Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Forças de Defesa de Israel via Reuters
Foto: EPA
Está traçado o plano para a eventual libertação dos reféns que estão nas mãos do Hamas desde o dia 7 de outubro. Podem ser libertadas ainda esta semana 20 mulheres e 30 crianças.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que a guerra contra o Hamas não vai parar por causa de um cessar-fogo para libertar reféns em posse do movimento islamita palestiniano.
"Não vamos parar a guerra após o cessar-fogo", declarou o chefe do Governo israelita aos seus ministros no início de uma reunião do executivo.
Netanyahu aludiu a "disparates" veiculados nas últimas horas sobre o fim das hostilidades em resultado da libertação dos reféns, afirmando, citado pelo diário israelita Haaretz: "Gostaria de deixar claro que estamos em guerra e continuaremos a guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos - eliminar o Hamas, recuperar todos os reféns e desaparecidos e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza".
Após reuniões separadas dos gabinetes de guerra e de segurança, o primeiro-ministro garantiu que todas as autoridades israelitas apoiam um entendimento sobre a libertação de reféns e sustentou junto dos seus pares que o acordo em negociação com o Hamas "é a decisão certa" a tomar.
Segundo Netanyahu, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ajudou a "melhorar o quadro proposto (...) para incluir mais reféns a um custo menor".
As famílias dos reféns exigiram que todos os detidos fossem libertados e a ala de extrema-direita da coligação governamental já se manifestou contra o acordo.
Espera-se que o executivo israelita vote um plano que suspenda a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza durante vários dias em troca da libertação de reféns detidos pelo Hamas.
O Hamas previu que um acordo mediado pelo Qatar poderia ser alcançado "nas próximas horas".
Netanyahu considerou que, durante a pausa, os esforços do serviço de informações serão mantidos, permitindo ao exército preparar-se para as próximas etapas do conflito
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 46.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Uma bebé de nacionalidade portuguesa foi retirada de Gaza em segurança, a última do grupo de cidadãos sinalizados por Portugal para saírem deste território, adiantou hoje à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, na sequência do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas neste enclave.
Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza, referiu a fonte oficial da diplomacia portuguesa.
Já saiu da Faixa de Gaza a bebé portuguesa que escapou a três bombardeamentos. Nour Ashour tem e um ano e foi levada para o Egito, onde está agora em segurança.
O primeiro-ministro jordano, Bisher Al-Jausaneh, afirmou hoje que, devido ao desastre humanitário palestiniano, recusou o pedido de Israel para fechar e evacuar o hospital de campanha que administra na cidade de Gaza.
"A Jordânia recebeu alertas de Israel para evacuar o Hospital de Campo da Jordânia e não respondeu a essas exigências", disse o primeiro-ministro numa entrevista à rede televisiva saudita Al Arabiya.
No norte do pequeno território palestiniano, alguns hospitais são alvo direto de ataques do exército israelita, que acusa o movimento islamita palestiniano, Hamas, de utilizar as instalações hospitalares como bases militares.
O Hospital de Campanha da Jordânia, fundado em 2009 no bairro de Al Rimal, no norte de Gaza, é um dos últimos hospitais ainda em funcionamento na cidade, mesmo após os ataques israelitas.
O rei Abdullah II da Jordânia declarou que as operações no hospital não irão ser interrompidas em qualquer circunstância e ordenou o envio de dois carregamentos de provisões para as instalações, através de transportes aéreos do exército jordano, em conjunto com Israel.
O primeiro-ministro jordano não só se recusou a evacuar o hospital, como recordou também que dezenas de camiões carregados com materiais de construção e material médico entraram recentemente em Gaza, com o objetivo de erguer mais um centro médico na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Fazem parte da equipa médica de apoio ao sistema hospitalar palestiniano cerca de 145 médicos jordanos especializados em várias áreas.
O segundo hospital de campanha conta com 41 camas, uma unidade de cuidados intensivos, incubadoras, departamentos de obstetrícia e ginecologia, bem como uma farmácia e um laboratório, entre outros serviços, informaram as autoridades da Jordânia.
Em todo o território, faltam ambulâncias, eletricidade, equipamento e pessoal.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
No norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano, o confronto com o Hezbollah tem vindo a crescer e devido aos combates muitas cidades israelitas estão agora praticamente desertas.
Os enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão em Israel a acompanhar os últimos desenvolvimentos em relação ao acordo para a libertação de 53 reféns em cativeiro desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.
Foto: Mohammed Salem - Reuters
Mais de 50 reféns israelitas podem ser libertados em breve. Em troca Israel oferece um cessar fogo de quatro dias e a libertação de mais de 150 militantes do Hamas.
O grupo mercenário russo Wagner "está a preparar-se para entregar um sistema de defesa antiaérea ao Hezbollah ou ao Irão a pedido das autoridades russas", disse hoje um porta-voz da Casa Branca.
O Irão, por sua vez, "poderia preparar-se para dar um passo adicional" na sua assistência militar à Rússia, indicou também John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, referindo-se a uma possível entrega de mísseis balísticos iranianos ao exército russo para atacar a Ucrânia.
Além dos `drones` e outros equipamentos que Washington afirma já fornecer ao exército russo, "o Irão está a considerar entregar mísseis balísticos que a Rússia poderia usar na Ucrânia", acrescentou o porta-voz.
"Estamos preparados para usar o nosso regime de sanções antiterrorismo contra indivíduos ou entidades russas" em resposta, disse John Kirby.
Quanto ao movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, está a levar a cabo uma série de ataques contra o exército israelita, num contexto de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos alertam há vários meses para o aprofundamento das relações militares entre Moscovo e Teerão.
Esta cooperação "é obviamente prejudicial para a Ucrânia, para os vizinhos do Irão e para a ordem internacional", alertou John Kirby.
O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, deslocou-se ao Irão em setembro para uma visita oficial que foi na altura descrita como um "passo importante" para a cooperação militar entre os dois países.
Moscovo e Teerão estão sujeitos a sanções internacionais que restringem o comércio. Durante o ano passado, formaram laços estreitos em vários setores.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) denunciou hoje que o acesso de ajuda humanitária a Gaza está a ser usado como "arma de guerra" contra a população, que não dispõe dos recursos mínimos para sobreviver.
"Água, alimentos, medicamentos e combustível são usados como armas de guerra", disse o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, numa conferência virtual, na qual lamentou que o acesso à ajuda humanitária dependa de "negociações políticas" que estão a obstruir o processo.
Nesse sentido, denunciou que o fluxo de ajuda que entra em Gaza "é muito pequeno para responder às imensas necessidades dos habitantes" e lembrou que o número de camiões que entraram no enclave no último mês é aproximadamente equivalente ao número que entrou na Faixa de Gaza dois dias antes do início da guerra.
"O combustível permitido pelas autoridades israelitas cobre apenas metade das necessidades críticas diárias, o que compromete toda a nossa operação de ajuda e põe em perigo a sobrevivência dos civis", lamentou Lazzarini.
O comissário-geral insistiu que a sua organização continua a "defender em vão" a abertura de passagens de fronteira adicionais para Gaza, como a de Kerem Shalom, uma vez que a ajuda até agora só foi acedida através da passagem de Rafah, a única não controlada por Israel e que liga o enclave ao Egito.
"O cerco é um castigo coletivo. O condicionamento da assistência humanitária é também um castigo coletivo", afirmou.
Lazzarini recordou que mais de dois terços dos mortos em Gaza são mulheres e crianças, ao mesmo tempo que indicou que a UNRWA confirmou a morte de 108 dos seus trabalhadores no enclave.
Além disso, 67 instalações de agências da ONU foram atingidas por bombardeamentos israelitas, 17 delas diretamente, apesar de a maioria estar no centro e sul de Gaza, áreas para onde Israel pediu à população que se deslocasse antes da sua campanha terrestre no norte.
O cerco e os bombardeamentos incessantes contra a Faixa deixaram cerca de 1,7 milhões de pessoas deslocadas, quase 80% da população, das quais mais de 900.000 se refugiam em instalações da UNRWA.
Pelo menos 176 pessoas morreram nestes abrigos e outras 778 ficaram feridas, segundo Lazzarini, que indicou que "as condições nestes abrigos são indescritíveis", pois estão sobrelotados.
"Em média, 150 pessoas partilham uma única casa de banho e 700 pessoas partilham um único chuveiro quando este está disponível. Este é um terreno fértil para o desespero e para doenças", lamentou.
Lazzarini também indicou que devido à situação crítica dos habitantes de Gaza, a UNRWA está a ver "sinais de que a ordem civil está a desmoronar, já que as pessoas são forçadas a defenderem-se sozinhas".
Apesar de haver um acordo para a libertação de mais de 50 reféns do Hamas, Benjamin Netanyahu apresenta neste momento o plano ao seu governo que apresenta várias fações, muitas delas não estão de acordo. O acordo com a liderança do Hamas ainda terá de ser aprovado pelo Supremo Tribunal de Israel.
Os líderes dos BRICS pediram hoje numa reunião virtual extraordinária do grupo de economias emergentes uma "trégua humanitária, duradoura e sustentada que conduza ao fim das hostilidades" entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.
O bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgou esta posição em comunicado, após o final do encontro convocado pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa -- cujo país preside este ano aos BRICS -- e onde foi analisada a situação em Gaza.
"Reafirmamos que uma solução justa e duradoura do conflito israelo-palestiniano apenas pode ser alcançada por meios pacíficos", sublinha o texto, que advoga a criação de dois Estados, Israel e Palestina.
Desta forma, os líderes do bloco reiteraram "firme apoio aos esforços regionais e internacionais destinados a garantir o fim imediato das hostilidades, garantir a proteção dos civis e a prestação de ajuda humanitária".
"Manifestamos a nossa profunda preocupação pela terrível situação humanitária nos Territórios Palestinianos Ocupados", assinalaram, antes de solicitarem o "envio de ajuda humanitária em conformidade com os princípios básicos de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência".
O comunicado também condena "os atos de violência dirigidos contra civis palestinianos e israelitas, incluindo crimes de guerra, ataques indiscriminados e ataques contra infraestruturas civis, para além dos atos de provocação, incitamento e destruição".
O documento conclui com uma apelo "à proteção dos civis, em conformidade com o direito internacional humanitário, e os direitos humanos internacionais".
Na reunião participaram os presidentes do Brasil, Lula da Silva, da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e da África do Sul, com a Índia a ser representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Subrahmanyam Jaishankar.
No encontro virtual também marcaram presença o Presidente do Egito, Abdel Fatah el-Sisi, o homólogo do Irão, Ebrahim Raisi, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, o chefe da diplomacia argentina, Santiago Cafiero, e representantes da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, países convidados a aderir aos BRICS em agosto, na cimeira que decorreu na cidade sul-africana de Joanesburgo.
Lula e Xi sublinharam nas suas intervenções a preocupação sobre um eventual alastramento do conflito a países vizinhos, com consequências para a estabilidade de toda a região, enquanto Putin advogou por uma "solução diplomática".
"A posição da Rússia sobre a situação em Gaza é coerente e não é oportunista. Moscovo insiste numa solução diplomática do problema", disse o líder russo.
Por sua vez, Raisi pediu aos restantes membros dos BRICS que declarem Israel como um Estado terrorista e adotem uma resolução vinculativa das Nações Unidas contra esse país.
"Os contínuos ataques do regime sionista contra hospitais e centros médicos, locais religiosos, o assassinato de mulheres, crianças, médicos, enfermeiras, são todos atos terroristas", assinalou o dirigente iraniano.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque do grupo islamita que incluiu o lançamento de `rockets` e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes, que segundo as autoridades israelitas mataram perto de 1.200 pessoas, incluindo 300 soldados, e sequestraram mais de 240 em localidades próximas da Faixa de Gaza.
Desde então, forças aéreas, navais e terrestres têm bombardeado sistematicamente o enclave palestiniano, onde segundo o ministério da Saúde local já foram mortas mais de 14.000 pessoas -- na maioria crianças e mulheres -- e cerca de 6.500 desaparecidos que poderão encontrar-se debaixo dos escombros.
A estes números juntam-se dezenas de milhares de feridos e mais de 1,7 milhões de deslocados -- mais de dois terços da população total --, que se confrontam com uma grave crise humanitária devido à escassez de água, alimentos, medicamentos e combustível.
A Comissão Europeia identificou um conjunto de projetos de apoio humanitário à população palestiniana na Faixa de Gaza, no valor de 75,6 milhões de euros, que deixaram de ser viáveis, pelo que têm de ser reprogramados.
De acordo com um comunicado divulgado hoje sobre a revisão ao apoio prestado pela União Europeia (UE) à população em Gaza, a Comissão identificou "uma lista de projetos que já não são viáveis com um total de 75,6 milhões de euros, que terão de ser reprogramados em apoio para os palestinianos à luz de novas prioridades que serão identificadas no terreno".
Bruxelas elaborou que identificou "grandes projetos de infraestruturas, gás para Gaza, a central de dessalinização de Gaza e acesso a serviços de água", cuja implementação é impossível "no contexto atual" de conflito aberto entre o Israel e o movimento islamita Hamas.
A viabilidade destes projetos foi colocada em causa numa altura em que a resposta de Israel ao ataque do movimento islamita, na Faixa de Gaza, está a assolar o território e já provocou mais de 14.000 mortos, a maioria civis, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.
O acordo para a libertação de reféns foi alcançado esta tarde. Espera-se ainda seja aplicado o acordo, pelo que, a partir de quinta-feira 53 pessoas deverão ser libertadas pelo Hamas. Por cada refém libertado, o Hamas recebe três militantes do grupo.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou hoje o "sucesso" dos esforços para estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Médio Oriente e elaboração de um futuro tratado sobre a questão.
Em causa está a quarta sessão da Conferência sobre o Estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição Maciça no Médio Oriente, que decorreu na semana passada na sede da ONU, em Nova Iorque, cuja "conclusão bem sucedida" Guterres saudou, segundo o seu porta-voz.
"O secretário-geral elogia os Estados participantes na Conferência, sob a presidência da Líbia, pelo seu empenho construtivo na elaboração de um futuro tratado e pelo seu compromisso com a diplomacia multilateral num momento de tensões elevadas e de crise humanitária aguda na região do Médio Oriente", disse Farhan Haq, porta-voz adjunto de António Guterres, em comunicado.
Guterres encorajou ainda os Estados-membros a "continuar o seu trabalho durante o período intersessões" e apoiou "os seus esforços contínuos para prosseguir, de uma forma aberta e inclusiva, o estabelecimento de uma Zona Livre de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição Maciça" nessa região.
Vinte e três membros da Conferência, quatro Estados observadores (China, França, Rússia e Reino Unido e Irlanda do Norte) e três entidades e organizações internacionais relevantes, nomeadamente a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e a Unidade de Apoio à Implementação da Convenção sobre Armas Biológicas participaram na sessão deste ano.
O relatório final da quarta sessão ressaltou a "ampla participação e o interesse crescente na Conferência", situação que reflete o "empenho e a vontade política determinada em alcançar o objetivo final da eliminação total e completa das armas nucleares".
Os participantes da Conferência, nas suas declarações nacionais durante o debate geral e ao longo dos trabalhos da Conferência, manifestaram "profundas preocupações e condenações em relação às recentes ameaças nucleares feitas por altos funcionários israelitas", segundo o relatório, que apontou para uma declaração do ministro do Património israelita, em 05 de novembro deste ano, "ameaçando usar armas nucleares em Gaza".
"Os membros participantes condenaram inequivocamente estas declarações irresponsáveis e lamentaram o grave risco que representam para a paz e segurança regional e internacional", diz a nota.
Os Estados-membros participantes instaram Israel a aderir prontamente ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e a submeter rapidamente as suas instalações e atividades nucleares à observação da Agência Internacional de Energia Atómica.
Observando a recusa de Israel em participar nas quatro sessões da Conferência realizadas até agora, os Estados-membros enfatizaram a necessidade de Telavive aceitar o convite anual feito pelo secretário-geral da ONU em prol da sua participação.
Esta Conferência tem como objetivo elaborar um instrumento juridicamente vinculativo para estabelecer um Médio Oriente livre de armas nucleares e outras armas de destruição maciça, "com base em acordos livremente alcançados pelos Estados da região através de um processo de tomada de decisão baseado em consenso", de acordo com o regulamento.
A quinta sessão ficou já agendada para decorrer entre 18 e 22 de novembro de 2024, na sede da ONU em Nova Iorque.
A Comissão Europeia descartou a possibilidade de o apoio humanitário para a população palestiniana na Faixa de Gaza estar a ser desviado para financiar as atividades do movimento islamista Hamas, foi hoje anunciado.
"A revisão [do apoio] mostrou que os mecanismos de controlo e salvaguardas da Comissão -- significativamente reforçados nos últimos anos -- estão a resultar e não há qualquer evidência até hoje de que o dinheiro esteja a ser desviado para utilização imprópria", concluiu a Comissão Europeia, de acordo com um comunicado divulgado.
Apesar de ainda estar a recolher "informação adicional" para avaliar "possíveis ajustes" ao financiamento de algumas organizações no terreno, "o apoio até hoje vai continuar a ser distribuído pelas organizações que responderam aos pedidos de clarificação e salvaguardas" sobre a utilização do dinheiro da UE.
Foto: Ministério da Saúde do Egito via Reuters
Os bebés prematuros palestinianos que chegaram ontem ao Egito já estão a receber tratamento hospitalar, mas não estão ainda livres de perigo.
A negociação para a libertação de reféns do Hamas estará praticamente concluída, faltando apenas acertar pormenores logísticos, constatou o enviado especial da RTP a Israel.
#عاجل يا سكان غزة، وخاصة سكان شمال القطاع:
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) November 21, 2023
🔴 الى سكان أحياء جباليا والدرج التفاح والشجاعية نحثكم على ضرورة اخلاء مناطق سكنكم بشكل فوري حفاظًا على سلامتكم وذلك عبر طريق صلاح الدين حتى الساعة الرابعة (16:00) مساء للوصول الى جنوب وادي غزة وللمنطقة الانسانية. نحثكم على الاخلاء بشكل… pic.twitter.com/4KmemWROi8
São já 50 os jornalistas mortos desde o início da guerra no Médio Oriente, a 7 de outubro. O número representa um novo recorde: é o mais elevado dos últimos 30 anos, quando as estatísticas começaram a realizar-se. Noventa por cento dos profissionais assassinados no conflito no último mês e meio eram palestinianos.
🤚Since October 21, 2023, a total of 1353 trucks have been received, averaging around 42 trucks per day.#Gaza#HumanitarianAid pic.twitter.com/JwfInNg1r1
— PRCS (@PalestineRCS) November 21, 2023
אוגדה 162 השלימה הלילה את כיתור ג׳באליה וערוכה להמשך המתקפה; מחבלים חוסלו ותשתיות הושמדו.
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) November 21, 2023
כוחות ארטילריה של 215 וכלי טיס של חיל האוויר פעלו להכנת השטח ללחימה במרחב ג'באליה. הכוחות תקפו מטרות טרור בסיוע מטוסי קרב וכלי טיס מאויישים מרחוק >> pic.twitter.com/oOhTguNHbO
Alexander Ermochenko - Reuters
Ainda não foi alcançado, mas já se vislumbra uma luz ao fundo do túnel para um entendimento entre Israel e o Hamas tendo em vista a libertação de reféns. O movimento radical admite que estão em curso negociações com o objetivo de libertar mulheres e crianças cativas desde 7 de outubro.
Os enviados especiais da RTP relatam a enorme pressão internacional e nacional para uma pausa humanitária para retirar crianças e mulheres da Faixa de Gaza.
Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters
Os túneis usados pelo Hamas na Faixa de Gaza há muito que são conhecidos mas a grande complexidade desta rede de caminhos subterrâneos é praticamente um enigma
Dos 31 bebés prematuros retirados do hospital de al-Shifa em Gaza, 28 já chegaram ao Egito