preciso trabalhar para uma "paz duradoura" na região.

Sublinhou igualmente que israelitas e palestinianos "têm direito a um futuro estável em paz" e que é preciso "pensar qual pode ser o futuro dessa região".

Por isso, considerou que a UE tem "a responsabilidade de ajudar", através dos esforços diplomáticos, para avançar num plano "que tem de assentar na solução dos dois Estados", que inclua um Israel "seguro" e um "Estado palestiniano que conte com um Governo que pense nos interesses dos seus cidadãos".

Também salientou que a UE continuará a ser um doador à Autoridade Palestiniana e recordou que o bloco comunitário europeu quer "organizar assim que possível uma conferência em prol da paz".

Na mesma sessão plenária, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que "apesar de Israel ter direito a combater o Hamas, também é essencial que se esforce por evitar vítimas civis, porque cada vida humana é importante, seja israelita ou palestiniana".

Para Von der Leyen, é essencial que a ajuda humanitária, que a UE aumentou nas últimas semanas até 100 milhões de euros, chegue à Faixa de Gaza, pelo que indicou: "Estamos a trabalhar num corredor marítimo a partir de Chipre. Garantiria um fluxo de ajuda sustentado, regulado e sólido".

Além da tragédia atual, a chefe do executivo comunitário apelou a um esforço para se "pensar no amanhã", com "a solução de dois Estados", assente em "cinco princípios para o dia seguinte".

Em primeiro lugar, afirmou, "Gaza não pode ser um porto seguro para os terroristas"; em segundo, "a organização terrorista Hamas não pode controlar nem governar em Gaza. Deverá haver uma só autoridade palestiniana e um Estado Palestiniano".

Em terceiro lugar, prosseguiu Von der Leyen, "não haverá uma presença da segurança israelita a longo prazo em Gaza, porque Gaza é parte essencial de qualquer futuro Estado palestiniano e o território de Gaza não pode ser reduzido ou amputado de forma alguma"; em quarto, "não poderá haver qualquer deslocação forçada de palestinianos da Faixa de Gaza"; e, em quinto lugar, "não haverá um embargo continuado" de Israel àquele enclave palestiniano pobre.

A retaliação de Israel contra a Faixa de Gaza começou logo a seguir ao ataque de 07 de outubro, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que já tem a cidade de Gaza sob cerco.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 33.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 10.569 mortos, na maioria civis, entre os quais 4.324 crianças, mais de 25.400 feridos e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

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Momento-Chave
Lusa /

Governo israelita diz ser prematuro pensar no futuro da Faixa de Gaza

É muito prematuro falar de cenários para o "`dia seguinte` ao Hamas", afirmou hoje o porta-voz do Governo israelita, Eylon Levy.

"Gostaria que o `dia seguinte` ao Hamas fosse na próxima semana, mas provavelmente vai demorar mais tempo", acrescentou.

"Estamos a explorar várias possibilidades com os nossos parceiros internacionais", acrescentou, estabelecendo como "denominador comum" que a Faixa de Gaza seja "desmilitarizada" para que "nunca mais se torne" um "ninho de terrorismo".

Anteriormente, o membro do governo de guerra Benny Gantz, anteriormente um dos líderes da oposição, tinha falado de um "mecanismo alternativo para Gaza" no final da atual operação militar.

"Mas o Hamas não fará parte dele", afirmou.

Israel declarou que as suas tropas estão agora "no coração" da cidade de Gaza, onde os combates se intensificaram nos últimos dias, após um mês de guerra contra o Hamas, movimento considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos da América e que controla o enclave desde 2007.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje que Israel não deve "reocupar" a Faixa de Gaza no final do atual conflito com o Hamas, após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Tóquio.

Aliado fundamental de Israel, os Estados Unidos já tinham manifestado a sua oposição a uma eventual reocupação do território palestiniano na terça-feira, depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter declarado na véspera que o seu país assumiria "a responsabilidade geral pela segurança" em Gaza "por um período indefinido".

Do lado israelita, pelo menos 1.400 pessoas morreram desde o início da guerra, segundo as autoridades, a maioria civis vítimas do ataque do grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro, com uma violência e uma dimensão sem precedentes desde a criação de Israel em 1948.

Na Faixa de Gaza, 10.569 pessoas, na sua maioria civis, incluindo 4.324 crianças, foram mortas pelos bombardeamentos israelitas, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.

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Momento-Chave
Lusa /

ONU acusa israelitas e Hamas de crimes de guerra

"As atrocidades perpetradas por grupos armados palestinianos em 07 de outubro foram hediondas, brutais e chocantes. Foram crimes de guerra, assim como a manutenção contínua de reféns", disse Volker Türk durante uma conferência de imprensa no Cairo.

Da mesma forma, indicou que "a punição coletiva de civis palestinianos por parte de Israel também constitui um crime de guerra, tal como a retirada forçada e ilegal de civis", em relação aos apelos das autoridades israelitas para que os habitantes de Gaza se dirijam para o sul da Faixa de Gaza.

"Espero que encontremos um desfecho e levemos os culpados à justiça", disse o alto comissário.

Da mesma forma, lamentou que "os massivos bombardeamentos de Israel tenham matado, mutilado e ferido especialmente mulheres e crianças", apontando que num mês de guerra mais de 10.500 pessoas morreram no enclave, incluindo mais de 4.300 crianças e 2.800 mulheres, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007

"Caímos de um penhasco. Isto não pode continuar", lamentou o dirigente da ONU, que visitou hoje a passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito e é o único posto fronteiriço onde é possível circular ajuda humanitária para o enclave.

Turk também insistiu que "o mundo não pode permitir-se a padrões duplos" e que "padrões universais" devem prevalecer para enfrentar esta guerra, como as leis internacionais de direitos humanos e o direito humanitário internacional.

"Estas regras são claras: as partes no conflito têm a obrigação de assegurar constantemente a proteção da população civil e dos bens civis, o que permanece aplicável durante os ataques", disse Türk, acrescentando que "as ações de uma parte não isentam a outra das suas obrigações".

Relativamente à resolução do conflito, o alto comissário da ONU defendeu que é de extrema importância permitir "que o espaço político implemente um fim duradouro à ocupação", baseado nos direitos dos palestinianos e israelitas "à autodeterminação".

"Já não é suficiente dizer simplesmente que a ocupação de 56 anos deve acabar. A comunidade internacional deve participar na procura de um futuro justo e equitativo para os povos palestiniano e israelita", afirmou o responsável pelos direitos humanos das Nações Unidas.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza antes de iniciar uma incursão terrestre no enclave e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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Momento-Chave
RTP /

Netanyahu rejeita “rumores infundados” e volta a negar qualquer cessar-fogo sem a libertação de reféns

Numa altura em que surgem notícias de estarem em curso negociações para uma trégua humanitária de três dias, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou novamente qualquer cessar-fogo na Faixa de Gaza sem a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

"Rejeito todos os tipos de rumores infundados que nos chegam de todos os lados e repito claramente uma coisa: não haverá cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns. Tudo o resto é inútil", disse Netanyahu, de acordo com um comunicado do seu gabinete.
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RTP /

Porta-voz do exército de Israel diz que Hamas perdeu o controlo no norte de Gaza

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), o contra-almirante Daniel Hagari, anunciou esta quarta-feira que o Hamas perdeu o controlo do norte de Gaza enquanto milhares de residentes se deslocavam para o sul.

"Vimos 50 mil habitantes de Gaza deslocarem-se do norte da Faixa de Gaza para o sul. Eles estão a deslocar-se porque perceberam que o Hamas perdeu o controlo no norte", disse Daniel Hagari. "O Hamas perdeu o controlo e continua a perder o controlo no norte", acrescentou.

Hagari reiterou que não haverá um cessar-fogo, mas Israel tem permitido “pausas humanitárias” em momentos específicos para permitir que os residentes se desloquem para o sul de Gaza.
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Lusa /

Michel defende que UE deve liderar conferência de paz

Num discurso no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o presidente do Conselho fez uma defesa firme da solução de dois Estados, afirmando que não foi investido o suficiente na paz, na justiça e na reconciliação na região.

"Lideraremos, em conjunto com outros parceiros, a organização, o mais rapidamente possível, de uma conferência de paz e estabilidade inspirada em iniciativas anteriores e nos Acordos de Abraão", anunciou Michel, destacando a relevância das relações de Israel com os seus vizinhos árabes.

Desta forma, Michel aceitou o desafio lançado pelo chefe do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, que propôs esta iniciativa no mais recente Conselho Europeu.

Sánchez defendeu que devem ser dados passos na criação do Estado palestiniano, algo que Michel sublinhou também perante o Parlamento Europeu, insistindo que será uma peça chave para um acordo político.

O líder do Conselho Europeu defendeu que apoiar um Estado palestiniano credível é um "investimento na paz e segurança na região", indicando que a UE tem de desempenhar o seu papel "como ator global" através da diplomacia e da política externa.

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RTP /

Passagem de Rafah fechada devido a “circunstância de segurança”, avança Departamento de Estado dos EUA

A passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, foi fechada esta quarta-feira devido a uma “circunstância de segurança” não especificada, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel.

Os Estados Unidos esperam que a passagem controlada pelo Egipto seja reaberta em "intervalos regulares" para que a ajuda possa entrar na Faixa de Gaza e os cidadãos estrangeiros possam continuar a sair, disse Patel durante uma conferência de imprensa.
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Lusa /

Em curso negociações para trégua de 3 dias em troca de 12 reféns, 6 deles norte-americanos

Segundo a agência noticiosa francesa, que cita a fonte, as negociações estarão "atualmente a esbarrar" na duração da trégua e na inclusão neste acordo do "norte da Faixa de Gaza", palco de grandes operações de combate. 

"O Qatar está à espera de uma resposta dos israelitas", acrescentou a fonte, que solicitou anonimato.

Uma tal trégua deverá também permitir ao Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, "entregar mais ajuda humanitária" ao território palestiniano sitiado através do terminal de Rafah, segundo a mesma fonte.

"Não vou comentar nenhumas negociações", disse à AFP, por sua vez, o porta-voz do Governo israelita, Eylon Levy.

Mais de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza no dia do ataque sem precedentes dos comandos do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro. Vários estrangeiros, entre os quais dez norte-americanos, encontram-se entre os reféns.

Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel desde o início da guerra desencadeada por este ataque, a maior parte das quais civis mortos no dia do ataque, segundo as autoridades israelitas.

Na Faixa de Gaza, as represálias de Israel, que afirma querer destruir o Hamas, mataram 10.569 pessoas, incluindo 4.324 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Israel recusa qualquer trégua humanitária enquanto os reféns não forem libertados, apesar dos apelos urgentes da ONU, das organizações não-governamentais e das capitais estrangeiras para um cessar-fogo ou uma pausa que permita a entrega de ajuda à população privada de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo (G7), reunidos em Tóquio, manifestaram hoje apoio a "pausas e corredores humanitários" em Gaza.

O Qatar, que acolhe um gabinete político do Hamas e forneceu milhões de dólares em ajuda financeira a Gaza, esteve envolvido na mediação que levou à libertação de quatro reféns em outubro: uma mulher norte-americana e a sua filha, e duas mulheres israelitas.

O Estado, rico em gás, é também um aliado próximo dos Estados Unidos e alberga a maior base militar da região.

No domingo, o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, declarou que Doha vai continuar a sua mediação, apesar das dificuldades no terreno "causadas pelas ações da ocupação israelita".

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RTP /

Trudeau pede pausa humanitária significativa em Gaza

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, apelou a uma pausa humanitária significativa no conflito de Gaza para permitir a libertação de todos os reféns e a entrada de ajuda suficiente para responder às necessidades civis.

O Canadá já havia pedido uma série de paralisações nos combates para permitir a entrada de ajuda no enclave palestiniano, mas evitou defender uma pausa mais longa nos combates que já mataram milhares de pessoas.

"Não preciso descrever os horrores. É por isso que estamos a pedir uma pausa humanitária significativa que nos permitirá libertar todos os reféns judeus e continuar a evacuar cidadãos estrangeiros de Gaza", disse Trudeau aos jornalistas.

"Esta pausa deve permitir a entrega de ajuda real e substancial, ajuda suficiente para aliviar esta abominável crise humanitária para as pessoas e civis em Gaza".

Trudeau falou ainda de um aumento "aterrorizante" do antissemitismo em todo o mundo e no Canadá, onde disse que coquetéis molotov foram lançados em sinagogas. Apontou também o aumento da islamofobia.

"Isto não é quem nós somos como canadianos. Isto é algo que não é aceitável no Canadá, ponto final. Os canadianos estão assustados nas suas próprias ruas", lamentou.
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RTP /

NATO quer pausas humanitárias para fazer chegar ajuda a Gaza

Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, declara que os membros da organização apoiam pausas humanitárias para permitir que a ajuda chegue a Gaza.

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RTP /

Ativista de Gaza em digressão pela França enfrenta deportação

Um tribunal francês aprovou a deportação da ativista palestiniana Mariam Abudaqa, na França para uma tournée de palestras em setembro e colocada em prisão domiciliar após o ataque de 7 de outubro.

A decisão, que anula uma anterior de outubro da qual o ministro do Interior recorreu, disse que Abudaqa, de 72 anos, membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), era "suscetível de perturbar seriamente a ordem pública".

O governo francês reprimiu as manifestações de solidariedade com a Palestina após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que matou 1.400 pessoas, proibindo protestos, cancelando eventos e acusando alguns grupos pró-Palestina de tolerar o terrorismo.

Mais de 10.000 pessoas foram mortas em Gaza pelo ataque retaliatório de Israel ao enclave. Abudaqa disse que perdeu 30 membros da família desde o início da guerra.

"Devemos morrer sem expressar dor", disse Abudaqa sobre a sua prisão e proibição de falar na terça-feira, antes da decisão do tribunal.

A ativista anti-ocupação e dos direitos das mulheres tinha sido convidada a discursar na Assembleia Nacional francesa num evento quinta-feira, mas a sua participação foi bloqueada em outubro pelo presidente da Assembleia.
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RTP /

Mediação sobre a libertação de reféns

O Catar está a negociar a libertação de entre 10 e 15 reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza em troca de um cessar-fogo "de um a dois dias", disse à AFP nesta quarta-feira uma fonte próxima às negociações.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descartou qualquer cessar-fogo "sem a libertação" dos reféns.
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RTP /

Milhares de palestinianos fogem dos combates no norte da Faixa de Gaza

Milhares de palestinianos desesperados fugiram a pé do norte da Faixa de Gaza nesta quarta-feira, enquanto Israel aperta "controle" sobre a cidade de Gaza numa tentativa de esmagar os combatentes do Hamas sem esperança de trégua para a população.

De mãos vazias ou carregando parcos pertences, milhares de civis fugiram para o sul do território, fugindo dos bombardeamentos e combates que se travam dentro e ao redor das ruínas da cidade.

De acordo com um jornalista da AFP na Faixa de Gaza, o ritmo de civis que fogem do norte acelerou ainda mais nesta quarta-feira.

"Milhares de moradores do norte da Faixa de Gaza responderam aos apelos do exército israelita e estão agora a dirigir-se para o sul", disse um porta-voz das forças israelitas.
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Lusa /

Destruição de casas em Gaza é "crime de guerra"

Segundo o relator para o Direito à Habitação Adequada, lançar ataques "sabendo que irão destruir e danificar sistematicamente casas e infraestruturas civis, tornando uma cidade inteira inabitável para civis, é um crime de guerra".

O especialista destacou ainda que quando estes ataques são dirigidos contra a população civil também constituem "crimes contra a humanidade" e acrescentou ainda que estes bombardeamentos sistemáticos são "estritamente proibidos" pelo Direito Internacional Humanitário.

Neste sentido, Rajagopal lembrou que locais como apartamentos, hospitais, campos de refugiados, escolas ou igrejas não são objetivos militares.

O especialista disse que, segundo o direito internacional, mesmo que as casas de civis sejam utilizadas por combatentes, no caso de Gaza pelo movimento islamita Hamas, é proibido lançar ataques se causarem "danos desproporcionais, morte e deslocamento de um grande número de civis".

Num relatório recente apresentado à Assembleia Geral das Nações Unidas, o especialista referiu-se a estes ataques como "domicídios" e denunciou que o mundo continua a assistir "impotente" à violação das normas básicas do direito humanitário internacional e dos direitos humanos.

Por isso, Rajagopal pediu à comunidade internacional e às partes combatentes que ponham fim a estes ataques "horríveis e maciços" com um "custo tremendo" nas vidas humanas.

"Nenhum direito à legítima defesa ao abrigo do direito internacional pode justificar tais ataques", concluiu.

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Lusa /

Hospital al-Quds de Gaza restringe maioria dos serviços por falta de combustível

"O gerador principal de eletricidade foi desligado. Apenas um gerador mais pequeno continua a fornecer energia", afirmou a organização num comunicado.

O PRCS sublinhou que, devido à escassez de combustível, se o gerador principal de eletricidade tivesse continuado a funcionar, o hospital teria já hoje ficado sem energia.

O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, deixando mais de 1.400 mortos, milhares de feridos, e fazendo mais de duas centenas e meia de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo no enclave e impôs um cerco total ao território com o corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, anunciou hoje que 10.569 pessoas morreram nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde o início do conflito, a 07 de outubro.

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RTP /

Telavive diz agora não ter intenção de se manter na Faixa de Gaza

Um membro do executivo israelita veio dizer que não é intenção de Telavive manter-se indefinidamente no território palestiniano. Uma declaração de intenções que vem contra as declarações de Benjamin Netanyahu, que falou esta segunda-feira de uma permanência por "tempo indefinido" na Faixa de Gaza.

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Lusa /

MNE israelita diz que o Irão quer acabar com processo de paz no Médio Oriente

"Não há uma disputa entre Israel e os palestinianos sobre o território em Gaza, não queremos disputar um único milímetro. Não havia um único israelita em Gaza desde 2005. A nossa vontade é viver de maneira pacífica com os nossos vizinhos", disse Eli Cohen, durante um encontro no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.

O chefe da diplomacia israelita acrescentou que a guerra com o movimento islamista Hamas, que começou depois de um atentado perpetrado há um mês pelo grupo, "não é uma guerra do Estado de Israel, é uma guerra do mundo livre".

"Precisamos de vencer [o conflito] para assegurar que o Ocidente não é o próximo", dramatizou Eli Cohen.

E defendeu que organizações como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica têm um elemento em comum: Teerão.

"Há uma coisa que os liga a todos: o Irão, que quer acabar com a normalização [das relações entre Telavive e os países árabes da região] e o processo de paz", acusou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros fez-se acompanhar ao PE por cinco cidadãos israelitas, familiares de reféns do Hamas, que descreveram as suas preocupações.

Todos tinham um apelo comum: mais esforços dos países europeus para acabar com o sequestro.

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RTP /

Hamas acusa ONU de "conluio" com Israel em "deslocação forçada" de civis

O Hamas considera que há um acordo das Nações Unidas na movimentação dos palestinianos habitantes da Faixa de Gaza.

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RTP /

Crise humanitária agrava-se na Faixa de Gaza

Foto: Mohammed Al-Masri - Reuters

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RTP /

Itália envia navio-hospital para a costa de Gaza

A Itália vai enviar um navio-hospital para a costa de Gaza para ajudar a tratar as vítimas do conflito israelo-palestiniano, anunciou o ministro italiano da Defesa.

O navio parte esta quarta-feira com 170 funcionários, incluindo 30 pessoas treinadas para emergências médicas, disse Guido Crosetto, acrescentando que está também a trabalhar no envio de um hospital de campanha para Gaza.
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RTP /

G7 condena Hamas e pede pausa humanitária em Gaza

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 pedem pausa humanitária com vista à criação de um corredor seguro que permita a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, nomeadamente alimentos, água e cuidados médicos.

Na reunião do grupo em Tóquio, os MNE do G7 condenaram o Hamas, apoiando o direito de Israel à autodefesa e apelaram à libertação de reféns.

A representante japonesa, Yoko Kamikawa, referiu que os chefes da diplomacia do G7 pediram a libertação "imediata dos reféns" do Hamas assim como pediram o respeito pela lei internacional e o envolvimento "na procura de uma solução duradoura e estável em Gaza".
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RTP /

Cidadãos brasileiros devem deixar Faixa de Gaza amanhã

De acordo com a imprensa brasileira, um grupo de 34 brasileiros terá recebido a mensagem da embaixada sobre evacuação do território.

Este grupo será encaminhado para o Egito, onde deverá embarcar num avião da força aérea brasileira rumo ao Brasil.

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Momento-Chave
Sandy Gageiro - Antena 1 /

Salvar vidas em Gaza é prioridade para a ONU

Foto: Israel Defense Forces via REUTERS

Quanto mais depressa acabar esta intervenção militar israelita neste território, maiores são a hipóteses de sobrevivência para os milhares de civis, que estão reféns deste cerco imposto por Israel.

O presidente norte-americano, Joe Biden, falou na terça-feira ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a quem pediu uma pausa nos combates em Gaza, por razões humanitárias.

A Casa Branca é contra a possibilidade de Israel assumir, no futuro, a segurança de Gaza no pós-guerra. Também a comunidade internacional não seria favorável a este cenário.




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RTP /

Estados Unidos advertem Israel contra ocupação da Faixa de Gaza

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse esta quarta-feira numa reunião do G7 em Tóquio que Israel não deve "reocupar" a Faixa de Gaza no final do conflito.

Washington, o mais importante aliado de Israel, já tinha manifestado oposição a uma possível reocupação do território palestiniano depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter dito que Telavive assumiria "a responsabilidade geral pela segurança" em Gaza "por um período de tempo indefinido".

Para alcançar "paz e segurança duradouras" na região, os Estados Unidos acreditam ser necessário proibir "o deslocamento forçado de palestinianos de Gaza", além de impedir que o território "seja usado como plataforma para o terrorismo", mas evitando "reocupá-lo" no final do conflito em curso, disse Blinken.
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Momento-Chave
RTP /

Hamas atualiza balanço

O Ministério da Saúde do Hamas acaba de atualizar o balanço de vítimas mortais dos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza para 10.569. Destes mortos, 4.324 são crianças.

Segundo este balanço das autoridades sanitárias do movimento islamita, entre as vítimas mortais estão 4.324 crianças e 2.823 mulheres.

A ofensiva israelita no enclave provocou ainda mais de 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, na maioria civis.
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Relatos de Gaza
RTP /

"Partem o coração", desabafa porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha

Em Jerusalém Oriental, Alyona Synenko refere que trabalhadores da organização a caminho de Gaza para "distribuir material médico" viram "centenas de pessoas na estrada, pessoas em cadeiras de rodas, idosos, crianças". 

"Estas pessoas estão desesperadas", acrescentou.
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Detenções na Cisjordânia
RTP /

Exército israelita deteve pelo menos 37 palestinianos procurados pelas autoridades, entre os quais dez alegados militantes do Hamas

Em comunicado conjunto, as Forças de Defesa de Israel, a Polícia de Fronteira e o serviço secreto Shin Bet anunciam que foram detidos, durante a última noite, na Cisjordânia, pelo menos 37 palestinianos.

Desde o início da contraofensiva israelita, foram detidas mais de 1.430 pessoas na Cisjordânia, território governado pela Autoridade Palestiniana. Novecentos foram identificados como militantes do movimento Hamas.
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"Uma liderança amante da paz"
RTP /

Ministro britânico dos Negócios Estrangeiros traça desejo para o futuro dos palestinianos

Após a reunião ministerial do G7 em Tóquio, o chefe da diplomacia britânica vem clamar que "o desfecho mais desejado" para a guerra que se abate sobre a Faixa de Gaza é "uma movimentação no sentido de uma liderança palestiniana amante da paz".

Num eco das palavras do homólogo norte-americano Antony Blinken, James Cleverly considera "inevitável que no curto prazo Israel, porque tem tropas em Gaza, precise de ter uma responsabilidade de segurança" sobre o enclave.
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Momento-Chave
Reunião ministerial do G7
RTP /

Em Tóquio, secretário de Estado norte-americano volta a fechar a porta a apelos a cessar-fogo em Gaza

"Todos queremos que este conflito acabe o mais depressa possível. Entretanto, que se minimize o sofrimento civil. Mas, tal como discuti com os meus colegas do G7, aqueles que apelam a um cessar-fogo imediato têm a obrigação de explicar como lidar com o resultado inaceitável que provavelmente se seguiria: o Hamas deixado no mesmo lugar, com mais de 200 reféns, com capacidade e intenção declarada de repetir o 7 de outubro uma e outra vez", argumentou Antony Blinken, em conferência de imprensa.

Quanto ao futuro do enclave, Blinken afirmou que "os Estados Unidos acreditam que elementos-chave não devem incluir a deslocação forçada de palestinianos de Gaza, nem agora, nem depois da guerra".

A Administração Biden pretende ainda que Gaza não possa ser usada "como uma plataforma para o terrorismo ou outros ataques violentos". E exclui uma "reocupação de Gaza". Mais tarde, porém, o chefe da diplomacia norte-americana emendou a mão, ao admitir "um período de transição" sob domínio israelita.

De resto, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 reunidos na capital japonesa anunciaram uma posição comum de condenação do Hamas e apoio ao direito de Israel a defender-se e um apelo a "pausas humanitárias" na Faixa de Gaza. Ou seja, a fórmula ditada por Washington.
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Deputado trabalhista demite-se
RTP /

Parlamentar britânico Imran Hussain sai de cena em protesto pela postura do Labour diante da guerra em Gaza

O líder dos trabalhistas britânicos, Keir Starmer, tem rejeitado os crescentes apelos para que o seu partido advogue um cessar-fogo na Faixa de Gaza, preferindo afinar pelo diapasão norte-americano e defender "pausas humanitárias" na contraofensiva israelita.

Imran Hussain, deputado por um círculo do norte de Inglaterra com uma importante comunidade muçulmana, argumenta, ao demitir-se, que pretende "defender fortemente um cessar-fogo" e fazê-lo "livremente".


O até agora porta-voz dos trabalhistas para a reforma do emprego, confirmou a decisão na rede social X.
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Ameaça de Israel
RTP /

A liderança do Hamas é agora composta por homens condenados, diz porta-voz militar

Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, afirma, em entrevista à Sky News na Austrália, que os líderes do Hamas são nesta altura "homens mortos" - dentro e fora de Gaza.


"A missão é enfrentar o Hamas e simplesmente desmantelar todo e qualquer bastião do Hamas que esteja enterrado em bunkers. Estamos a fazê-lo de forma lenta e meticulosa, de acordo com o plano. Os nossos avanços são bons, sólidos", clama.
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Lusa /

Telavive anuncia morte de um dos principais responsáveis pelas armas do Hamas

"Mohsen Abu Zina era um dos principais responsáveis pelas armas do Hamas e era um especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes utilizados pelos terroristas do Hamas", afirmou o exército, em comunicado.

O exército matou Abu Zina com um míssil lançado por um caça, depois de ter recolhido informações militares sobre a sua localização, acrescentou.

Israel indicou ainda que, durante a noite, lançou um ataque contra um grupo de milicianos que "planeava lançar foguetes antitanque contra as forças do exército", matando "vários terroristas".

Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel deram conta também da morte do sargento Yaacov Ozeri, membro do Corpo de Artilharia, durante os combates no norte da Faixa de Gaza, elevando para 31 o total de militares israelitas mortos na guerra contra o Hamas.

O exército israelita referiu que dois soldados ficaram gravemente feridos durante os combates noturnos, sem dar pormenores.

Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.400 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ofensiva israelita no enclave já causou mais de 10.300 mortos, quase 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, na maioria civis.

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Momento-Chave
Lusa /

Cerca de 15 mil palestinianos fugiram de norte para sul de Gaza em quatro dias

O número que consta no relatório diário da situação das Nações Unidas é três vezes superior às estimativas do dia anterior e pode indicar que está a aumentar a deslocação de pessoas, principalmente de crianças, idosos e pessoas com deficiência, de acordo com dados do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.

"Estão a chegar a pé, com poucos pertences", disse a ONU, acrescentando que algumas destas pessoas deslocadas testemunharam detenções pelas forças israelitas nos postos de controlo de evacuação.

O número de deslocados em Gaza ultrapassa 1,5 milhões (mais de dois terços de uma população de 2,2 milhões), dos quais 725.000 estão alojados em instalações da ONU, 122.000 em hospitais, igrejas e outros edifícios públicos, 131.000 em escolas não pertencentes à ONU e os restantes em casa de familiares.

Cerca de 160.000 dos deslocados permanecem em abrigos no norte de Gaza, a área mais afetada pelos combates, onde a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) já não consegue chegar com ajuda humanitária ou ter informações sobre a situação, sublinhou o relatório.

A ONU insiste que muitos dos deslocados se encontram em condições de sobrelotação: a situação é particularmente alarmante nas instalações em Khan Younis (sul de Gaza), onde 22.000 refugiados têm apenas dois metros quadrados de espaço cada um e há apenas uma casa de banho para cada 600 pessoas.

O relatório voltou a denunciar os ataques nas imediações dos centros médicos, que ocorreram na terça-feira junto ao Hospital Indonésio e ao Kamal Odwan, ambos no norte de Gaza, causando vários mortos e danos em edifícios e equipamentos.

A ONU sublinhou que as autoridades israelitas continuam a ordenar a evacuação do Hospital de Rantisi, na capital de Gaza, a única unidade pediátrica no norte da Faixa, onde estão abrigadas 6.000 pessoas deslocadas.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que a evacuação do hospital coloca em risco a vida de dezenas de crianças, incluindo 38 que necessitam de diálise e 10 que estão ligadas a ventiladores.

"Os hospitais do norte estão a realizar operações complexas, incluindo amputações, sem anestesia", afirmou a ONU, para ilustrar a situação desesperada no território.

Pelo menos 192 profissionais de saúde morreram no conflito que começou há um mês, incluindo 16 que estavam em serviço, enquanto o número de funcionários da ONU mortos (empregados pela UNRWA) subiu para 89, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Em 07 de outubro, o movimento islamita Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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Momento-Chave
Ponto de situação
RTP /

Nova fase da ofensiva na Faixa de Gaza à vista

  • Israel deve dar início esta quarta-feira a uma nova fase da contraofensiva na Faixa de Gaza. Segundo a agência Reuters, o objetivo do exército israelita é desmantelar a rede de túneis através da qual o movimento Hamas opera. Telavive afirma ainda que, em breve, assumirá o controlo da cidade de Gaza. Neste sentido, tem vindo a repetir os alertas para que os civis abandonem o norte do enclave;

  • O ministro israelita da Defesa garante mesmo que as tropas estão a avançar no "coração de Gaza", que considera ser "a maior base terrorista no mundo". Yoav Gallant indicou que o Tsahal irrompeu pela cidade a partir de norte e sul. Por sua vez, Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, veio reiterar que não está previsto qualquer tipo de cessar-fogo;

  • Dezenas de palestinianos morreram em ataques aéreos israelitas em Khan Younis, Rafah e Deir al-Balah, no sul da Faixa de Gaza. Ao início da manhã, as estruturas de comunicação das Forças de Defesa de Israel mantinham-se em silêncio sobre estes bombardeamentos;

  • A Organização Mundial da Saúde avisa que a escala de morte e sofrimento causados pela guerra é difícil de calcular;

  • Mais de 10.300 pessoas morreram em Gaza vítimas da contraofensiva do Estado hebraico, incluindo mais de 4.100 crianças, segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde do enclave administrado pelo movimento radical palestiniano. A ofensiva desencadeada pelo Hamas a 7 de outubro fez 1.400 vítimas mortais. O número de reféns ultrapassada as duas centenas.
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Lusa /

"Israel não vai reocupar a Faixa de Gaza", garante ministro israelita

Israel garante que não ocupará a Faixa de Gaza no futuro EPA

"Nós retirámo-nos completamente de Gaza há 17 anos e recebemos de volta um Estado terrorista. Não podemos repetir isto, é óbvio. Assim que o Hamas deixar de estar no poder e as infraestruturas forem desmanteladas, Israel deve ter a responsabilidade geral pela segurança durante um período indefinido", disse, na terça-feira à noite, Dermer, que tem assento como observador no gabinete de guerra de Israel.

Questionado sobre a forma como esta responsabilidade será organizada, Dermer reconheceu que a questão permanece em aberto, mas disse que "não será uma ocupação".

Os comentários deste antigo embaixador israelita nos Estados Unidos, próximo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, surgem depois de Washington ter afirmado que se opõe a uma nova ocupação a longo prazo de Gaza por parte de Israel.

"Em geral, não apoiamos uma reocupação de Gaza, nem Israel", declarou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, aos jornalistas, na terça-feira.

Esta reação surge na sequência das declarações de Netanyahu, na segunda-feira, de acordo com as quais pretende que Israel assuma "a responsabilidade geral pela segurança" do território após a guerra.

"Estamos em discussões ativas com os nossos homólogos israelitas sobre como deverá ser a Faixa de Gaza após o conflito. O presidente, Joe Biden, mantém a sua posição de que a reocupação pelas forças israelitas não é a coisa certa a fazer", disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, numa conferência de imprensa.

"Há uma coisa sobre a qual não há absolutamente nenhuma dúvida: o Hamas não pode fazer parte da equação", acrescentou.

O porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanou, reagiu na plataforma de mensagens Telegram a estas declarações, afirmando que "o que Kirby disse sobre o futuro de Gaza depois do Hamas é uma fantasia. O nosso povo está em simbiose com a resistência e só ele decidirá o seu futuro".

Dermer admitiu que Israel terá de enfrentar a dificuldade do "dia seguinte", depois da eliminação do Hamas. "Quem é que vai gerir Gaza? Se for uma força palestiniana que governe Gaza para o bem-estar dos habitantes e sem querer destruir Israel, então podemos falar", afirmou.

Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

 

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Momento-Chave
RTP /

Irmão de refém pede ajuda ao Governo português

Dedi Hayun - Reuters

A reportagem é dos enviados especiais da RTP a Israel Cândida Pinto e David Araújo.
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Momento-Chave
RTP /

Netanyahu diz que Israel vai assumir a "responsabilidade pela segurança" da Faixa de Gaza

Há poucos dias, um porta voz das Forças de Defesa de Israel disse aos enviados da RTP que não está nos planos de Israel voltar ao controlo da Faixa de Gaza e esta terça-feira, um dirigente do Hamas no Líbano deixou claro que o Hamas não tenciona sair de Gaza.
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Momento-Chave
RTP /

Tragédia humanitária Gaza. Hospitais continuam debaixo de fogo

A ONU volta a pedir uma pausa humanitária para que a ajuda consiga chegar a quem mais precisa no enclave palestiniano.
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Momento-Chave
RTP /

Telavive prepara invasão da cidade de Gaza

Foto: Ronen Zvulun - Reuters

O prazo foi anunciado depois de o primeiro-ministro israelita ter afirmado que Telavive assumirá o controlo de todo o enclave palestiniano depois de erradicar o Hamas. Benjamin Netanyahu avisou também que não haverá um cessar-fogo na Faixa de Gaza enquanto não forem libertados os reféns.
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