Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Foto: Ronen Zvulun - Reuters
As Nações Unidas estão prontas a entrar em Gaza com ajuda humanitária logo que haja um cessar-fogo, garante Jorge Moreira da Silva. O subsecretário-geral da ONU garante não há condições mínimas de subsistência no território.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, garantiu hoje que a trégua em Gaza "será breve" e que, assim que terminar, os combates dentro do enclave serão retomados "com intensidade" durante pelo menos mais dois meses.
"O que veremos nos próximos dias é, em primeiro lugar, a libertação dos reféns. Esta trégua será breve", frisou Yoav Gallant, durante uma visita às tropas da unidade Shayetet 13 da Marinha israelita.
Israel e o Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo de quatro dias, que permitirá a libertação de 50 reféns que as milícias islamitas mantêm dentro da Faixa de Gaza, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos. Em ambos os casos, são mulheres e menores.
Fontes israelitas confirmaram à agência Efe que por cada dez reféns adicionais que o Hamas estiver disposto a libertar após os quatro dias, a trégua poderá ser prorrogada por mais um dia, até um máximo de dez dias.
"O que é exigido neste intervalo é organizar, preparar, investigar, reabastecer armas e prepararem-se para continuar [a combater]", pediu Gallant aos soldados.
"Haverá uma continuação, porque precisamos de completar a vitória e criar impulso para os próximos grupos de reféns, que só regressarão graças à pressão militar", acrescentou.
Estima-se que as milícias palestinianas em Gaza tenham reféns cerca de 240 pessoas, cerca de 210 nas mãos do Hamas e outras 30 nas mãos da Jihad Islâmica Palestiniana.
No total, há pelo menos 40 crianças reféns em Gaza, segundo as autoridades israelitas, que receberam hoje a lista dos 50 reféns que serão entregues pelo Hamas, embora esta não tenha sido tornada pública por precaução.
"O Hamas tentará usar os dias do acordo para espalhar o medo, a desinformação e o terror psicológico. O acordo não é o fim do processo, mas o começo", destacou, por sua vez, o porta-voz do Exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari.
O porta-voz garantiu que as tropas se irão concentrar "no planeamento e na conclusão dos preparativos para as próximas etapas do combate".
A trégua de quatro dias acordada entre Israel e o grupo islamita palestiniano terá início na sexta-feira às 07:00 locais (05:00 em Lisboa).
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 48.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora naquele enclave palestiniano pobre cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu hoje em Ramallah perante o presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmud Abbas, que deveria ser esta entidade a assumir o controlo da Faixa de Gaza após o conflito entre Israel e o Hamas.
Sánchez, juntamente com o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, foram recebidos por Abbas na Mukata, sede da Presidência da AP, tendo o líder do Governo espanhol manifestado a mesma posição - bem como a existência de dois Estados como solução para a crise no Médio Oriente -, nas reuniões que manteve com Presidente israelita, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O Governo espanhol entende que a AP é o único interlocutor legítimo do lado palestiniano e está empenhado em reforçar esse papel, em contraste com o grupo islamita Hamas, cujos membros, Sánchez defendeu, após visitar um `kibutz` atacado em 07 de outubro no sul de Israel, devem "prestar contas" e serem responsabilizados pelos atos sangrentos perpetrados naquele dia.
Por sua vez, o presidente da AP já manifestou que estaria disposto a assumir aquela responsabilidade, mas com certas condições prévias.
A Abbas, à frente da AP desde 2005, o presidente do Governo espanhol reiterou o compromisso de Madrid com a solução de dois Estados, que Sánchez entende ser a melhor forma de alcançar a paz e de garantir a segurança de Israel.
Tanto perante o presidente palestiniano como dos seus interlocutores israelitas, Sánchez defendeu que a Palestina deve ser um "Estado viável".
Durante o debate de investidura, o chefe do Governo espanhol deixou claro que uma das suas prioridades nesta legislatura será o reconhecimento do Estado palestiniano.
Sánchez quer dar esse passo, como exigiu o Congresso em 2014, mas não quer que seja um mero gesto declarativo, antes uma ação coordenada com outros parceiros europeus, com o objetivo de que possa contribuir para a paz na região.
Abbas, com quem Sánchez já teve oportunidade de se reunir no dia 22 de outubro durante uma conferência organizada pelo Presidente egípcio no Cairo, agradeceu ao líder espanhol a sua disponibilidade para trabalhar pelo reconhecimento da Palestina, no qual enquadra a sua proposta de uma conferência internacional de paz.
A visita de Sánchez antecede uma trégua nos combates entre Israel e o Hamas, que entrará em vigor na manhã de sexta-feira, e a libertação dos primeiros reféns à tarde, anunciou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari.
"A pausa humanitária terá início às 07:00 (05:00 hora de Lisboa) de sexta-feira (...) e o primeiro grupo de reféns civis será libertado por volta das 16:00 (14:00 de Lisboa) do mesmo dia", afirmou Majed Al-Ansari.
De acordo com a diplomacia do Qatar, 13 mulheres e crianças detidas pelo movimento islamita Hamas em Gaza, todas da mesma família, serão libertadas, enquanto um número ainda desconhecido de prisioneiros palestinianos detidos por Israel será libertado ao mesmo tempo.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 48.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora naquele enclave palestiniano pobre cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Depois do encontro emotivo entre pai e filha no Aeroporto de Lisboa, a bebé que sobreviveu a vários bombardeamentos em Gaza está agora a ser observada pelos médicos.
Apesar do anúncio da trégua temporária, Israel continua os bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza. O exército israelita garante ter encontrado um esconderijo do Hamas no Hospital al-Shifa.
Christophe Petit Tesson - EPA
Apesar do cessar fogo temporário marcado para amanhã, sexta-feira, intensificam-se os ataques na Faixa de Gaza. E as declarações de responsáveis israelitas e do Hamas, esta tarde, mostram que a guerra está para durar.
Depois de adiada a libertação dos reféns, o cessar-fogo em Gaza está agora marcado para esta sexta-feira. O Catar, que mediou as negociações, diz que os primeiros 13 reféns israelitas começam a ser libertados a partir da tarde. À sua espera vão estar a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.
O embaixador da Palestina em Angola disse hoje que mais países africanos podem seguir o exemplo da África do Sul e cortar relações com Israel, apesar de o Estado hebraico manter fortes relações económicas com muitos deles.
Em entrevista à Lusa, depois do Parlamento sul-africano aprovar uma moção para suspender as relações diplomáticas com Israel, Jubrael Shomali saudou novamente a posição assumida por Angola e considerou a decisão da África do Sul "muito importante" para consciencializar Israel para o que está a fazer em Gaza.
"É uma catástrofe, não só para os palestinianos, mas também para os israelitas que querem a paz", disse, a propósito do conflito que se reiniciou a 07 de outubro, admitindo que outros países possam seguir a África do Sul, como a Namíbia ou o Zimbabué.
"Mas penso que a maioria dos paises africanos preferem tomar posição através da União Africana", assinalou o diplomata, afirmando que a proximidade entre África do Sul e Palestina remonta ao "ícone" Nelson Mandela, "que disse que não haveria liberdade no mundo enquanto a Palestina não fosse livre".
Jubrael Shomali salientou que a maioria dos países africanos apoia a Palestina, por se tratar de "uma causa justa", mas também por que sofreram os efeitos da colonização e veem em Israel um Estado colonizador.
Quanto aos países que apoiam o lado israelita, considerou que "Israel tem trabalhado na frente económica e financeira" com muitos destes países, o que contribui para manter uma boa relação.
A título de exemplo, apontou os casos de Israel e Angola: "têm uma relação forte do ponto de vista económico, mas em termos políticos Angola apoia a Palestina", ou seja, a economia não é a chave para que Israel consiga conquistar o apoio dos países africanos.
Além disso, para a Autoridade Palestiniana, "é suficiente" a posição de Angola, já expressa em diversas ocasiões pelo Presidente da Republica, João Lourenço.
A última foi na quarta-feira, na abertura da Bienal de Luanda -- "Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz", em que João Lourenço reafirmou que a solução para o conflito assenta necessariamente na criação do Estado palestiniano, ao abrigo das várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a matéria.
"A posição de Angola é igual à da Palestina a nível internacional. Só queremos uma coisa, implementar as resoluções das Nações Unidas na Palestina", disse o diplomata à Lusa.
Jubrael Shomali disse acreditar que Israel está a perder apoio internacional, apontando as manifestações e marchas que têm ocorrido em todo o mundo, e mostrou-se otimista: "penso que agora o mundão vai querer ser sério quanto à solução do problema da Palestina, implementando os dois Estados.
"Já perdemos mais de 12 mil palestinianos, 6 mil eram crianças e 4 mil eram mulheres", em apenas 45 dias, lamentou o embaixador.
"É uma tragédia e Israel deve pagar a fatura, retirando-se da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental", continuou.
Sobre as tréguas temporárias que foram negociadas para a libertação de reféns, sustentou que só se chegou a acordo por que Israel não conseguiu ainda conquistar nenhum objetivo militar.
"Depois de 45 dias de luta, de matança, de bombardeamentos, o que conquistaram em termos militares é zero e por isso é que concordaram, se não teriam continuado na sua missão", disse o embaixador.
"Falharam e vão continuar a falhar. O Hamas está nos túneis, por que é que estão a matar os civis?", questionou, frisando que "o grande objetivo" é empurrar os palestinianos para sul.
Foto: Mohammed Salem - Reuters
O Fundo das Nações Unidas para a Infância estima que, desde o início da guerra, morreram 115 menores por dia. Algumas das imagens desta reportagem podem chocar.
Da lista de 50 reféns que o Hamas prometeu libertar nos próximos dias fazem parte três israelitas com ligações a Portugal. Um jovem de 23 anos e dois menores de 17 e 15 anos, sobrinho e filhos de outro refém de nacionalidade portuguesa que não faz parte desta lista.
Os enviados especiais da RTP Paulo Jerónimo e José Pinto dias descrevem o ambiente em Israel, após a notícia do adiamento da libertação de reféns dos movimentos radicais palestinianos em Gaza, ao abrigo do acordo entre o Hamas e o Estado hebraico.
Foto: Christophe Petit Tesson - EPA
Só na sexta-feira deve entrar em vigor o cessar-fogo em Gaza e a troca de reféns por prisioneiros. Questões logísticas motivaram o atraso, mas o Catar já afirmou que a data de início vai ser conhecida nas próximas horas.
Foto: Abir Sultan - Pool via Reuters
Benjamin Netanyahu explicou que a Cruz Vermelha vai ser autorizada a visitar os reféns para lhes dar os medicamentos de que precisarem.
O acordo entre Israel e o Hamas, que enquadra uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza e a troca de reféns do movimento radical por prisioneiros palestinianos, foi celebrado nas ruas de Ramallah, na Cisjordânia. Neste cartaz, apela-se à preservação das vidas de profissionais de saúde.Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estiveram a acompanhar estas manifestações.
O Exército israelita continua a combater, atacando postos do Hamas e bombardeando Gaza, não havendo ainda certezas sobre quando vai começar a trégua que se previa começar hoje de manhã.
"As tropas terrestres israelitas continuaram a atacar os terroristas, a localizar postos subterrâneos e a atacar as infra estruturas" das milícias palestinianas na Faixa de Gaza, disse hoje um porta-voz militar, enquanto se aguardam mais pormenores sobre o início do anunciado primeiro cessar-fogo.
Segundo o porta-voz, o Exército "está a atacar alvos terroristas na zona de Jabalia", no norte de Gaza, onde também utilizou um `drone` (aparelho aéreo não tripulado) e carros de combate para "eliminar várias células" do Hamas.
O Exército de Israel afirma também ter localizado "um túnel no interior de uma mesquita", e na zona agrícola de Beit Hanoun, no norte de Gaza.
Os soldados, de acordo com a mesma fonte, encontraram e atacaram outro túnel e localizaram numerosas armas e outras infra estruturas subterrâneas no interior de uma residência civil.
"Durante as atividades do Exército em Gaza nas últimas 24 horas, foram efetuados ataques aéreos a mais de 300 alvos do Hamas", incluindo "centros de comando militar, túneis terroristas subterrâneos e instalações de armazenamento, fabrico de armas" e "locais de lançamento de mísseis anti-tanque".
O Movimento de Resistência Islâmica Hamas, que governa Gaza, é considerado organização terrorista por Israel, Estados Unidos e a União Europeia.
A guerra decorre e não se conhecem dados concretos sobre quando vai começar de facto o cessar-fogo temporário que pode vir a interromper a atual ofensiva e que deveria começar hoje.
A verificar-se, as tréguas - na sequência de um pacto entre Israel e o Hamas, mediado pelo Qatar - preveem a libertação de cerca de 50 reféns israelitas em Gaza, em troca de 150 prisioneiros palestinianos, na maioria mulheres e crianças.
No entanto, o conselheiro de segurança nacional israelita, Tzachi Hanegbi, afirmou que a libertação de prisioneiros não vai acontecer antes de sexta-feira e que as negociações continuam.
Este facto levanta dúvidas sobre a aplicação da trégua, que estava inicialmente prevista para durar quatro dias a partir de hoje.
O acordo prevê também a entrada de mais ajuda humanitária, combustível e material médico em Gaza, território sob bombardeamentos incessantes que já mataram mais de 14.500 palestinianos desde o dia 07 de outubro.
O Qatar deverá dar hoje de manhã mais pormenores sobre o início do cessar-fogo.
O emirado afirmou hoje que os contactos entre as partes continuam "de forma positiva".
"Os contactos continuam com as duas partes e com os nossos parceiros no Egito e nos Estados Unidos para garantir o rápido início da trégua e fazer o que for necessário para assegurar o cumprimento do pacto pelas partes", sublinhou um porta-voz oficial do Qatar.
O Hamas atacou o território israelita no passado dia 07 de outubro.
A entrada em vigor dos termos do acordo entre Israel e o Hamas, mediado pelo Catar, foi adiada. A libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos em solo israelita não terá lugar antes de sexta-feira, tal como o início da trégua de quatro dias.
A entrada em vigor da trégua de quatro dias nos combates entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas será anunciada nas próximas horas, garantiu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar.
Num comunicado, o porta-voz do ministério, Majid bin Mohamed al Ansari, disse que as conversações estão a progredir "positivamente" entre o Catar e o Egito, ambos mediadores da trégua, que prevê a libertação de reféns detidos pelo Hamas.
O comunicado, citado pela agência de notícias catari QNA, referiu que o Catar, o Egito e os Estados Unidos continuam a trabalhar para "garantir o rápido início da trégua" e assegurar que tanto Israel como o Hamas a respeitam.
A posição do Catar surge horas depois do conselheiro de segurança nacional de Israel garantir, na quarta-feira, que a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza e o início da trégua, previstos para esta manhã, não acontecerão antes de sexta-feira.
Tzachi Hanegbi sublinhou que as negociações ainda decorrem e não deu mais explicações para o atraso na troca de reféns por prisioneiros palestinianos, cuja lista já foi divulgada oficialmente pelas autoridades israelitas.
Um responsável palestiniano admitiu hoje à agência de notícias France Presse que o início da trégua na Faixa de Gaza foi adiado devido a discussões de "última hora" sobre os "nomes dos reféns israelitas e os termos de sua entrega" a terceiros.
"O Catar, em coordenação com os egípcios e os norte-americanos, deve anunciar nas próximas horas" o horário de início da trégua, confirmou o responsável, cujo nome não foi revelado pela agência.
O acordo com o Hamas implica, segundo o Governo israelita, a libertação no prazo de quatro dias de pelo menos 50 dos cerca de 240 reféns feitos pelo grupo islamita no dia em que atacou Israel, em 07 de outubro.
Por seu lado, Israel libertará alguns prisioneiros palestinianos, maioritariamente adolescentes.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou na quarta-feira ter avisado o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que prosseguirá com a guerra depois de o período de "trégua humanitária" expirar.
Um ataque de surpresa e de grande dimensão foi lançado, em 07 de outubro, pelo Hamas contra Israel, provocando, de acordo com as autoridades israelitas, mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A retaliação israelita já matou, segundo o Hamas, mais de 14 mil mortos.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.
O Governo de Israel avança que a libertação de reféns não vai acontecer antes de sexta-feira. Sem mais explicações sobre esta decisão, o conselheiro de Segurança Nacional israelita revelou ainda que o processo vai começar segundo o acordo original entre as partes.
Foto: José Pinto Dias - RTP
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos deveria começar esta quinta-feira, mas será protelada por 24 horas. O Governo Israelita aprovou o acordo com o Hamas para a libertação de 50 reféns, mulheres e crianças. Um entendimento saudado na Cisjordânia.
O que propomos aqui são quatro entrevistas feitas ao longo dos últimos dois anos e meio a protagonistas do conflito israelo-palestiniano: dois historiadores israelitas, uma organização de ex-militares do IDF (forças israelitas) e dois irmãos palestinianos de Gaza que se tornaram realizadores de cinema. A sua perspetiva ajuda-nos a perceber o puzzle que é a realidade nos territórios ocupados da Palestina, um statu quo montado pela máquina israelita ao longo de décadas a que muitos chamam de Apartheid.
O exército de Israel revelou uma alegada instalação militar do grupo islamita palestiniano Hamas sob o maior hospital de Gaza, mostrando a jornalistas estrangeiros o que parecia ser um dormitório subterrâneo.
Dezenas de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) escoltaram jornalistas através de um estreito túnel de pedra - que, segundo os militares, se estende por 150 metros - até uma série de bunkers subterrâneos sob o hospital al-Shifa, na cidade de Gaza.
De acordo com um jornalista da agência de notícias Associated Press, os alojamentos localizados no final do túnel tinham ar condicionado, cozinha, quarto de banho e duas camas de metal e estavam revestidos de azulejos brancos já amarelados e pareciam há muito não serem usados.
Desde que declarou guerra ao Hamas, em 7 de Outubro, Israel acusou repetidamente o grupo de usar os hospitais de Gaza como cobertura para uso militar.
O exército israelita lançou um ataque a al-Shifa na semana passada, alegando que o hospital albergava uma base do movimento islamita palestiniano, incluindo centros de comando e bunkers.
Israel ainda não revelou este suposto centro, mas os militares descreveram o esconderijo subterrâneo como a sua descoberta mais significativa até agora.
O Hamas e a administração do hospital negaram as alegações do exército israelita.
"O hospital al-Shifa é o maior hospital de Gaza e também a maior instalação terrorista do Hamas", disse o porta-voz das IDF.
"Os comandantes do batalhão do Hamas conduziam o comando e controlo, disparando foguetes daqui", acrescentou o contra-almirante Daniel Hagari.
Na quarta-feira, soldados israelitas mostraram aos jornalistas estrangeiros o armamento que dizem ter encontrado no hospital, incluindo dezenas de metralhadoras de assalto AK-47, 20 granadas e vários drones.
Hagari disse que era apenas uma pequena parte do armamento encontrado em al-Shifa.
Centenas de pacientes e médicos permanecem retidos no hospital. Milhares de pessoas que tinham procurado abrigo no complexo fugiram para o sul da Faixa de Gaza na semana passada, enquanto os tanques israelitas se aproximavam e os combates se intensificavam.
Um navio de guerra dos EUA que patrulha o Mar Vermelho intercetou drones explosivos lançados de uma região do Iémen controlada pelos rebeldes Huthis, anunciou o Comando Militar do Médio Oriente norte-americano (Centcom).
"O USS Thomas Hudner disparou e destruiu numerosos drones de ataque lançados a partir da região do Iémen controlada pelos Huthis", disse o Centcom na rede social X (antigo Twitter).
"Os drones foram abatidos enquanto o navio de guerra patrulhava o Mar Vermelho. O navio e a tripulação não sofreram danos ou ferimentos", acrescentou.
Os Huthis anunciaram, no final de outubro, que realizariam ataques contra Israel até que este pusesse fim à sua ofensiva contra Gaza, para defender "o direito do povo palestiniano à autodefesa".
Os rebeldes do Iémen reivindicaram na quarta-feira o disparo de um míssil de cruzeiro contra o sul de Israel e que foi intercetado pela aviação israelita, afirmou o porta-voz do grupo armado apoiado pelo Irão.
"As nossas forças lançaram mísseis contra vários alvos militares da entidade israelita", escreveu no X o porta-voz do braço armado dos Huthis, Yahia Saree.
"Continuaremos a realizar operações militares até que a agressão israelita contra o povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia termine", acrescentou.
O Exército israelita afirmou na quarta-feira ter intercetado um míssil de cruzeiro que avançava em direção ao sul do país.
Uma aeronave de combate "intercetou com sucesso um míssil de cruzeiro disparado contra Israel", após relatos de uma intrusão no espaço aéreo perto da cidade de Eilat, afirmou-se num comunicado do exército, acrescentando que "não houve infiltração em território israelita".
A bebé de um ano é a única sobrevivente de uma família portuguesa que foi morta nos bombardeamentos em Gaza. À sua espera teve um pai ansioso.
João Gomes Cravinho adianta que há cidadãos de outras nacionalidades com relação a Portugal que podem ser retirados do território nos próximos dias.