Assembleia-Geral da ONU vai votar demanda para cessar-fogo
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Netanyahu diz ao Hamas: "Acabou, rendam-se agora"
"Eles estão a depor armas e a render-se aos nossos soldados heróicos. Isto vai levar tempo. A guerra continua, mas este é o começo do fim do Hamas", disse Netanyahu em comunicado. E acrescentou: "Aos terroristas do Hamas: este é o fim. Não morram por [líder do movimento de Gaza, Yahya] Sinwar. Rendam-se - agora!", acrescentou.
OMS adota resolução imediata para cessar-fogo em Gaza
O Qatar foi o país que presidiu à sessão de hoje, que decorreu ao longo do dia com intervenções dos vários Estados-membros da OMS, e contou com a participação da ministra da Saúde palestiniana, Mai al Kaila.
"Conseguimos algo que os Estados-membros não conseguiram noutros fóruns, a primeira resolução adotada por consenso desde o início do conflito, há dois meses", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no final da sessão extraordinária.
O acordo apela igualmente à passagem de ambulâncias e à retirada de feridos e doentes graves e exige "o respeito e a proteção de todo o pessoal sanitário e humanitário", depois de terem sido registados mais de 500 ataques contra a rede de saúde na Cisjordânia e em Gaza desde outubro.
Pede também que Israel, enquanto potência ocupante, "respeite o direito à saúde de todas as pessoas no Território Palestiniano Ocupado", o que significa prestar ajuda humanitária sem restrições e, se necessário, conceder autorizações de saída aos doentes que necessitam de tratamento fora de Gaza.
A resolução apela também à OMS para que convoque urgentemente uma conferência de doadores antes da próxima Assembleia Mundial da Saúde, em 2024, para financiar as necessidades de saúde dos territórios palestinianos e reconstruir o seu sistema de saúde danificado.
Pede igualmente à comunidade internacional para que garanta um financiamento adequado para apoiar as necessidades de saúde dos territórios palestinianos e para ajudar na reconstrução do sistema de saúde na Cisjordânia e em Gaza.
Segundo Tedros, a resolução "não resolve a crise, mas é uma plataforma a partir da qual se pode construir".
"Compreendo a necessidade de Israel de proteger o seu povo de ataques e de viver em paz e segurança, mas também compreendo a mesma necessidade por parte do povo palestiniano, e quero acreditar que ambas são possíveis e não mutuamente exclusivas", disse o diretor-geral da OMS.
A resolução dos 34 países-membros do Conselho Executivo manifesta também "grande preocupação" com a situação humanitária e a "destruição generalizada" e apela à proteção de todos os civis.
Apesar de aceitarem a resolução, alguns países ocidentais manifestaram reservas.
O representante dos EUA disse que Washington concordou em não se opor ao consenso sobre o texto, mas tem "reservas significativas", afirmando que "lamenta a falta de equilíbrio na resolução".
Para o Canadá, o texto é uma "resolução de compromisso" que poderia também ter denunciado o papel do Hamas no conflito, a tomada de reféns e "a utilização de escudos humanos".
Mal a resolução foi aprovada, foi criticada pela diplomacia israelita, que afirmou num comunicado que "envia um sinal aos terroristas de que o mundo olhará para o outro lado se eles raptarem crianças e mulheres inocentes, usarem as populações locais como escudos humanos e usarem os hospitais como quartéis terroristas".
"Uma resolução da OMS que não faz qualquer referência aos reféns e à sua situação de saúde, que não condena o Hamas pelo terrorismo ou pela utilização de escudos humanos é um completo fracasso moral da comunidade internacional", afirmou no comunicado o embaixador israelita na ONU em Genebra, Meirav Eilon Shahar, que participou na sessão.
Até agora a OMS convocou apenas seis sessões especiais, muitas vezes para emergências de saúde globais, como a pandemia de covid-19 ou o surto de Ébola na África Ocidental em meados da década passada.
Também foi convocada por problemas internos, como a morte repentina do seu então diretor-geral Lee Jong-wook em 2006 ou a recente demissão do seu chefe regional da Ásia-Pacífico, acusado de comportamento abusivo e comentários racistas.
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De acordo com um comunicado militar, os ataques atingiram posições de lançamento de foguetes, instalações das milícias e outras infraestruturas pertencentes ao Hezbollah, segundo um comunicado militar citado pela agência espanhola Europa Press.
Fontes locais informaram o diário libanês L`Orient-Le Jour de ataques israelitas nos arredores das cidades de Aita el Chaab, Aitaroun, Kounine, Blida, Mhaibibib e Yaroun.
O exército confirmou que continuará a efetuar novos ataques na zona nas próximas horas.
O exército israelita confirmou também, nas últimas horas, que dois soldados ficaram ligeiramente feridos por estilhaços e inalação de fumo num ataque de um `drone` (aeroplano não tripulado) do Hezbollah a uma base na Galileia Ocidental.
Dois dos `drones` lançados a partir do Líbano foram abatidos pelo sistema de defesa aérea "Iron Dome", disse o exército israelita numa declaração adicional veiculada pelo jornal Times of Israel.
O Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) anunciou hoje que está a investigar um ataque contra posições do seu batalhão espanhol no Líbano, que não causou vítimas.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, à agência noticiosa oficial libanesa NNA, segundo a Europa Press.
O incidente ocorreu no sábado à noite, no setor oriental da planície de trigo de Abl el Qahm, disseram fontes de segurança ao diário L`Orient-Le Jour.
Uma torre de observação do posto ficou danificada, mas não há registo de vítimas entre as forças de manutenção da paz da ONU, disse Tenenti à agência noticiosa libanesa, sem dar mais pormenores sobre o que aconteceu.
As hostilidades entre Israel e as milícias libanesas na zona fronteiriça, as mais graves desde 2006, aumentaram na sequência da guerra que eclodiu em 07 de outubro entre Israel e o Hamas em Gaza.
Desde o início das hostilidades na região fronteiriça, mais de 120 pessoas foram mortas, 11 das quais em Israel (sete soldados e quatro civis).
No Líbano, o balanço é de 110 mortos, incluindo cerca de 80 membros do Hezbollah, 12 membros das milícias palestinianas, um soldado e 17 civis, entre os quais três jornalistas e três crianças.
Israel retirou mais de 60 mil pessoas de comunidades no norte do país, enquanto a violência forçou a deslocação de cerca de 55 mil pessoas no Líbano.
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Num discurso realizado no Fórum de Doha, no Qatar, António Guterres disse que o Conselho de Segurança está "paralisado pelas divisões geoestratégicas", que comprometem a sua capacidade de encontrar soluções para a guerra na Faixa de Gaza.
"A autoridade e a credibilidade do Conselho de Segurança foram seriamente comprometidas" pela sua resposta tardia ao conflito, um dano à sua reputação que foi agravado pelo veto dos Estados Unidos, na sexta-feira, a uma resolução que apelava para um cessar-fogo em Gaza, segundo Guterres.
O projeto de resolução foi preparado após a invocação sem precedentes por Guterres do artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que permite ao secretário-geral da ONU chamar a atenção do Conselho de Segurança para uma questão que "pode colocar em perigo a manutenção da paz e segurança internacionais".
"Reiterei o meu apelo para ser declarado um cessar-fogo humanitário (...) infelizmente, o Conselho de Segurança não o fez. Posso prometer que não vou desistir", lamentou Guterres.
Os Estados Unidos, aliados de Israel, reiteraram na sexta-feira a sua posição contrária a um cessar-fogo.
"Corremos sério risco de colapso do sistema humanitário", alertou também Guterres no Fórum de Doha.
"A situação está a evoluir rapidamente para uma catástrofe com implicações potencialmente irreversíveis para os palestinianos como um todo e para a paz e segurança na região", avaliou o secretário-geral da ONU.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, publicou um balanço de 17.490 mortes, a maioria destas de mulheres e crianças, no enclave palestiniano desde o início da guerra com Israel, no início de outubro.
O seu ataque sem precedentes em Israel, em 07 de outubro, deixou mais de 1.200 mortos israelitas, a maioria civis, além de mais de 240 pessoas raptadas, segundo as autoridades do Estado judeu.
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Violentos combates no sul da Faixa de Gaza
A força aérea israelita efetuou "ataques aéreos muito violentos", ao início do dia, perto de Khan Yunis e na estrada entre esta cidade e Rafah, perto da fronteira com o Egito, de acordo com o movimento islamita palestiniano Hamas.
Algumas horas mais tarde, uma fonte próxima dos ramos militares do Hamas e do movimento Jihad Islâmica disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que os dois grupos estavam envolvidos em "violentos confrontos" em torno de Khan Yunis.
De acordo com fontes médicas palestinianas, citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas esta madrugada quando as forças israelitas bombardearam uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
O exército israelita afirmou "ter intensificado" as operações nestas zonas do sul da Faixa de Gaza.
"Temos de aumentar a pressão", afirmou o chefe do Estado-Maior do exército, Herzi Halevi, referindo que um número crescente de baixas entre combatentes do Hamas.
Logo no início da ofensiva terrestre, o exército israelita tinha pedido à população do norte da Faixa de Gaza que se deslocasse para o sul.
Mas com a intensificação dos combates no sul, e após o veto dos Estados Unidos, no Conselho de Segurança da ONU, a uma resolução que propunha um cessar-fogo, os receios aumentam para a população civil da Faixa de Gaza, nomeadamente no sul.
Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já causaram 17.700 mortos e 48.780 feridos, anunciou, no sábado, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
A guerra foi desencadeada pelo ataque em solo israelita, em 07 de outubro, por comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, e durante o qual foram mortas 1.200 pessoas, de acordo com as autoridades israelitas.
O Hamas também fez cerca de 240 reféns, 138 das quais permanecem em cativeiro.
Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.