Pelo menos 60 mortos em ataque israelita num campo de refugiados
Este número de mortos não pôde ser imediatamente confirmado por uma fonte independente. Questionado, o exército israelita afirmou que estava a "verificar" a informação.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al-Qudra, declarou que o ataque tinha destruído "um bloco de casas habitadas" e que o número de mortos "poderia aumentar" devido ao grande número de famílias que viviam no local no momento do bombardeamento.
Além disso, dez membros da mesma família foram mortos hoje num ataque israelita à sua casa no campo de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
Papa apela à paz na Ucrânia e no Médio Oriente
Israel afirma ter abatido oito mil elementos do Hamas
Várias cidades europeias atentas a risco de atentados
Foto: Thilo Schmuelgen - Reuters
Guerra em Gaza regista na véspera de Natal um dos dias mais letais
Pelo menos 166 civis palestinianos foram mortos no enclave nas últimas 24 horas e 384 ficaram feridos pelos intensos bombardeamentos israelitas -- um dos dias mais letais após o início dos ataques -- com um balanço total de 20.424 mortos e 54.036 feridos desde 07 de outubro, informou o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas.
Israel ordenou a evacuação de oito localidades do centro da Faixa de Gaza e disse aos residentes para se transferirem para a cidade de Deir al Balah, onde ocorriam cinco massacres nas últimas 48 horas, indicou a agência noticiosa Efe.
"Não há para onde ir em Gaza", lamentam muitos dos deslocados pela ofensiva israelita, e quando pelo menos 1,9 milhões dos 2,3 milhões de habitantes já foram forçados a abandonar as suas casas, na maioria destruídas ou danificadas e após dois meses e meio de guerra.
"Não existe uma zona segura em Gaza", assegurou à Efe Sabri Abdelrahim no campo de refugiados de Bureij, e após Israel ordenar que seja abandonado pelas 150.000 pessoas que acolhe.
Após alguma renitência, a maioria decidiu partir devido aos bombardeamentos, repetindo as imagens de veículos, camiões, carroças puxados por burros, e ruas repletas de deslocados.
Há também crianças, idosos, mulheres, junto a colchões, utensílios de cozinha e comida enlatada, enquanto são sobrevoados por aviões israelitas.
O Exército israelita também anunciou a morte de 14 soldados nas últimas 48 horas, um dos dias mais letais para as suas forças desde o início da ofensiva terrestre no enclave.
No total, 153 soldados israelitas foram mortos em combate desde o início da ofensiva terrestre, superando os 119 que morreram na guerra do Líbano em 2006, segundo os números do Exército.
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu já lamentou os custos do conflito.
"A guerra está a cobrar-nos um preço muito elevado mas não temos outra alternativa que não seja continuar a lutar" até à "destruição do Hamas, a única forma de recuperar os nossos reféns, mesmo que leve tempo", afirmou.
O Exército israelita informou que nas últimas 24 horas flagelou mais de 200 "objetivos terroristas" do Hamas e matou numerosos combatentes em operações conjuntas com o Shin Bet, os serviços secretos internos.
Foi ainda anunciada a detenção na última semana de mais de 200 "terroristas", do Hamas e da Jihad islâmica, num total de cerca de 800 desde o início do atual conflito, muitos levados para Israel onde estão a ser interrogados.
Numa mensagem de Natal, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, pediu o fim do "rio de sangue" e dos "imensos sacrifícios"do povo palestiniano.
"As penúrias e a heroica resistência do nosso povo na sua terra são o caminho em direção à liberdade e à dignidade", afirmou Abbas, que governa em zonas reduzidas da Cisjordânia ocupada.
Este ano, e ao contrário das tradicionais celebrações, o patriarca Pierbattista Pizzaballa, o enviado do Vaticano à Terra Santa, chegou numa procissão solene sem música nem atos festivos, e de luto pelo elevado número de civis palestinianos mortos no conflito.
"É um Natal triste", lamentou o patriarca.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sangrento e sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.
No total, 1.140 pessoas, na maioria civis, foram mortas nesse dia, segundo uma contagem da agência noticiosa AFP a partir dos últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas perto de 20.500 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 52 mil, na maioria civis, destruídas a maioria das infraestruturas e perto de 1,9 milhões forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade da população do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 07 de outubro, mais de 280 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico, para além de mais de 4.000 detidos.
Brigadas Ezzedin al-Qassam divulgam balanço operacional que aponta para 48 soldados israelitas mortos em quatro dias
Abu Obeida, porta-voz do braço armado do movimento radical palestiniano, fez publicar esta tarde um comunicado.
"Atacámos as forças invasoras com mísseis e engenhos anti-fortificações e anti-pessoal e confrontámo-los a distância zero. Os nossos combatentes confirmaram as mortes de 48 soldados sionistas, ferimentos em dezenas e levaram a cabo 24 missões de combate nos últimos quatro dias", referiu Obeida.
"No mesmo período, os nossos combatentes destruíram 35 veículos militares, completa ou parcialmente. Os nossos combatentes fizeram chover um ataque de mísseis sobre a cidade de Telavive. Combatentes atacaram quartéis-generais, salas de comando e ajuntamentos de soldados com granadas de morteiro e mísseis de curto-alcance em todas as frentes", rematou o porta-voz.
Campo de refugiados no centro de Gaza atingido em ataque aéreo israelita
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, estimam em mais de 20 mil o número de palestinianos mortos desde o dia 7 de outubro.
Forças de Defesa de Israel mostram rede de túneis no maior campo de refugiados do norte de Gaza
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, a rede era composta por vários braços usados por combates do Hamas e que abrangiam uma escola nas proximidades e um hospital. Um dos poços daria mesmo acesso à casa de um antigo comandante da brigada do norte de Gaza do movimento radical palestiniano, Ahmed Ghandour, entretanto abatido num bombardeamento aéreo.
The IDF reveals a large Hamas tunnel network in northern Gaza’s Jabaliya camp, where the bodies of five Israeli hostages were recovered earlier this month.
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) December 24, 2023
Troops of the 551st Brigade and Military Intelligence’s Unit 504 led the operation to retrieve the bodies of soldiers… pic.twitter.com/LDSM7I81yT
A rede de túneis foi destruída há vários dias.
Palestiniano descreve dias de cativeiro entre as tropas israelitas
Os detidos, relata ainda Ali, estavam proibidos de falar ou de remover as suas vendas e algemas. "Eles deitavam pão fora e não nos alimentavam", acrescenta.
Pelo menos 20 palestinianos foram libertados pelo exército do Estado hebraico e deixados na fronteira com o Egito.
"Não vamos parar enquanto não formos vitoriosos"
O exército israelita sofreu dez baixas em Gaza no sábado, naquele que foi um dos dias mais mortíferos para os operacionais do Estado hebraico desde 7 de outubro, dia da ofensiva do Hamas em território israelita.
Nações Unidas estimam que haja 50 mil mulheres grávidas na Faixa de Gaza
There are an estimated 50,000 pregnant women in the📍#GazaStrip, with over 180 giving birth every day.@UNRWA doctors & midwives are doing everything possible to provide care for post-natal & high-risk pregnant women at the 7 [out of 22] operational @UNRWA health centres. https://t.co/NtmSdxdzxQ
— UNRWA (@UNRWA) December 24, 2023
A UNRWA sublinha que médicos e parteiras estão a envidar todos os esforços para assegurar os cuidados a recém-nascidos e a mulheres com gravidezes de alto risco nos sete centros da agência ainda a funcionar. Antes da contraofensiva, eram 22.
Diretor da OMS lamenta devastação do sistema de saúde em Gaza
"A dizimação do sistema de saúde de Gaza é uma tragédia", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X (antigo Twitter).
Há muito que a OMS está alarmada com o estado dos cuidados de saúde após o começo da guerra mais sangrenta jamais vista em Gaza, na sequência do ataque, sem precedentes em termos de escala e de atos cometidos, do Hamas contra Israel, em 07 de outubro.
Na altura os militantes islâmicos palestinianos mataram cerca de 1.140 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias AFP baseada em dados israelitas, e capturaram cerca de 250 reféns, 129 dos quais se pensa que ainda se encontram em cativeiro em Gaza.
A campanha militar de Israel, que inclui bombardeamentos aéreos maciços, matou 20.424 pessoas, a maioria das quais mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território dirigido pelo Hamas.
A OMS alertou na semana passada para o facto de já não existirem hospitais em funcionamento no norte da Faixa de Gaza.
Depois de ter estado na semana passada em dois hospitais muito danificados no norte, Al-Shifa e Al-Ahli, o pessoal da OMS descreveu cenas "insuportáveis" de pacientes em grande parte abandonados, incluindo crianças pequenas, que imploravam não por tratamento mas por comida e água.
Os hospitais, que são protegidos pelo direito humanitário internacional, foram atingidos várias vezes por ataques israelitas em Gaza desde o início da guerra.
O exército israelita acusa o Hamas de ter túneis sob os hospitais e de utilizar as instalações médicas como centros de comando, uma acusação negada pelo grupo islamita.
Até 20 de dezembro, a OMS tinha registado 246 ataques contra estabelecimentos de saúde e ambulâncias em Gaza, dos quais resultaram 582 mortos e 748 feridos.
UE continuará a trabalhar para tentar aumentar segurança no Mar Vermelho
"Os trabalhos continuarão no Conselho sobre as modalidades de contribuição da UE e dos seus Estados-membros para a liberdade de navegação no Mar Vermelho", disseram fontes comunitárias à agência de notícias EFE.
Em 20 de dezembro, os embaixadores dos 27 Estados-membros, reunidos numa sessão extraordinária no Comité Político e de Segurança do Conselho da UE, concordaram em contribuir, através da missão comunitária EUNavfor Atalanta, para a operação norte-americana "Guardião da Prosperidade", promovido para salvaguardar a segurança no Mar Vermelho.
Esta informação foi divulgada pelo alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, através do seu perfil na rede social X (antigo Twitter), no qual avançou que iriam intensificar a troca de informações e aumentar a presença com meios navais adicionais, o que "demonstra o papel da UE como provedor de segurança marítima".
No entanto, no sábado, Espanha deixou claro que o que defende é a criação de uma missão específica no Mar Vermelho com "alcance, meios e objetivos próprios" para proteger o transporte marítimo comercial dos ataques Houthi, em vez de atuar através da missão Atalanta, promovida pela UE em 2008 para combater a pirataria nas águas do Oceano Índico ao largo da costa da Somália.
Num comunicado de imprensa, o Ministério da Defesa espanhol defendeu que "para ter a máxima eficácia a que se deve aspirar no Mar Vermelho, é fundamental criar uma missão nova e específica, com alcance, meios e objetivos próprios, acordada pelos órgãos correspondentes da UE", em vez de proceder a uma prorrogação da Atalanta.
Paralelamente, fontes do ministério confirmaram que Espanha não participará definitivamente na missão internacional no Mar Vermelho.
Enquanto isso, os ataques a navios naquela área continuam.
O Comando Naval Central dos Estados Unidos informou este domingo sobre o disparo de dois mísseis antinavio contra rotas comerciais marítimas no sul do Mar Vermelho a partir de áreas controladas pelos Houthis no Iémen, bem como ataques de drones a petroleiros e navios militares, sem provocarem danos materiais ou pessoais.
Os rebeldes houthi do Iémen, apoiados pelo Irão, lançaram várias barreiras de mísseis e drones contra o sul de Israel nos últimos dois meses e meio, em resposta à invasão israelita de Gaza.
Também anunciaram que iriam atacar navios com a bandeira do Estado Judeu, propriedade de empresas israelitas ou com destino a Israel no Estreito de Bab al Mandeb, o que fez com que grandes companhias marítimas suspendessem as suas operações naquela rota marítima.
Egípcios colocam plano sobre a mesa para cessar-fogo, libertação de reféns e nova liderança palestiniana
Segundo o portal de notícias saudita Asharq, que cita um responsável que participou nas conversações com uma delegação do Hamas no Cairo, na semana passada, a iniciativa visa pôr termo às hostilidades e obter a libertação de todos os reféns que permanecem cativos em Gaza - em três fases.
Uma primeira fase passaria por uma trégua de duas semanas na Faixa de Gaza, extensível a três ou quatro semanas, em troca da libertação de 40 reféns israelitas, designadamente mulheres, menores e idosos, desde doentes. Israel aceitaria, como contrapartida, libertar 120 prisioneiros palestinianos dos mesmos segmentos. Os tanques israelitas recuariam e o fluxo de ajuda humanitária aumentaria durante este período.
Num segundo momento, a diplomacia egípcia presidiria a um "diálogo nacional palestiniano" destinado a acabar com as divisões entre fações, concretamente entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas. Este processo levaria à formação de um governo dito tecnocrático na Faixa de Gaza e na Cisjordânia que tutelaria a reconstrução de Gaza e abriria caminho a eleições parlamentares e presidenciais.
A terceira fase passaria por um cessar-fogo alargado, a libertação dos restantes reféns, incluindo soldados, em troca da libertação de um número por determinar de prisioneiros palestinianos em Israel associados ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestiniana, incluindo aqueles que foram detidos a 7 de outubro. Israel completaria a retirada das cidades da Faixa de Gaza, permitindo o retorno das populações deslocadas.
Míssil norte-americano apontado a forças navais do Iémen explode perto de navio
"O Mar Vermelho será uma arena em chamas se os Estados Unidos e os seus aliados continuarem com o seu bullying. Os países do Mar Vermelho devem compreender a realidade dos perigos que ameaçam a sua segurança nacional", afirmou o porta-voz Houthi Mohammed Abdul-Salam, citado pela Al Jazeera.
Na passada quarta-feira, o líder dos Houthis, Abdel-Malik al-Houthi, avisou que os rebeldes apoiados pelo Irão visariam navios da marinhs norte-americana, caso o grupo fosse alvo de ataques da força multinacional formada para operar no Mar Vermelho.
Forças de Defesa de Israel clamam ter encontrado um esconderijo com armamento no bairro de Sheikh Radwan, em Gaza
Desde o início da contraofensiva israelita na Faixa de Gaza, morreram 142 funcionários das Nações Unidas
In this somber moment, it's hard to wish those celebrating “Merry Christmas”, with ongoing loss, grief & destruction
— UNRWA (@UNRWA) December 24, 2023
Our teams are doing the impossible to help people in need. We mourn the loss of more @UNRWA colleagues killed in #Gaza, now 142, the majority with their families pic.twitter.com/MC2WMBk2jM
A maior parte dos funcionários morreram juntamente com as famílias.
Forças de Defesa de Israel calculam em oito mil o número de combatentes palestinianos abatidos na Faixa de Gaza
Diretório Nacional de Cibersegurança de Israel concluiu que ações de pirataria informática contra o país estão mais sofisticadas
No início da contraofensiva, avalia a estrutura israelita, os ataques eram pouco sofisticados e focavam-se em danos a sites e tentativas de furto de informação. Gradualmente, porém, começaram a focar-se em danos mais profundos e mesmo em interromper as atividades de organizações.
Estes ciberataques estarão a partir de pelo menos 15 grupos conotados com o Irão, o Hezbollah xiita libanês e o próprio Hamas. Outras ações monitorizadas pelo Diretório visam difundir desinformação.
Perto de dez mil pessoas manifestam-se em Marrocos em solidariedade para com palestinianos
Os manifestantes estão a instar as autoridades de Rabat a cortar relações com Israel. O protesto, descreve a agência Reuters, é encabeçado por grupos de esquerda e islamitas.
Erguem-se cartazes com frases como "Resistência até à vitória", ou "Parem a normalização do governo marroquino com Israel".
Marrocos e Israel normalizaram as relações bilaterais em 2020, no quadro dos Acordos de Abraão, sob os auspícios dos Estados Unidos.
Artilharia israelita volta a fustigar alegados bastiões do Hezbollah
Delegação da Jihad Islâmica Palestiniana chega ao Cairo
Recorde-se que também a Jihad Islâmica, aliada ao Hamas, mantém cativos alguns reféns israelitas em Gaza. E, tal como o movimento que controlou, até agora, o território, rejeita qualquer nova troca de reféns por prisioneiros palestinianos enquanto a contraofensiva do Estado hebraico não cessar.
Número de mortos na Faixa de Gaza aumenta para 20.424
Estima-se que mais de 70 por cento dos mortos sejam civis, incluindo mais de oito mil crianças. Perto de 7.500 corpos estarão ainda debaixo de escombros.
Nas últimas 24 horas, morreram 166 pessoas e outras 384 ficaram feridas.
Movimentações das forças israelitas
A agência palestiniana Wafa adianta que o exército israelita prosseguiu, nas últimas horas, "implacáveis ataques aéreos a zonas residenciais em várias regiões da Faixa de Gaza", designadamente em Khan Younis, no sul, e em Jabalia, o maior campo de refugiados do norte de Gaza.
Um bombardeamento aéreo próximo da escola Al Rafii, em Jabalia, causou dezenas de vítimas, tal como ataques análogos nos bairros de Saftawi, Shaykh Radwan, Tuffah, Daraj e Rimal na cidade de Gaza.
No centro da Faixa de Gaza, um civil foi morto e outros ficaram feridos quando caças israelitas atingiram uma casa no campo de refugiados de Bureij.
Israel ordenou a evacuação de oito cidades da província central e ordenou aos residentes que se deslocassem para Deir al-Balah, onde, de acordo com fontes palestinianas citadas pelas agências internacionais, ocorreram cinco morticínios desde sexta-feira, que provocaram as mortes de 28 pessoas e ferimentos a 88.
Biden ao telefone com Netanyahu fica aquém de pedido de trégua
Foto: Julia Nikhinson - EPA
Risco de atentado. Polícia alemã reforça segurança na Catedral de Colónia
Petroleiro de pavilhão indiano atingido no Mar Vermelho
Papa pede paz para Médio Oriente e Ucrânia
Foto: Fabio Frustaci - EPA
"Estamos a pagar um preço muito elevado pela guerra, mas não temos outra escolha"
"Estamos a pagar um preço muito elevado pela guerra, mas não temos outra escolha senão continuar a lutar", afirmou Benjamin Netanyahu, no início de uma reunião do seu Executivo, para repetir o vaticínio de que "a guerra será longa".Segundo o exército israelita, 153 soldados morreram em território palestiniano desde o início da guerra.
"Deixem-me ser claro: a guerra vai ser longa. Lutaremos até ao fim, até que os reféns sejam libertados, até que o Hamas seja eliminado e até que a segurança seja restabelecida, tanto a norte como a sul", vincou Netanyahu.
A ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo movimento radical palestiniano fez 1.139 mortos, a maioria civis. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas nesse dia, das quais 128 das quais permanecem em cativeiro.
A contraofensiva israelita já provocou mais de 20 mil mortos, entre os quais oito mil crianças e 6.200 mulheres, e 52.600 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Filippo Grandi diz que "cessar-fogo humanitário" é único meio de levar ajuda a palestinianos
For aid to reach people in need, hostages to be released, more displacement to be avoided and above all the devastating loss of lives to stop a humanitarian ceasefire in Gaza is the only way forward.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) December 24, 2023
War defies logic and humanity and prepares a future of more hatred, less peace.
Israel bombardeou Jabalia no norte de Gaza e avança para o centro da cidade
Analista. "Combates em áreas condensadas causam muitas mortes, infelizmente"
Número de vítimas palestinianas sobe a 20.424 mortos e 54.036 feridos
Pelo menos 10 palestinianos detidos na Cisjordânia
Joe Biden diz que não pediu cessar-fogo a Netanyhau
Diz apenas apenas que não pediu um cessar-fogo em Gaza.
Petroleiro de bandeira indiana atingido no Mar Vermelho por um drone dos Huthis
Num comunicado, o Centcom acrescentou que ninguém ficou ferido no ataque que levou o navio MV Saibaba, propriedade de uma empresa do Gabão, a enviar um pedido de socorro.
Um outro petroleiro, o MV Blaamanen, de bandeira norueguesa, foi também alvo de um drone Houthi, que falhou por pouco, acrescentou o Centcom, que adiantou serem estes os 14º e 15º ataques a navios comerciais por parte dos rebeldes iemenitas desde 17 de outubro.
Horas antes, o Centcom revelou na rede social X (antigo Twitter) que um contratorpedeiro norte-americano que patrulhava o Mar Vermelho abateu no sábado quatro drones de ataque disparados do Iémen.
O USS Laboon "abateu quatro drones aéreos não tripulados provenientes de zonas do Iémen controladas pelos Huthis que se dirigiam" para a embarcação norte-americana, disse o Centcom, acrescentando que "não houve feridos ou danos".
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acusou o Irão de ter lançado um drone responsável por um outro ataque, também no sábado, contra um navio comercial no oceano Índico, que causou danos, mas não feridos.
O navio MV Chem Pluto navegava com a bandeira da Libéria, era propriedade de uma empresa japonesa e operado por uma empresa holandesa, informou o departamento norte-americano.
O jornal americano Wall Street Journal afirmou que a empresa holandesa que opera o MV Chem Pluto "está ligada ao magnata israelita da navegação Idan Ofer".
Alegando estar a apoiar o movimento islamita palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel, os rebeldes iemenitas reivindicaram nas últimas semanas a responsabilidade por vários ataques a navios comerciais ligados, disseram, a Israel.
As principais companhias de navegação, como a chinesa Cosco, a sua subsidiária OOCL e a taiwanesa Evergreen, suspenderam temporariamente o transporte de carga na rota do Mar Vermelho - uma das principais rotas marítimas do mundo que liga a Europa, a Ásia e a África - juntando-se a empresas como a Maersk e a Hapag-Lloyd.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciou na terça-feira o estabelecimento de uma nova missão internacional para combater os ataques dos rebeldes iemenitas Huthis contra navios no Mar Vermelho.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse na quinta-feira que mais de 20 países vão participar.
A missão Prosperity Guardian será coordenada pelas Forças Marítimas Combinadas (CMF, na sigla em inglês), que inclui um grupo de trabalho, o CTF 153, criado em abril de 2022 para melhorar a segurança marítima no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb.
As CMF são compostas por 39 países, incluindo Portugal.
EUA acusam Irão de lançar drone que atacou navio ao largo da costa indiana
O ataque, que ocorreu ao largo da costa indiana às 10:00 horas (06:00 em Lisboa), provocou um incêndio a bordo, que foi posteriormente extinto, disse o Pentágono, acrescentando que o exército dos EUA "permanece em comunicação com o navio enquanto este continua a sua viagem para um destino na Índia".
O navio MV Chem Pluto navegava com a bandeira da Libéria, era propriedade de uma empresa japonesa e operado por uma empresa holandesa, informou o departamento norte-americano.
De acordo com o Pentágono, nenhum navio de guerra dos Estados Unidos se encontrava nas proximidades do navio aquando do ataque.
A empresa de segurança marítima britânica Ambrey disse que "o navio petrolífero estava afiliado a Israel" e que navegava entre a Arábia Saudita e a Índia.
O ataque ocorreu no Mar Arábico, a 200 milhas náuticas a sudoeste do porto indiano de Veraval, no estado de Gujarat, de acordo com a Ambrey e a agência britânica de segurança marítima UKMTO.
O jornal americano Wall Street Journal afirmou que a empresa holandesa que opera o MV Chem Pluto "está ligada ao magnata israelita da navegação Idan Ofer".
A Índia declarou ter respondido a um pedido de assistência. "Um avião foi enviado para o local e verificou a segurança do navio e da sua tripulação", disse um oficial da marinha indiana à agência de notícias France-Presse.
"Um navio de guerra da marinha indiana foi também enviado para prestar a assistência necessária", acrescentou o porta-voz.
O Irão rejeitou no sábado as acusações dos Estados Unidos de envolvimento nos recentes ataques dos rebeldes huthis do Iémen contra navios comerciais no Mar Vermelho.
"A resistência [os grupos armados que lutam contra Israel] tem as suas próprias forças e age de acordo com as suas próprias decisões e capacidades", disse o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Ali Bagheri, à agência noticiosa local Mehr.
A agência de notícias escreveu que o responsável reagia às "alegações ocidentais" de que Teerão estaria a "informar" os huthis iemenitas sobre "a localização de navios americanos".
Alegando estar a apoiar o movimento islamita palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel, os rebeldes iemenitas reivindicaram nas últimas semanas a responsabilidade por vários ataques a navios comerciais ligados, disseram, a Israel.
Na sexta-feira, a Casa Branca acusou o Irão de estar "fortemente envolvido no planeamento" dos recentes ataques dos rebeldes huthis, fornecendo-lhes "equipamento militar sofisticado" e "assistência dos serviços secretos".
Segundo as autoridades norte-americanas, os huthis lançaram mais de 100 ataques com drones e mísseis, visando 10 navios mercantes, implicando mais de 35 países.
Israel intensifica operações contra o Hamas
Multiplicam-se apelos ao fim da violência
- No espírito da quadra, de Londres a Seul, multiplicaram-se os apelos ao fim dos combates na Faixa de Gaza, incluindo em Israel, onde milhares se manifestaram não só contra a guerra mas contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu;
- Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, insinuou que depois de Gaza, Israel poderá intensificar as suas ações militares contra o Hezbollah, movimento xiita apoiado pelo Irão no Líbano, dirigindo palavras ao seu líder, Hassan Nasrallah. "Esta campanha é uma das mais importantes que o Estado de Israel já viveu. Serve para os residentes do sul e irradia para outras arenas. Tenho a certeza de que Nasrallah está a ver o que acontece aqui e não quer que isto lhe aconteça", disse Gallant;
- Benjamin Netanyahu agradeceu o apoio a Joe Biden o apoio na ONU e desmentiu notícias do WSJ, de que o presidente norte-americano influenciou a sua decisão de não bombardear o Hezbollah logo após o ataque de 7 de outubro. "A notícia do Wall Street Journal é incorreta", reagiu em comunicado o gabinete de Netanyahu, para acrescentar que, "desde o início da guerra", a máquina militar de Israel decidiu "alcançar a vitória no sul e suster qualquer ataque no norte";
- O Hamas fez um novo balanço do número de vítimas dos combates em Gaza. São agora 20.258 mortos e 53.688 ferido;
- A ONU anunciou um novo cessar-fogo no Iémen entre Governo e rebeldes Houthi, com o Irão a demarcar-se entretanto de qualquer influência nos ataques a cargueiros ligados a Israel, no Mar Vermelho, reivindicados pelos rebeldes xiitas iemenitas. Teerão é suspeita de ordenar um ataque com drones contra um navio ao largo da Índia;
- Em Belém, berço de Jesus Cristo, foram canceladas as festividades do Natal e inaugurado um presépio que mostra Jesus nascido entre a destruição das bombas. Clérigos cristãos de Jerusalém reuniram-se com o presidente israelita, a quem apelaram ao fim do "derramamento de sangue".