Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
O Hezbollah disse este domingo que a guerra com Israel está a escalar e a guerra israelita contra o Hamas está prestes a passar novas fronteiras: a do sul do Líbano.
Foto: Mussa Qawasma - Reuters
A duas semanas do Natal, os enviados da RTP a Israel, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, foram a Belém, berço de Jesus Cristo, ver como está a ser feita a preparação da festa mais importante para os cristãos. A cidade está triste. As tradicionais luzes e enfeites foram retirados em solidariedade com os palestinianos de Gaza que têm estado a morrer com a guerra.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Várias organizações internacionais reforçaram os pedidos para um cessar fogo em Gaza. Israel responde com o anúncio de reforço da ofensiva a sul. A Organização Mundial da Saúde avisa que a assistência médica está à beira do colapso.
A duas semanas do Natal, os enviados da RTP Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão junto à igreja da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, onde desta guerra também tem impacto.
A Organização Mundial de Saúde diz que a guerra no Médio Oriente está a ter um "impacto catastrófico" na saúde da população da Faixa de Gaza.
Os ataques contra a faixa de Gaza não cessam, numa altura em que Khan Younis, no sul, é um dos principais alvos da ofensiva israelita.
O exército israelita anunciou hoje o início de uma vaga de "ataques aéreos generalizados" contra as milícias da organização libanesa Hezbollah no sul do Líbano, palco de semanas de trocas de artilharia na guerra de Gaza.
De acordo com um comunicado militar, os ataques atingiram posições de lançamento de foguetes, instalações das milícias e outras infraestruturas pertencentes ao Hezbollah, segundo um comunicado militar citado pela agência espanhola Europa Press.
Fontes locais informaram o diário libanês L`Orient-Le Jour de ataques israelitas nos arredores das cidades de Aita el Chaab, Aitaroun, Kounine, Blida, Mhaibibib e Yaroun.
O exército confirmou que continuará a efetuar novos ataques na zona nas próximas horas.
O exército israelita confirmou também, nas últimas horas, que dois soldados ficaram ligeiramente feridos por estilhaços e inalação de fumo num ataque de um `drone` (aeroplano não tripulado) do Hezbollah a uma base na Galileia Ocidental.
Dois dos `drones` lançados a partir do Líbano foram abatidos pelo sistema de defesa aérea "Iron Dome", disse o exército israelita numa declaração adicional veiculada pelo jornal Times of Israel.
O Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) anunciou hoje que está a investigar um ataque contra posições do seu batalhão espanhol no Líbano, que não causou vítimas.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, à agência noticiosa oficial libanesa NNA, segundo a Europa Press.
O incidente ocorreu no sábado à noite, no setor oriental da planície de trigo de Abl el Qahm, disseram fontes de segurança ao diário L`Orient-Le Jour.
Uma torre de observação do posto ficou danificada, mas não há registo de vítimas entre as forças de manutenção da paz da ONU, disse Tenenti à agência noticiosa libanesa, sem dar mais pormenores sobre o que aconteceu.
As hostilidades entre Israel e as milícias libanesas na zona fronteiriça, as mais graves desde 2006, aumentaram na sequência da guerra que eclodiu em 07 de outubro entre Israel e o Hamas em Gaza.
Desde o início das hostilidades na região fronteiriça, mais de 120 pessoas foram mortas, 11 das quais em Israel (sete soldados e quatro civis).
No Líbano, o balanço é de 110 mortos, incluindo cerca de 80 membros do Hezbollah, 12 membros das milícias palestinianas, um soldado e 17 civis, entre os quais três jornalistas e três crianças.
Israel retirou mais de 60 mil pessoas de comunidades no norte do país, enquanto a violência forçou a deslocação de cerca de 55 mil pessoas no Líbano.
Shannon Stapleton - Reuters
Este domingo, o secretário-geral das Nações Unidas lamentou o que diz ser a "inércia" da ONU face ao conflito atual entre Israel e o Hamas. No Forum de Doha, no Catar, António Guterres garantiu que não vai desistir, mesmo depois do veto norte-americano a um cessar-fogo.
O secretário-geral da ONU lamentou hoje a paralisia das Nações Unidas diante da guerra entre o grupo islamita Hamas e pelo facto de o Conselho de Segurança não ter votado a favor de um cessar-fogo em Gaza.
Num discurso realizado no Fórum de Doha, no Qatar, António Guterres disse que o Conselho de Segurança está "paralisado pelas divisões geoestratégicas", que comprometem a sua capacidade de encontrar soluções para a guerra na Faixa de Gaza.
"A autoridade e a credibilidade do Conselho de Segurança foram seriamente comprometidas" pela sua resposta tardia ao conflito, um dano à sua reputação que foi agravado pelo veto dos Estados Unidos, na sexta-feira, a uma resolução que apelava para um cessar-fogo em Gaza, segundo Guterres.
O projeto de resolução foi preparado após a invocação sem precedentes por Guterres do artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que permite ao secretário-geral da ONU chamar a atenção do Conselho de Segurança para uma questão que "pode colocar em perigo a manutenção da paz e segurança internacionais".
"Reiterei o meu apelo para ser declarado um cessar-fogo humanitário (...) infelizmente, o Conselho de Segurança não o fez. Posso prometer que não vou desistir", lamentou Guterres.
Os Estados Unidos, aliados de Israel, reiteraram na sexta-feira a sua posição contrária a um cessar-fogo.
"Corremos sério risco de colapso do sistema humanitário", alertou também Guterres no Fórum de Doha.
"A situação está a evoluir rapidamente para uma catástrofe com implicações potencialmente irreversíveis para os palestinianos como um todo e para a paz e segurança na região", avaliou o secretário-geral da ONU.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, publicou um balanço de 17.490 mortes, a maioria destas de mulheres e crianças, no enclave palestiniano desde o início da guerra com Israel, no início de outubro.
O seu ataque sem precedentes em Israel, em 07 de outubro, deixou mais de 1.200 mortos israelitas, a maioria civis, além de mais de 240 pessoas raptadas, segundo as autoridades do Estado judeu.
O primeiro-ministro israelita congratulou-se com o veto de Washington nas Nações Unidas à resolução que pedia um cessar fogo em Gaza. Benjamin Netanyahu reitera que Israel vai continuar a guerra para eliminar o Hamas.
O exército israelita e o movimento islamista palestiniano Hamas envolveram-se hoje em violentos combates no sul da Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas tentam desesperadamente proteger-se, indicaram fontes do Hamas.
A força aérea israelita efetuou "ataques aéreos muito violentos", ao início do dia, perto de Khan Yunis e na estrada entre esta cidade e Rafah, perto da fronteira com o Egito, de acordo com o movimento islamita palestiniano Hamas.
Algumas horas mais tarde, uma fonte próxima dos ramos militares do Hamas e do movimento Jihad Islâmica disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que os dois grupos estavam envolvidos em "violentos confrontos" em torno de Khan Yunis.
De acordo com fontes médicas palestinianas, citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas esta madrugada quando as forças israelitas bombardearam uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
O exército israelita afirmou "ter intensificado" as operações nestas zonas do sul da Faixa de Gaza.
"Temos de aumentar a pressão", afirmou o chefe do Estado-Maior do exército, Herzi Halevi, referindo que um número crescente de baixas entre combatentes do Hamas.
Logo no início da ofensiva terrestre, o exército israelita tinha pedido à população do norte da Faixa de Gaza que se deslocasse para o sul.
Mas com a intensificação dos combates no sul, e após o veto dos Estados Unidos, no Conselho de Segurança da ONU, a uma resolução que propunha um cessar-fogo, os receios aumentam para a população civil da Faixa de Gaza, nomeadamente no sul.
Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já causaram 17.700 mortos e 48.780 feridos, anunciou, no sábado, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
A guerra foi desencadeada pelo ataque em solo israelita, em 07 de outubro, por comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, e durante o qual foram mortas 1.200 pessoas, de acordo com as autoridades israelitas.
O Hamas também fez cerca de 240 reféns, 138 das quais permanecem em cativeiro.
Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.