Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Geraldo, Cristina Sambado, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


EPA

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Momento-Chave
por RTP

Israel libertou 30 prisioneiros palestinianos

O Serviço Prisional de Israel confirmou que libertou 30 palestinianos de prisões israelitas na noite desta quarta-feira, em conformidade com o acordo de trégua com o grupo Hamas.

Os palestinos foram libertados das prisões de Israel, da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém.

Estes prisioneiros foram libertados depois de o Hamas ter libertado 16 reféns israelitas e estrangeiros detidos na Faixa de Gaza.

O Catar, principal mediador da trégua entre Israel e o Hamas, já tinha anunciado que os prisioneiros palestinianos a serem libertados são 16 menores e 14 mulheres.

Entre eles está Ahed Tamimi, um ativista de 22 anos que se tornou uma figura chave para os palestinianos que condenam a ocupação israelita.
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por Lusa

Guterres saúda libertação de dezenas de reféns e pede liberdade imediata para restantes

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou hoje a libertação de dezenas de reféns detidos pelo Hamas, mas defendeu que os restantes sejam colocados em liberdade de forma "imediata e incondicional".

"Dezenas de reféns detidos pelo Hamas e outros foram libertados. Este é um começo bem-vindo. Mas, como venho dizendo desde o primeiro dia, todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente", instou Guterres numa publicação na plataforma X (antigo Twitter).

Até que essa libertação se concretize, o líder das Nações Unidas pediu que os reféns sejam "tratados humanamente" e que possam ser visitados por funcionários do Comité Internacional da Cruz Vermelha, organização que garante proteção humanitária e assistência às vítimas de guerra e outras situações de violência.

O Exército israelita anunciou na noite de hoje a libertação de mais 14 reféns - 10 israelitas e quatro tailandeses - pelo Hamas, no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sexto dia e expira na quinta-feira.

De acordo com as forças israelitas (IDF, na sigla em inglês), esta informação foi transmitida pela Cruz Vermelha e os reféns estão a caminho da passagem de Rafah, seguindo da Faixa de Gaza para o Egito.

Horas antes, o Exército israelita tinha divulgado a libertação pelo Hamas de 12 reféns, referindo que dois já tinham sido transferidos para o Egito.

Além de permitir a libertação de dezenas de pessoas, quer reféns, quer prisioneiros palestinianos, o acordo entre Israel e o Hamas inclui uma trégua que tem sido utilizada para fazer entrar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Numa reunião no Conselho de Segurança da ONU na manhã de hoje, Guterres já havia dito que o povo do Território Palestiniano Ocupado e de Israel finalmente viu um "vislumbre de esperança e de humanidade no meio de tanta escuridão", numa referência direta às tréguas em vigor, acrescentando que foi "profundamente comovente ver os civis finalmente a terem uma trégua dos bombardeamentos, as famílias reunidas e o aumento da ajuda vital".

Contudo, Guterres lamentou que o nível de ajuda aos palestinianos em Gaza continue "completamente inadequado" face às enormes necessidades que mais de dois milhões de pessoas enfrentam no enclave, denunciando a "catástrofe humanitária épica" em curso em Gaza.

Além disso, o líder da ONU denunciou, perante o Conselho de Segurança, que o número de crianças mortas pelas forças israelitas em Gaza excede o de qualquer outro conflito ou guerra registado durante o período de um ano desde que chegou a secretário-geral das Nações Unidas, em janeiro de 2017.

Num outro discurso ao Conselho, em 07 de novembro, Guterres já havia descrito Gaza como "um cemitério de crianças", levando à ira do Governo israelita, que vem pedindo o seu afastamento do cargo.

Hoje, António Guterres recordou mais uma vez que as crianças e as mulheres representam mais de dois terços das 14.000 mortes em Gaza, citando dados do Ministério da Saúde de Gaza.

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por RTP

Blinken chega a Israel

O secretário de Estado norte-americano chegou a Israel para se juntar à liderança israelita para novas conversações sobre o prolongar da trégua na guerra contra o Hamas. Espera-se que Antony Blinken também visite a Cisjordânia e se reúna com Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestiniana.
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Momento-Chave
por Lusa

França diz que reconhecimento do Estado da Palestina deve ser negociado

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês defendeu hoje que a "única solução possível" para o conflito israelo-palestiniano é a solução de dois Estados, e que o reconhecimento do Estado da Palestina deve resultar de um processo de negociação.

Esta posição foi manifestada hoje pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Anne-Claire Legendre, quando questionada sobre o possível reconhecimento unilateral espanhol da Palestina.

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, admitiu na semana passada que a Espanha pode reconhecer de forma unilateral a Palestina caso os restantes parceiros europeus não se decidam por um reconhecimento coordenado.

A porta-voz sublinhou a vontade francesa de "contribuir para uma perspetiva política" que inclua uma solução de dois Estados.

O Ministério recordou que a França tem defendido historicamente a existência de dois Estados porque a aspiração de Israel a viver em paz e segurança é legítima, tanto como a dos palestinianos a ter um Estado independente.

"O que nos interessa agora é relançar uma lógica de negociação e, evidentemente, um reconhecimento da Palestina só poderia acontecer neste contexto", acrescentou.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês referiu-se à mobilização do seu país nesta crise com uma estratégia baseada nos pilares de domínio humanitário, de segurança e político.

No domínio humanitário, o objetivo é prolongar o acordo de trégua para permitir a libertação de todos os reféns e facilitar a entrada de ajuda para a população palestiniana em Gaza, na esperança de que isso possa conduzir a um cessar-fogo.

No domínio da segurança, a UE está a trabalhar no sentido de combater o financiamento e a propaganda de grupos terroristas, incluindo o reforço de sanções contra o Hamas e os seus dirigentes.

A França apelou também a Israel para que ponha fim aos atos violentos dos colonos contra a população palestiniana na Cisjordânia.

O país condenou a nova atribuição de 100 milhões de euros pelo governo israelita para prosseguir com a construção de colónias na Cisjordânia, uma vez que "a colonização compromete a solução de dois Estados".

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por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão em reportagem a partir de Telavive.

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por RTP

Catar confirma libertação de reféns

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar confirmou a libertação de dez reféns israelitas e a saída de 30 prisioneiros palestinianos de Israel. Majed Al Ansari confirmou que os reféns foram entregues à Cruz Vermelha.

Entre os reféns libertados estão cinco menores e cinco mulheres. Três pessoas têm nacionalidade alemã, havendo um neerlandês e um americano.
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por RTP

Exército confirma libertação de dez reféns

Depois de ultrapassados o que consideraram ser "problemas técnicos", o Exército de Israel anunciou via radio que cerca de dez reféns (mais duas mulheres russas libertadas anteriormente) foram finalmente entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha. 

Para além dos dez reféns de nacionalidade israelita, quatro tailandeses também foram libertados.

A libertação de dez israelitas e quatro tailandeses está abrangida pelo acordo entre o Hamas e Israel.
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por RTP

Família de português refém em Gaza apela a intervenção de Portugal

Foto: José Pinto Dias - RTP

Idan estava no festival de música no sul de Israel quando foi raptado pelo Hamas a 7 de outubro. O irmão conseguiu escapar e falou com os enviados especiais da RTP.

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por RTP

"Catástrofe humanitária épica". Secretário-geral da ONU condena situação em Gaza

Foto: Justin Lane - EPA

António Guterres disse que a catástrofe humanitária é épica e sem precedentes.

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por RTP

Novo prolongamento do cessar-fogo continua em cima da mesa em Israel

A Cruz Vermelha jé recebeu os 10 reféns libertados pelo Hamas. Em troca Israel libertou 30 presos palestinianos. A hipótese de um novo prolongamento do cessar-fogo continua em cima da mesa, mas Israel rejeitou que a trégua se torne definitiva.

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por Lusa

Centenas de pessoas nas ruas de Lisboa em solidariedade com palestinianos

Centenas de pessoas formaram hoje no centro de Lisboa um amplo quadrado numa manifestação de solidariedade com a Palestina que incluiu representação, música, discursos e palavras de ordem, na presença dos dirigentes do PCP e do BE.

No Martim Moniz, como já sucedeu noutros pontos do país, cumpriu-se mais uma jornada da Semana de Solidariedade com o Povo Palestiniano, sob o lema "Paz no Médio Oriente. Palestina independente".

Já com a noite instalada, chuva pouco intensa, camioneta-palco, luzes e altifalantes, um vídeo, dezenas de pessoas aceitaram o desafio e deitaram-se ou sentaram-se num amplo espaço coberto com plástico, muitas com lençóis brancos salpicados de vermelho, numa alusão às "vítimas do genocídio" na Faixa de Gaza.

No grande quadrado em redor, quem ficou de pé exibia faixas, bandeiras palestinianas, cartazes. "Fim à agressão. Paz no Médio Oriente": "Reconhecer os direitos nacionais da Palestina", com a marca da Juventude Comunista Portuguesa, a juventude do Partido Comunista Português (PCP); "Palestina vencerá", ou uma frase mais arrojada "Não ao nazi-sionismo, 75 anos de genocídio. Palestina Livre".

Na concentração, pessoas de todas as idades, mas com predominância acima dos 50 anos, muitos e muitas com lenços palestinianos, que acorreram à convocatória das organizações promotoras: CGTP- Intersindical Nacional, Comité Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Movimento pelos direitos do povo palestiniano e pela paz no Médio Oriente (MPPM) e Projeto Ruído -- Associação juvenil.

Ao som de música palestiniana, ecoa a primeira palavra de ordem "Palestina vencerá!", pouco antes da chegada de Mariana Mortágua e Paulo Raimundo, líderes do Bloco de Esquerda e do PCP, que decidiram juntar-se ao acontecimento.

Uma palestiniana com um vestido tradicional de noiva discursa em inglês e dessa forma homenageia uma amiga que diz ter sido morta no dia do casamento pelos bombardeamentos israelitas em Gaza, iniciados um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas em 07 de outubro e que se prolongaram até 24 de novembro. Tudo antes do início da mobilizadora "ação artística", como foi depois anunciado.

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por Antena 1

O relato dos reféns às famílias sobre o seu cativeiro

Reuters

À medida que surgem apelos para o prolongamento de tréguas na Faixa de Gaza, são conhecidos os relatos de alguns reféns libertados pelo Hamas.

Esses reféns já libertados começam agora a contar às famílias o que passaram nas mãos do movimento islamita, como nos conta o jornalista Sérgio Infante.

O relato dos reféns israelitas às famílias
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Momento-Chave
por Lusa

Hamas começou a libertar mais 12 reféns - Exército

O Exército israelita informou hoje ao início da noite que o Hamas começou a libertar mais 12 reféns na Faixa de Gaza, no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sexto dia e expira na quinta-feira.

O Exército indicou, segundo a agência Associated Press, que os dois primeiros reféns foram transferidos para o Egito na noite de hoje e que os outros dez seriam libertados em breve.

Em troca, Israel deverá libertar 30 prisioneiros palestinianos, 15 mulheres e 15 crianças.

O Hamas anunciou hoje à tarde a libertação de duas mulheres reféns russas, mas fora do quadro do acordo de trégua negociado com mediação do Qatar, dos Estados Unidos e do Egito.

Com o objetivo de prolongar a trégua, os países mediadores estão a redobrar os seus esforços e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, terá conversações na quinta-feira em Israel e na Cisjordânia.

"Gostaríamos que esta pausa fosse prolongada", disse Blinken antes da sua partida, em Bruxelas. Esta extensão "significa mais reféns a voltar para casa e mais ajuda" para a Faixa de Gaza.

Após uma extensão inicial da trégua até quinta-feira às 07:00 locais (05:00 em Lisboa), uma fonte próxima do Hamas adiantou à agência France-Presse que o grupo concordou em estendê-la por mais quatro dias e libertar novos reféns israelitas, "sob o atual acordo e nas mesmas condições", mas nenhum entendimento foi ainda confirmado.

Até agora, no âmbito do acordo, o Hamas libertou 81 reféns -- 61 israelitas e 20 estrangeiros -- enquanto Israel entregou 180 palestinianos, todos mulheres e crianças.

A guerra começou em 07 de outubro, quando o grupo islamita Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, atacou de surpresa Israel, matando mais de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas, fazendo também mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e passou a bombardear diariamente a Faixa de Gaza, onde desencadeou entretanto uma invasão terrestre, além de bloquear a entrada de bens essenciais como água, combustível e medicamentos.

Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita na Faixa de Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas.

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por RTP

Presidente turco diz que Benjamin Netanyahu ficará na história como "o carniceiro de Gaza"

Recep Tayyip Erdogan defende que "os crimes de Israel" devem ser julgados à luz da lei internacional.

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por RTP

Fonte próxima do Hamas diz que reféns israelitas foram libertados

De acordo com a AFP, uma fonte próxima do Hamas disse que a sexta vaga de reféns libertados já começou com as pessoas libertadas a serem entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha. No sexto dia de trégua, está previsto que também Israel liberte prisioneiros palestinianos.
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por RTP

"Pequim retirou todos os seus cidadãos de Gaza sem precisar da comunidade internacional"

O professor José Filipe Pinto, investigador do CICPRIS, lembra dois promenores acerca dos estrangeiros a viver na Faixa de Gaza: o Hamas vai libertar todos os russos em particular favor a Vladimir Putin e a China dispensou os arranjos da comunidade internacional para retirar todos os seus cidadãos que viviam no território palestiniano cercado por Israel.

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por Lusa

Embaixador israelita na ONU rejeita cessar-fogo permanente em Gaza

Israel opôs-se hoje a um cessar-fogo permanente em Gaza, argumentando que servirá apenas para sustentar o "reinado de terror do Hamas", nas palavras do seu embaixador nas Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan.

Numa nova sessão do Conselho de Segurança dedicada à guerra de Gaza, e na presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros árabes, além do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi - todos eles a favor de um cessar-fogo permanente -, Erdan argumentou que "pedir um cessar-fogo e a paz é um paradoxo".

"Quem apoia um cessar-fogo está basicamente a apoiar a continuação do reinado de terror do Hamas em Gaza", avaliou o diplomata.

Num momento em que está em negociação precisamente a extensão da trégua com o Hamas, primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou hoje que Israel regressará à guerra quando terminar a atual fase de libertação de reféns na Faixa de Gaza, uma vez que "não há forma" de parar a sua ofensiva militar no enclave.

Apesar das suas palavras sobre o cessar-fogo, o embaixador Erdan afirmou que "os valores de Israel para preservar a vida (humana) podem ser vistos no terreno neste momento em Gaza".

"Israel demonstrou uma clara vontade de trabalhar com qualquer organização internacional para melhorar a situação", defendeu.

No entanto, lamentou que a ONU tivesse preferido "cooptar aqueles que não têm interesse real numa solução" e acusou novamente a organização de "transformar cada uma das suas agências numa arma contra Israel".

Momentos antes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, havia denunciado uma "catástrofe humanitária épica" em curso em Gaza e salientou que o nível de ajuda que entra no enclave continua "completamente inadequado".

O líder da ONU observou ainda que estão a decorrer negociações intensas para prolongar as tréguas em Gaza, movimento que "saudou vivamente", mas reiterou os apelos por um "verdadeiro cessar-fogo humanitário".

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por RTP

Israel admite analisar todas as propostas que libertem mais reféns

Israel admite que vai analisar todas as propostas que façam com que mais reféns sejam libertados. O porta-voz do governo israelita disse esta manhã em conferência de imprensa que há ainda 161 reféns que não foram libertados.

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por Antena 1

Guterres. "Faixa de Gaza está no meio de uma catástrofe humanitária épica"

EPA

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, diz que a Faixa de Gaza está no meio de uma catástrofe humanitária épica, e diz que o mundo: "Não pode desviar o olhar".

No final de uma reunião do Conselho de Segurança das Nacões Unidas, Guterres saudou as negociações para prolongar as tréguas mas diz o que é preciso mesmo é um verdadeiro cessar-fogo humanitário.

Também pede uma investigação rigorosa sobre os abusos sexuais durante o ataque do Hamas no dia 7 de outubro.
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por RTP

Jihad Islâmica diz ter libertado reféns israelitas

O braço armado da Jihad Islâmica anunciou esta quarta-feira ter libertado alguns reféns israelitas como parte de um acordo com Israel.
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Hamas diz estar pronto para prolongar a trégua

O Hamas disse esta quarta-feira estar preparado para prolongar a trégua por mais quatro dias e libertar mais reféns, numa altura em que os mediadores internacionais continuam a tentar um acordo para alcançar um cessar-fogo permanente. 

Depois de cinco dias consecutivos de trocas de reféns por prisioneiros palestinianos, espera-se que mais dez reféns sejam libertados hoje. O Hamas já anunciou que duas mulheres russas foram libertadas, fora do âmbito do acordo de tréguas negociados por Catar, Estados Unidos e Egito.
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por RTP

Cinco bebés encontrados mortos em hospital de Gaza

A AFP avançou esta quarta-feira que cinco bebés prematuros foram encontrados mortos num hospital de Gaza. O anúncio foi realizado pelo ministro da Saúde de Gaza.

 Um dos médicos de um dos principais hospitais pediátricos de Gaza disse que as forças israelitas deixaram os bebés nos cuidados intensivos depois de proibirem famílias e médicos de se aproximarem, sendo encontrados apenas durante a trégua. 

O exército israelita não confirmou a informação à AFP.
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por RTP

Israel verifica anúncio do Hamas

O exército de Israel disse esta quarta-feira que está a tentar verificar a veracidade do anúncio do Hamas da morte de três pessoas: uma mãe e os filhos de dez meses e quatro anos. 

"A responsabilidade pela segurança dos reféns que estão na Faixa de Gaza é do Hamas, que está a colocar em perigo a vida dos reféns, nos quais se incluem nove crianças. O Hamas deve devolvê-los imediatamente", afirmou o exército israelita. 

O Hamas anunciou que os três reféns morreram durante um bombardeamentos israelita à Faixa de Gaza.
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por Lusa

`Deepfakes` na guerra de Gaza aumentam receios do poder da Inteligência Artificial

Entre imagens das casas bombardeadas e das ruas devastadas de Gaza, há algumas que se destacam pelo horror: bebés abandonados e ensanguentados.

Vistas milhões de vezes `on-line` desde o início da guerra, estas imagens são `deepfake`, criadas com recurso à Inteligência Artificial (IA). Olhando com atenção, é possível ver pistas: dedos que se mexem de forma estranha ou olhos que brilham com uma luz não natural -- tudo sinais reveladores de fraude digital.

Contudo, a indignação que estas imagens pretendem criar é muito real.

As imagens da guerra entre Israel e o Hamas ilustraram de forma viva e dolorosa o potencial da IA como ferramenta de propaganda, usada para criar imagens de uma carnificina. Desde o início da guerra, as imagens alteradas digitalmente e divulgadas nas redes sociais têm sido utilizadas para enganar as pessoas sobre atrocidades que nunca aconteceram ou lançar falsas alegações sobre a responsabilidade das mortes.

Apesar de a maior parte dessas falsas alegações que circulam na Internet sobre a guerra não necessitarem de IA para serem criadas e terem origem em fontes mais convencionais, os avanços tecnológicos estão a surgir com uma frequência cada vez maior e com pouco controlo. Isso fez com que o potencial da IA se tornasse uma nova arma, dando uma ideia do que está para vir em futuros conflitos, eleições e outros grandes acontecimentos.

"Isto vai piorar -- e piorar muito -- antes de melhorar", disse Jean-Claude Goldenstein, diretor executivo da CREOpoint, empresa tecnológica com sede em São Francisco e Paris que utiliza a IA para avaliar a validade de algumas reivindicações `online´. A empresa criou uma base de dados das `deepfakes` mais virais sobre Gaza. "Imagens, vídeo e áudio: com a IA generativa, vai ser uma escalada nunca vista".

Em alguns casos, fotografias de outros conflitos e catástrofes foram reaproveitadas e divulgadas como se fossem novas. Noutros, foram utilizados programas de IA generativa para criar imagens de raiz, como a de um bebé a chorar no meio de destroços de um bombardeamento que se tornou viral nos primeiros dias do conflito.

Outros exemplos de imagens geradas por IA incluem vídeos que mostram supostos ataques de mísseis israelitas ou tanques a passar por bairros em ruínas, ou ainda famílias a vasculhar os escombros em busca de sobreviventes.

Em muitos casos, as falsificações parecem ter sido concebidas para evocar uma forte reação emocional ao incluir os corpos de bebés, crianças ou famílias. Nos primeiros sangrentos dias da guerra, os apoiantes de Israel e do Hamas alegaram que o outro lado tinha matado crianças e bebés. Imagens `deepfake` de bebés a chorar foram apresentadas como "prova" fotográfica.

Os propagandistas que criam estas imagens são hábeis em apelar aos impulsos e ansiedades mais profundas das pessoas, disse Imran Ahmed, diretor executivo do Center for Countering Digital Hate, uma organização sem fins lucrativos que tem acompanhado a desinformação sobre a guerra. Quer se trate da imagem de um bebé `deepfake` ou de uma imagem real de uma criança de outro conflito, o impacto emocional para quem vê é o mesmo.

Quanto mais horrível for a imagem, maior é a possibilidade de uma pessoa se lembrar dela, partilhá-la, espalhando involuntariamente desinformação.

"Estão a dizer, olhem para esta fotografia de um bebé. A desinformação é concebida para nos fazer participar nela", disse Ahmed.

Conteúdos enganadores gerados por IA começaram a espalhar-se depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022. Um vídeo adulterado parecia mostrar o presidente, Volodymyr Zelensky, a pedir aos ucranianos que se rendessem. Estas afirmações voltaram a circular há uma semana, o que mostra como a desinformação pode ser persistente, mesmo quando é facilmente desmontada.

Cada novo conflito, ou época de eleições, oferece novas oportunidades para quem espalha a desinformação mostrar os últimos avanços da IA. Especialistas em IA e cientistas políticos alertam para os riscos em eleições no próximo ano, incluindo nos Estados Unidos, Índia, Paquistão, Ucrânia, Taiwan, Indonésia e México.

O risco de a IA e as redes sociais poderem ser usadas para espalhar mentiras aos eleitores americanos alarmou democratas e republicanos em Washington. Numa audiência recente sobre os perigos da tecnologia `deepfake`, o deputado Jerry Connolly, democrata da Virginia, afirmou que os Estados Unidos devem investir no financiamento do desenvolvimento de ferramentas de IA concebidas para contrariar a Inteligência Artificial.

Em todo o mundo, várias empresas tecnológicas estão a trabalhar em novos programas que podem detetar falsificações profundas, colocar marcas de água para provar a sua origem ou digitalizar um texto para verificar quaisquer informações enganadoras ou erradas que possam ter sido inseridas pela IA.

"A próxima vaga de IA será: como é que podemos verificar o conteúdo que existe. Como se pode detetar a desinformação? Como se pode analisar um texto para determinar se é fidedigno?", afirmou Maria Amelie, cofundadora da Factiverse, uma empresa norueguesa que criou um programa de IA que pode analisar o conteúdo em busca de imprecisões ou distorções introduzidos por outros programas de IA.

Esses programas seriam de interesse imediato para educadores, jornalistas, analistas financeiros e outros interessados em detetar falsidades, plágios e fraudes. Estão a ser concebidos programas semelhantes para detetar fotografias e vídeos adulterados.

Embora esta tecnologia seja promissora, quem utiliza a IA para mentir está muitas vezes um passo à frente, de acordo com David Doermann, um cientista informático que liderou um esforço na agência norte-americana de projetos de investigação avançada na Defesa para responder às ameaças à segurança nacional colocadas pelas imagens manipuladas por Inteligência Artificial.

Doermann, que agora é professor na Universidade de Buffalo, disse que para responder eficazmente aos desafios políticos e sociais colocadas pela desinformação da IA serão necessárias melhores tecnologias e melhores regulamentações, normas da indústria e investimentos em programas de literacia mediática para ajudar os utilizadores da Internet a descobrir formas de distinguir a verdade da ilusão.

"Sempre que lançamos uma ferramenta que deteta isto, os nossos adversários podem utilizar a IA para encobrir essas provas", disse Doermann. "A deteção e a tentativa de eliminar estas coisas já não são a solução. Precisamos de uma solução muito maior", acrescentou.

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por RTP

ONU diz que é necessário cessar-fogo permanente

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Afirma António Guterres
por RTP

População de Gaza está a viver catástrofe humanitária “monumental”

Apesar do "vislumbre de esperança" oferecido pela trégua entre Israel e o Hamas, os habitantes da Faixa de Gaza estão a viver "uma catástrofe humanitária monumental", denunciou o secretário-geral da ONU, apelando a um "verdadeiro cessar-fogo humanitário".

"O povo de Gaza está a viver no meio de uma catástrofe humanitária monumental, perante os olhos do mundo. Não podemos fechar os olhos", afirmou António Guterres perante o Conselho de Segurança da ONU.

"Estão a decorrer negociações intensas para prolongar a trégua - que saudamos sinceramente - mas acreditamos que precisamos de um verdadeiro cessar-fogo humanitário", acrescentou, lembrando que 80 por cento da população de Gaza foi deslocada desde o início da guerra.

"O sistema alimentar entrou em colapso e a fome está a alastrar, em particular no norte", sublinhou, destacando também a situação sanitária "terrível" nos abrigos, que representam "uma séria ameaça para a saúde pública".

"O volume de ajuda que chega aos palestinianos em Gaza continua a ser totalmente insuficiente para responder às necessidades de mais de dois milhões de pessoas", nomeadamente em matéria de combustível, insistiu o secretário-geral, apelando mais uma vez à abertura de outros pontos de passagem para a Faixa de Gaza, para além de Rafah.

"Devemos assegurar que os povos da região tenham finalmente um horizonte de esperança, avançando de forma decisiva e irreversível para uma solução de dois Estados, baseada nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional, com Israel e a Palestina a viverem lado a lado em paz e segurança", insistiu.

Reiterando a sua condenação dos "odiosos ataques do Hamas" de 7 de outubro que conduziram a esta guerra, apelou também à libertação de todos os reféns "imediata e incondicionalmente".

"Numa questão de semanas, o número de crianças mortas pelas operações militares israelitas em Gaza foi muito superior ao número total de crianças mortas em qualquer ano por qualquer parte num conflito desde que sou secretário-geral", frisa Guterres.

"Nos últimos dias, as pessoas nos territórios ocupados da Palestina e em Israel viram finalmente um vislumbre de esperança e humanidade no meio de tanta escuridão.

Para o secretário-geral da ONU, "é profundamente comovente ver os civis a terem finalmente descanso dos bombardeamentos, as famílias reunidas e a ajuda que salva vidas a aumentar".
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por RTP

Hospital al-Shifa reabre as urgências na quinta-feira

Marwan Abu Sada, um médico do Hospital al-Shifa, diz que estão a preparar o hospital para abrir o seu departamento de urgências amanhã.

“As salas de operações e todos os departamentos ainda não estão prontos para receber os recém-chegados, mas estamos a preparar o terreno para receber cada vez mais pacientes".

Abu Sada acrescentou que são necessárias reparações nos geradores de oxigénio que foram danificados durante a incursão israelita no hospital de al-Shifa.

Mas sublinhou que a coisa mais importante de que precisam é de combustível.

"Desde o cessar-fogo, não está a chegar nada ao hospital. Penso que a maior parte da ajuda médica vai para os hospitais do sul, [mas] não está a chegar nada às zonas do norte, apenas comida, água e outras coisas", frisou.
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por RTP

França está a trabalhar com parceiros da UE para impor sanções aos comandantes do Hamas

A França está a trabalhar com os seus parceiros da União Europeia para impor sanções aos comandantes do Hamas e não exclui a possibilidade de sanções da UE aos colonos israelitas que atacam os palestinianos na Cisjordânia, afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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por RTP

Negociações a decorrer para tentar estender cessar-fogo em Gaza

Há expectativa relativamente às negociações em curso, até porque a extensão de 48 horas da pausa humanitária em Gaza termina esta quarta-feira.

O processo negocial mediado pelo Catar e pelo Egito está a ser acompanhado pelos enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.
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Muhammad Zabeidi
por RTP

Exército israelita alega ter abatido presumível comandante da Jihad Islâmica em Jenin, Cisjordânia

O anúncio do Tsahal foi divulgado na rede social X.


"Numa operação conjunta das Forças de Defesa de Israel, do Shin Bet e do MGB no campo de refugiados de Jenin, dois terroristas foram eliminados por combates das IDF, incluindo o comandante de campo Muhammad Zabeidi, que levou a cabo ataques a tiro no sector e esteve envolvido no envio de terroristas para ataques".
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Dois Estados
por RTP

ONU apela a passo "irreversível" para solução de dois Estados, Israel e Palestina, com Jerusalém como capital partilhada

"É mais do que tempo de avançar de uma forma determinada e irreversível para uma solução de dois Estados, com base nas resoluções das Nações Unidas e no Direito Internacional", afirmou Tatiana Valovaya, diretora-geral do gabinete da ONU em Genebra, reproduzindo um texto do secretário-geral António Guterres.

Esta posição coincide com o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, que as Nações Unidas assinalam anualmente.
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Tsahal mata crianças palestinianas
por RTP

Incidente ocorreu esta quarta-feira em Jenin, na Cisjordânia

Duas crianças palestinianas foram abatidas por forças israelitas na Cisjordânia ocupada, noticia a Reuters com base em informações do Ministério palestiniano da Saúde.

Por sua vez, a Al Jazeera noticia, citando a agência palestiniana Wafa, que as tropas do Estado hebraico capturaram uma pessoa ferida, retirando-a de uma ambulância que a transportava para um hospital.


Na rede social X, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano publicou um vídeo que mostra "forças de ocupação israelitas" a impedirem socorristas de "chegarem a bairro cercado no campo de refugiados de Jenin, apesar da presença de pessoas feridas que precisam de ajuda e cujas vidas estão ameaçadas".
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Blinken volta a pronunciar-se
por RTP

Secretário de Estado norte-americano promete esforços para "impedir que o conflito se espalhe"

Após uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, em Bruxelas, Antony Blinken adiantou que a Administração Biden tenciona "discutir com Israel como pode ser alcançado o seu objetivo de garantir que os ataques de terroristas de 7 de outubro nunca mais se repitam, mantendo, ao mesmo tempo, o aumento da assistência humanitária e a minimização de sofrimento adicional e baixas entre os civis palestinianos".

"Vamos manter os nossos esforços para impedir que o conflito se espalhe e vamos continuar centrados em permitir a partida em segurança de cidadãos americanos e outros cidadãos estrangeiros de Gaza", prosseguiu o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

"Vamos continuar a promover os princípios que lancei em Tóquio, há algumas semanas, para o dia seguinte em Gaza e encontrar os passos que nós e os nossos parceiros podemos dar na região, agora, para criar os alicerces de uma paz justa e duradoura", enfatizou Blinken.

Recorde-se que, quando esteve no Japão, no início do mês, o secretário de Estado norte-americano frisou que Gaza não poderia "continuar a ser governada pelo Hamas", o que "simplesmente" levaria a uma "repetição do 7 de outubro. Antony Blinken considerava também "claro", então, que Israel não poderia "ocupar Gaza".
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Contagem de reféns
por RTP

Israel acredita que há ainda 161 pessoas cativas do Hamas em Gaza, incluindo quatro crianças

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indical à CNN que haverá ainda 161 reféns do Hamas na Faixa de Gaza. Quatro têm menos de 18 anos. Outros quatro terão entre 18 e 19 e dez terão 75 ou mais anos. Neste conjunto de reféns, 15 têm nacionalidades estrangeiros e 146 são israelitas.
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Avanços e recuos
por RTP

Prosseguem negociações sobre eventual prolongamento do cessar-fogo

Ouvido pela Reuters, um responsável palestiniano adianta, a coberto do anonimato, que, apesar da aparente vontade de ambas as partes em chegarem a acordo, não está ainda selado qualquer prolongamento da trégua em Gaza. Prosseguem os contactos sob a mediação do Egito e do Catar.
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"O carniceiro de Gaza"
por RTP

Erdogan arrasa Netanyahu em declarações televisivas

O presidente turco referiu-se esta quarta-feira ao primeiro-ministro israelita como "o carniceiro de Gaza", acusando-o mesmo de alimentar o antissemitismo à escala global.

"Netanyahu já inscreveu o seu nome na história como o carniceiro de Gaza. Netanyahu está a ameaçar a segurança de todos os judeus do mundo ao apoiar o antissemitismo com os assassínios que cometeu em Gaza", acusou Recep Tayyip Erdogan em declarações reportadas pela agência France Presse.

Recorde-se que Israel convocou todo o seu pessoal diplomático na Turquia, invocando razões de segurança, logo no início da contraofensiva em Gaza. Por sua vez, Ancara mandou chamar o seu enviado a Telavive, em protesto pela abordagem israelita. Os dois países haviam trocado embaixadores no ano passado, ao cabo de uma década de rutura de laços diplomáticos.
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Um "tributo" a Putin
por RTP

Hamas preparado para libertar reféns com cidadania russa independentemente de acordo com Israel

Numa tomada de posição citada pelo jornal israelita Haaretz, Mousa Abu Marzook, figura da cúpula do Hamas, afirma que o movimento radical palestiniano libertará reféns com cidadania russa ao abrigo ou à margem do acordo com o Estado hebraico, como forma de "tributo" ao presidente Vladimir Putin.
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"Paragem do derramamento de sangue"
por RTP

Presidente turco saúda a pausa na guerra em Gaza e a troca de reféns do Hamas por prisioneiros palestinianos em Israel

Recep Tayyip Erdogan sublinhou, diante do Parlamento turco, que esta é uma "paragem do derramamento de sangue" na Faixa de Gaza, acrescentando esta empenhado e redobrar esforços diplomáticos para prolongar o cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros.

O presidente da Turquia afirmou ainda que o país "completou largamente" a retirada dos seus cidadãos de Gaza, onde, repetiu Erdogan, está em curso um genocídio.
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por RTP

"Intenção de Israel é perseguir e erradicar o Hamas da Faixa de Gaza"

Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão a seguir os desenvolvimentos do processo negocial que poderá desembocar em novo alargamento do cessar-fogo em Gaza.

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Imprensa egípcia
por RTP

Pode ter já sido alcançado um entendimento preliminar para alargar a trégua em Gaza

De acordo com o jornal egípcio Al-Araby Al-Jadeed, teria sido obtido um acordo preliminar para estender o cessar-fogo por mais dois dias, ao abrigo das mesmas condições até agora vigentes. A publicação cita altos responsáveis do Egito.

Ouvidas pelo diário israelita Haaretz, fontes do Governo israelita confirmaram que a proposta de alargamento foi entretanto estudada, mas ainda carece de confirmação. O assentimento de Telavive dependeria da disponibilidade do Hamas para libertar dez reféns adicionais por dia.
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Governo de Gaza acusa Israel de abandonar bebés palestinianos

O Ministério da Saúde de Gaza acusou o exército israelita de abandonar cinco recém-nascidos em dois hospitais do norte da Faixa de Gaza, cujos corpos sem vida foram encontrados na segunda-feira. De acordo com um comunicado do Ministério, controlado pela ala política do Hamas, quando as tropas de Israel tomaram o controlo do Hospital Pediátrico Al Naser e do Hospital Al Rantisi durante a ofensiva militar, ordenaram ao pessoal de enfermagem que saísse e disseram-lhes que a Cruz Vermelha Internacional estava a caminho para retirar os bebés.

"No entanto, os corpos decompostos foram encontrados nas camas quando várias pessoas conseguiram finalmente entrar no hospital na segunda-feira", refere a nota.
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Mais de 240 mortos em ataques israelitas na Cisjordânia

De acordo com a Al Jazeera, pelo menos 242 palestinos foram mortos e mais de três mil pessoas ficaram feridas, desde 7 de Outubro, na Cisjordânia ocupada. Entre os mortos estão 57 crianças, uma mulher e seis prisioneiros que morreram sob custódia israelita.
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Papa apela a prolongamento de cessar-fogo e libertação de todos os reféns

O Papa Francisco pediu, esta quarta-feira, o prolongamento do atual cessar-fogo na Faixa de Gaza, assim como a libertação de todos os reféns e o acesso de ajuda humanitária ao território. 

“Apelamos à paz”, disse Francisco durante a audiência semanal, dizendo estar preocupado com a falta de água, de comida e com o sofrimento dos civis em Gaza.
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ONU alerta para situação dramática dos civis no norte de Gaza

Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) anunciou o envio de ajuda humanitária aos civis que ainda permanecem em Jabalia, no norte de Gaza, numa situação dramática. É a primeira operação destinada a esta comunidade desde o início da guerra, tendo o organismo denunciado danos "desoladores" causados na zona pelos fortes bombardeamentos israelitas.

De acordo com um comunicado da agência da ONU, uma coluna de seis camiões com ajuda "muito necessária" chegou na segunda-feira aos abrigos da UNRWA em Jabalia.

"A zona estava sem assistência há quase 50 dias", declarou o diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, que afirmou que o impacto dos fortes ataques aéreos e dos bombardeamentos "é muito visível" e "complica a distribuição da ajuda".

"Uma confusão de escombros, metal retorcido e chapas de ferro espalhadas por todo o lado. Quando passámos de carro pela cidade de Gaza, parecia uma cidade fantasma, todas as ruas estavam desertas. As estradas estão cheias de crateras", disse Thomas White em comunicado.

O responsável recordou que mais de 70 por cento da população de Gaza foi deslocada pela guerra e que mais de um milhão de pessoas estão atualmente em abrigos da UNRWA, 100 mil das quais em 50 abrigos no norte.

C/Lusa
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por Lusa

Cessar-fogo duradouro em Gaza ainda longínquo

As tréguas temporárias entre Hamas e Israel que permitiram a libertação de reféns criaram a expectativa de uma solução mais duradoura para o conflito em Gaza, mas estão por criar condições para tal, alertam analistas.

"O complexo acordo de libertação de reféns é bem-vindo, mas deixa muitas questões por responder", sublinha Bar-Yaacov, analista israelita e bolseira associada do Programa de Segurança da Chatham House, a propósito do entendimento alcançado pela mediação internacional e que expira na próxima madrugada, podendo ainda ser prolongado por alguns dias caso Israel e Hamas concordem.

"Para garantir que o acordo estabelece um marco importante no desanuviamento do conflito, ajudando a abrir caminho à estabilidade, à segurança e, em última análise, à paz, os mediadores [Qatar, Egito e EUA] têm de continuar a trabalhar para atingir objetivos fundamentais para garantir que todos os reféns são libertados e que existem planos para a população deslocada de Gaza, bem como para a reconstrução das instituições e infraestruturas governamentais de Gaza", adiantou a analista num novo artigo.

Nesse sentido, prossegue, serão necessários "acordos claros" entre a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) e todos os principais atores internacionais, para que, no dia em que a guerra terminar, se assegure uma transição suave para uma situação que proporcione estabilidade e segurança à Palestina e a Israel, tendo como meta a paz.

E a "única forma de avançar" é "oferecer garantias de segurança" tanto para a Palestina como para Israel, a par da implementação da Iniciativa Árabe de Paz, um plano saudita de 2002 que foi mais tarde adotado pela Liga Árabe e que apela à criação de um Estado palestiniano soberano a par de um Estado israelita soberano baseado nas fronteiras de 1967, em troca de acordos de paz entre Israel e todos os países árabes.

Os ataques israelitas em Gaza prosseguiram incessantemente desde 07 de outubro, em resposta ao ataque do Hamas contra Israel, e a trégua em vigor desde a última sexta-feira, que permitiu a troca de reféns e prisioneiros, trouxe a primeira interrupção ao conflito.

"Um cessar-fogo prolongado poderia facilitar o regresso de mais reféns israelitas e reduzir o risco de agravar a catástrofe humanitária entre os civis de Gaza. Poderia também ajudar a acalmar as tensões na Cisjordânia e reduzir o risco de uma escalada da guerra, atraindo atores externos, como o grupo militante libanês Hezbollah e o seu patrono, o Irão", escrevem Matthew Duss e Nancy Okail, do Centro de Política Internacional para os Negócios Estrangeiros.

Numa análise publicada no diário Haaretz, o jornalista israelita Anshel Pfeffer defendeu que o Governo de Telavive terá de lidar com três grandes dilemas nos próximos dias: quando acabar com as tréguas, quando e como atacar o sul de Gaza e quando começar a permitir e a apoiar a ajuda a entrar em Gaza através do território israelita.

Do lado palestiniano, a questão põe-se de outra forma, pois a Faixa de Gaza e a Cisjordânia são governadas por fações rivais palestinianas, com o enclave dominado pelo Hamas e no outro território ocupado a Fatah, maioritária na ANP.

"Quando a guerra terminar, os líderes palestinianos devem estar prontos para negociar uma solução política e representar o seu povo tanto em Gaza como na Cisjordânia", defendeu Neil Quilliam, membro associado do Programa para o Médio Oriente e Norte de África do International Crisis Group (ICG), lembrando que há anos que os dirigentes israelitas afirmam que não têm um parceiro palestiniano com quem possam negociar a paz.

"Os sucessivos governos de Benjamin Netanyahu têm efetivamente apoiado o Hamas, minando a Autoridade Palestiniana, mais moderada. O resultado é que o próprio Israel não tem sido um parceiro para a paz nas últimas duas décadas, e a sua narrativa venceu e persuadiu os decisores políticos ocidentais de que o problema é a liderança palestiniana ineficaz", sustenta Quilliam.

Para o analista do ICG, é "fundamental" que, quando a guerra entre o Hamas e Israel cessar, os líderes palestinianos não só estejam dispostos a negociar uma solução política -- "e tem de haver uma solução política" -- como também representem os palestinianos tanto na Cisjordânia como em Gaza.

"Isto não é tarefa fácil, dada a escassez de líderes nacionais populares e os elevados níveis de desilusão e desconfiança dos palestinianos em relação à ANP, à Fatah e ao Hamas. Além disso, os atuais dirigentes palestinianos ou estão distantes da sua população, tanto metafórica como fisicamente (têm a sede em Doha) - ou estão na clandestinidade", relembra.

Mas, para enveredar pelo caminho da paz, refere Bar-Yaacov, é necessário elaborar planos para a reconstrução de Gaza e dar respostas à população palestiniana deslocada, em paralelo com as negociações sobre os reféns.

"E, para isso, é vital o empenho contínuo do Qatar, Egito e EUA. Depois, quando a guerra terminar, a ANP precisará de todo o apoio possível para governar na Cisjordânia e em Gaza. Não é do interesse de ninguém que Israel permaneça em Gaza durante uma fase de transição. As preocupações de segurança de Israel terão de ser abordadas pelos mediadores no processo", afirma a analista da Chatham House.

 

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por RTP

Hamas aprova prolongamento de cessar-fogo por quatro dias

Uma fonte próxima do Hamas disse à AFP que o movimento islâmico “concordou em estender a trégua por quatro dias”, sendo que o acordo de troca entre reféns israelitas e prisioneiros palestinianos deveria terminar na manhã de quinta-feira.

“O Hamas é capaz de libertar prisioneiros israelitas que mantém com outros movimentos de resistência e outros partidos durante este período, no âmbito do acordo atual e nas mesmas condições”, disse a fonte.
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Ponto de situação
por RTP

Sexto dia de trégua entre Israel e Hamas

  • Na última noite, mais dez reféns de nacionalidade israelita foram libertados pelo Hamas em troca de 30 prisioneiros palestinianos. Os mediadores internacionais do conflito tentam agora prolongar o cessar-fogo. O Catar, principal mediador do acordo, adiantou que, se a trégua for prolongada por 24 horas, serão libertados mais 20 reféns e outros 60 prisioneiros palestinianos;

  • As autoridades israelitas receberam uma lista de reféns em Gaza que poderão ser libertados esta quarta-feira, o sexto dia de cessar-fogo;

  • Prisioneiros palestinianos queixam-se de maus-tratos em cadeias israelitas. Um menor de 14 anos, citado pela BBC, afirma ter visto espancamentos. Israel não comenta estas alegações;

  • O embaixador palestiniano nas Nações Unidas, Riyad Mansour, veio defender um cessar-fogo permanente entre Israel e movimento Hamas;

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, confirma que ainda há seis reféns de nacionalidade portuguesa cativos do movimento radical palestiniano;

  • A ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas fez 1.200 mortos em Israel. Pelo menos 240 pessoas foram levadas como reféns para território palestiniano. A contraofensiva israelita em Gaza já fez mais de 14.500 mortos, segundo o Ministério da Saúde local.
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por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Os enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão a acompanhar as operações de libertação de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.
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por RTP

Catar acredita no prolongar do cessar-fogo entre Israel e Hamas

Foto: Mohammed Salem - Reuters

O Catar acredita que o cessar-fogo entre Israel e Hamas poderá voltar a ser prolongado. No quinto dia de tréguas, o Hamas libertou mais 12 reféns - dez israelitas e dois estrangeiros. Israel libertou 30 prisioneiros palestinianos.

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Lisboa aguarda libertação de seis portugueses reféns do Hamas

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que este grupo de reféns portugueses não cumpre contudo os critérios que os torna prioritários para a libertação imediata.

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