Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Moreira Santos, Inês Geraldo, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Forças de Defesa de Israel via Reuters

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por RTP

Forças israelitas neutralizam aeronaves que se infiltraram desde o Líbano

O movimento xiita libanês Hezbollah adiantou esta noite que lançou dois mísseis contra o norte de Israel. Por sua vez,o as forças armadas israelitas (IDF) garantiram que neutralizaram “aeronaves hostis” que seguiam em direção à Galileia Ocidental desde o Líbano.

Em comunicado, as IDF sublinharam que receberam alertas relativos “à infiltração de aeronaves hostis no norte de Israel”, tendo sido lançados intercetadores “contra uma série de alvos aéreos suspeitos que cruzaram do Líbano em direção à Galileia Ocidental”.

“O incidente foi concluído”, garantiram as forças israelitas.

C/Lusa
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por RTP

Libertação de reféns. Netanyahu diz que acordo foi decisão difícil

Foto: EPA

Está traçado o plano para a eventual libertação dos reféns que estão nas mãos do Hamas desde o dia 7 de outubro. Podem ser libertadas ainda esta semana 20 mulheres e 30 crianças.

Os primeiros reféns podem ser libertados na quinta-feira.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defende que a decisão de suspender ataques para libertar os reféns é a correta, mas avisa que a guerra vai continuar até que sejam atingidos os objetivos do Estado hebraico.
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por RTP

Blinken planeia viajar até Israel na próxima semana

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, está a planear viajar a Israel no início da próxima semana para reunir com autoridades israelita e palestinianas sobre a guerra em curso em Gaza, adianta a imprensa internacional.
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por RTP

Israel deverá aprovar acordo apesar de oposição da extrema-direita

O primeiro-ministro israelita disse esta terça-feira que apesar de ser muito provável que se concretize um acordo, a guerra não vai parar. Netanyahu explicou que depois do cessar-fogo de quatro dias, os bombardeamentos e combates vão continuar, de acordo com a Al Jazeera

Benjamin Netanyahu acredita que os dias de cessar-fogo que vêm estipulados no acordo vão servir para recuperar o exército israelita. No entanto, o acordo alcançado com a liderança do Hamas tem oposição. Os ministros de extrema-direita do governo israelita dizem que não vão votar a favor, o que muitos consideram mau para a segurança de Israel. 

Os ministros do governo de Israel acreditam que foram realizadas demasiadas concessões ao Hamas, especialmente pela libertação de prisioneiros palestinianos.
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por Lusa

"Não vamos parar a guerra após o cessar-fogo" - Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que a guerra contra o Hamas não vai parar por causa de um cessar-fogo para libertar reféns em posse do movimento islamita palestiniano.

"Não vamos parar a guerra após o cessar-fogo", declarou o chefe do Governo israelita aos seus ministros no início de uma reunião do executivo.

Netanyahu aludiu a "disparates" veiculados nas últimas horas sobre o fim das hostilidades em resultado da libertação dos reféns, afirmando, citado pelo diário israelita Haaretz: "Gostaria de deixar claro que estamos em guerra e continuaremos a guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos - eliminar o Hamas, recuperar todos os reféns e desaparecidos e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza".

Após reuniões separadas dos gabinetes de guerra e de segurança, o primeiro-ministro garantiu que todas as autoridades israelitas apoiam um entendimento sobre a libertação de reféns e sustentou junto dos seus pares que o acordo em negociação com o Hamas "é a decisão certa" a tomar.

Segundo Netanyahu, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ajudou a "melhorar o quadro proposto (...) para incluir mais reféns a um custo menor".

As famílias dos reféns exigiram que todos os detidos fossem libertados e a ala de extrema-direita da coligação governamental já se manifestou contra o acordo.

Espera-se que o executivo israelita vote um plano que suspenda a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza durante vários dias em troca da libertação de reféns detidos pelo Hamas.

O Hamas previu que um acordo mediado pelo Qatar poderia ser alcançado "nas próximas horas".

Netanyahu considerou que, durante a pausa, os esforços do serviço de informações serão mantidos, permitindo ao exército preparar-se para as próximas etapas do conflito

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 46.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

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por Lusa

Bebé portuguesa já deixou Gaza em segurança

Uma bebé de nacionalidade portuguesa foi retirada de Gaza em segurança, a última do grupo de cidadãos sinalizados por Portugal para saírem deste território, adiantou hoje à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, na sequência do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas neste enclave.

Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza, referiu a fonte oficial da diplomacia portuguesa.

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por RTP

Bebé portuguesa retirada de Gaza

Já saiu da Faixa de Gaza a bebé portuguesa que escapou a três bombardeamentos. Nour Ashour tem e um ano e foi levada para o Egito, onde está agora em segurança.

O pai encontra-se em Portugal e aguarda ansioso o regresso da bebé. Desde o início da guerra perdeu a mulher e mais duas filhas num bombardeamento.
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por Lusa

Jordânia recusa pedido para evacuar hospital de campanha em Gaza

O primeiro-ministro jordano, Bisher Al-Jausaneh, afirmou hoje que, devido ao desastre humanitário palestiniano, recusou o pedido de Israel para fechar e evacuar o hospital de campanha que administra na cidade de Gaza.

"A Jordânia recebeu alertas de Israel para evacuar o Hospital de Campo da Jordânia e não respondeu a essas exigências", disse o primeiro-ministro numa entrevista à rede televisiva saudita Al Arabiya.

No norte do pequeno território palestiniano, alguns hospitais são alvo direto de ataques do exército israelita, que acusa o movimento islamita palestiniano, Hamas, de utilizar as instalações hospitalares como bases militares.

O Hospital de Campanha da Jordânia, fundado em 2009 no bairro de Al Rimal, no norte de Gaza, é um dos últimos hospitais ainda em funcionamento na cidade, mesmo após os ataques israelitas.

O rei Abdullah II da Jordânia declarou que as operações no hospital não irão ser interrompidas em qualquer circunstância e ordenou o envio de dois carregamentos de provisões para as instalações, através de transportes aéreos do exército jordano, em conjunto com Israel.

O primeiro-ministro jordano não só se recusou a evacuar o hospital, como recordou também que dezenas de camiões carregados com materiais de construção e material médico entraram recentemente em Gaza, com o objetivo de erguer mais um centro médico na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

Fazem parte da equipa médica de apoio ao sistema hospitalar palestiniano cerca de 145 médicos jordanos especializados em várias áreas.

O segundo hospital de campanha conta com 41 camas, uma unidade de cuidados intensivos, incubadoras, departamentos de obstetrícia e ginecologia, bem como uma farmácia e um laboratório, entre outros serviços, informaram as autoridades da Jordânia.

Em todo o território, faltam ambulâncias, eletricidade, equipamento e pessoal.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

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por RTP

RTP em Israel. Cidades quase desertas devido aos combates

No norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano, o confronto com o Hezbollah tem vindo a crescer e devido aos combates muitas cidades israelitas estão agora praticamente desertas.

Reportagem dos enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.

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por RTP

Netanyahu diz que acordo é "a decisão certa"

O primeiro-ministro de Israel disse esta terça-feira ao seu governo que levar o acordo conseguido com a liderança do Hamas para a frente é "a decisão certa" para o futuro.
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por RTP

Supremo Tribunal de Israel terá de validar acordo com o Hamas

Os enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão em Israel a acompanhar os últimos desenvolvimentos em relação ao acordo para a libertação de 53 reféns em cativeiro desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.

O acordo em causa irá necessitar da aprovação por parte do Supremo Tribunal de Israel, uma vez que Telavive terá de transferir 159 pessoas ligadas ao Hamas em troca da libertação de reféns.
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por RTP

Acordo com o Hamas prevê cessar-fogo humanitário de quatro dias

Foto: Mohammed Salem - Reuters

Mais de 50 reféns israelitas podem ser libertados em breve. Em troca Israel oferece um cessar fogo de quatro dias e a libertação de mais de 150 militantes do Hamas.

Benjamin Netanyahu diz estar otimista em relação ao acordo, mas avisa que a guerra só acaba com a eliminação do grupo terrorista.
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por Lusa

Grupo Wagner prepara entrega de armas ao Hezbollah - Casa Branca

O grupo mercenário russo Wagner "está a preparar-se para entregar um sistema de defesa antiaérea ao Hezbollah ou ao Irão a pedido das autoridades russas", disse hoje um porta-voz da Casa Branca.

O Irão, por sua vez, "poderia preparar-se para dar um passo adicional" na sua assistência militar à Rússia, indicou também John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, referindo-se a uma possível entrega de mísseis balísticos iranianos ao exército russo para atacar a Ucrânia.

Além dos `drones` e outros equipamentos que Washington afirma já fornecer ao exército russo, "o Irão está a considerar entregar mísseis balísticos que a Rússia poderia usar na Ucrânia", acrescentou o porta-voz.

"Estamos preparados para usar o nosso regime de sanções antiterrorismo contra indivíduos ou entidades russas" em resposta, disse John Kirby.

Quanto ao movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, está a levar a cabo uma série de ataques contra o exército israelita, num contexto de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos alertam há vários meses para o aprofundamento das relações militares entre Moscovo e Teerão.

Esta cooperação "é obviamente prejudicial para a Ucrânia, para os vizinhos do Irão e para a ordem internacional", alertou John Kirby.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, deslocou-se ao Irão em setembro para uma visita oficial que foi na altura descrita como um "passo importante" para a cooperação militar entre os dois países.

Moscovo e Teerão estão sujeitos a sanções internacionais que restringem o comércio. Durante o ano passado, formaram laços estreitos em vários setores.

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por Lusa

ONU diz que acesso humanitário é usado como "arma de guerra" contra Gaza

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) denunciou hoje que o acesso de ajuda humanitária a Gaza está a ser usado como "arma de guerra" contra a população, que não dispõe dos recursos mínimos para sobreviver.

"Água, alimentos, medicamentos e combustível são usados como armas de guerra", disse o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, numa conferência virtual, na qual lamentou que o acesso à ajuda humanitária dependa de "negociações políticas" que estão a obstruir o processo.

Nesse sentido, denunciou que o fluxo de ajuda que entra em Gaza "é muito pequeno para responder às imensas necessidades dos habitantes" e lembrou que o número de camiões que entraram no enclave no último mês é aproximadamente equivalente ao número que entrou na Faixa de Gaza dois dias antes do início da guerra.

"O combustível permitido pelas autoridades israelitas cobre apenas metade das necessidades críticas diárias, o que compromete toda a nossa operação de ajuda e põe em perigo a sobrevivência dos civis", lamentou Lazzarini.

O comissário-geral insistiu que a sua organização continua a "defender em vão" a abertura de passagens de fronteira adicionais para Gaza, como a de Kerem Shalom, uma vez que a ajuda até agora só foi acedida através da passagem de Rafah, a única não controlada por Israel e que liga o enclave ao Egito.

"O cerco é um castigo coletivo. O condicionamento da assistência humanitária é também um castigo coletivo", afirmou.

Lazzarini recordou que mais de dois terços dos mortos em Gaza são mulheres e crianças, ao mesmo tempo que indicou que a UNRWA confirmou a morte de 108 dos seus trabalhadores no enclave.

Além disso, 67 instalações de agências da ONU foram atingidas por bombardeamentos israelitas, 17 delas diretamente, apesar de a maioria estar no centro e sul de Gaza, áreas para onde Israel pediu à população que se deslocasse antes da sua campanha terrestre no norte.

O cerco e os bombardeamentos incessantes contra a Faixa deixaram cerca de 1,7 milhões de pessoas deslocadas, quase 80% da população, das quais mais de 900.000 se refugiam em instalações da UNRWA.

Pelo menos 176 pessoas morreram nestes abrigos e outras 778 ficaram feridas, segundo Lazzarini, que indicou que "as condições nestes abrigos são indescritíveis", pois estão sobrelotados.

"Em média, 150 pessoas partilham uma única casa de banho e 700 pessoas partilham um único chuveiro quando este está disponível. Este é um terreno fértil para o desespero e para doenças", lamentou.

Lazzarini também indicou que devido à situação crítica dos habitantes de Gaza, a UNRWA está a ver "sinais de que a ordem civil está a desmoronar, já que as pessoas são forçadas a defenderem-se sozinhas".

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por RTP

Médio Oriente. Acordo firmado ainda precisa de ser concretizado

Apesar de haver um acordo para a libertação de mais de 50 reféns do Hamas, Benjamin Netanyahu apresenta neste momento o plano ao seu governo que apresenta várias fações, muitas delas não estão de acordo. O acordo com a liderança do Hamas ainda terá de ser aprovado pelo Supremo Tribunal de Israel.

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por RTP

Dez mortos em ataque a apartamento em Khan Younis

Um meio de comunicação ligado ao Hamas anunciou esta terça-feira que um ataque israelita a um apartamento em Khan Younis fez dez vítimas mortais e feriu 22 pessoas. A agência de notícias Shebab revelou também que as vítimas mortais e os feridos foram encaminhados para o hospital Nasser.
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por Lusa

BRICS pedem "trégua humanitária" que implique o "fim das hostilidades"

Os líderes dos BRICS pediram hoje numa reunião virtual extraordinária do grupo de economias emergentes uma "trégua humanitária, duradoura e sustentada que conduza ao fim das hostilidades" entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.

O bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgou esta posição em comunicado, após o final do encontro convocado pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa -- cujo país preside este ano aos BRICS -- e onde foi analisada a situação em Gaza.

"Reafirmamos que uma solução justa e duradoura do conflito israelo-palestiniano apenas pode ser alcançada por meios pacíficos", sublinha o texto, que advoga a criação de dois Estados, Israel e Palestina.

Desta forma, os líderes do bloco reiteraram "firme apoio aos esforços regionais e internacionais destinados a garantir o fim imediato das hostilidades, garantir a proteção dos civis e a prestação de ajuda humanitária".

"Manifestamos a nossa profunda preocupação pela terrível situação humanitária nos Territórios Palestinianos Ocupados", assinalaram, antes de solicitarem o "envio de ajuda humanitária em conformidade com os princípios básicos de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência".

O comunicado também condena "os atos de violência dirigidos contra civis palestinianos e israelitas, incluindo crimes de guerra, ataques indiscriminados e ataques contra infraestruturas civis, para além dos atos de provocação, incitamento e destruição".

O documento conclui com uma apelo "à proteção dos civis, em conformidade com o direito internacional humanitário, e os direitos humanos internacionais".

Na reunião participaram os presidentes do Brasil, Lula da Silva, da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e da África do Sul, com a Índia a ser representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Subrahmanyam Jaishankar.

No encontro virtual também marcaram presença o Presidente do Egito, Abdel Fatah el-Sisi, o homólogo do Irão, Ebrahim Raisi, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, o chefe da diplomacia argentina, Santiago Cafiero, e representantes da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, países convidados a aderir aos BRICS em agosto, na cimeira que decorreu na cidade sul-africana de Joanesburgo.

Lula e Xi sublinharam nas suas intervenções a preocupação sobre um eventual alastramento do conflito a países vizinhos, com consequências para a estabilidade de toda a região, enquanto Putin advogou por uma "solução diplomática".

"A posição da Rússia sobre a situação em Gaza é coerente e não é oportunista. Moscovo insiste numa solução diplomática do problema", disse o líder russo.

Por sua vez, Raisi pediu aos restantes membros dos BRICS que declarem Israel como um Estado terrorista e adotem uma resolução vinculativa das Nações Unidas contra esse país.

"Os contínuos ataques do regime sionista contra hospitais e centros médicos, locais religiosos, o assassinato de mulheres, crianças, médicos, enfermeiras, são todos atos terroristas", assinalou o dirigente iraniano.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque do grupo islamita que incluiu o lançamento de `rockets` e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes, que segundo as autoridades israelitas mataram perto de 1.200 pessoas, incluindo 300 soldados, e sequestraram mais de 240 em localidades próximas da Faixa de Gaza.

Desde então, forças aéreas, navais e terrestres têm bombardeado sistematicamente o enclave palestiniano, onde segundo o ministério da Saúde local já foram mortas mais de 14.000 pessoas -- na maioria crianças e mulheres -- e cerca de 6.500 desaparecidos que poderão encontrar-se debaixo dos escombros.

A estes números juntam-se dezenas de milhares de feridos e mais de 1,7 milhões de deslocados -- mais de dois terços da população total --, que se confrontam com uma grave crise humanitária devido à escassez de água, alimentos, medicamentos e combustível.

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por Lusa

Projetos em Gaza no valor de 75 milhões de euros inviáveis por causa da guerra

A Comissão Europeia identificou um conjunto de projetos de apoio humanitário à população palestiniana na Faixa de Gaza, no valor de 75,6 milhões de euros, que deixaram de ser viáveis, pelo que têm de ser reprogramados.

De acordo com um comunicado divulgado hoje sobre a revisão ao apoio prestado pela União Europeia (UE) à população em Gaza, a Comissão identificou "uma lista de projetos que já não são viáveis com um total de 75,6 milhões de euros, que terão de ser reprogramados em apoio para os palestinianos à luz de novas prioridades que serão identificadas no terreno".

Bruxelas elaborou que identificou "grandes projetos de infraestruturas, gás para Gaza, a central de dessalinização de Gaza e acesso a serviços de água", cuja implementação é impossível "no contexto atual" de conflito aberto entre o Israel e o movimento islamita Hamas.

A viabilidade destes projetos foi colocada em causa numa altura em que a resposta de Israel ao ataque do movimento islamita, na Faixa de Gaza, está a assolar o território e já provocou mais de 14.000 mortos, a maioria civis, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.

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por RTP

Médio Oriente. Acordo iminente para libertação de 50 reféns

O acordo para a libertação de reféns foi alcançado esta tarde. Espera-se ainda seja aplicado o acordo, pelo que, a partir de quinta-feira 53 pessoas deverão ser libertadas pelo Hamas. Por cada refém libertado, o Hamas recebe três militantes do grupo.

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por Lusa

Guterres saúda "sucesso" de esforços para Médio Oriente livre de armas nucleares

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou hoje o "sucesso" dos esforços para estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Médio Oriente e elaboração de um futuro tratado sobre a questão.

Em causa está a quarta sessão da Conferência sobre o Estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição Maciça no Médio Oriente, que decorreu na semana passada na sede da ONU, em Nova Iorque, cuja "conclusão bem sucedida" Guterres saudou, segundo o seu porta-voz.

"O secretário-geral elogia os Estados participantes na Conferência, sob a presidência da Líbia, pelo seu empenho construtivo na elaboração de um futuro tratado e pelo seu compromisso com a diplomacia multilateral num momento de tensões elevadas e de crise humanitária aguda na região do Médio Oriente", disse Farhan Haq, porta-voz adjunto de António Guterres, em comunicado.

Guterres encorajou ainda os Estados-membros a "continuar o seu trabalho durante o período intersessões" e apoiou "os seus esforços contínuos para prosseguir, de uma forma aberta e inclusiva, o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição Maciça" nessa região.

Vinte e três membros da Conferência, quatro Estados observadores (China, França, Rússia e Reino Unido e Irlanda do Norte) e três entidades e organizações internacionais relevantes, nomeadamente a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e a Unidade de Apoio à Implementação da Convenção sobre Armas Biológicas participaram na sessão deste ano.

O relatório final da quarta sessão ressaltou a "ampla participação e o interesse crescente na Conferência", situação que reflete o "empenho e a vontade política determinada em alcançar o objetivo final da eliminação total e completa das armas nucleares".

Os participantes da Conferência, nas suas declarações nacionais durante o debate geral e ao longo dos trabalhos da Conferência, manifestaram "profundas preocupações e condenações em relação às recentes ameaças nucleares feitas por altos funcionários israelitas", segundo o relatório, que apontou para uma declaração do ministro do Património israelita, em 05 de novembro deste ano, "ameaçando usar armas nucleares em Gaza".

"Os membros participantes condenaram inequivocamente estas declarações irresponsáveis e lamentaram o grave risco que representam para a paz e segurança regional e internacional", diz a nota.

Os Estados-membros participantes instaram Israel a aderir prontamente ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e a submeter rapidamente as suas instalações e atividades nucleares à observação da Agência Internacional de Energia Atómica.

Observando a recusa de Israel em participar nas quatro sessões da Conferência realizadas até agora, os Estados-membros enfatizaram a necessidade de Telavive aceitar o convite anual feito pelo secretário-geral da ONU em prol da sua participação.

Esta Conferência tem como objetivo elaborar um instrumento juridicamente vinculativo para estabelecer um Médio Oriente livre de armas nucleares e outras armas de destruição maciça, "com base em acordos livremente alcançados pelos Estados da região através de um processo de tomada de decisão baseado em consenso", de acordo com o regulamento.

A quinta sessão ficou já agendada para decorrer entre 18 e 22 de novembro de 2024, na sede da ONU em Nova Iorque.

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por RTP

Governo do Hamas anuncia novo balanço de mortes

O governo do Hamas anunciou esta terça-feira que mais de 14 mil pessoas morreram desde o início do conflito entre Hamas e Israel, a 7 de outubro. Neste número incluem-se perto de seis mil crianças, perto de quatro mil mulheres, sendo que 33 mil pessoas ficaram feridas. 

O ministério da Saúde do Hamas disse ainda que a contabilidade do número de mortos pode ser muito maior, já que são muitos os corpos espalhados pelas ruas do norte de Gaza e que a continuidade nos ataques israelitas não permitem fazer uma contagem mais exata.
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por RTP

Biden diz que acordo para libertar reféns está perto

O presidente dos Estados Unidos disse esta terça-feira que o acordo para libertar dezenas de reféns do Hamas está muito perto de acontecer. "Estamos muito, muito perto", disse Joe Biden aos jornalistas.
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por Lusa

Comissão Europeia conclui que apoio a Gaza não foi desviado para Hamas

A Comissão Europeia descartou a possibilidade de o apoio humanitário para a população palestiniana na Faixa de Gaza estar a ser desviado para financiar as atividades do movimento islamista Hamas, foi hoje anunciado.

"A revisão [do apoio] mostrou que os mecanismos de controlo e salvaguardas da Comissão -- significativamente reforçados nos últimos anos -- estão a resultar e não há qualquer evidência até hoje de que o dinheiro esteja a ser desviado para utilização imprópria", concluiu a Comissão Europeia, de acordo com um comunicado divulgado.

Apesar de ainda estar a recolher "informação adicional" para avaliar "possíveis ajustes" ao financiamento de algumas organizações no terreno, "o apoio até hoje vai continuar a ser distribuído pelas organizações que responderam aos pedidos de clarificação e salvaguardas" sobre a utilização do dinheiro da UE.

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por RTP

Bebé portuguesa que perdeu a família teve autorização para sair de Gaza

A bebé com cidadania portuguesa Nour Ashour, de um ano de idade, teve autorização para sair de Gaza hoje. A RTP apurou que a menor vai atravessar a fronteira com a Cruz Vermelha.

Nour Ashour perdeu dois irmãos, a mãe e os avós num bombardeamento em Gaza. A bebé sobreviveu a três bombardeamentos.
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por RTP

Bebés prematuros de Gaza estão a receber tratamento hospitalar no Egito

Foto: Ministério da Saúde do Egito via Reuters

Os bebés prematuros palestinianos que chegaram ontem ao Egito já estão a receber tratamento hospitalar, mas não estão ainda livres de perigo.

A Organização Mundial da Saúde estima que no próximo mês cinco mil mulheres em Gaza venham a dar à luz.
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por RTP

Arábia Saudita e China lançam apelos

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita pediu a todos os países que "parem de exportar armas para Israel". O apelo foi lançado na cimeira virtual do grupo BRICS.

Já o presidente da China, Xi Jinping, que também participa na reunião, apelou a uma "conferência internacional para a paz", de modo a encontrar "uma solução justa para a questão palestiniana".
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por RTP

Hamas. Negociação para libertação de reféns praticamente concluída

A negociação para a libertação de reféns do Hamas estará praticamente concluída, faltando apenas acertar pormenores logísticos, constatou o enviado especial da RTP a Israel.

A maioria dos reféns são mulheres e crianças, que deverão ser encaminhados até à zona de Rafah, junto à fronteira com o Egito. Daí, serão entregues às autoridades israelitas, que deverão transportá-los de helicóptero até Telavive.

Deverão, nessa altura, ser hospitalizados e depois entregues às famílias.

O acordo para a libertação de reféns deverá implicar um cessar-fogo de cinco dias no conflito e o fornecimento de bens de primeira necessidade, como comida, água, medicamentos e combustível.
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por RTP

Putin sugere participação do BRICS em solução para o conflito

O presidente russo apelou hoje a uma solução para o conflito israelo-palestiniano, sugerindo que os países do BRICS participem na mesma.

A ideia foi lançada na cimeira do grupo BRICS, que decorre virtualmente esta terça-feira. Vladimir Putin aproveitou para dizer que as pausas humanitárias são um passo correto na direção da paz e que é importante que outros países não sejam arrastados para este conflito.
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por RTP

Egito condena bombardeamentos em áreas com pessoas deslocadas

O ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros disse esta terça-feira que os bombardeamentos israelitas em áreas ocupadas por pessoas deslocadas no sul de Gaza "têm um objetivo claro": forçar os habitantes desse enclave a saírem.

"O Egito já declarou firmemente a rejeição absoluta de qualquer tentativa de deslocação forçada de palestinianos", declarou um porta-voz do Ministério na rede social X.
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por RTP

Netanyahu fala em "progressos" quanto à libertação de reféns do Hamas

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse haver "progressos" em relação à eventual libertação de reféns do Hamas na Faixa de Gaza.

"Estamos a fazer progressos. Não acho que valha a pena dizer muito sobre o assunto neste momento, mas espero que haja boas notícias em breve", refere um comunicado divulgado pelo gabinete do líder.
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Jovem israelita acusado de promover violência
por RTP

Procuradoria israelita acusa jovem de 17 anos de promover violência contra árabes

Um residente em Jerusalém com 17 anos de idade foi formalmente acusado de incitar à violência contra árabes através do WhatsApp. O jovem administrava um grupo de mensagens intitulado "Ajudar judeus em incidentes terroristas", que reuniria cerca de 300 participantes.

Numa mensagem de voz, a 8 de outubro, um dia depois da ofensiva do Hamas, o jovem afirmava: "Não sobrará um único árabe que se atreva a provocar-nos e que nós não matemos. Estou a dizer-vos quais são as regras do grupo, quem quiser incendiar carros, aldeias, não quero saber. Violar mulheres, matar, façam o que quiserem".

O jovem publicou também um vídeo do jornalista Israel Fry, apelando a que este fosse atacado.
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"Tempestade perfeita para a tragédia"
por RTP

Unicef alerta para séria ameaça de doenças em Gaza

"É uma tempestade perfeita para a tragédia. Sem combustível suficiente, veremos o colapso dos serviços sanitários. Temos portanto, em cima dos morteiros e das bombas, uma tempestade perfeita para a disseminação de doenças", alertou o porta-voz da Unicef James Elder.

"Temos uma falta desesperante de água, matéria fecal espalhada por assentamentos densamente povoados, uma inaceitável falta de latrinas e restrições severas na lavagem das mãos, higiene pessoal e limpeza", prosseguiu o porta-voz, que se pronunciava a partir de Genebra, por videoconferência.

Em declarações citadas pela Associated Press, Elder vincou que o potencial de perda adicional de vidas em Gaza cresceu com as 800 mil crianças deslocadas no território.
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"Suspensão tática temporária"
por RTP

Exército israelita volta a instar residentes do norte da Faixa de Gaza a rumarem a sul

As Forças de Defesa de Israel afirmam que vão manter aberto, até às 16h00 (14h00 em Lisboa), um corredor de evacuação pela estrada Salah Al-Din.


O porta-voz arábico do Tsahal adiantou também que os militares do Estado hebraico estão a observar uma "suspensão tática temporária" até às 14h00 (12h00 em Lisboa) no bairro de Tal al-Sultan, a oeste de Rafah.
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Momento-Chave
Quatro mortos no Líbano
por RTP

Dois jornalistas e dois civis morreram em ataques israelitas

As autoridades libanesas confirmam as mortes de quatro pessoas, entre as quais a repórter Farah Omar e o repórter de imagem Rabia al-Maamari, além de uma mulher de 80 anos, em Kafr Kila, no sul do Líbano. Terão sido vitimadas pela resposta do exército israelita aos disparos de rockets por parte do Hezbollah xiita libanês.

As Forças de Defesa de Israel apelaram aos residentes de Kiryat Shmona e de outros assentamentos da região para que permaneçam junto de áreas protegidas por meios militares.
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por Joana Raposo Santos - RTP

Meia centena de mortos. Guerra no Médio Oriente é já a mais fatal para os jornalistas

Dos 50 profissionais do setor mortos nesta guerra, 45 tinham nacionalidade palestiniana. Stringer via Reuters

São já 50 os jornalistas mortos desde o início da guerra no Médio Oriente, a 7 de outubro. O número representa um novo recorde: é o mais elevado dos últimos 30 anos, quando as estatísticas começaram a realizar-se. Noventa por cento dos profissionais assassinados no conflito no último mês e meio eram palestinianos.

“A guerra Israel-Gaza tem causado graves danos aos jornalistas desde que o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a 7 de outubro e Israel declarou guerra a esse grupo militante palestiniano, lançando ataques na Faixa de Gaza”, frisa o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Esta entidade diz estar a “investigar todos os casos de jornalistas e outros profissionais de meios de comunicação mortos, feridos ou desaparecidos nesta guerra, que levou ao mês mais mortífero para jornalistas desde que começaram a ser recolhidos dados, em 1992”.

Até segunda-feira, 20 de novembro, as investigações preliminares do CPJ contabilizam pelo menos 50 destes profissionais “entre os mais de 14 mil mortos desde 7 de outubro, com mais de 12 mil palestinianos mortos em Gaza e na Cisjordânia e 1.200 em Israel”. As Forças de Defesa de Israel disseram às agências Reuters e France Press que não podiam garantir a segurança dos seus jornalistas na Faixa de Gaza.

“O segundo dia mais fatal para jornalistas ocorreu a 18 de novembro, com cinco mortos; o dia mais fatal foi o primeiro dia da guerra, 7 de outubro, com seis jornalistas assassinados”, refere o comité.

Dos 50 profissionais do setor mortos nesta guerra, 45 tinham nacionalidade palestiniana, quatro eram israelitas e um libanês. Para além desta meia centena, outros 11 jornalistas registam ferimentos, três estão desaparecidos e 18 foram detidos.

Há também relatos de ataques, ameaças, censura e assassinato de familiares de vários jornalistas.
Número supera o de todo o ano de 2022
O comité alerta que os jornalistas em Gaza enfrentam riscos particularmente elevados enquanto tentam cobrir a incursão israelita, que inclui “ataques aéreos devastadores, quebras nas comunicações, escassez de bens e falhas de energia”.

“O CPJ enfatiza que os jornalistas e civis estão a fazer um trabalho importante em tempo de crise e que não podem ser alvo de nenhuma das partes”, escreve a entidade. “Jornalistas em toda a região estão a fazer enormes sacrifícios para cobrir este conflito devastador”.

“Em Gaza, em particular, eles sofreram e continuam a sofrer um número de mortes sem precedentes e enfrentam crescentes ameaças. Muitos perderam colegas, famílias e locais de trabalho, acabando por fugir em busca de segurança quando não existe uma saída segura”, lamenta o Comité para a Proteção dos Jornalistas.

A meia centena de mortes registadas só neste conflito contrasta com os 42 óbitos de jornalistas em todo o mundo em 2022, número que inclui 15 mortos durante a guerra na Ucrânia.

O número ultrapassa também o de jornalistas mortos no pico da guerra civil na Síria - 30 -, até há pouco tempo considerado o mais fatal cenário de guerra para estes profissionais em tempos recentes.
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Momento-Chave
Frente libanesa
por RTP

Forças de Defesa de Israel dão conta de novos confrontos com o Hezbollah

"Há pouco, aeronaves das Forças de Defesa de Israel identificaram e atingiram três células terroristas armadas na área da fronteira com o Líbano. Adicionalmente, caças das Forças de Defesa de Israel atingiram um número de alvos terroristas do Hezbollah, incluindo infraestruturas e estruturas militares usadas para dirigir atividade terroristas", adianta o Tsahal na plataforma de mensagens Telegram.

"Terroristas lançaram granadas de morteiro contra um posto das IDF no norte de Israel. Não há registo de feridos. A artilharia das IDF está a atingir a fonte dos disparos", acrescenta o exército israelita.
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Ajuda humanitária
por RTP

Crescente Vermelho Palestiniano faz balanço do fluxo de material para a Faixa de Gaza


A Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano indica que tem estado a receber, em média, "cerca de 42 camiões por dia" com material humanitário. Desde 21 de outubro, "foi recebido um total de 1.353 camiões".
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Momento-Chave
Centenas de alvos na mira israelita
por RTP

Forças de Defesa de Israel dizem ter "atingido aproximadamente 250 alvos terroristas do Hamas" em 24 horas


O exército israelita divulgou também um vídeo, nas redes sociais, que mostra soldados em ação na Faixa de Gaza, afirmando que "a divisão 162 completou o cerco a Jabalia esta noite e está pronta para a continuação do ataque".
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por Antena 1

Acordo entre Israel e Hamas para libertação de reféns estará mais próximo

Alexander Ermochenko - Reuters

Ainda não foi alcançado, mas já se vislumbra uma luz ao fundo do túnel para um entendimento entre Israel e o Hamas tendo em vista a libertação de reféns. O movimento radical admite que estão em curso negociações com o objetivo de libertar mulheres e crianças cativas desde 7 de outubro.

Em troca, Israel terá de se comprometer a libertar mulheres e crianças palestinianas que estão detidas em prisões de territórios ocupados.

O eventual acordo entre as partes também deverá incluir uma suspensão dos bombardeamentos na Faixa de Gaza.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, adianta que este acordo está ainda a ser negociado.
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Momento-Chave
Bombardeamentos prosseguem
por RTP

Ataques aéreos israelitas atingem oito casas próximas do Hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza

A estação Al Jazeera noticia que há pessoas debaixo dos escombros no local atingido pela aviação do Estado hebraico.

O número de civis palestinianos que permanecem no norte da Faixa de Gaza é incerto, ao cabo de mais de um mês da contraofensiva israelita. A Agência das Nações Unidas para os Refugiados calcula que cerca de 160 mil pessoas permaneçam naquela porção do território palestiniano. Cerca de 1,7 milhões de pessoas, quase três quartos da população de Gaza, abandonaram já as suas casas.
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Israel em silêncio
por RTP

Haniyeh acena com acordo a breve trecho

O líder da estrutura política e administrativa do Hamas, Ismail Haniyeh, confirmou esta terça-feira que pode ser selado a breve trecho um entendimento com vista a uma trégua na contraofensiva israelita, em troca da libertação de reféns civis. "Estamos perto de alcançar um acordo para uma trégua, disse Haniyeh, acrescentando que o movimento já fez chegar a sua resposta aos mediadores do Catar.
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Ponto de situação
por RTP

Acordo com Hamas para trégua em troca de reféns dado como próximo

  • O Hamas estará perto de anuir a um acordo para a libertação de reféns. Porta-vozes do Catar, do Egito e dos Estados Unidos estão a acelerar o passo na tentativa de estabelecer um entendimento para uma trégua na Faixa de Gaza, em troca de pessoas sequestradas desde 7 de outubro. O Catar está mediar o conflito e o movimento radical palestiniano já terá respondido afirmativamente, segundo as agências internacionais. Israel ainda não reagiu;

  • De acordo com a agência France Presse, que cita fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, o acordo de trégua passaria pela libertação de 50 a 100 civis israelitas e de outras nacionalidades cativos em Gaza, mas não pessoal militar. Em troca, Israel comprometer-se-ia com uma paragem de cinco dias na contraofensiva e com a libertação de 300 palestinianos detidos em território israelita, incluindo mulheres e crianças;

  • O secretário-geral das Nações Unidas afirma que o mundo está a assistir a um assassinato de civis sem paralelo em Gaza. António Guterres fala de uma situação sem precedentes desde que ocupa o cargo;

  • Em declarações à BBC, o diretor do Hospital Indonésio de Gaza dá conta de "disparos intermitentes" em redor da unidade, que mantém internadas 500 pessoas. O mesmo responsável indica que terá sido o exército israelita a desencadear o ataque ao edifício que causou pelo menos 12 mortos. As forças israelitas alegam ter respondido a disparos efetuados a partir do hospital;

  • Vinte e oitro dos 31 bebés prematuros que foram retirados no domingo do Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, encontram-se agora no Egito. A Organização Mundial da Saúde adianta que 12 dos recém-nascidos foram entretanto transferidos para o Cairo, sofrente de "infeções graves e outras condições".

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por RTP

RTP em Israel. Pressão nacional e internacional apela a pausa no conflito

Os enviados especiais da RTP relatam a enorme pressão internacional e nacional para uma pausa humanitária para retirar crianças e mulheres da Faixa de Gaza.

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por RTP

Os túneis do Hamas segundo especialistas entrevistados pela RTP

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

Os túneis usados pelo Hamas na Faixa de Gaza há muito que são conhecidos mas a grande complexidade desta rede de caminhos subterrâneos é praticamente um enigma

Os enviados especiais da RTP a Israel falaram com especialistas que já começaram a percorrer alguns dos túneis utilizados para atacar Israel.

Reportagem de Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.
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por RTP

Quase 30 bebés do hospital al-Shifa já estão no Egito

Dos 31 bebés prematuros retirados do hospital de al-Shifa em Gaza, 28 já chegaram ao Egito

Devido ao estado crítico em que se encontravam, três recém-nascidos ficaram internados noutro hospital da Faixa de Gaza.
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