Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas

por Joana Raposo Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

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Momento-Chave
por Lusa

Exército designa zona segura a sul de Gaza mas organizações pedem garantias

Israel designou uma pequena faixa de terra, ao longo da costa mediterrânica de Gaza, como zona segura, para onde as pessoas podem fugir dos ataques e receber abastecimentos humanitários, mas as organizações internacionais alertam para a falta de garantias.

Com cerca de 20 quilómetros quadrados a sudoeste de Gaza, Muwasi está no centro de uma batalha acirrada entre Israel e organizações humanitárias internacionais sobre a segurança dos civis do território.

As autoridades israelitas apresentaram Muwasi como uma solução para proteger as pessoas que fugiram das suas casas e procuram abrigo dos intensos combates entre as suas tropas e os militantes do movimento islamita palestiniano Hamas.

As Nações Unidas e grupos de ajuda humanitária salientam, por sua vez, que Muwasi é uma tentativa mal planeada de impor uma solução para as pessoas que foram deslocadas e não oferece nenhuma garantia de segurança num território onde os ataques aéreos contínuos atingem outras áreas designadas como seguras.

"Como pode uma zona ser segura numa zona de guerra se só é decidida unilateralmente por uma parte do conflito?", questionou Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).

"Só pode promover a falsa sensação de que será seguro", alertou.

A área não tem água corrente nem casas de banho, não se encontram grupos humanitários internacionais e de assistência e as tendas proporcionam pouca proteção contra o clima frio e chuvoso do inverno que se aproxima, noticiou a agência Associated Press (AP).

A UNRWA e outras organizações de ajuda internacional não reconhecem o campo e não prestam serviços no local.

No entanto, Muwasi está preparado para desempenhar um papel cada vez mais importante na proteção dos civis de Gaza. Cerca de três quartos dos 2,3 milhões de pessoas do território foram deslocados, em alguns casos múltiplas vezes, desde que Israel lançou a sua guerra em resposta ao ataque sem precedentes, em 07 de outubro, pelo movimento islamita palestiniano contra território israelita.

Israel mencionou pela primeira vez Muwasi como zona humanitária no final de outubro, não sendo claro quantas pessoas as autoridades israelitas, que culpam as Nações Unidas pelas más condições, acreditam que possam viver lá.

O coronel Elad Goren, alto funcionário do órgão militar que supervisiona os assuntos civis palestinianos, adiantou que Israel tem permitido a entrada de abrigos temporários e equipamentos de inverno.

A mesma fonte sublinhou que Israel não espera que toda a população de Gaza se aglomere em Muwasi e que existem 150 "áreas de abrigo" adicionais, incluindo escolas e instalações médicas, que são coordenadas com a ONU e outras organizações.

O Exército considera Muwasi uma zona segura permanente e Elad Goren vincou que as forças israelitas não responderam a dois lançamentos de foguetes do Hamas desde Muwasi na quarta-feira.

"Entendemos que a população precisa de uma solução de onde estar. Queremos incentivar a população a ir para esta zona onde será prestada assistência", garantiu.

As garantias israelitas não têm convencido as autoridades humanitárias internacionais e até os EUA, o aliado mais próximo de Israel, disseram repetidamente que os civis palestinianos precisam de mais proteção.

Israel iniciou uma operação militar contra o Hamas na Faixa de Gaza depois de o movimento islamita, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Telavive, ter efetuado um ataque em território israelita em 07 de outubro, que provocou cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns.

A retaliação israelita ao enclave palestiniano também incluiu cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível.

De acordo com o Ministério da Saúde tutelado pelo Hamas, o conflito já provocou mais de 17 mil mortos na Faixa de Gaza.

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Momento-Chave
por RTP

Emirados Árabes Unidos pedem ao Conselho de Segurança da ONU votação para exigir cessar-fogo

Os Emirados Árabes Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU que vote na manhã desta sexta-feira um projeto de resolução que exige um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza. A informação foi avançada por fontes diplomáticas à agência Reuters.

Para ser adotada, uma resolução precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto por parte dos cinco membros permanentes – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os EUA já disseram, porém, que não vão apoiar qualquer ação adicional do Conselho de Segurança da ONU por enquanto.
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Momento-Chave
por RTP

Blinken fala em lacuna entre intenção de Israel de proteger civis e os resultados

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse hoje que continua a existir uma lacuna entre a intenção de Israel de proteger os civis em Gaza e os resultados no terreno, acrescentando que Washington conversa regularmente com Israel sobre a proteção de civis.

"Continua a ser imperativo que Israel valorize a proteção dos civis. E continua a existir uma lacuna entre (...) a intenção de proteger esses civis e os resultados que estamos a ver no terreno", disse o responsável.
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Momento-Chave
por RTP

Biden defende mais assistência em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou separadamente o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o rei Abdullah, da Jordânia, dizendo a ambos que é necessária mais assistência aos civis em Gaza.

Segundo a Casa Branca, Biden "enfatizou a necessidade crítica de proteger os civis e de separar a população civil do Hamas, nomeadamente através de corredores que permitam que as pessoas saiam em segurança das áreas de onde decorrem as hostilidades".
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por RTP

Moçambique estará do "lado mais correto" do "cessar-fogo e da paz"

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Verónica Macamo, assegurou hoje que Moçambique "estará do lado mais correto" da guerra em Gaza, posicionando-se em defesa de um "cessar-fogo" e da "paz", além da solução de dois Estados.

Questionada pela Lusa sobre se Moçambique apoiará o apelo a um cessar-fogo lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, numa carta endereçada ao Conselho de Segurança, Verónica Macamo argumentou que o seu país tem plena consciência da importância da paz e, por isso, apoiará o "lado que efetivamente permita um cessar-fogo naquele local".

"Estamos neste momento ainda a ver a carta (enviado por Guterres ao Conselho de Segurança), ainda não me posso pronunciar sobre ela, mas seguramente Moçambique estará do lado mais correto, que é o lado que efetivamente permita que haja um cessar-fogo naquele local e que haja paz", disse.

Agência Lusa

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por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

Paulo Jerónimo e José Pinto Dias verificam no terreno a validade das ameaças do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de atacar também o Hezbollah no sul do Líbano.

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Momento-Chave
por RTP

Forças israelitas e Hamas travam combates intensos em Khan Younis

A ONU alerta que já não existem condições mínimas para enviar ajuda para o sul de Gaza. Benjamin Netanyahu avisa que se o Hezbollah continuar a atacar Israel avançará para o Libano com toda a força, como já está a fazer na Faixa de Gaza.

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por RTP

EUA acreditam que Irão está envolvido em ataques dos Houthis

Os Estados Unidos acreditam que a Guarda Revolucionária do Irão está envolvida no planeamento, execução e autorização de ataques dos Houthis, do Iémen, com mísseis e drones contra Israel, disse hoje um funcionário da Casa Branca.

"Acreditamos que eles estão envolvidos na condução desses ataques, no planeamento, na execução, na autorização e, em última análise, que os apoiam", disse o vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer.
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EUA não deram a Israel prazo para pôr fim à guerra

Os Estados Unidos não deram a Israel um prazo firme para encerrar as principais operações de combate contra o Hamas em Gaza, disse há momentos o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Finer, acrescentando que os EUA acreditam que muitos dos alvos de Israel continuam no sul do enclave.

O responsável afirmou ainda que, se a guerra terminasse agora, o Hamas continuaria a representar uma ameaça.
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Momento-Chave
por RTP

Netanyahu lança aviso ao Hezbollah após relatos de civil morto na fronteira com o Líbano

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou o Hezbollah contra a escalada dos combates depois de um homem israelita ter alegadamente morrido num ataque com um míssil disparado desde o Líbano, esta quinta-feira.

Segundo as forças militares de Israel, o ataque foi levado a cabo pelo Hezbollah.

“Se o Hezbollah decidir iniciar uma guerra, então será o responsável se acontecer em Beirute e no sul do Líbano – que não ficam longe daqui – o que está a acontecer em Gaza e Khan Younis”, declarou Netanyahu durante uma visita perto da fronteira.

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Momento-Chave
por RTP

Israel e Hamas não estão perto de alcançar acordo

A Casa Branca avançou, após uma conversa telefónica entre o presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelita, que Israel e o Hamas não estão perto de alcançar outro acordo para uma nova pausa humanitária.
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por RTP

Biden e Netanyahu falaram ao telefone sobre a guerra

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou hoje ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre a guerra no Médio Oriente. A informação foi avançada pela Casa Branca.
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Momento-Chave
por Lusa

Esforços de socorro em Gaza estão perto do colapso e é urgente um cessar-fogo, diz OIM

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou hoje que os esforços humanitários em Gaza estão prestes a entrar em colapso devido aos intensos combates e à impossibilidade de aceder ao enclave.

Num comunicado, a OIM secunda o apelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para um cessar-fogo humanitário "imediato e duradouro" que permita que a ajuda essencial chegue às pessoas com necessidades urgentes na Faixa de Gaza. 

O grave risco de colapso do sistema humanitário em Gaza levou Guterres a invocar o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, num gest inédito para instar o Conselho de Segurança da ONU a ajudar a evitar uma catástrofe humanitária e a apelar à declaração de um cessar-fogo humanitário.

"A escala das deslocações em Gaza é enorme; as condições humanitárias são profundamente alarmantes e estão à beira do colapso. É necessário um cessar-fogo imediato para fornecer alimentos adequados, água e outros bens essenciais para salvar vidas e aliviar o enorme sofrimento dos civis", afirmou Amy Pope, diretora-geral da OIM. 

No comunicado, a OIM afirma estar "seriamente preocupada" com a deslocação em massa de civis em Gaza e "alarmada" com os relatos de novas evacuações para áreas já sobrelotadas. 

"A OIM apela a todas as partes para que respeitem as leis internacionais humanitárias e de direitos humanos e tomem todas as precauções possíveis para evitar danos a civis e salvaguardar as infraestruturas civis", defende a organização.

Nesse sentido, a OIM exige que a população de Gaza deve ter "acesso imediato" a abrigos seguros, cuidados médicos, alimentos, instalações de higiene e saneamento, defendendo ainda que deve ser garantido que os membros da família não sejam separados, bem como a proteção dos civis e trabalhadores da ajuda humanitária.

A OIM, em conjunto com outras agências da ONU, apela à proteção dos civis, "tanto palestinianos como israelitas", contra danos maiores, à libertação dos reféns detidos em Gaza e à cessação imediata dos ataques indiscriminados por todas as partes. 

Estima-se que 1,9 milhões de pessoas estejam deslocadas em Gaza (cerca de 85% da população), que não têm acesso às necessidades básicas, "como alimentos, água, abrigo digno e instalações sanitárias, bem como cuidados médicos".

Quarta-feira, Guterres alertou para uma "rutura total da lei e da ordem em breve" em Gaza, sob bombardeamento de Israel, numa carta sem precedentes ao Conselho de Segurança, criticada pelos diplomatas israelitas.

"Com o bombardeamento constante das forças armadas israelitas, e na ausência de abrigo ou do mínimo para sobreviver, espero um colapso total da lei e da ordem em breve devido às condições desesperadas, o que tornaria impossível até mesmo uma ajuda humanitária limitada", escreveu.

António Guterres invocou pela primeira vez desde que lidera a ONU o artigo 99.º da Carta, que permite ao secretário-geral "chamar a atenção do Conselho" para uma questão que "possa pôr em perigo a manutenção da paz e da segurança internacionais".

"Poderá surgir uma situação ainda mais grave, incluindo epidemias e uma maior pressão para deslocações em massa para os países vizinhos", alertou.

O chefe da diplomacia israelita, Eli Cohen, criticou a carta de Guterres, afirmando que o pedido de ativação do artigo 99.º e o apelo a um cessar-fogo em Gaza "constituem um apoio à organização terrorista Hamas".

O chefe da ONU representa um "perigo para a paz mundial", afirmou Cohen nas redes sociais.

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Momento-Chave
por RTP

Nações muçulmanas vão discutir guerra em Washington

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Hakan Fidan, vai deslocar-se a Washington na sexta-feira com os seus homólogos, naquele a que chamou de "grupo de contacto de países muçulmanos". O objetivo é discutir a situação em Gaza.

O grupo de contacto foi formado no mês passado, durante uma cimeira conjunta da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica sobre os combates em Gaza. Inclui autoridades da Turquia, Jordânia, Catar, Egito, Arábia Saudita, Indonésia, Nigéria e da Autoridade Palestiniana.
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por RTP

EUA retomam voos de drones sobre Gaza para ajudar no resgate de reféns

O Pentágono anunciou há momentos que os Estados Unidos retomaram os voos militares de drones sobre Gaza na tentativa de ajudarem na busca de reféns do Hamas. Os voos tinham sido interrompidos durante a trégua, que chegou a um fim na semana passada.

"Como modo de apoio aos esforços de recuperação de reféns, os EUA retomaram os voos desarmados de Veículos Aéreos Não Tripulados sobre Gaza, e continuamos a fornecer aconselhamento e assistência para apoiar o nosso parceiro israelita enquanto trabalha na recuperação de reféns", afirmou Lisa Lawrence, porta-voz do Pentágono, em comunicado.
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por RTP

ONU fala em "sinais promissores" nas negociações para abrir passagem em Gaza

O diretor de ajuda humanitária das Nações Unidas, Martin Griffiths, disse esta quinta-feira existirem "sinais promissores" de que a passagem de Kerem Shalom, em Israel, poderá ser aberta em breve para permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.

"Continuamos a negociar e temos alguns sinais promissores neste momento", disse o responsável aos jornalistas em Genebra.
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por RTP

EUA emitem sanções relacionadas com contraterrorismo

Os Estados Unidos emitiram novas sanções relacionadas com o contraterrorismo dirigidas a indivíduos e entidades no Iémen, entre outros países. A informação foi avançada pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
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Momento-Chave
por RTP

Civil israelita morto após míssil antitanque disparado do Líbano

Um civil israelita foi morto no norte de Israel por um míssil antitanque disparado do sul do Líbano, anunciaram o exército israelita e os serviços de emergência.

O ataque atingiu o carro em que viajava a vítima, um homem de 60 anos, perto da cidade de Matat, não muito longe da fronteira libanesa, disseram as mesmas fontes.

O exército israelita acrescentou que "outros disparos do Líbano em direção a Israel" foram registados esta quinta-feira.
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por RTP

Meta anuncia revisão dos conteúdos violentos da guerra de Gaza nas suas redes

A Meta anunciou que o seu conselho de supervisão independente irá analisar a forma como a empresa tem tratado os conteúdos violentos nas suas redes sociais. Especificamente, irá investigar várias publicações relacionadas com a tomada de reféns pelo Hamas em Israel e o bombardeamento de Gaza pelo exército israelita.

A decisão surge num momento em que as redes foram inundadas por conteúdos violentos, odiosos ou enganadores, após dois meses de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano. Na sequência do ataque do Hamas em 7 de outubro, a Meta reduziu temporariamente o seu limite para a remoção de conteúdos potencialmente violentos, incluindo mensagens que identificam reféns capturados pelo Hamas.

A empresa foi também acusada de suprimir expressões de apoio aos palestinianos que sofrem com a resposta militar israelita. Um dos conteúdos a ser revisto agora mostra o rescaldo da explosão no principal hospital da Faixa de Gaza, Al Shifa, incluindo crianças feridas e mortas, numa publicação que foi apagado pela empresa.

O outro caso é um vídeo do Facebook que mostra uma mulher a implorar aos raptores que não a matem, enquanto é levada numa mota. Inicialmente, a Meta removeu o vídeo, mas voltou atrás na sua decisão semanas mais tarde.
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Momento-Chave
por RTP

Artigo 99 está a gerar críticas a António Guterres em Israel

O Governo israelita não tolera que o secretário-geral da ONU coloque à consideração do Conselho de Segurança a necessidade de um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza, como explicam os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente.

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Envolvidos em atos de violência contra palestinianos
por RTP

Bélgica vai recusar entrada de colonos israelitas da Cisjordânia

A Bélgica vai recusar a entrada de colonos israelitas da Cisjordânia ocupada envolvidos em atos de violência contra palestinianos, declarou a vice-primeira-ministra Petra De Sutter.

A União Europeia condenou o aumento da violência dos colonos desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro e, esta semana, os Estados Unidos começaram a impor proibições de visto a pessoas acusadas de envolvimento.

“Os colonos violentos não poderão entrar na Bélgica e vou propor que Bruxelas defenda a proibição de viajar em toda a União Europeia”, escreveu a vice-primeira-ministra Petra De Sutter na rede social X.
Na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, afirmou também que o país irá colaborar com os EUA na adoção de sanções contra os indivíduos que prejudicam a paz na Cisjordânia.
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por RTP

Senado norte-americano rejeitou ajuda suplementar à Ucrânia, Israel e Taiwan

Os Republicanos exigem que a ajuda externa seja acompanhada de mudanças na política de segurança das fronteiras. O presidente norte-americano considera que o fracasso nesta aprovação é um presente dos Estados Unidos a Vladimir Putin.

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por RTP

Guterres invocou o Artigo 99 da Carta das Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas invocou, pela primeira vez, durante o mandato, o Artigo 99.º da Carta das Nações Unidas. O artigo visa pedir ao Conselho de Segurança da ONU que faça pressão, com vista a um cessar-fogo humanitário em Gaza.

Telavive já reagiu. Acusa António Guterres de "baixeza moral" e alerta que o cessar-fogo coloca em causa a paz mundial.
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por RTP

Egito apela à aceleração de entrega de ajuda à Faixa de Gaza

As autoridades egípcias estão a fazer pressão para acelerar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

O presidente do serviço de informação do Egipto, Diaa Rashwan, afirmou que o seu país continuará a cooperar com os seus parceiros para permitir uma entrega mais rápida da ajuda aos palestinianos no território sitiado.

O Egito controla a passagem de Rafah, na fronteira sul de Gaza. Coordena com Israel a abertura da fronteira, que até agora tem permitido a entrada de camiões humanitários em Gaza e a saída do enclave de alguns estrangeiros e palestinianos feridos para receberem tratamento médico.
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Momento-Chave
por RTP

Número de mortos em Gaza ultrapassa os 17 mil

O Ministério da Saúde em Gaza afirma que o número total de palestinianos mortos em ataques israelitas desde 7 de outubro é agora de 17 177, com mais de 46 mil feridos. Nas últimas 24 horas, 350 palestinianos foram mortos, acrescentou.
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Momento-Chave
Defendem solução de dois Estados
por RTP

Príncipe herdeiro saudita e Putin manifestam "profunda preocupação" com Gaza

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita e o presidente russo partilharam a sua "profunda preocupação" com a situação humanitária em Gaza durante o seu encontro em Riade, ontem, segundo a agência noticiosa saudita SPA.

Mohammed bin Salman (MBS) e Vladimir Putin "sublinharam a necessidade de parar as operações militares nos territórios palestinianos e a necessidade de proteger os civis de acordo com o direito internacional e o direito humanitário internacional", lê-se num comunicado conjunto.

O comunicado acrescenta que os líderes salientaram que a única forma de alcançar a estabilidade é através de uma resolução internacional relacionada com a solução de dois Estados.

"Permitir que o povo palestiniano concretize os seus direitos legítimos de estabelecer um Estado palestiniano independente e soberano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital", acrescenta o documento.
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por RTP

Delegação do PE em Israel e Cisjordânia para abordar papel na UE no conflito

Uma delegação do Parlamento Europeu (PE) vai visitar Israel e a Cisjordânia nos próximos três dias para abordar o papel futuro da União Europeia (UE) na região e para a solução dos dois Estados.

Em comunicado, o PE anunciou que uma delegação do subcomité de Segurança e Defesa vai estar entre sexta-feira e domingo em Israel e na Cisjordânia para encontros com as autoridades israelitas, palestinianos, familiares de reféns do movimento islamista Hamas, elementos da sociedade civil palestiniana e "parceiros internacionais" que não são especificados.

A delegação, composta pela eurodeputada francesa Nathalie Loiseau, do Renovar Europa - responsável por este subcomité -, e pelo eurodeputado alemão David McAllister, do Partido Popular Europeu (PPE) - representante do Comité de Negócios Estrangeiro - vai "abordar o papel da UE hoje e no futuro da região", especificamente as duas missões de segurança e defesa do parlamento nos territórios palestinianos.

c/Lusa
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Ao campo de refugiados em Jabalia
por RTP

Vinte e dois membros da família de jornalista da Al Jazeera mortos em ataque israelita

A Al Jazeera noticiou que um dos seus jornalistas perdeu 22 membros da sua família num ataque israelita ao campo de refugiados de Jabalia.

De acordo com um comunicado da agência noticiosa do Qatar, a casa em que a família de Momen Al-Sharafi estava abrigada foi atingida no dia 6 de dezembro. A mãe de Al-Sharafi, o pai, três dos seus irmãos e alguns dos seus filhos terão sido mortos.

Em outubro, outro repórter da Al Jazeera, Wael Al-Dahdouh, perdeu a mulher, o filho adolescente, a filha pequena e o neto num ataque israelita no centro de Gaza.
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Momento-Chave
Revela o Crescente Vermelho Palestiniano
por RTP

Falta de combustível obriga ambulâncias a parar

O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou que os seus serviços de ambulância no norte da Faixa de Gaza foram interrompidos devido ao esgotamento das reservas de combustível e ao encerramento dos hospitais em funcionamento.

Em comunicado, o Crescente Vermelho afirma que este facto torna impossível a evacuação dos feridos e dos mortos.
"No entanto, o trabalho ainda está em curso no posto médico avançado da PRCS, criado pela equipa de ambulâncias da sociedade em Jabaliya para tratar de casos menores e moderados, recebendo pelo menos 250 feridos por dia", refere o comunicado.
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Momento-Chave
por RTP

Israel acusa Hamas de lançar rockets de zona de refugiados de Gaza

Israel acusa o Hamas de ter lançado 12 rockets a partir da zona de Al Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, onde os civis tinham sido evacuados para instalações da ONU e perto delas.

Os militares israelitas acusam o Hamas de “usar civis como escudos humanos”.

O exército israelita revelou ainda que um soldado de 24 anos morreu na quarta-feira durante os combates no norte de Gaza, o que eleva para 414 o número total de mortos desde o início da guerra.
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Combates ameaçam distribuição
por RTP

Israel aumenta “mínimo” de abastecimento de combustível ao sul da Faixa de Gaza

Israel anunciou o que designou por um aumento "mínimo" do abastecimento de combustível ao sul da Faixa de Gaza.

O aumento do abastecimento de combustível é "necessário para evitar um colapso humanitário e o aparecimento de epidemias", declarou o governo israelita.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acrescentou que: "A quantidade mínima será determinada periodicamente pelo Gabinete de Guerra, de acordo com a situação de morbilidade e a situação humanitária na Faixa de Gaza".

Esta medida surge na sequência da pressão internacional para que seja permitida a entrada de mais ajuda em Gaza, embora a ONU afirme que não será suficiente.

Segundo a ONU, a capacidade de receber os carregamentos de ajuda "foi significativamente prejudicada" devido a vários fatores, incluindo a escassez de camiões e o facto de o pessoal não conseguir chegar à passagem de Rafah, por onde passa a ajuda, devido aos combates no sul.
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UNRWA fala em situação "desesperada"
por RTP

Não há ajuda suficiente para satisfazer necessidades prementes

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) afirma que os fortes bombardeamentos na Faixa de Gaza tornaram a situação "desesperada".

"As condições necessárias para a distribuição da ajuda não existem. Os abrigos da UNRWA estão a transbordar", declarou a agência das Nações Unidas no X.

"Não há ajuda suficiente para satisfazer as necessidades prementes. As operações da UNRWA estão a ser estranguladas".
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Momento-Chave
Tentativa de causar mais destruição e morte
por RTP

Líder da oposição critica reposta do governo a marcha de extrema-direita em Jerusalém

O líder da oposição israelita, Yair Lapid, criticou a resposta do governo israelita a uma marcha de extrema-direita planeada em Israel, numa publicação na rede social X.

“A marcha desta noite em Jerusalém é uma tentativa descarada dos kahanistas para incendiar mais estádios e causar mais destruição e morte. Enquanto primeiro-ministro, aprovei as marchas em Jerusalém, mas não as provocações violentas. Se houvesse realmente um gabinete em Israel, ele não o permitiria”, escreveu Yair Lapid.
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Maior hospital de Gaza
por RTP

Al-Shifa sem eletricidade só presta primeiros socorros

Maher Shamiyeh, subsecretário adjunto do Ministério da Saúde de Gaza, disse à Al Jazeera que o Hospital al-Shifa foi reduzido à administração de primeiros socorros e cuidados clínicos.

O hospital é o maior da Faixa de Gaza, mas não está a funcionar desde que o exército israelita atacou o complexo médico no mês passado.

"O Complexo Médico Al-Shifa representava 40 a 50 por cento da capacidade total de operações do Ministério da Saúde [antes da guerra], mas agora não tem eletricidade e está cheio de milhares de pessoas deslocadas", disse Shamiyeh.

"Ontem recebemos 200 mortos e 200 feridos", acrescentou. "A maioria dos feridos precisa de cirurgias complicadas".

A maior parte do pessoal médico está agora no sul de Gaza e não pode regressar à cidade de Gaza ou ao norte de Gaza porque o exército israelita impede qualquer pessoa de o fazer, disse ele.
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Ataques de 13 de outubro
por RTP

Amnistia Internacional apela à investigação do ataque que matou jornalista da Reuters

A Amnistia Internacional afirmou que os ataques israelitas que mataram o jornalista da Reuters Issam Abdallah e feriram outras seis pessoas no sul do Líbano, a 13 de outubro, foram provavelmente um ataque direto a civis que deve ser investigado como crime de guerra.

A Human Rights Watch, numa declaração separada, disse que os dois ataques israelitas foram "um ataque aparentemente deliberado contra civis e, portanto, um crime de guerra".

Uma investigação da Reuters publicada na quinta-feira concluiu que a tripulação de um tanque israelita matou Abdallah e feriu os outros seis repórteres ao disparar dois projéteis em rápida sucessão a partir de Israel, enquanto os jornalistas filmavam à distância os bombardeamentos transfronteiriços.
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por Lusa

ONU aponta para as mortes de100 civis no norte de Gaza nas últimas horas

Mais de uma centena de pessoas morreu durante a madrugada na sequência de ataques israelitas contra edifícios residenciais do bairro de Jabalia, norte de Gaza, indica o último relatório da ONU.

"O bombardeamento foi intenso" contra vários edifícios residenciais em Jabalia, mas também no campo de Al Nuseirat e na cidade de Deir al-Balah, onde se registou o maior número de vítimas do dia, segundo o relatório diário do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU sobre a situação na Faixa de Gaza.

O documento confirma que apenas 80 camiões com ajuda humanitária e 69 mil litros de combustível entraram em Gaza a partir do Egito, muito abaixo da média diária de 170 camiões e 110 mil litros de combustível que entraram diariamente durante a pausa humanitária que se prolongou entre os dias 24 e 30 de novembro.

Antes da guerra entre Israel e o Hamas, a população era abastecida diariamente por 500 camiões de mercadorias.

"A capacidade da ONU para receber os carregamentos de ajuda foi significativamente prejudicada nos últimos dias por vários fatores, incluindo a escassez de camiões dentro de Gaza, com alguns retidos na parte central (de Gaza) que foi isolada do sul, e falhas nas telecomunicações", disse.

O impacto negativo foi também o número crescente de pessoas que não puderam deslocar-se à passagem de Rafah devido às hostilidades, a única província de Gaza onde se efetuaram distribuições limitadas de ajuda.

As Nações Unidas observaram igualmente que o fluxo de deslocados internos para Rafah continua, principalmente a partir de toda a província de Khan Younis, embora, como os abrigos excederam largamente a sua capacidade, a maioria dos recém-chegados esteja a instalar-se nas ruas, em espaços vazios da cidade ou em edifícios públicos.

Para tentar aliviar a situação, a ONU distribuiu centenas de tendas, que foram montadas em dois locais distintos, juntamente com centenas de abrigos improvisados.

Entretanto, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas começou a distribuir refeições quentes cozinhadas pela comunidade, embora o número de rações seja muito limitado em comparação com as necessidades.

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Momento-Chave
OMS renova aviso
por RTP

Gaza enfrenta ameaça acrescida de doenças contagiosas

A Organização Mundial da Saúde voltou esta quinta-feira a manifestar preocupação com a disseminação de doenças contagiosas em Gaza.

Richard Peeperkorn, representante da OMS para os territórios palestinianos, afirma que os deslocados palestinianos enfrentam dificuldades para encontrar "lençóis, madeira, tudo". "Estamos verdadeiramente assustados com a disseminação de doenças infecciosas, doenças com origem na água", sublinha, em declarações citadas pela BBC, acrescentando que a situação é "incrivelmente crítica em todo o lado".

Em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, o hospital Al-Nasser acolhe neste momento milhares de doentes, embora apenas tenha capacidade para 350, de acordo com o representante da Organização Mundial da Saúde. "A enfermaria de trauma era uma zona de guerra, quando a visitámos. Muitos doentes no chão, familiares a gritar".
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Momento-Chave
por Cristina Sambado - RTP

Republicanos bloqueiam projeto de financiamento que incluía ajuda a Ucrânia e Israel

Jon Cherry - Reuters

O Senado norte-americano bloqueou um projeto de lei de financiamento suplementar que incluía ajuda financeira à Ucrânia, Israel e Taiwan, bem como verbas destinadas a reforçar a segurança das fronteiras. A votação foi de 49 contra 51. Todos os republicanos opuseram-se ao avanço do diploma.

A votação aumenta a probabilidade de o Congresso não conseguir aprovar mais fundos para a Ucrânia antes do final do ano. A Casa Branca avisou que Kiev necessita urgentemente de mais ajuda. A votação ocorreu um dia depois de os democratas do Senado terem formalizado um projeto de lei suplementar de segurança de 111 mil milhões de dólares, que reflete o pedido de financiamento que Joe Biden apresentou em outubro para prestar assistência aos aliados dos EUA no estrangeiro.

Antes da votação, Joe Biden exortou o Congresso a aprovar o projeto de lei, alertando que a falta de ação só beneficiaria Vladimir Putin, o presidente russo, na guerra contra a Ucrânia.

"Quem está preparado para deixar de responsabilizar Putin por este comportamento? Quem de nós está realmente preparado para fazer isso?" frisou Biden. "Eu não estou preparado para me afastar, e acho que o povo americano também não está".
Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se aos líderes do grupo de nações do G7 e apelou que confundissem Vladimir Putin vencendo "a batalha das motivações" e não mostrando fraqueza. Os líderes do G7 reuniram-se por vídeo, num curto espaço de tempo, numa demonstração de solidariedade para com o líder ucraniano, que incluiu a tentativa de dar novo fôlego às sanções contra a Rússia.

Zelensky agradeceu o apoio dos líderes do G7 e avisou que Moscovo está a contar com o colapso do apoio ocidental à Ucrânia.

"A Rússia acredita que a América e a Europa vão mostrar fraqueza e não vão manter o apoio à Ucrânia ao nível adequado. Putin acredita que o mundo livre não aplicará plenamente as suas próprias sanções e a elite russa troça das dúvidas do mundo sobre a utilização dos ativos russos para compensar os danos causados pela agressão russa", sublinhou.

Para o presidente ucraniano, "tudo isto faz parte de uma questão muito mais vasta - o que pode a liberdade fazer e o que podem as ditaduras fazer. Temos de responder a estas questões em conjunto".

No entanto, esses argumentos não conseguiram influenciar os republicanos do Senado na quarta-feira. Apesar do projeto de lei de financiamento suplementar incluir uma série de medidas de segurança nas fronteiras, os republicanos de ambas as câmaras insistiram que a legislação deve ir mais longe na restrição dos pedidos de asilo e liberdade condicional dos imigrantes. Propostas que são um obstáculo para muitos democratas, tornando pouco claro como um projeto de lei possa passar no Congresso dividido.

Na quarta-feira, o presidente norte-americano afirmou que estava disposto a fazer "compromissos significativos na fronteira", mas acusou os republicanos de adotar uma abordagem de tudo ou nada nas negociações sobre imigração.

As tensões que se vivem no Senado dos EUA espelharam-se, na terça-feira, numa reunião secreta do Senado sobre a Ucrânia se transformou numa crise de gritos. Zelensky, que deveria ter participado na reunião por videoconferência, foi forçado a cancelar devido a um problema de "última hora", segundo o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.
"Isso tem que ser uma negociação", disse Biden. “Os republicanos pensam que podem conseguir tudo o que querem sem qualquer compromisso bipartidário. Essa não é a resposta."

Apesar da ausência do presidente ucraniano, Schumer acusou os republicanos de terem "sequestrado" a reunião para discutir a segurança das fronteiras. Uma acusação que levou republicanos a criticaram o líder da maioria democrata por se recusar a abordar as questões cruciais que criaram o atual impasse.

"Os republicanos estão a abandonar a reunião porque as pessoas que lá estão não estão dispostas a discutir o que é necessário para chegar a um acordo", afirmou o senador Mitt Romney, republicano do Utah.

Sem uma resolução à vista, os republicanos do Senado bloquearam com sucesso o avanço do projeto de lei suplementar sobre segurança.

Apesar de os republicanos terem manifestado sérias preocupações quanto às disposições do projeto de lei relativas às fronteiras, os dez mil milhões de dólares destinados à ajuda a Israel suscitaram críticas por parte de Bernie Sanders.

Numa carta enviada aos seus colegas na terça-feira, o senador progressista do Vermont alertou para o risco de passar um "cheque em branco" a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, numa altura em que o número de mortos em Gaza continua a aumentar.

"Não, não penso que devamos atribuir 10,1 mil milhões de dólares ao governo de extrema-direita de Netanyahu para que continue a sua atual estratégia militar", escreveu Sanders. "O que o Governo de Netanyahu está a fazer é imoral, viola o Direito Internacional e os Estados Unidos não devem ser cúmplices dessas ações".

Depois que ficar claro que o projeto de lei não avançaria na quarta-feira, Sanders juntou-se aos republicanos na oposição à moção processual. Schumer votou inicialmente a favor do projeto de lei, mas depois mudou o seu voto para "não", uma manobra processual que lhe permitirá retomar a legislação numa data posterior.
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Londres à procura de vias de ajuda
por RTP

Secretário da Defesa do Reino Unido afirma que Gaza precisa de maior volume de assistência humanitária

"Parece-me que aquilo que o mundo precisa de fazer é fazer chegar muito mais ajuda à população, que é, em muitos caos, inocente", sustentou Grant Shapps, em declarações citadas pela BBC.

O governante britânico está na Cisjordânia para propor a entrega de material humanitário a Gaza através de uma rota marítima.

Quanto ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, para um cessar-fogo, Shapps contrapõe que, a pôr fim, nesta altura, à guerra, Israel teria de viver ao lado de uma organização que defende a sua eliminação - o Hamas.
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Armas para comunidades fronteiriças
por RTP

Ministério da Defesa de Israel arma esquadrões de segurança de comunidades próximas da fronteira com a Faixa de Gaza

O Comando do Sul das Forças de Defesa de Israel começou a distribuir armas e outros equipamentos de combate aos chamados esquadrões de segurança das comunidades israelitas mais próximas da linha de fronteira da Faixa de Gaza.
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por Lusa

Exército ataca dezenas de alvos em Khan Younis nas últimas horas

O exército israelita atacou nas últimas horas dezenas de alvos das milícias palestinianas na cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que prossegue operações noutras zonas, como o campo de refugiados de Jabalia.

"Nas suas operações em Khan Younis, as tropas mataram terroristas do Hamas e atacaram dezenas de alvos terroristas", disse um porta-voz militar, acrescentando que as forças "enfrentaram uma célula terrorista que emergiu de um túnel, matando dois terroristas em combate e destruindo" o acesso à rede subterrânea.

Durante as operações no campo de Jabalia, no norte de Gaza, "as tropas realizaram uma incursão dirigida a um complexo militar pertencente ao Batalhão Central" do Hamas, onde "vários terroristas foram mortos".

Além disso, "as forças localizaram uma rede de túneis subterrâneos que saem do complexo, bem como uma área de treino e uma instalação de armazenamento de armas", acrescentou.

Finalmente, nas últimas 24 horas, no âmbito das ações das tropas terrestres - que operam já em todo o enclave - "as forças navais israelitas atingiram instalações e infraestruturas militares do Hamas, utilizando munições e projéteis de precisão".

Após o recente cessar-fogo, Israel voltou a atacar em força o enclave e alargou a sua ofensiva ao sul, onde já se encontram centenas de milhares de deslocados internos do norte e da cidade de Gaza. Estas duas zonas estão quase totalmente ocupadas pelo exército, que iniciou a ofensiva terrestre a 27 de outubro.

Os deslocados internos em Gaza são atualmente quase 1,9 milhões de pessoas, cerca de 80% da população total, de 2,3 milhões. Muitas das pessoas foram deslocadas nos últimos dias para Rafah, a cidade mais a sul do enclave.

Desde as primeiras horas da manhã de hoje, os contínuos bombardeamentos israelitas em diferentes pontos da Faixa de Gaza provocaram também dezenas de mortos, incluindo crianças e mulheres, segundo a agência de notícias oficial palestiniana, Wafa.

Os ataques visaram "dezenas de casas, edifícios, apartamentos residenciais e propriedades públicas e privadas".

Os aviões israelitas bombardearam uma mesquita no bairro de al-Daraj, na cidade de Gaza, "causando pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos".

Os aviões israelitas bombardearam casas na Cidade Velha de Gaza, noutros bairros da Cidade de Gaza, noutras partes da Faixa de Gaza e na cidade central de Deir Balah. Esta ação "causou dezenas de mortos e feridos", indicou a Wafa.

No total, pelo menos 16.200 pessoas foram mortas pelos ataques israelitas na Faixa de Gaza, enquanto cerca de 7.000 estão sob os escombros dos edifícios desmoronados, pelo que o número de mortos pode ser muito superior.

A guerra começou depois de um ataque do Hamas contra Israel, a 07 de outubro, que matou mais de 1.200 pessoas, e desde então o exército israelita tem levado a cabo uma grande ofensiva na Faixa de Gaza com o objetivo de "erradicar" o grupo islamita.

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por Lusa

Diplomacia da União Europeia apoia apelo do secretário-geral da ONU

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros demonstrou hoje apoio ao secretário-geral da ONU no apelo para que o Conselho de Segurança da ONU declare um cessar-fogo para evitar "um colapso total da situação humanitária em Gaza".

"Apelo aos membros da União Europeia no Conselho de Segurança da ONU e aos parceiros que partilham as mesmas ideias para que apoiem o apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres", afirmou Josep Borrell na conta oficial da rede social X. 

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem de atuar imediatamente para evitar o colapso total da situação humanitária em Gaza", acrescentou.

Borrell apelou também a Israel para que "permita que todas as agências da ONU, incluindo a coordenadora residente e humanitária, Lynn Hastings, prestem apoio urgente aos civis em Gaza".

É a primeira vez, desde que iniciou o mandato em 2017, que António Guterres invoca o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que estabelece que o secretário-geral "pode levar ao conhecimento do Conselho de Segurança qualquer assunto que possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança no mundo".

Israel tem levado a cabo uma vasta ofensiva terrestre na Faixa de Gaza desde 27 de outubro, após três semanas de intensos bombardeamentos, em resposta ao ataque realizado pelo grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

As operações militares israelitas já provocaram mais de 16 mil mortos na Faixa de Gaza, 70% dos quais mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde tutelado pelo Hamas.

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"Dezenas de alvos terroristas"
por RTP

Forças de Defesa de Israel fazem balanço das últimas horas de combates na Faixa de Gaza

Em comunicado, o exército israelita diz ter enfrentado "uma célula terroristas que saiu de um túnel". Terão sido abatidos pelo menos dois combates palestinianos neste confronto.

As Forças de Defesa de Israel afirmam ainda ter atacado um complexo do Batalhão Central de Jabaliya do Hamas, onde abateu vários combatentes. "As forças localizaram uma rede de túneis subterrâneos que saíam do complexo, tal como uma área de treino e de armazenamento de armas".
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por RTP

O que é o artigo 99?

O artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, agora invocado por António Guterres por causa do conflito israelo-palestiniano, autoriza o secretário-geral da ONU a colocar ao conhecimento dos membros do Conselho de Segurança qualquer tema que entenda ameaçar a manutenção da paz e da segurança à escala internacional.
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"Salvar vidas"
por RTP

ONU rebate críticas de Israel e reafirma preocupação com civis da Faixa de Gaza

"O único lado em que estamos é o lado de salvar vidas". Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, reagiu assim, em declarações à BBC Radio 3, às acusações de parcialidade que Telavive tem desferido à organização e, em particular, a António Guterres.

O secretário-geral da ONU invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, procurando assim promover um cessar-fogo com recurso ao Conselho de Segurança. Medida tomada face ao "chocante sofrimento humano" na Faixa de Gaza, segundo Dujarric.

"Penso que ninguém pode olhar para o lado. Os membros do Conselho de Segurança têm todos a responsabilidade de usarem a sua influência para tentar acabar com esta crise", vincou.
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Ponto de situação
por RTP

Guterres invoca artigo 99 da Carta da ONU para promover cessar-fogo na Faixa de Gaza

  • O secretário-geral das Nações Unidas invocou, pela primeira vez no mandato, o artigo 99 da Carta da ONU para pedir ao Conselho de Segurança que faça pressão no sentido de um cessar-fogo humanitário em Gaza.


    António Guterres apela à comunidade internacional para que use "toda a influência", visando "evitar uma nova intensificação" do conflito;

  • Israel criticou a decisão do secretário-geral da ONU. Na rede social X , o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros veio considerar que a ativação do artigo 99 e o apelo de António Guterres dão força ao Hamas. O governante escreveu ainda que "está em causa a paz mundial";

  • O representante palestiniano na ONU, Riyad Mansour, afirmou, por sua vez, que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não pode continuar a fugir às responsabilidades;

  • No sul da Faixa de Gaza, forças israelitas e Hamas travam combates intensos. Telavive garante ter apreendido numa zona civil os maiores arsenais desde o início do conflito. As Nações Unidas acusam ambos os lados de estarem a violar os Direitos Humanos;

  • As tropas israelitas terão cercado a casa de Yahya Sinwar, figura de proa do movimento radical palestiniano. "É só uma questão de tempo até que o apanhemos", clamou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu;

  • Yahya Sinwar é descrito pelas autoridades israelitas como o "arquiteto" do ataque desencadeado a 7 de outubro pelo Hamas. As Forças de Defesa de Israel acreditam que esteja escondido na rede subterrânea do movimento, na Faixa de Gaza;

  • A máquina de guerra do Estado hebraico cercou Khan Younis, a principal cidade do sul da Faixa de Gaza, e afirma estar atualmente a operar "no coração" da zona sul da cidade de Gaza. Ao mesmo tempo, espalhou panfletos a instar os civis a deslocarem-se para zonas ditas seguras em Rafah, na linha de fronteira com o Egito;

  • Os Estados Unidos discutiram com Israel o calendário para as operações na Faixa de Gaza e "como isto se enquadra numa estratégia de longo prazo para resolver a questão que vai para lá dos meios militares", adiantou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan;

  • O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza indica que, desde o fim da trégua que permitiu a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, morreram 1.207 pessoas no território debaixo da contraofensiva do Estado hebraico. Setenta por cento das cítimas são mulheres e crianças.
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por RTP

ONU. António Guterres invocou pela primeira vez o artigo 99

O Secretário-Geral das Nações Unidas invocou, pela primeira vez no seu mandato, o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, para pedir ao Conselho de Segurança da ONU que faça pressão, com vista a um cessar-fogo humanitário em Gaza.

António Guterres apela à comunidade internacional para usar "toda a sua influência", de modo a "evitar uma nova intensificação" do conflito.
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por RTP

RTP acompanha no terreno a guerra do Médio Oriente

As forças israelitas acreditam ter cercado o líder do Hamas em Khan Younis, um desenvolvimento da guerra acompanhado a partir de Israel pelos enviados especiais Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.

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por RTP

RTP falou com sobreviventes dos ataques do Hamas a 7 de outubro

Há dois meses o ataque dos terroristas do Hamas apanhou de surpresa os residentes de diversas quintas comunitárias junto à Faixa de Gaza. Os enviados da RTP estiveram no Kibutz de Nir Oz e registaram o relato de um sobrevivente dos ataques.

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por RTP

Israel e Hamas travam combates intensos no sul da Faixa de Gaza

Foto: Rennen Sawafta - Reuters

Telavive qualifica esta fase como a terceira da guerra contra o Hamas e garante ter apreendido numa zona civil os maiores arsenais desde o início do conflito. As Nações Unidas acusam ambos os lados de estarem a cometer violações sérias de Direitos Humanos".

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por RTP

Cessar-fogo. Lisboa já respondeu a familiares de luso-israelitas reféns do Hamas

A retirada de reféns da Faixa de Gaza só será possível quando houver um cessar-fogo. Resposta do ministro dos Negócios Estrangeiros aos familiares dos seis luso-israelitas capturados pelo Hamas.

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