Reportagem

Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Graça Andrade Ramos, Mariana Ribeiro Soares - RTP /

RTP3


Mohammed Salem - Reuters

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Lusa /

Hezbollah reivindica 11 ataques contra Israel em plena escalada de fogo cruzado

O Hezbollah lançou uma série de ataques com lança-foguetes e projéteis de artilharia contra "concentrações de soldados" israelitas perto da linha divisória, e contra um acampamento onde soldados israelitas efetuavam a manutenção de armamento, segundo diversos comunicados divulgados pelo grupo.

A formação xiita também reivindicou ataques na localidade de Metula, no norte de Israel, contra veículos israelitas que não especificou, numa ação que o Hezbollah assegurou ter provocado "vítimas diretas".

De acordo com os comunicados, o grupo lançou três novas vagas de ataques utilizando lança-foguetes e projéteis contra "destacamentos" e "equipas técnicas" israelitas no norte do Estado judaico.

A agência noticiosa libanesa ANN indicou que as forças israelitas atacaram "continuamente" diversas zonas do sul do Líbano, provocando ferimentos num civil que se deslocava no seu veículo na cidade de Kfarkela, muito perto da linha divisória.

Esta localidade tem sido submetida a "violentos bombardeamentos" por Israel, que segundo a ANN utilizou fósforo branco contra zonas habitadas nos arredores da localidade, numa escalada na troca de disparos entre as duas partes.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Galant, indicou hoje em declarações aos `media` que o Hezbollah disparou mais de 1.000 projéteis contra território israelita desde o início das hostilidades em 08 de outubro na zona fronteiriça, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza.

Os israelitas indicaram que a sua aviação militar atacou hoje uma "infraestrutura terrorista" do Hezbollah no sul do Líbano em resposta ao lançamento de dez projéteis de morteiro, que segundo o Exército judaico caíram numa zona desértica, enquanto as suas forças terão abatido um "aparelho aéreo hostil" proveniente de território libanês.

A violência fronteiriça, cada vez mais intensa, está a suscitar receios de que o Líbano se converta numa segunda frente da guerra da Faixa de Gaza, um cenário para o qual o Governo libanês se prepara a vários níveis com a participação de organizações internacionais e agências da ONU.

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RTP /

Diplomacia palestiniana recua na responsabilização de Israel pelo massacre em festival

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina retratou-se aparentemente de um comentário que negava a responsabilidade do Hamas no massacre ocorrido num festival em Re'im, Israel, a 7 de outubro. O comentário foi apagado. Fontes palestinianas afirmaram à Agência Reuters que a publicação no documentário não foi aprovada pelo presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. Na publicação agora apagada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina, alegava que disparos de "helicópteros israelitas" tinham causado a morte de todos os 364 participantes no festival. Nessa alegação era citada como fonte o jornal Haaretz, que a considerou "falsa", que "não reflete o que foi publicado". O jornal noticiou uma investigação sobre o incidente a qual revelou que um helicóptero militar israelita terá disparado sobre militantes do Hamas, provavelmente atingido alguns israelitas também.
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RTP /

Macron questiona Netanyahu sobre as "perdas civis demasiado numerosas" em Gaza

O presidente francês manifestou ao primeiro-ministro de Israel a "sua grande preocupação quanto ao aumento das violências contra os civis palestinianos", tanto em Gaza como na Cisjordânia, apelando Benjamin Netanyahu a "fazer tudo para evitar o alargamento destas violências e a manter a calma".

 Emmanuel Macron interpelou Netanyahu sobre as "perdas civis demasiado numerosas", recordando-lhe a "necessidade absoluta de distinguir os terroristas da população", anunciou o Eliseu. "Repetiu ainda a importância de instaurar uma trégua humanitária imediata que leve a um cessar-fogo", frisando a necessidade de evitar o alastrar do conflito, nomeadamente ao Líbano, onde a guerrilha xiita do Hezbollah tem multiplicado os ataques às forças israelitas, acrescentou a presidência francesa. 

O chefe de estado francês falou igualmente sobre estas questões com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmmoud Abbas, junto de quem denunciou as "violências" cometidas "contra os civis palestinianos" na Cisjordânia. 

Emmanuel Macron lembrou ainda a Abbas a necessidade da Autoridade Palestiniana e dos países da região condenarem sem equívocos e com a maior firmeza, os ataques terroristas do Hamas em Israel dia 7 de outubro, algo que Abbas ainda não fez.

O presidente francês também referiu a Netanyahu a disponibilidade do envio de ajuda humanitária da França, incluindo material hospitalar, e a possibilidade para as "crianças feridas ou doentes" de Gaza serem acolhidas em hospitais franceses caso seja "útil e necessário".

"O primeiro-ministro israelita reiterou o seu apoio para que a França amplifique a sua ajuda humanitária em benefício dos civis de Gaza", precisou o Eliseu.

com Lusa
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RTP /

UNESCO diz que atacar escolas é uma "violação" do direito internacional

"Imagens chocantes foram reveladas após o bombardeamento de escolas nas quais muitos civis se tinham refugiado. Alvejar escolas é uma violação clara da lei internacional", afirmou a UNESCO. 

"Eventos recentes em Gaza, em particular os ataques a escolas transformadas em abrigos, o hospital al-Shifa e a deslocação de centenas de milhares, são um desafio ao direito internacional de proteção de civis. O apelo a um cessar-fogo por razões humanitárias é urgente", acrescentou a agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
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RTP /

Israel divulga imagens de reféns do Hamas a 7 de outubro no hospital al-Shifa

"Revelados". As Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, publicaram imagens vídeo recuperadas do hospital al-Shifa, que alegadamente mostram a chegada de reféns nas mãos do Hamas a 7 de outubro "entre as horas de 10h42 e 11h01 da manhã".

Nelas, afirmam, "reféns, um civil nepalês e um civil tailandês, foram raptados de território israelita, são vistos cercados por terroritss armados do Hamas".

"Um dos reféns está ferido e é levado numa maca hospitalar e o outro está a pé", detalha o texto que acompanha as imagens, publicadas na rede social X, antigo Twitter.

Este foi o segundo vídeo com imagens a comprovar as alegações de Israel, de que o Hamas abusou das instalações do al-Shifa para fins militares, publicado este domingo pelas IDF.

Na divulgação das imagens, o porta-voz das Forças da Defesa de Israel, Daniel Hagari, afirmou que uma soldado israelita, Noa Marciano, que havia sido raptada e levada para a Faixa de Gaza, foi primeiro transportada para um apartamento usado como esconderijo perto do hospital al-Shifa, tendo depois sido levada para o hospital, onde foi assassinada, circunstância confirmada pelo relatório de um patologista.
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RTP /

Oito bebés prematuros não sobreviveram à transferência do hospital Al-Shifa

Foto: OMS via Reuters

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RTP /

Acordo para libertar reféns israelitas está iminente

Foto: Mohammed Saber - EPA

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Lusa /

Hamas diz que já morreram 13.000 palestinianos no conflito desde 07 de outubro

Entre as vítimas mortais contabilizadas até hoje estão 5.500 crianças e 3.500 mulheres, indica o Hamas citado pela Agência France-Presse.

O Hamas dá ainda conta que pelo menos 30.000 pessoas ficaram feridas desde 07 de outubro.

 

A agência EFE, por outro lado, cita o gabinete de comunicação do Hamas para dizer que mais de 6.000 pessoas estão desaparecidas sob escombros ou entre os corpos estendidos nas ruas sem que ninguém possa recolhê-los.

"O número de desaparecidos atingiu mais de 6.000, quer sob as ruínas, quer com os corpos estendidos nas ruas e estradas", mas "a ocupação (Israel) impede qualquer pessoa de os alcançar, incluindo mais de 4.000 crianças e mulheres", acrescentou a mesma agência.

Presume-se que a maioria destas pessoas esteja morta, mas as equipas de emergência ou de salvamento não conseguem chegar até elas, uma vez que a ofensiva israelita de 44 dias no enclave continua, provocando uma crise humanitária com um cerco que deixa perto de 2,4 milhões de palestinianos quase sem comida, água, medicamentos ou combustível.

Entre os 13.000 mortos confirmados contam-se mais de 5.500 crianças e 3.500 mulheres, tendo sido também mortos mais de 200 médicos, enfermeiros e paramédicos, assim como 22 socorristas civis.

Os feridos são mais de 30.000, 75% dos quais são crianças e mulheres, num cenário de devastação cada vez maior, à medida que as tropas israelitas avançam na sua operação terrestre em Gaza, onde já tomaram o controlo do norte e de uma parte significativa da cidade de Gaza.

Os profissionais da comunicação social estão entre as vítimas, ao ponto de o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), organização sem fins lucrativos que luta por um jornalismo livre em todo mundo, considerar o mês de novembro "o mais mortífero para os jornalistas desde que começou a recolher dados, em 1992".

Até ao dia hoje, segundo o CPJ, na guerra entre Israel e o Hamas morreram 42 repórteres, entre jornalistas e outros trabalhadores de meios de comunicação.

Este número inclui os cinco jornalistas e dois profissionais de meios de comunicação locais mortos por bombardeamentos israelitas entre sábado e hoje.

De acordo com o CPJ, entre os 42 repórteres de quem este organismo conseguiu confirmar a morte, estão 37 palestinianos, quatro israelitas e um libanês.

Desde o início da guerra, em 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas destruíram totalmente cerca de 43.000 casas, enquanto outras 225.000 residências "foram sujeitas a demolições parciais", indicou o gabinete governamental.

"Isto significa que cerca de 60% das casas em Gaza" foram expostas a uma "destruição total, parcial ou inabitável", sublinhou a mesma fonte.

Acresce a escassez de recursos e a falta de eletricidade na maioria dos hospitais da Faixa, sem gasolina para funcionar e muitos deles danificados pelos recentes ataques e cercos impostos pelas tropas israelitas.

Ainda hoje, foi noticiado que todos os hospitais da cidade de Gaza estão fora de serviço e apenas duas pequenas clínicas da cidade permanecem operacionais, enquanto milhares de pessoas e doentes que se encontravam no hospital al Shifa - o maior da Faixa - foram obrigados a sair no sábado por ordem do exército israelita, que alega que a rede militar subterrânea do Hamas se encontra por baixo do hospital.

O movimento islamita Hamas lançou, em 07 de outubro, um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e homens armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.

 

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RTP /

Netanyahu denuncia acusações palestinianas de que foi Israel quem causou massacre em Ra`im

O primeiro-ministro de Israel denunciou nas redes sociais as alegações palestinianas de que o massacre perpetrado pelo Hamas, no festival de Raím, a 7 de outubro, resultou na verdade de ações de helicópteros militares israelitas, que atingiram tanto militantes do Hamas como civis que participavam no festival. 

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros Palestiniano publicou um anúncio chocante hoje", criticou Benjamin Netanyahu. "Negou que o Hamas foi o responsável pelo terrível massacre na festa em Ra'im e colocou a culpa em Israel".

"Não basta que por 44 dias Abu Mazem [o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmmoud Abbas], recuse condenar o terrível massacre, agora a sua gente nega este massacre e vira a culpa para Israel. O negacionista do holocausto Abu Mazen agora nega o massacre do Hamas-ISIS", acusou Netanyahu. 

"Quero ser bem claro - no dia depois de termos eliminado o Hamas, não iremos deixar que, quem quer que administre o governo civil de Gaza, negue o terrorismo, apoie o terrorismo, pague por terrorismo e eduque as suas crianças para o terrorismo e a destruição do Estado de Israel", acrescentou.

 "Não iremos permiti-lo".


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RTP /

Forças israelitas anunciam em vídeo descoberta de túnel "terrorista" sob hospital al-Shifa

Uma publicação das Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, na rede social X, antigo Twitter, anuncia a descoberta de um túnel "terrorista" de 50 metros de comprimento, 10 metros sob o complexo do Hospital al-Shifa, em Gaza, durante uma operação das forças especiais.

"A entrada do túnel continha diversos mecanismos de defesa, como porta à prova-de-explosão e um buraco para disparos, para tentar impedir a entrada das forças israelitas", refere a publicação. 

"Há semanas que estamos a denunciar ao mundo o uso cínico dos residentes de Gaza e dos pacientes do hospital al-Shifa por parte do Hamas, como escudos-humanos", acrescenta. 

"Eis mais provas", conclui o texto.

O acesso foi encontrado debaixo de um alçapão "próximo de um veículo que continha inúmeras armas".

Há muito que Israel alega que o Hamas mantém um vasto posto de comando dentro e debaixo do hospital Al Shifa, embora o movimento islamita e o pessoal do hospital neguem as alegações.

O hospital é considerado um alvo-chave para Israel pôr fim ao domínio dos militantes em Gaza, na sequência do amplo ataque ao sul de Israel, há seis semanas, que desencadeou a guerra.

O exército israelita afirma que os soldados descobriram o túnel, com base em informações dos serviços secretos da Defesa e da agência de segurança interna, e que continua à procura da rota completa do caminho subterrâneo.

"A organização terrorista Hamas utiliza este tipo de entrada para impedir que as forças israelitas acedam aos centros de comando e às vias subterrâneas pertencentes ao Hamas", referiu o exército, que invadiu o complexo hospitalar na quarta-feira passada.

O hospital continua cercado por tanques israelitas e há soldados no seu interior, disse hoje à Agência France-Presse Marwan Abou Saada, chefe do departamento de cirurgia.

com Lusa
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RTP /

Rebeldes Houthi do Iémen anunciam captura de cargueiro israelita, Israel desmente

Fonte do grupo rebelde xiita iemenita Houthi, anunciou a captura de um navio comercial israelita no Mar Vermelho e de o ter desviado para a costa do Iémen.

"Assumimos o controlo de um cargueiro israelita", afirmou à Agência France Presse um dirigente Houthi sob anonimato. Fonte marítima do porto iemenita de Hodeida, controlado pelos rebeldes, indicou por seu lado que os Houthi tinham capturado um navio comercial conduzindo-o ao porto de al-Salif.

As forças armadas de Israel desmentiram contudo a alegação de que se trate de um cargueiro de Israel. 

"O navio zarpou da Turquia com destino à Índia, com civis a bordo de várias nacionalidades, mas nenhum israelita. Não se trata de um navio israelita", sublinhou o exército de Israel, considerando apesar de tudo este "um incidente grave à escala global".

O cargueiro não foi identificado.
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Lusa /

Guterres chocado com bombardeamento de duas escolas das Nações Unidas em Gaza

"Dezenas de pessoas - muitas mulheres e crianças - foram mortas e feridas quando procuravam refúgio nas instalações da ONU", disse António Guterres, em comunicado.

Segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, mais de meia centena de pessoas foram mortas num dos ataques na escola Tal Az Zaatar, em Beit Lahia, perto da fronteira com Israel, no extremo norte da Faixa.

A agência recordou que entre 07 de outubro, dia em que começaram as hostilidades entre Israel e o Hamas, e 16 de novembro, pelo menos 71 deslocados internos foram mortos e 573 feridos em ataques a abrigos da UNRWA em toda a Faixa de Gaza.

Na sua declaração, Guterres insistiu na "inviolabilidade" das instalações da ONU no enclave palestiniano, onde centenas de milhares de pessoas procuram refúgio dos incessantes bombardeamentos israelitas e da intensificação dos combates.

"Esta guerra está a causar todos os dias um número impressionante e inaceitável de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. Isto tem de acabar. Reitero o meu apelo a um cessar-fogo humanitário imediato", defendeu o secretário-geral.

Guterres agradeceu também ao Qatar pela sua mediação no conflito. O país árabe está a liderar as negociações entre Israel e o Hamas para libertar 50 reféns, principalmente mulheres e crianças, em troca da libertação de mulheres e crianças palestinianas detidas nas prisões israelitas e de um cessar-fogo temporário de cinco dias.

Uma fonte do Hamas disse à EFE que ambas as partes estão perto de chegar a um acordo de troca de prisioneiros, segundo o qual o grupo palestiniano libertaria mulheres e crianças israelitas em troca de o Estado judeu fazer o mesmo com as mulheres e crianças palestinianas detidas nas prisões israelitas.

De acordo com a fonte, já existe um "acordo preliminar" para efetuar esta troca de civis, mas "há desacordo quanto ao número", uma vez que "o Hamas quer libertar 50, enquanto Israel insiste em libertar 100 detidos".

O The Washington Post noticiou no sábado que o acordo poderia entrar em vigor nos próximos dias, permitindo a primeira pausa sustentada na ofensiva israelita no enclave desde o início da guerra.

O acordo também facilitaria a entrada de ajuda humanitária através da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e Gaza.

Hoje, o conselheiro adjunto para a segurança nacional, Jonathan Finer, disse ao canal NBC News que os Estados Unidos estão "mais perto" do que nunca em fechar um acordo, embora se tenha recusado em especificar o número de reféns a libertar, apontando para mais de 12.

O acordo, segundo o responsável, visa igualmente a suspensão dos bombardeamentos em Gaza.

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Lusa /

EUA afirmam que está próximo acordo com Israel e Hamas para libertar alguns reféns

O conselheiro adjunto para a segurança nacional, Jonathan Finer, disse ao canal NBC News que os Estados Unidos estão "mais perto" do que nunca em fechar um acordo, embora se tenha recusado em especificar o número de reféns libertados, afirmando apenas que seriam "bem mais de 12".

"O que posso dizer nesta altura é que algumas das áreas de desacordo pendentes, negociações muito complicadas e muito sensíveis, foram reduzidas", disse Finer no programa "Meet the Press" da NBC.

No entanto, não forneceu pormenores sobre o acordo, mediado pelo Qatar, que visa a libertação de alguns dos 240 reféns mantidos em cativeiro pelo grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.

"Não vamos resumir todos os pormenores do que ainda está a ser discutido. Acreditamos que [o acordo] tem de ser feito, há pessoas detidas em condições inaceitáveis em Gaza, incluindo alguns americanos, e têm de ser autorizadas a regressar a casa", afirmou.

O conselheiro adjunto para a segurança nacional também não quis entrar em pormenores sobre um possível cessar fogo, mas sublinhou que é necessário para implementar o acordo, caso contrário "implicaria a deslocação de reféns através de um campo de batalha muito perigoso em Gaza".

"Sem entrar na duração, uma das coisas que as próprias partes disseram, mesmo publicamente, é que isto poderia incluir, e provavelmente incluiria, um período alargado de uma pausa nos combates de vários dias", afirmou, sublinhando que esta pausa teria também "o importante benefício de facilitar a distribuição de ajuda humanitária em Gaza".

"Esta é uma prioridade em qualquer circunstância, mesmo que não haja acordo sobre os reféns", sublinhou.

No sábado, a administração norte-americana afirmou continuar a "trabalhar arduamente" para alcançar um acordo entre Israel e o movimento islamita Hamas para libertar os reféns e marcar uma pausa nos combates.

"Ainda não chegámos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente" para o conseguir, escreveu, no sábado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Adrienne Watson, na rede social X (antigo Twitter).

A reação da porta-voz surgiu depois de o jornal Washington Post ter noticiado que tinha sido alcançado um acordo entre as partes que previa a libertação de reféns em troca de uma pausa de cinco dias nos combates.

O movimento islamita Hamas lançou, a 07 de outubro, um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e milicianos armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram entre 16 mil e 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.

A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.

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RTP /

Rússia e Irão apelam a cessar-fogo em Gaza

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e do Irão apelaram a um cessar-fogo em casa e defenderam a prestação urgente de assistência humanitária à população civil do enclave. O ministro russo, Sergei lavrov, falou com o seu homólogo Hossein Amirabdollahian, a pedido de Teerão. "Durante a conserva, a atenção principal focou-se na atual situação na zona do conflito israelo-palestiniano", revelou o Ministério russo. "Foi expressa uma preocupação geral com o confronto armado em curso na Faixa de Gaza", acrescentou. "Foi sublinhada a necessidade de um cessar-fogo e assistência urgente à população civil afetada".
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RTP /

França disposta a receber crianças feridas em Gaza

O anúncio veio da Presidência de França. Emmanuel Macron disse que o país está pronto a receber as crianças feridas de Gaza nos seus hospitais, "se útil e necessário".
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Lusa /

Ataques a Gaza já mataram 104 funcionários das Nações Unidas

"No dia 18 de novembro, um colega da UNRWA no norte de Gaza foi morto por um bombardeamento israelita. No total, 104 colegas foram mortos desde o início da guerra", afirmou, antes de recordar que "este é o maior número de trabalhadores da ONU mortos num conflito na história".

De acordo com esta agência, nas últimas 24 horas, houve "múltiplos incidentes" que afetaram as instalações da UNRWA, e provocaram "mortos e feridos entre as pessoas deslocadas que se encontravam abrigadas nas instalações". "A UNRWA ainda está a tentar verificar o número de vítimas", referiu a agência.

Segundo este organismo, cerca de 1,7 milhões de palestinianos foram deslocados na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, quando começou a ofensiva militar israelita na sequência de ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Em 2022, segundo dados do CIA World Fact Book, a Faixa de Gaza tinha uma população de 2,4 milhões de pessoas.

Do total de pessoas deslocadas, cerca de 884 mil estão em 154 instalações da UNRWA na Faixa de Gaza, incluindo cerca de 724 mil em 97 instalações nas zonas do Centro, Khan Younis e Rafah, para onde Israel pediu às pessoas que se deslocassem a partir do norte.

"Cerca de 160 mil deslocados internos estavam abrigados em 57 escolas da UNRWA no norte e na cidade de Gaza desde 12 de outubro, antes da ordem de evacuação emitida pelas autoridades israelitas", refere o organismo.

A UNRWA alerta que "não teve acesso a estes abrigos para prestar assistência ou proteção a estas pessoas deslocadas, nem dispõe de informações sobre as suas necessidades ou condições".

A agência confirmou igualmente que foi notificada por Israel de que autorizará a passagem de 120 mil litros de combustível de dois em dois dias, após mais de um mês de proibição de todas as entregas e depois de ter autorizado um pequeno carregamento que se limitava a abastecer os camiões da UNRWA para a entrega de ajuda humanitária.

A agência salientou que este novo montante "será utilizado em dois dias e cobre apenas metade das necessidades críticas diárias".

"O combustível é também fundamental para as redes de telecomunicações", explicou, depois de quatro bloqueios de comunicações terem impedido a circulação de camiões de ajuda a partir da passagem de Rafah.

Por último, referiu que um trabalhador da UNRWA foi brevemente detido na quinta-feira pelas forças de segurança israelitas durante uma operação de segurança no campo de refugiados de Farah, nos arredores de Nablus, enquanto mais de 1.600 estudantes de quatro escolas do campo de refugiados de Jenin "continuam a não poder aceder em segurança às instalações devido ao mau estado das estradas", por causa dos danos causados pelos bulldozers israelitas.

Israel atacou o enclave na sequência dos ataques do Hamas, em 07 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e 240 reféns.

As autoridades da Faixa de Gaza referiram que morreram já 12.300 pessoas, incluindo mais de 5.000 crianças, enquanto mais de 180 palestinianos foram mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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Embaixador israelita “esperançoso” de que número significativo de reféns seja libertado nos próximos dias

Israel está esperançoso de que um número significativo de reféns possa ser libertado pelo Hamas nos "próximos dias", disse o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, em entrevista ao programa "This Week", da rede ABC, este domingo.

“Tenho esperança de que possamos chegar a um acordo nos próximos dias”, disse Herzog.

O Catar está a mediar um acordo entre Israel e o Hamas e prevê que a libertação de reféns está para breve, garantindo que já estão firmados os princípios básicos.

O Hamas fez cerca de 240 reféns durante o seu ataque a Israel a 7 de outubro.
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RTP /

Ataque aéreo israelita contra habitação no norte de Gaza mata 11 palestinianos

Pelo menos 11 palestinianos foram mortos este domingo num ataque aéreo israelita que atingiu uma casa em Jabalia, no norte de Gaza, disseram autoridades de saúde em Gaza.
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RTP /

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

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RTP /

Mais de 100 palestinianos mortos em ataques de Israel nas últimas 48 horas

O Ministério da Saúde de Gaza atualizou o número de vítimas desde que começou o conflito. Morreram 12.300 pessoas, incluindo cinco mil crianças.
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RTP /

Gaza. Acordo para libertação de reféns pode estar para breve

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

Está prevista uma pausa de cinco dias nos combates.
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Lusa /

Helicópteros israelitas dispararam contra milicianos e civis no festival atacado

O relatório baseia-se no testemunho de milicianos do Hamas que foram detidos em 7 de outubro e revela que os tiros de helicópteros atingiram civis que participavam no Festival Nova, segundo o diário israelita Haaretz.

O relatório refere ainda que o Hamas não tinha conhecimento de que o festival de música estava a decorrer junto ao Kibutz Reim, que fica muito próximo da fronteira com a Faixa de Gaza.

De acordo com o relatório, as forças israelitas "tiveram dificuldade em identificar os milicianos do Hamas" e os pilotos "utilizaram artilharia" que atingiu civis.

"Os terroristas do Hamas receberam ordens para se misturarem lentamente na multidão e para não se mexerem em circunstância alguma", refere o relatório.

"Assim, tentaram enganar a Força aérea, fazendo crer que os que estavam em baixo eram israelitas. Este engano funcionou durante algum tempo, até que os helicópteros Apache foram libertados de todas as restrições. Os pilotos tiveram dificuldade em distinguir quem era terrorista e quem era israelita", continua.

O documento explica que "quando se aperceberam do facto, alguns decidiram utilizar munições de artilharia contra os terroristas, sem autorização dos seus superiores".

O diário "Yedioth Aharonoth" refere igualmente que os helicópteros da Força Aérea israelita intervieram no ataque do Hamas de 7 de outubro, embora não especifique se abriram fogo contra civis israelitas.

A polícia calcula que 364 pessoas foram mortas no festival, mas não divulgou a identidade das vítimas. A reivindicação oficial é que os milicianos do Hamas massacraram os participantes no festival.

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Líder supremo do Irão diz que derrota de Israel é “um facto”

O ayatollah Ali Khamenei disse este domingo que a derrota de Israel na guerra com o Hamas é “um facto” e está relacionada com a “incapacidade” dos militares “dos países ocidentais” para o ajudar a derrotar o movimento palestiniano.

“A derrota do regime sionista em Gaza é um facto. Atacar hospitais e habitações não representa uma vitória porque vitória significa a derrota do adversário, o que [Israel] não conseguiu fazer até agora e não terá sucesso no futuro”, disse o líder supremo do Irão.

“Esta incapacidade é também dos Estados Unidos e dos países ocidentais”, acrescentou.

O ayatollah Ali Khamenei também pediu aos Estados muçulmanos para cortarem os laços políticos com Israel, considerando que “não era aceitável” que “certos países muçulmanos parecessem condenar os crimes do regime sionista em assembleias” sem tomar medidas.

“Os países muçulmanos deveriam romper as suas relações políticas com o regime sionista, pelo menos durante um certo tempo”, disse o líder supremo iraniano, apelando também à suspensão do envio de combustível e alimentos para Israel.

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Huthis ameaçam atacar navios com bandeira israelita a partir do Iémen

A ameaça surge depois de o grupo ter anunciado que iria realizar ataques contra Israel em resposta à ofensiva contra a Faixa de Gaza na sequência dos ataques de 7 de outubro do movimento islamita Hamas.

O porta-voz militar do grupo, Yahya Sari, afirmou que as suas forças atacarão estes navios "quer se dirijam à Palestina ocupada - referindo-se a Israel - ou a qualquer outro lugar", e apelou a todos os países para que "retirem" os seus trabalhadores destes navios para evitar danos, segundo a estação de televisão Al Masirah, ligada aos Huthis.

Numa mensagem publicada na sua conta do Telegram, o porta-voz sublinhou que a ameaça visa "os navios de bandeira da entidade sionista", "os navios operados por empresas israelitas" e "os navios pertencentes a empresas israelitas", assegurando que os Huthis têm capacidade para atingir estes navios no Mar Vermelho "ou em qualquer outro lugar que o inimigo sionista não espere".

Os Huthis anunciaram, no final de outubro, que realizariam ataques contra Israel até que este pusesse fim à sua ofensiva contra Gaza, após o que efetuaram vários lançamentos de mísseis e drones em território israelita para defender "o direito do povo palestiniano à autodefesa".

Israel lançou a ofensiva contra o enclave na sequência dos ataques do Hamas, em 7 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e 240 reféns.

As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, referiram que 12.300 mortos, incluindo mais de 5.000 crianças, enquanto mais de 180 palestinianos foram mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

 

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Diretor do hospital Al Shifa anuncia retirada de 31 bebés prematuros

Os 31 bebés prematuros que ainda estavam no hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza, foram retirados do estabelecimento este domingo, disse Mohammed Zaqout, diretor-geral dos hospitais na Faixa de Gaza, à agência AFP.

Segundo Zaqout, “três médicos e duas enfermeiras estão a acompanhar” os bebés e “estão em curso os preparativos para encaminhá-los para o Egito” através da passagem de fronteira de Rafah.
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RTP /

Três soldados israelitas mortos em Gaza, aumentando total para 62

Três soldados israelitas foram mortos em combates na Faixa de Gaza, informou o exército de Israel em comunicado este domingo, elevando para 62 o número de soldados mortos desde o início da guerra.

Os três soldados eram todos reservistas e foram mortos no norte da Faixa de Gaza, disse o exército.
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RTP /

Catar diz que desafios a acordo entre Israel e Hamas são “apenas logísticos”

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, disse este domingo que estava confiante de que um acordo para a libertação de reféns entre Israel e o Hamas seria alcançado, acrescentando que os desafios que restavam são "muito menores" e “apenas logísticos”.

"Os desafios que permanecem nas negociações são muito menores. São apenas práticos e logísticos", disse Mohammed al-Thani numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em Doha.
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Lusa /

ONU diz que 291 pacientes permanecem no hospital al-Shifa

Entre os que ficaram, contam-se, além dos 32 bebés em estado extremamente crítico, doentes traumatizados com feridas gravemente infetadas e outros com lesões na coluna vertebral que não conseguem mover-se.

A equipa pôde visitar o hospital al-Shifa durante uma hora, depois da retirada no sábado de cerca de 2.500 pessoas, pacientes com mobilidade e pessoal médico, informou a Organização Mundial de Saúde, que liderou a missão.

A Organização Mundial da Saúde, que liderou a missão, informou que 25 profissionais de saúde permaneceram no local, juntamente com os pacientes.

"Os pacientes e o pessoal de saúde com quem falaram estavam aterrorizados com a sua segurança e saúde e pediram a retirada", disse a agência, descrevendo al-Shifa como uma zona de morte.

Segundo a agência, mais equipas tentarão chegar a al-Shifa nos próximos dias para tentar retirar os pacientes para o sul de Gaza, onde os hospitais também estão sobrecarregados.

Há muito que Israel alega que o Hamas mantém um vasto posto de comando dentro e debaixo do hospital al-Shifa.

O hospital é considerado um alvo-chave para Israel pôr fim ao domínio dos militantes em Gaza, na sequência do amplo ataque ao sul de Israel, há seis semanas, que desencadeou a guerra.

O Hamas e o pessoal do hospital negam as alegações.

As tropas israelitas que se encontram no hospital e revistam os seus terrenos há dias dizem ter encontrado pistolas e outras armas, e mostraram aos jornalistas a entrada de um túnel.

A AP afirma que não conseguiu verificar de forma independente as descobertas de Israel.

A partida em massa de sábado foi retratada por Israel como voluntária, mas a OMS disse que os militares tinham emitido ordens de evacuação, e alguns dos que partiram descreveram-na como um êxodo forçado.

"Saímos sob a mira de uma arma", disse Mahmoud Abu Auf à agência Associated Press, por telefone, depois de ele e a sua família terem abandonado o hospital lotado.

Auf disse que viu as tropas israelitas deterem três homens.

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Lusa /

Mahmud Abbas pede a Biden que detenha "atual genocídio" em Gaza

Mahmud Abbas instou Joe Biden, dada a sua posição internacional e influência significativa sobre Israel, a intervir imediatamente para travar a "agressão israelita", num discurso transmitido pela televisão e noticiado pela agência noticiosa oficial palestiniana WAFA, no sábado.

Abbas, que também é presidente do partido no poder na Cisjordânia, Fatah, mas que foi expulso de Gaza em 2007, também instou Biden a pressionar para que "a tão necessária ajuda humanitária entre em Gaza, parar os contínuos ataques das forças de ocupação israelitas e ponha fim ao terrorismo dos colonos contra o povo palestiniano na Cisjordânia e em Jerusalém",

O líder palestiniano afirmou que estes desenvolvimentos "pressagiam uma explosão iminente da situação".

Abbas sublinhou que o povo palestiniano "merece viver na sua pátria com liberdade e dignidade" e prometeu permanecer "firme na sua terra até alcançar os direitos legítimos à independência e à condição de Estado, com Jerusalém como capital".

Na quinta-feira, o ministro da Segurança Nacional de Israel, o extremista Itamar Ben Gvir, afirmou que o país deve tratar a ANP, que governa pequenas áreas da Cisjordânia ocupada, da mesma forma que trata o grupo islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.

"Temos de lidar com o Hamas e com a Autoridade Palestiniana, que tem pontos de vista semelhantes aos do Hamas e cujos líderes simpatizaram com o massacre do Hamas, da mesma forma que lidamos com Gaza", escreveu Ben Gvir, na rede social X (antigo Twitter).

Em 07 de outubro, o movimento islamita Hamas desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram entre 16 mil e 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.

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RTP /

EUA negam acordo sobre cessar-fogo temporário em Gaza

Afinal, Israel e o Hamas ainda não chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo temporário.

O jornal Washington Post noticiou na noite de sábado que tinha sido alcançado um acordo entre as duas partes, mediado pelo Catar, para um cessar-fogo de cinco dias em troca de 50 ou mais reféns.

Mas Washington negou essa informação. Em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca acrescentou que os Estados Unidos continuam a trabalhar para chegar a um acordo entre as duas partes.

"Ainda não chegámos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente" para o conseguir, escreveu, no sábado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Adrienne Watson, na rede social X (antigo Twitter).

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RTP /

Joe Biden defende que Autoridade Palestiniana deve governar Gaza e a Cisjordânia

Joe Biden afirma também que o território de Gaza não deve ser reduzido e que os palestinianos não devem ser forçados a sair.
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RTP /

Bebé portuguesa sobreviveu a três bombardeamentos em Gaza

Há três dias, um ataque provocou a morte de três cidadãos portugueses. Eram os dois filhos menores e a mulher de Ahmed Ashour.

A bebé é a única filha sobrevivente deste cidadão português.

Os pais de Ahmed Ashour também morreram, este sábado, num outro bombardeamento.
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RTP /

Israel mata 50 pessoas em ataque contra escola das Nações Unidas

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Lusa /

OMS ordena retirada total do hospital Al Shifa que qualifica de "zona de morte" em Gaza

Segundo a OMS, cujos peritos se mantiveram durante uma hora no imenso complexo hospitalar, o edifício ainda albergava 25 funcionários e 291 doentes, incluindo 32 bebés em estado crítico, 22 doentes submetidos a diálise e dois em cuidados intensivos.

Os membros da missão descreveram o hospital como uma "zona de morte" onde a situação é "desesperada", indicou a OMS em comunicado divulgado na noite de sábado.

"A OMS e os seus parceiros elaboram com urgência planos para a retirada imediata dos restantes doentes, do pessoal e das suas famílias", acrescentou a organização.

"A equipa deparou-se com um hospital que já não estava em condições de funcionar: sem água, sem eletricidade, sem alimentos, e com os fornecimentos médicos esgotados", escreveu na rede social X (ex-Twitter) o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Tendo em consideração a situação deplorável e o estado de numerosos doentes, incluindo bebés, os funcionários hospitalares pediram ajuda para retirar os doentes que já não podem receber nesse local os cuidados vitais", acrescentou.

No seu comunicado, a OMS refere que a grande maioria dos doentes que permanecem no hospital são vítimas de fraturas complexas e de amputações, de queimaduras, de traumatismo torácicos e abdominais.

Disse ainda que 29 doentes sofrem de sérios ferimentos na coluna vertebral e são incapazes de se deslocar sem assistência médica. Numerosos feridos sofrem de graves infeções, devido à ausência e antibióticos e às más condições de higiene.

A OMS anunciou que diversas missões serão organizadas nos próximos dias para a retirada urgente dos restantes doentes em direção ao hospital Nasser e ao hospital europeu de Gaza, mesmo que estas duas instalações "já excedam as suas capacidades".

Segundo o Exército israelita, que na manhã de quarta-feira efetuou uma incursão no hospital Al Shifa, este edifício alberga um complexo do Hamas, que estará instalado numa rede de túneis, uma alegação desmentia pelo movimento islamita palestiniano.

Nos últimos dias, cercou o local e efetuou várias incursões limitadas às suas instalações, nas quais afirma ter descoberto armas e um túnel utilizado pelo Hamas.

A Faixa de Gaza está submetida a um cerco total por Israel desde 09 de outubro, com a população privada do fornecimento de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Uma parte desta população refugiou-se no sul, perto da fronteira egípcia, mas centenas de milhares permanecem no meio dos combates, no norte do enclave. Segundo diversas organizações não-governamentais (ONG), a situação é desastrosa para a população.

Na Faixa de Gaza, onde Israel afirma pretender "aniquilar" o Hamas, os bombardeamentos israelitas em represália pelo ataque de 07 de outubro já provocaram a morte de mais de 12 mil pessoas, na maioria civis, incluindo cerca de 5.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

De acordo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel no ataque do Hamas em 07 de outubro, incluindo cerca de 300 militares e polícias.

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Ponto de situação
RTP /

Bombardeamentos israelitas matam cerca de 100 palestinianos nas últimas horas

  • Nas últimas horas, morreram cerca de 100 palestinianos em bombardeamentos feitos por Israel. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, só em dois ataques no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, morreram mais de 80 pessoas. O exército israelita começou por bombardear uma escola da ONU e depois o próprio campo de refugiados. A agência de notícias palestiniana Wafa avança também que bombardeamentos israelitas mataram pelo menos 15 pessoas, este domingo, no sul e no centro da Faixa de Gaza;

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou ter efetuado uma missão no hospital Al Shifa, alvo de ataques do Exército israelita, e está a promover um plano de retirada do estabelecimento que qualificou de "zona de morte";

  • O líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu ao Presidente dos Estados Unidos para intervir "imediatamente" e "deter o atual genocídio israelita contra o povo palestiniano", que causou já dezenas de milhares de vítimas civis.
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