Israel confirma operação militar "centrada" no hospital de al-Shifa
Portugueses retidos em Gaza poderão ser autorizados a sair esta quarta-feira
Foto: Anas al-Shareef - Reuters
As autoridades egípcias e palestinianas têm, em conjunto, decidido as prioridades de saída para o Egito.
Os nomes são normalmente divulgados durante a madrugada.
Na mesma mensagem, é perguntado aos cidadãos portugueses se estão prontos para se deslocarem até à fronteira.
Há 16 cidadãos nacionais e familiares diretos e um outro grupo de cerca de 4 dezenas de pessoas com ligações a residentes no país, que pediram apoio a Portugal para saírem de Gaza.
Hezbollah lançou hoje cinco ataques, um dos quais com mísseis
Numa série de comunicados, o movimento armado libanês reclamou a autoria de cinco novos ataques contra três postos militares diferentes e contra um "ponto de concentração para soldados inimigos" localizado próximo de outra posição no norte de Israel.
O Hezbollah explicou que uma das ações foi levada a cabo com mísseis, enquanto que no caso dos restantes se limitou a informar do uso de "armas adequadas", sem especificar quais.
Um dos postos atacados esta tarde localiza-se nas Quintas de Shebaa, uma zona controlada por Israel que o Líbano reclama como sua, mantendo a estratégia de incluir pontos reivindicados entre os seus objetivos para recordar que a defesa do território libanês é central nas suas operações.
Ainda assim, o grupo garantiu que os ataques foram realizados em apoio à população de Gaza e à sua "honrada resistência", numa aparente referência ao movimento islamita palestiniano Hamas.
Desde 08 de outubro, o Hezbollah e Israel estão embrenhados em intensos ataques cruzados através da fronteira entre os dois países, um conflito que já fez dezenas de mortos, mais de 300 feridos e cerca de 26 mil deslocados internos só do lado libanês.
A violência alcançou níveis record no passado fim de semana, quando voltaram a crescer os receios de que o Líbano se converta numa segunda frente da guerra no Médio Oriente.
O chefe da missão de paz da ONU no Líbano (FINUL), Aroldo Lázaro, expressou a sua "profunda preocupação" pela situação nas regiões fronteiriças em reuniões distintas com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e o presidente do parlamento, Nabih Berri.
"Neste momento, as prioridades da FINUL são evitar uma escalada, salvaguardar a vida dos civis e garantir a proteção e segurança dos capacetes azuis", afirmou o alto mandatário espanhol em comunicado depois de concluídos os seus encontros em Beirute, adiantou a EFE.
Pelo menos 88 pessoas foram mortas no sul do Líbano desde o início das hostilidades, 65 das quais combatentes do Hezbollah e pelo menos dez civis, incluindo um jornalista da agência Reuters.
Do lado israelita, nove pessoas foram mortas, seis das quais militares, segundo as autoridades israelitas.
Os Estados Unidos, França e outros países ocidentais advertiram contra a entrada direta do Líbano na guerra entre Israel e o Hamas.
Composta por mais de 10.000 efetivos, a Finul está estacionada no sul do Líbano desde 1978 para servir de tampão com Israel, uma vez que os dois países estão tecnicamente ainda em guerra.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 39.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
Guterres profundamente perturbado insiste num cessar-fogo imediato em Gaza
Mohammed Salem - Reuters
Mais pormenores no trabalho do jornalista Luís Peixoto.
Hamas nega ter usado hospitais como bases de operações
RTP em Israel para acompanhar a guerra no Médio Oriente
Israel ensaia novo argumento para morte de palestinianos nos hospitais
Rei da Jordânia pede compromisso para solução de dois estados
Milhares em marcha em Washington contra Hamas e antissemitismo sob forte segurança
O Departamento de Segurança Interna norte-americano designou a marcha como um evento de segurança de "nível 1", a classificação mais elevada no seu sistema e normalmente usada para eventos de grandes dimensões, como a final do campeonato da Liga de Futebol Americano (Super Bowl), disseram dois polícias à agência Associated Press (AP).
A designação significa que o evento exigiu uma assistência substancial das agências federais para a aplicação da lei, disseram os agentes.
Uma sucessão de oradores subiu ao palco, perante um mar de bandeiras de Israel e dos Estados Unidos, para denunciar a sangrenta incursão do Hamas de 07 de outubro, que classificaram como propagação do antissemitismo a nível internacional e "uma vergonha para todas as pessoas e nações civilizadas", nas palavras do Presidente israelita, Isaac Herzog, que se dirigiu à multidão por vídeo.
Depois do "maior massacre desde o Holocausto", disse Herzog, "gritemos juntos: `nunca mais`".
"Ninguém nos vai quebrar", prometeu. "Vamo-nos levantar novamente. Não há causa maior e justa do que esta", defendeu.
O FBI e a Segurança Interna norte-americana enviaram um boletim conjunto às autoridades policiais em Washington alertando para o potencial de violência ou de um ataque inspirado na guerra Israel-Hamas, disseram os agentes.
Mas o boletim dizia claramente que as autoridades federais não identificaram qualquer "ameaça específica" à marcha, disseram.
Os agentes não foram autorizados a discutir publicamente os detalhes do boletim policial e falaram à AP sob condição de anonimato.
Muitos dos manifestantes na "Marcha por Israel" usavam às costas bandeiras israelitas ou seguravam miniaturas destas nas mãos.
A segurança policial foi reforçada e camiões bloqueavam o acesso ao National Mall - área que abriga monumentos icónicos norte-americanos, incluindo o Lincoln Memorial e o Monumento a Washington.
"Espero que isto demonstre solidariedade" com Israel, disse Jackie Seley, que se deslocou desde Maryland, juntamente com amigos que viajaram desde Nova Iorque.
"E espero que isso aumente a conscientização sobre os reféns que estão atualmente em perigo", acrescentou.
Melanie Lubin, também do estado de Maryland, usava uma bandeira metade composta pela bandeira dos Estados Unidos e metade pela de Israel. Questionada sobre o número de mortos em Gaza e as críticas à forma como Israel conduziu a sua ofensiva, disse: "Penso que todos estão preocupados com o que está a acontecer em Gaza e com os civis em Israel".
"Israel está a fazer o seu melhor. Isto é uma guerra. Israel não começou esta guerra", advogou.
Militantes do Hamas invadiram Israel numa incursão surpresa em 07 de outubro, matando mais de 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns.
Israel respondeu com semanas de ataques a Gaza, que mataram mais de 11 mil palestinianos, segundo as autoridades locais.
A demonstração de apoio a Israel ocorre no momento em que a condenação do conflito cresce em todo o mundo e no momento em que o Presidente norte-americano, Joe Biden, insta Telavive a moderar algumas das suas táticas para aliviar o sofrimento civil em Gaza, depois de expressar total solidariedade aos israelitas nas primeiras semanas da guerra.
Equipa médica "presa" no hospital de Al-Quds - Crescente Vermelho
A organização afirmou não ter a certeza sobre a situação da equipa no hospital e sublinhou que esta não pode sair devido ao cerco das forças israelitas e aos confrontos com os membros do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na zona.
"Não temos a certeza se ainda estão vivos ou não", disse Nebal Farsaj, porta-voz da organização.
Israel acusa o Hamas do uso de zonas civis para armazenar material de guerra, que tem bombardeado apesar da condenação internacional.
O exército de Israel reclamou hoje a neutralização de uma "infraestrutura terrorista" que operava em edifícios civis na Faixa de Gaza, incluindo na Universidade Al Quds e na principal mesquita do enclave.
As Forças Armadas de Israel referiram que, além de missões próximo do campo de Al Shati, foram feitas apreensões de explosivos e armas na mesquita de Abu Bagr, na universidade e em outros edifícios governamentais.
Há seis dias que o Crescente Vermelho palestiniano tenta contactar as suas equipas dentro do hospital Al-Quds, mas só conseguiu comunicar com elas por rádio, uma situação que Farsaj descreveu como "instável" e sujeita a "distorções".
O mesmo responsável estima que os 300 pacientes do hospital também não possam sair, com as estradas próximas fechadas, e que quem permanece no interior do hospital "ouve bombardeamentos e tiros constantes".
A organização negou na segunda-feira a presença de milicianos do Hamas no hospital e condenou "as falsas alegações das forças de ocupação sobre a presença de indivíduos armados que lançam projéteis a partir do interior".
O diretor-geral da organização, Marwan Jilani, afirmou que o Crescente Vermelho está a receber "várias chamadas" que relatam haver "pessoas mortas nas estradas, debaixo dos escombros e mesmo nas casas e que as famílias não as podem enterrar, por não conseguirem sair".
Jilani explicou que a "situação é bastante catastrófica" e que "todos os hospitais estão fora de serviço e os que estão a funcionar estão no mínimo, sem eletricidade e combustível e com uma grave escassez de água e alimentos, tanto para as equipas, como para os doentes e as pessoas internadas".
De acordo com o diretor-geral da organização, o hospital Al- Quds encontra-se cercado pelo exército israelita.
"Ninguém se pode aventurar fora do hospital, nem pode aproximar-se das janelas porque há atiradores furtivos a disparar", disse.
O diretor-geral adiantou ainda que duas pessoas foram mortas e que várias pessoas ficaram feridas na sequência dos disparos.
"Tentámos retirar os que permanecem no Hospital Al-Quds, onde estão cerca de 50 doentes e os seus acompanhantes, bem como as nossas equipas, mas as nossas tentativas falharam, não conseguimos evacuá-los", concluiu.
As forças israelitas acusam também o Hamas de lançar mísseis contra Israel a partir de edifícios civis - incluindo hospitais, escolas e mesquitas - ou junto a estes, e de ter estabelecido centros de comando no subsolo de Gaza por baixo do mesmo tipo de instalações, por forma a dissuadir retaliações.
As forças israelitas garantiram na segunda-feira ter provas de que combatentes do Hamas mantiveram reféns num hospital infantil na Faixa de Gaza, local que tinha uma sede subterrânea do movimento islamita palestiniano e uma sala "cheia de armas".
As Forças de Defesa de Israel (FDI) revelaram, em comunicado, que encontraram no hospital Rantisi, no norte da Faixa de Gaza, "muitas armas na cave do hospital, incluindo cintos explosivos, granadas, armas e mísseis RPG".
"Também foi encontrada um motociclo com marcas de tiros, que foi utilizada por terroristas do Hamas no massacre de 07 de outubro. Além disso, foram encontrados sinais no subsolo que indicam que reféns foram mantidos na sala", referiram as forças israelitas, que há mais de cinco semanas travam uma guerra com o movimento islamita palestiniano.
Entre as provas apresentadas num vídeo pelo porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, estão um biberão ou um pedaço de corda amarrado a uma cadeira.
"Isto está atualmente sob investigação, mas também temos informações que o confirmam", acrescentou Hagari.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro, quando o grupo extremista islâmico invadiu o sul do país a partir da Faixa de Gaza e matou 1.200 pessoas.
Desde então, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que mais de 11 mil pessoas foram mortas em bombardeamentos e operações terrestres israelitas naquele território.
Estados Unidos dizem ter provas que Hamas usa hospital como centro de operações
Estados Unidos apoiam evacuação de hospitais através grupo independente
Exército reivindica controlo de base e eliminação de 1.000 "terroristas" do Hamas
Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a 162.ª divisão, combinadas com as da Brigada Nahal e das forças de combate dos comandos, indicam terem localizado "mais de 160 túneis e atingido cerca de 2.800 infraestruturas terroristas".
"Na Faixa de Gaza, a 162.ª Divisão garantiram o controlo de bens estratégicos do Hamas, incluindo o posto avançado `Force 17`, o quartel de segurança do Hamas, o Hospital Rantisi, utilizado pelo Hamas para atividades militares e para fazer reféns, e o posto avançado `Bader`", lê-se no comunicado divulgado à imprensa.
Seguindo o exército, as forças da mesma divisão têm "operado ativamente no campo de Al Shati", uma posição central do Hamas na Faixa de Gaza.
"No interior do campo encontram-se muitas infraestruturas e batalhões do Hamas, incluindo o Batalhão `Shati`, que desempenhou um papel central na invasão e no massacre de sábado, 07 de outubro" em território israelia, reivindicam as forças armadas israelitas.
Por outro lado, as forças de combate combinadas da 401.ª Brigada entraram na Faixa de Gaza e conduziram o resto das forças do norte do enclave para o campo de Al Shati.
As ações reivindicadas pelo exército israelita estão ainda por confirmar por fontes independentes.
No comunicado é adiantado também que as forças de combate combinadas da Brigada de Givati e as forças da 401.ª Brigada "atingiram numerosos alvos nos arredores do Campo de Al Shati a partir do solo e do ar".
Entre eles, prossegue, estão "edifícios centrais e instituições governamentais pertencentes à organização terrorista Hamas", a partir dos quais, sustenta o exército israelita, "a atividade terrorista era dirigida contra os cidadãos de Israel".
"As forças de combate combinadas da Brigada Nahal assumiram o controlo do posto avançado de Al Shati, destruíram infraestruturas terroristas, eliminaram terroristas e localizaram cinco túneis. Durante a operação, as forças prenderam terroristas do Hamas, que foram transferidos para território israelita para serem interrogados", afirma o exército, sem avançar o número de membros do Hamas detidos.
Também as forças da Brigada de Comandos operaram no norte do campo de Al Shati para localizar os operacionais do batalhão homónimo e destruir as infraestruturas do Hamas.
"As forças da brigada apoderaram-se de edifícios no campo e atingiram muitas infraestruturas inimigas. Além disso, operaram para limpar uma área escolar onde foram encontrados lançadores de mísseis antitanque, uma grande quantidade de armamento e infraestruturas terroristas", lê-se no comunicado.
Para tal, prossegue, horas antes de as forças terrestres entrarem no complexo de Al Shati, a Força Aérea atacou alvos do Hamas no campo e a 215.ª Brigada abriu fogo para preparar a área para as operações das forças terrestres.
Nas palavras do comandante da 162.ª Divisão, tenente-coronel Itzik Cohen, foram criadas condições para desmantelar as capacidades militares e governamentais do Hamas na cidade de Gaza".
"Desde o início da guerra, as forças da IDF e da 162.ª Divisão têm vindo a desmantelar os centros e as capacidades do Hamas que este construiu ao longo dos anos. Desde o início da operação terrestre, as forças da divisão eliminaram mais de 1.000 terroristas. As forças também diminuíram significativamente os lançamentos de mísseis contra o Estado de Israel a partir do norte da Faixa de Gaza, reduzindo-os em cerca de 80 por cento", termina o documento.
O exército de Israel reclamou hoje a neutralização de uma "infraestrutura terrorista" que operava em edifícios civis na Faixa de Gaza, incluindo na Universidade Al Quds e na principal mesquita do enclave.
As Forças Armadas de Israel referiram que, além de missões próximo do campo de Al Shati, foram feitas apreensões de explosivos e armas na mesquita de Abu Bagr, na universidade e em outros edifícios governamentais.
Israel acusa o Hamas do uso de zonas civis para armazenar material de guerra, que tem bombardeado apesar da condenação internacional.
Nas últimas horas, o exército israelita realizou também buscas numa casa de um alto cargo do grupo Jihad Islâmica, mas a identidade do visado não foi revelada.
Por outro lado, os militares confirmaram a morte de dois soldados, em combate nas últimas horas na Faixa de Gaza, elevando para 44 o número de baixas israelitas desde o início da intervenção terrestre.
Israel mata oito pessoas na Cisjordânia
Equipa dos Médicos Sem Fronteiras entra pela fronteira de Rafah
An MSF team of 15 international and national staff entered #Gaza from Egypt via the Rafah crossing point. They will aim to support medical and surgical capacity in the Strip, where the healthcare infrastructure has collapsed, and medics are utterly exhausted.
— MSF International (@MSF) November 14, 2023
Qatar insta Telavive e Hamas a usarem oportunidade para troca de reféns
A "deterioração" da situação em Gaza está a dificultar os esforços de mediação, advertiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed ben Mohammed al-Ansari, numa conferência de imprensa em Doha.
"Acreditamos que não há outra oportunidade para as duas partes que não seja esta mediação", acrescentou al-Ansari
O mesmo responsável disse esperar que a situação evolua para que se possa "ver uma réstia de esperança" para sair da "terrível crise" atual.
O Estado do Golfo tem estado empenhado em intensos esforços diplomáticos para tentar obter a libertação dos reféns, na sequência do ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, há mais de um mês, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
Os bombardeamentos efetuados desde então por Israel na Faixa de Gaza causaram 11.240 mortos, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano Hamas, que refere um grande número de civis mortos, incluindo muitas crianças.
O `braço armado` do Hamas acusou hoje Israel de "prevaricar" nas negociações, através da mediação do Qatar, sobre a eventual libertação de dezenas de reféns.
"A mediação do Qatar esforçou-se por obter a libertação [dos reféns] em troca da libertação de 200 crianças e 75 mulheres palestinianas das prisões inimigas", declarou Abu Obeida, porta-voz das brigadas Ezzedine al-Qassam, numa gravação áudio difundida pelo Hamas.
"[Israel] exigiu a libertação de 100 [reféns] e nós informámos a mediação que poderíamos libertar os reféns se obtivéssemos cinco dias de tréguas -- ou seja, um cessar-fogo e a passagem de ajuda a todo o nosso povo em toda a Faixa de Gaza -- mas o inimigo está a adiar", frisou Abu Obeida.
Al-Ansari recusou-se a comentar os pormenores das negociações, mas disse que o Qatar continua "esperançado" em obter a libertação de mais reféns.
Na terça-feira, Ziad al-Nakhala, líder do movimento Jihad Islâmica, que também mantém reféns em Gaza, ameaçou abandonar as negociações.
"A forma como as negociações sobre os prisioneiros inimigos que mantemos são conduzidas e as respostas do inimigo podem levar a Jihad Islâmica a abandonar o acordo que está a ser divulgado na imprensa", afirmou.
"Assim sendo, vamos manter os prisioneiros que temos para obter melhores condições", ameaçou novamente.
O Qatar, que alberga a maior base militar norte-americana no Médio Oriente, é também a sede do gabinete político do Hamas e do líder do movimento islamita no exílio, Ismail Haniyeh.
Até à data, o Qatar utilizou os seus canais com o Hamas, com o apoio dos Estados Unidos, para facilitar a libertação de quatro dos mais de 240 reféns estimados.
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Cohen reuniu-se em Genebra com a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, com o objetivo de a organização utilizar a sua longa experiência na defesa de prisioneiros de guerra e civis em conflitos para tentar mediar a libertação de reféns ou obter provas de que estes ainda estão vivos.
Gaza. 25 dos 35 hospitais fora de serviço
"Também destruiu 94 edifícios governamentais e 253 escolas", acrescentou Osama Hamdan, em Beirute durante uma conferência de imprensa.
Tiros perto do hospital al-Shifa
O grupo, também conhecido pelo acrónimo francês MSF, acrescentou que as pessoas abrigadas ficaram sem comida.
"Há três dias que estamos a tentar evacuá-los. Os médicos estão a pedir ao exército israelita e ao Hamas uma passagem segura para que possam sair do epicentro dos intensos combates que decorrem atualmente na cidade de Gaza", declarou no X.
🚨 This morning in #Gaza, bullets were fired into one of three MSF premises located near Al-Shifa hospital and sheltering MSF staff and their families – over 100 people, including 65 children, who ran out of food last night.
— MSF International (@MSF) November 14, 2023
A organização acrescenta que os milhares de pessoas presas nos hospitais e noutros locais da cidade de Gaza devem poder sair em segurança e reiteraram os apelos a um cessar-fogo imediato.
Catar insta Hamas e Israel a aproveitarem a oportunidade
A "deterioração" da situação em Gaza está a dificultar os esforços de mediação, advertiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, Majed ben Mohammed Al-Ansari, numa conferência de imprensa em Doha.
"Acreditamos que não há outra oportunidade para as duas partes que não seja esta mediação", acrescentou, esperando que a situação evolua para "uma situação em que possamos ver uma réstia de esperança (para sair) desta terrível crise".
Israel identificou 859 vítimas civis do ataque do Hamas
O Times of Israel refere que este número representa um aumento de 16 relativamente ao último número divulgado publicamente.
Na sexta-feira, 10 de outubro, Israel reviu em baixa o número de mortos israelitas em 7 de outubro, de 1.400 para 1.200. Para além dos civis israelitas e das baixas das FDI durante os esforços israelitas para repelir o ataque, o rescaldo deixou as autoridades com os corpos de cerca de 1.500 combatentes do Hamas.
Calcula-se que o Hamas tenha feito cerca de 240 reféns durante o massacre no sul de Israel.
Hospital de Al-Shifa. 180 palestinianos sepultados em vala comum
Bombardeamentos em Gaza prosseguem
Organização de direitos humanos pede investigação a ataques a hospitais
Os ataques "estão a destruir ainda mais o sistema de saúde de Gaza", disse a organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova Iorque num relatório citado pela agência espanhola EFE.
A HRW apelou ao Governo israelita para que cesse os ataques aos hospitais e defendeu uma investigação por parte do Tribunal Penal Internacional e da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os territórios palestinianos ocupados.
Israel afirma que o grupo islamita Hamas possui uma rede de túneis e infraestruturas militares por debaixo e à volta dos hospitais da Faixa de Gaza.
Telavive acusou o Hamas na segunda-feira de utilizar o hospital pediátrico de Rantisi para esconder os milicianos que cometeram o atentado de 07 de outubro em Israel e para manter reféns que foram feitos prisioneiros na altura.
O ataque sem precedentes do Hamas provocou 1.200 mortos e desencadeou uma guerra que já matou mais de 11 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo números divulgados pelo grupo islamita, que controla o território desde 2007.
Apesar das alegações israelitas de que o Hamas "faz uma utilização cínica dos hospitais", a HRW considerou que isso não é motivo para "privar os hospitais e as ambulâncias do seu estatuto de proteção ao abrigo do direito humanitário internacional".
A HRW também criticou os 137 ataques contra a estrutura de cuidados de saúde em Gaza até 12 de novembro, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os ataques, segundo a OMS, mataram 521 pessoas, incluindo 16 trabalhadores humanitários, e deixaram cerca de 700 doentes e pessoal ferido.
A HRW também lamentou o cerco israelita quase total ao enclave, que cortou o acesso a água, alimentos, recursos básicos como medicamentos e combustível, deixando os hospitais sem eletricidade por não poderem usar os geradores.
"Dois terços dos centros de cuidados primários de Gaza e metade dos hospitais de Gaza não estão a funcionar, numa altura em que o pessoal médico enfrenta um número sem precedentes de pacientes gravemente feridos", disse.
Os centros de saúde estão sem medicamentos e equipamento básico, obrigando os médicos" a operar sem anestesia e a utilizar vinagre como antissético, denunciou.
A organização mencionou ainda o caso do Hospital al Shifa, o maior de Gaza, onde os recentes ataques, o cerco e o corte de energia levaram à morte de três bebés prematuros e de pelo menos 29 pacientes entre 11 e 13 de novembro.
"Impedir que os civis tenham acesso a artigos essenciais para a sua sobrevivência, como água, alimentos e medicamentos, equivale a uma punição coletiva e é um crime de guerra", acrescentou a HRW.
Scholz considera "absurdas" as acusações de fascismo de Erdogan contra Israel
Israel é "um país que respeita os direitos humanos e o direito internacional e está empenhado em atuar em conformidade (...). É por isso que estas acusações contra Israel são absurdas. Não há qualquer dúvida sobre isso", disse o chanceler quando questionado sobre as declarações do chefe de Estado turco numa conferência de imprensa em Berlim com o seu homólogo grego.
Londres apela ao respeito pelos hospitais
"Os hospitais deveriam ser locais seguros, capazes de tratar os doentes com compaixão, e é chocante que não o consigam fazer", declarou o Ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Andrew Mitchell, ao Parlamento.
"O Governo deixou claro que todas as partes envolvidas no conflito devem garantir aos civis a proteção prevista no direito internacional, o que inclui o respeito pela santidade dos hospitais, para que os médicos possam continuar a tratar os doentes e os feridos", acrescentou.
Londres apelou também ao Governo israelita para que "aumente o acesso humanitário", nomeadamente através da abertura do posto fronteiriço de Karem Abu Salem (conhecido como Kerem Shalom do lado israelita).
Washington e Londres impõem sanções a filiados do Hamas
ONU diz que apenas um hospital está a funcionar no norte da Faixa de Gaza
No mais recente relatório, hoje divulgado, o Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) frisou que, em caso algum, este tipo de instalações sanitárias -- hospitais, centros de saúde, clínicas -- podem ser objetivo de ações militares.
O OCHA indica que apenas está a funcionar o hospital al-Ahli, na cidade de Gaza, onde se encontram mais de 500 pacientes.
As restantes unidades de saúde foram obrigadas a suspender as suas atividades devido à falta de combustível, eletricidade, medicamentos, alimentos, água e oxigénio, entre outras carências.
Um dos focos de tensão dos últimos dias tem sido o hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, onde permanecem pelo menos 600 pacientes, entre 200 e 500 trabalhadores e 1.500 pessoas deslocadas.
O pessoal do centro denunciou o bloqueio militar e a morte de doentes nos últimos dias: são mais de 30, incluindo três bebés prematuros.
O direito internacional prevê uma proteção "específica" para estas instalações e para o pessoal que nelas trabalha, tendo a ONU instado todas as partes a garantir o respeito por estas normas mínimas.
As autoridades israelitas acusam o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) de se esconder nos hospitais e de utilizar civis como escudos humanos.
A ONU manifestou igualmente preocupação com os riscos para a saúde que podem resultar da falta de água e da acumulação de resíduos, uma vez que a agência para os refugiados palestinianos (UNRWA) avisou que teria de deixar de recolher cerca de 400 toneladas de lixo nos campos e abrigos para pessoas deslocadas devido à falta de combustível.
Sem combustível, as estações de tratamento de águas residuais e as centrais de dessalinização também não estão a funcionar -- já foram registados casos de consumo de água do mar --, sendo ambas fundamentais para o bem-estar da população.
A ONU teme que disparem os casos de contaminação da água e de surtos de doenças que seriam evitáveis num contexto de saneamento adequado.
Israel afirma que controla as instituições do Hamas em Gaza
De acordo com um porta-voz das IDF, os soldados ocuparam o parlamento, o campus do governo, o quartel-general da polícia e uma faculdade de engenharia que servia de instituto para o fabrico e desenvolvimento de armas. Foram encontradas armas e materiais de treino e estudo do Hamas no seu interior.
Além disso, os soldados invadiram a Casa do Governador, que é usada como instalação terrorista, albergando gabinetes militares e de informação do Hamas, gabinetes da polícia, o quartel-general do grupo e outros postos avançados, incluindo alguns utilizados por operacionais do Hamas para treinar antes do dia 7 de outubro.
Hamas nega existência de posto de comando no hospital al-Shifa
"As forças de ocupação não têm provas para o provar", afirmou Hamad. "Nunca utilizámos civis como escudos humanos porque isso vai contra a nossa religião, a nossa moral e os nossos princípios".
Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse que o hospital convidou repetidamente organizações internacionais a visitarem al-Shifa para confirmar a sua neutralidade, mas não obteve resposta.
Abastecimento de água interrompido devido à falta de combustível
"Devido à falta de combustível, as estações públicas de bombagem de águas residuais, os 60 poços de água no sul, as duas principais estações de dessalinização em Rafah e na Middle Area, as duas principais bombas de esgotos no sul e a estação de tratamento de águas residuais de Rafah deixaram de funcionar", informou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), citando a agência palestiniana de ajuda humanitária UNRWA.
"Juntamente com o encerramento das obras de saneamento municipal, esta situação está a representar uma séria ameaça para a saúde pública, aumentando o risco de contaminação da água e o surto de doenças."
Governo chinês diz que retirou todos os seus cidadãos de Gaza
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que as autoridades chinesas “prestaram grande atenção” à segurança dos seus cidadãos na zona de conflito.
Segundo Mao, várias missões diplomáticas chinesas no estrangeiro “têm estado em contacto com os cidadãos chineses" no território, desde o início da escalada do conflito israelo-palestiniano.
“Graças aos esforços de várias partes, todos os cidadão chineses deixaram Gaza em segurança há alguns dias”, disse, sem especificar o número de pessoas retiradas.
Hamas acusa israelitas de bloquear acordo que inclui a libertação de reféns
O porta-voz das Brigadas al-Qassam, Abu Obeida, declarou num vídeo que o Catar está a mediar um acordo que pode resultar na libertação de "200 crianças e 75 mulheres palestinianas" que estão em prisões israelitas, embora tenha apontado para a "procrastinação" das autoridades israelitas.
“O inimigo solicitou a libertação de cerca de 100 mulheres e crianças detidas em Gaza”, afirmou o porta-voz das Brigada al-Qassam, antes de especificar que, se for acordada uma trégua de cinco dias, 50 mulheres e crianças israelitas poderão ser libertadas.
“O número pode chegar até 70, dada a presença de detidos de vários países, desde que a trégua garanta a entrada de ajuda humanitária ao nosso povo em toda a Faixa de Gaza”, explicou.
Ministro francês da Defesa a caminho do Médio Oriente
"Esta viagem terá início no Egito e prosseguirá na região do Golfo. Terminará na sexta-feira em Israel, a primeira vez que um ministro francês da Defesa visita o país desde 2000", revelou Lecornu na rede social X.À la demande du Président de la République, je me rends dès aujourd’hui au Proche et au Moyen-Orient pour échanger sur la situation à Gaza et sur la sécurité régionale, dans le prolongement des nombreux contacts entretenus depuis le 7 octobre.
— Sébastien Lecornu (@SebLecornu) November 14, 2023
Israel confirma a morte de soldado que apareceu num vídeo de reféns do Hamas
Pouco depois da meia-noite de ontem, os militares israelitas confirmaram a sua identidade, dizendo: "Os nossos corações estão com a família Marciano, cuja filha, Noa, foi brutalmente raptada pela organização terrorista Hamas. Estamos a usar todos os meios, tanto de inteligência como operacionais, para trazer os reféns para casa".
Na segunda-feira, as Brigadas Ezzedine al-Qassam do Hamas publicaram um vídeo do soldado que aparentemente lia uma mensagem em hebraico, na qual se identificava pelo nome e número do bilhete de identidade e dizia que estava detida em Gaza há quatro dias. As Brigadas al-Qassam afirmam que Marciano foi morta num ataque aéreo israelita em 9 de novembro. Marciano tinha 19 anos.
הודעת דובר צה"ל בנושא שמה של חללת צה״ל אשר הודעה נמסרה למשפחתה: https://t.co/qSsfUhn4b5
— דובר צה״ל דניאל הגרי - Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) November 14, 2023
בנוסף, מצורף קישור לאתר צה"ל, בו מפורסמות ומתעדכנות פרטיהם ותמונותיהם של החללים: https://t.co/gOhLUiE9ad
As IDF condenaram o vídeo, afirmando que "a organização terrorista Hamas continua a explorar o terrorismo psicológico e a atuar de forma desumana, através de vídeos e fotografias dos reféns, como já aconteceu no passado".
Nações Unidas indicam que há 200 mil deslocados no sul de Gaza
O gabinete humanitário das Nações Unidas (OCHA), disse ainda que só um hospital no norte do território tem capacidade para tratar doentes.
Alguns dos combates ocorrem em torno dos hospitais, onde os doentes, os recém-nascidos e os médicos ficam retidos, sem eletricidade e com poucas provisões.
Nas últimas horas, a aviação israelita destruiu cerca de 200 "alvos terroristas" enquanto a as forças navais atacaram um campo militar utilizado pela unidade naval do Hamas para "treino e armazenamento de armas", informou o Exército.
Israel reiterou a acusação contra o Hamas pela alegada utilização de hospitais como cobertura para os combatentes, alegando que o principal centro de comando está instalado no hospital de Shifa.
Tanto o Hamas como os médicos do hospital Shifa negam as alegações israelitas.
Por outro lado, a zona sul de Gaza mantém-se insegura porque Israel efetua frequentes ataques aéreos contra alvos que diz serem militantes mas que muitas vezes atingem civis, incluindo crianças.
A cidade de Gaza, a maior área urbana do território, é o centro da campanha militar de Israel contra o Hamas, na sequência da incursão do grupo no sul de Israel, a 07 de outubro e que desencadeou a guerra.
Mais de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria das quais durante o ataque do Hamas, e cerca de 240 reféns foram levados de Israel para Gaza pelas forças do movimento que governa o enclave.
Mais de 11.000 palestinianos, dois terços dos quais mulheres e menores, foram mortos desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza e 2.700 pessoas estão dadas como desaparecidas.
Na segunda-feira, o exército israelita anunciou a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 46 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra contra o Hamas.
PSP // SB
Lusa/Fim
Corredor humanitário aberto entre as 9h e as 16
A mensagem implora aos residentes de Gaza: "Por favor, para vossa segurança, juntem-se às centenas de milhares de residentes que se deslocaram para sul nos últimos dias".
#عاجل يا سكان غزة، وخاصة سكان شمال القطاع أودّ إخطاركم بالرسائل التالية:
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) November 14, 2023
🔴 أولاً، يظل الممرّ الآمن مفتوحاً اليوم ما بين التاسعة صباحاً (09:00) والرابعة عصراً (16:00) لأغراض إنسانية عبر محور صلاح الدين باتجاه المنطقة الواقعة إلى الجنوب من وادي غزة. والرجاء، حفاظاً على سلامتكم،… pic.twitter.com/bYj5P8D4fa
"Residentes de Gaza, não se rendam ao Hamas, que perdeu o controlo sobre a zona norte da Faixa de Gaza e está a tentar fazer tudo o que pode para vos impedir de se deslocarem para sul e de se protegerem", acrescenta.
O texto alerta especificamente os palestinianos para a existência de combates intensos perto da praia, no sul da faixa de Gaza.
Confirmada morte de Ativista canadiana-israelita no ataque do Hamas
"Notícias trágicas: Vivian Silver, a ativista pacifista israelo-canadiana que se presumia ser uma refém, foi confirmada como morta, assassinada pelo Hamas no kibutz de Beeri", anunciou o conselheiro geral israelita Idit Shamir na rede social X (antigo Twitter).
O filho de Vivian Silver, Yonatan Zeigen, 35 anos, que vive em Telavive, explicou, alguns dias após o atentado, que tinha estado a falar com ela ao telefone durante o ataque ao kibutz.Tragic news: Vivian Silver, the Canadian-Israeli peace activist previously thought to be taken hostage, has been confirmed dead, murdered by Hamas in Kibbutz Beeri. Our hearts go out to her family and friends. May her memory be a blessing. pic.twitter.com/4f2C3ezrbn
— Consul General Idit Shamir (@ShamirIdit) November 13, 2023
Vivian Silver tinha criado programas de ajuda aos habitantes de Gaza e ajudava-os a procurar tratamento médico em Israel.
Recebeu numerosos prémios pelo seu empenho na paz e, em 2014, ajudou a criar um movimento feminista e pacifista israelita, Women Wage Peace, que conta com mais de 45 mil membros.
Combates encurralam doentes no principal hospital de Gaza
O Ministério palestiniano da Saúde, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, revelou que pelo menos nove adultos e seis crianças morreram, segunda-feira, no hospital de Al-Shifa.
179 corpos enterrados numa "vala comum"
"Fomos obrigados a enterrá-los numa vala comum", disse Mohammed Abou Salmiya. "Há cadáveres espalhados pelos corredores do complexo hospitalar e as câmaras frigoríficas das morgues já não têm eletricidade", porque não entrou uma única gota de combustível na Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 7 de outubro, acrescentou.
Hospitais em Gaza "devem ser protegidos", reitera Joe Biden
Durante o fim de semana, milhares de pessoas fugiram deste hospital. Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde alertou para uma situação "terrível e perigosa" para os pacientes e considerou que o Al-Shifa "já não está a funcionar como um hospital", depois de ficar sem água e combustível.
Exército israelita confirma a morte de 46 soldados desde o início da guerra
Cinco palestinianos na Cisjordânia mortos em confrontos com exército israelita
Os cinco homens, com idades entre os 21 e os 29 anos, foram mortos durante uma operação do exército israelita na cidade e no campo de Tulkarem, disse, à agência France-Presse (AFP), o responsável do hospital de Thabet, onde foram declarados os óbitos.
Testemunhas no acampamento local relataram violentos confrontos e um destacamento maciço das forças israelitas para deter os jovens.
O exército israelita confirmou à AFP a realização de uma operação neste setor da Cisjordânia ocupada, sem especificar de imediato as razões ou comentar o número de mortos palestinianos.
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde do movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou que 14 palestinianos morreram num dia de combates em Jenin, setor no norte da Cisjordânia, no mais mortífero ataque israelita no território desde 2005, ano em que a ONU começou a contar as mortes causadas pelas incursões israelitas.
Para o exército de Israel, estas operações são resposta a um "aumento significativo dos atentados terroristas" na Cisjordânia, território ocupado desde 1967, com "mais de 550 tentativas de atentados desde o início da guerra" entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro, em Gaza.
Desde esse dia, cerca de 180 palestinianos foram mortos na Cisjordânia na sequência de disparos de soldados ou colonos israelitas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.