Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito

por Joana Raposo Santos, Rachel Mestre Mesquita, Mariana Ribeiro Soares, Ana Sofia Rodrigues - RTP

Ao fim de 12 dias de confrontos entre Israel e Irão, o presidente norte-americano anunciou um acordo de cessar-fogo faseado que deveria culminar no fim da guerra entre os dois países. No entanto, horas depois da sua entrada em vigor, Israel e Irão acusaram-se mutuamente de terem violado a trégua anunciada por Donald Trump com ameaças de parte a parte. Após críticas feitas aos dois países, Donald Trump garante que o cessar-fogo está agora "em vigor". Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos da situação no Médio Oriente.

Foto: Majid Asgaripour - WANA via Reuters

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por RTP

BRICS pedem "quebra do ciclo de violência" no Médio Oriente

O grupo BRICS apelou na terça-feira à "quebra do ciclo de violência no Médio Oriente" após os ataques israelitas e norte-americanos ao Irão, membro desta organização que reúne dez países emergentes.

Num comunicado conjunto emitido pelo Brasil, que atualmente preside a este grupo, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irão e Emirados Árabes Unidos) denunciaram os ataques a instalações nucleares e apelaram ao estabelecimento no Médio Oriente de "uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição maciça".
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Erdogan elogia esforços de Trump

O presidente turco congratulou-se com o cessar-fogo entre Israel e Irão, sublinhando que foi alcançado graças aos esforços dos Estados Unidos. Segundo a Presidência turca, Erdogan esteve reunido com Donald Trump em Haia.
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Israel intercetou dois drones

As forças militares israelitas dizem ter intercetado dois drones que se dirigiam para Israel "provavelmente vindos do Irão".
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por Lusa

Programa nuclear de Teerão arrasado por ataques israelitas, diz Netanyahu

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, proclamou hoje uma "vitória histórica" sobre o Irão, e que o país rival "nunca terá armas nucleares", após o programa para desenvolvimento destas ter ficado "na ruína" com os ataques sofridos.

Num discurso televisivo, enquanto se mantém um cessar-fogo entre os dois países, Netanyahu enumerou as conquistas de Israel através dos bombardeamentos dos últimos 12 dias, incluindo a eliminação de generais e cientistas nucleares de alto nível, a destruição das instalações nucleares de Natanz e Isfahan, para além do reator de água pesada de Arak.

"Durante dezenas de anos, prometi-vos que o Irão não teria armas nucleares e, de facto... levámos o programa nuclear do Irão à ruína", disse Netanyahu, reivindicando "uma vitória histórica".

"Destruímos o projeto nuclear do Irão. E se alguém no Irão tentar reconstruir esse projeto, agiremos com a mesma determinação, com a mesma intensidade, para frustrar qualquer tentativa", garantiu o primeiro-ministro israelita.

"Repito vezes sem conta: o Irão nunca terá armas nucleares", acrescentou.

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por RTP

Iranianos em Portugal com dificuldades para comunicar com familiares

Os iranianos a viver em Portugal estão apreensivos por causa dos familiares que continuam a viver no Médio Oriente.

Quando tentam saber noticias as comunicações falham, mas esperam que esta guerra possa trazer mudanças no Irão.
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Trump teve "enorme honra" em conseguir cessar-fogo entre Israel e Irão

Israel e Irão concordaram com o cessar-fogo, embora ambos clamem vitória. Donald Trump admitiu "enorme honra" por ter posto termo a este conflito. Apesar dos conflitos do últimos dias, a liderança política do Irão mantém-se.

Quanto aos Estados Unidos, segundo a editora de internacional da RTP, projetaram poder a nível mundial e que são capazes militarmente para resolver conflitos.
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Israel-Irão. Como fica a Rússia após o acordo de cessar-fogo?

Evegueni Mouravitch, correspondente da RTP na Rússia, explica como fica Moscovo depois do cessar-fogo entre Israel e Irão e quando vê Donald Trump na cimeira de Haia a reforçar os laços com os parceiros da Aliança Atlântica.

Para o Kremlin está claro que se mantém o regime o Irão e, com ele, a ideologia de "eliminação física do Estado israelita", lembra Mouravitch.

Putin "não alinha com os planos de Teerão contra os Estados Unidos e Israel", acrescenta.
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por RTP

Cessar-fogo Israel-Irão. Republicanos congratulam-se com vitória de Trump

O cessar-fogo entre Irão e Israel está a ser considerado como uma grande vitória de Donald Trump entre os republicanos nos Estados Unidos.

A correspondente da RTP nos EUA, Cândida Pinto, dá conta dos últimos desenvolvimentos acerca do acordo alcançado pelo presidente norte-americano.
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Guerra Israel-Irão. Cessar-fogo mantém-se após acusações

O cessar-fogo entre Israel e o Irão manteve-se durante este primeiro dia depois de nas primeiras horas terem sido trocadas acusações reciprocas de violação das tréguas. Teerão ainda lançou uma vaga de bombardeamentos nos últimos minutos antes da hora marcada. Telavive respondeu com nova retaliação. E agora ambos clamam vitória.

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por RTP

Serviços informação dos EUA. Ataques só atrasaram programa nuclear iraniano

Uma avaliação inicial dos serviços de informação dos EUA indicou que os ataques militares norte-americanos a três instalações nucleares do Irão na semana passada não destruíram os principais componentes do programa nuclear de Teerão e provavelmente apenas o atrasaram em meses, informou a CNN na terça-feira, citando três pessoas informadas sobre o assunto.

"Esta alegada avaliação está completamente errada", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, citada pela CNN.
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Netanyahu. "Conseguimos uma vitória histórica" contra o Irão

O primeiro-ministro de Israel celebrou o cessar-fogo declarado após intervenção do presidente Donald Trump e do governo do Qatar.

"Conseguimos uma vitória histórica", afirmou Benjamin Netanyahu, acrescentando que "o Irão não terá armas nucleares".

O primeiro-ministro israelita agradeceu ainda a Donald Trump. "Israel nunca teve melhor amigo na Casa Branca", referiu.
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Israel diz que irá respeitar cessar-fogo se Irão também o fizer

Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, afirmou num telefonema com o secretário de Defesa dos Estados Unidos que Telavive irá respeitar o cessar-fogo desde que o outro lado também o faça.

"Falei há momentos com o Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth. Agradeci-lhe a decisão corajosa do presidente Donald Trump de agir com Israel contra a ameaça nuclear iraniana", escreveu na rede social X.

"O secretário elogiou Israel e as Forças de Defesa de Israel pelas conquistas históricas alcançadas. Salientei que Israel respeitará o cessar-fogo - desde que o outro lado o faça", vincou.

"Concordámos em aprofundar a estreita cooperação entre os EUA e Israel em matéria de segurança", acrescentou Katz.
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Paulo Raimundo considera o "lambe botas" Mark Rutte sem condições para liderar a NATO

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

O secretário-geral do PCP considera que o ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte não tem condições para continuar a liderar a Aliança Atlântica.

Paulo Raimundo defende que a mensagem divulgada por Donald Trump, e em que o presidente dos Estados Unidos revela os elogios deixados por Mark Rutte aos bombardeamentos norte-americanos no Irão, é uma situação que deixa poucas saídas ao secretário-geral da NATO

O líder do PCP sublinha que Portugal não pode andar a reboque da NATO e da administração norte-americana e dá como exemplo o aumento da despesa com a Defesa ou a utilização da Base das Lajes.


Declarações do secretário-geral do PCP, em Lisboa, à margem da iniciativa "Não à Guerra! Paz Sim! NATO Não!", promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação e pela CGTP, no dia em que começou, em Haia, a Cimeira da NATO.
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por RTP

Espaço aéreo do Irão deverá reabrir em breve

O espaço aéreo do Irão será aberto esta noite, depois de 12 dias encerrado, de acordo com a agência Nournews.
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Irão diz que ainda não reabriu o seu espaço aéreo

O Irão ainda não reabriu o seu espaço aéreo, avançou esta terça-feira o site iraniano do Clube dos Jovens Jornalistas, citando declarações do porta-voz do Ministério das Estradas e Desenvolvimento Urbano do país.

O porta-voz disse que não foi tomada nenhuma decisão a este respeito.
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por RTP

Israel anuncia o regresso à normalidade do tráfego aéreo "de entrada e de saída"

A Autoridade Aeroportuária de Israel avançou que o aeroporto de Ben Gurion está a normalizar as suas operações, estando em contacto com as companhias aéreas de modo a acelerar o regresso à atividade.
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Presidente do Irão anuncia "fim da guerra de 12 dias"

O presidente do Irão anunciou esta terça-feira "o fim da guerra de 12 dias imposta" ao seu país pelo "aventureirismo" de Israel. A informação é avançada pela imprensa iraniana.
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Programa nuclear iraniano atrasado "vários anos", garante Israel

A guerra contra o Irão permitiu atrasar o programa nuclear iraniano "em vários anos", afirmou esta tarde o chefe do Estado-Maior israelita, advertindo, no entanto, que a campanha contra Teerão ainda não terminou, mas está a entrar numa nova fase.

"Acabámos de concluir uma etapa importante, mas a campanha contra o Irão ainda não terminou. Estamos a iniciar um novo capítulo com base nos progressos realizados na atual campanha", disse Eyal Zamir, citado num comunicado do exército.

"Atrasámos o programa nuclear do Irão em vários anos, assim como o seu programa de mísseis", acrescentou.
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Presidente iraniano diz estar pronto para resolver questões com os EUA

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que Teerão está pronto para resolver questões com os EUA com base em estruturas internacionais.

As declarações foram feitas durante um telefonema com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, de acordo com a agência de notícias oficial do Irão, IRNA.

A chamada aconteceu um dia depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irão.
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Legislador do Irão sugere suspender cooperação com AIEA

Um legislador iraniano afirmou esta terça-feira que o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, não deve ser autorizado a entrar no Irão.

Alaeddin Boroujerdi, membro da comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, considera que a cooperação com a AIEA deve ser suspensa, de acordo com uma agência de notícias iraniana.

A mesma comissão aprovou, um dia antes, as linhas gerais de um projeto de lei destinado a suspender totalmente a cooperação de Teerão com o organismo de vigilância nuclear da ONU.
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Espaço aéreo do Iraque reaberto

Segundo o site Flight Radar, o Iraque reabriu o seu espaço aéreo, que está agora aberto a chegadas e partidas internacionais de e para Teerão com autorização prévia.
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Irão pronto a regressar "à mesa das negociações"

O presidente iraniano disse estar pronto a regressar "à mesa das negociações". Segundo a AFP, Masoud Pezeshkian afirmou ainda que os Estados Unidos e Israel "não podem impor ambições injustas através da força".

Teerão afirmou também que não procura armas nucleares, mas que pretende fazer valer os seus "direitos legítimos".
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"Israel e Irão queriam parar a guerra", diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu na sua rede Truth Social que foi uma "grande honra" destruir instalações nucleares iranianas.

"Tanto Israel como o Irão queriam parar a guerra, igualmente! Foi para mim uma grande honra destruir todas as instalações e capacidades nucleares, e depois PARAR A GUERRA!" escreveu.


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Kaja Kallas diz que cessar-fogo é "uma boa notícia" mas continua a ser "frágil"

A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, declarou esta terça-feira que o "anunciado fim dos combates entre Israel e o Irão é uma boa notícia, mas continua a ser frágil". 

"Todas as partes devem manter-se fiéis a esta posição e abster-se de qualquer violência adicional. É necessário evitar qualquer nova escalada", acrescentou Kaja Kallas, numa publicação no X.
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Wall Street estimulada pelo anúncio de cessar-fogo entre Irão e Israel

A Bolsa de Nova Iorque abriu esta terça-feira em alta, aliviada pelo anúncio de Donald Trump de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Irão nos últimos doze dias. No início das negociações, o Dow Jones ganhou 0,68 por cento, o índice Nasdaq avançou 0,92 por cento e o índice alargado S&P 500 ganhou 0,66 por cento.
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Trump partilha mensagem de Mark Rutte a felicitá-lo pela "ação decisiva" no Irão

O presidente norte-americano partilhou esta terça-feira uma captura de ecrã de uma mensagem do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na Truth Social, felicitando-o pela sua "ação decisiva" no Irão e por ter conseguido que todos os aliados da NATO concordassem em gastar pelo menos 5% do seu PIB em defesa.

"Parabéns e obrigado pela sua ação decisiva no Irão, que foi realmente extraordinária e algo que mais ninguém se atreveu a fazer. Torna-nos mais seguros", pode ler-se na mensagem.

Os responsáveis da NATO confirmaram que a mensagem foi enviada por Rutte a Trump na terça-feira, enquanto Trump se dirigia para Haia para uma cimeira de líderes da NATO.

"Está a alcançar outro grande sucesso em Haia esta noite", acrescentou Rutte. "Vai conseguir algo que nenhum presidente norte-americano conseguiu em décadas. A Europa vai pagar em grande escala, como deve ser, e será a sua vitória”, asseverou.
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Preço do petróleo cai a pique após Trump permitir compra de crude iraniano pela China

O presidente norte-americano disse esta terça-feira que a China pode "continuar a comprar petróleo ao Irão", numa aparente mudança na política norte-americana, afirmando que espera que Pequim compre também aos EUA.

"A China pode agora continuar a comprar petróleo ao Irão. Com um pouco de sorte, também comprarão bastante petróleo americano", escreveu o presidente na sua plataforma Truth Social.

"Tenho a grande honra de ter feito isto acontecer", acrescentou.

Após este anúncio, os preços do petróleo caíram a pique. Por volta das 13h45 (GMT), o preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em agosto caiu 4,50% para 68,26 dólares, enquanto o seu equivalente americano, o petróleo West Texas Intermediate, para o mesmo mês, caiu 4,60% para 65,34 dólares.

Os Estados Unidos impõem regularmente sanções contra os compradores de petróleo iraniano para drenar os recursos financeiros de Teerão. A China é o principal cliente do petróleo iraniano.
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por Antena 1

Crise no Médio Oriente pode aumentar custos na agricultura e pescas

Foto: Jorge Oliveira - Ministério da Agricultura e Pescas

O ministro da Agricultura admite que a situação no Médio Oriente pode vir a aumentar os custos de produção na agricultura e pescas.

No Luxemburgo, onde participou na reunião de ministros europeus da Agricultura, José Manuel Fernandes disse que há sempre um risco de inflação e que o Governo está atento e agirá se for preciso.
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Irão promete respeitar o cessar-fogo se Israel fizer o mesmo

O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, disse esta terça-feira que Teerão respeitará o cessar-fogo, desde que Israel também respeite os seus termos.

"Se o regime sionista não violar o cessar-fogo, o Irão também não o violará", disse Pezeshkian numa conversa telefónica com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, segundo o site presidencial.
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Guardas da Revolução do Irão afirmam ter detido um europeu acusado de espionagem

Os Guardas da Revolução, anunciaram esta terça-feira a detenção de um cidadão europeu que tinha entrado no Irão como turista e ido para o sul do país para recolher informações em "locais sensíveis e militares", de acordo com a agência de notícias Tasnim. O cidadão europeu, de nacionalidade desconhecida, é acusado de espionagem para Israel.
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Israel diz que "se absteve" de atacar o Irão após discussão entre Trump e Netanyahu

Israel disse esta terça-feira que "se absteve" de atacar o Irão após discussão entre o presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelita.
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Donald Trump diz que não pretende uma mudança de regime no Irão

Questionado sobre se pretendia uma mudança de regime no Irão, Donald Trump disse que não. "Não. Se houver, houve, mas não, não quero. Gostaria de ver tudo a acalmar-se o mais rapidamente possível", disse. "A mudança de regime implica o caos e, idealmente, não queremos ver tanto caos. Veremos como corre", acrescentou.
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Médio Oriente e gastos em defesa dominam agenda da Cimeira da NATO

A situação no Médio Oriente e o acordo em gastos na Defesa são assuntos em agenda na Cimeira da NATO que se realiza em Haia, nos Países Baixos.

Um dos pontos centrais é o novo acordo de investimento em defesa, que estabelece uma meta comum de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) destinado a este setor. Deste total, 3,5 por cento deverão ser aplicados diretamente na componente militar, enquanto 1,5 por cento será reservado para iniciativas de dupla utilização, militar e civil.

O secretário-geral da NATO observa que a Rússia não é a única ameaça às fronteiras da Aliança. Há outras, nomeadamente a sul.
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por Cristina Santos - RTP

"Chegou a hora" do cessar-fogo na Faixa de Gaza

Manifestantes alemães contra as condições dos palestinianos na Faixa Gaza. Fabrizio Bensch - Reuters

Este é o tom das declarações do chanceler alemão e do presidente francês. Emmanuel Macron insiste na necessidade de garantir uma trégua na Faixa de Gaza, palco de uma ofensiva militar israelita desde 7 de outubro de 2023.

O cessar-fogo "é uma prioridade absoluta" para restaurar a estabilidade na região, defendeu Macron à imprensa, à margem de uma visita oficial a Oslo. "Para além do que está a acontecer no Irão, reitero aqui a necessidade de garantir um cessar-fogo em Gaza e retomar a ajuda humanitária”, assegurou o presidente francês.

Pouco tempo antes, o chanceler alemão já tinha dado o mote, tendo em conta a trégua entre Israel e o Irão anunciada pelos Estados Unidos.

Friedrich Merz afirmou que "chegou a hora" de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. 

O líder alemão fez também um apelo a Israel: "trate com humanidade as pessoas que vivem na Faixa de Gaza, especialmente as mulheres, as crianças e os idosos".

Também o líder da oposição israelita pede o "fim da guerra" em Gaza, após o anúncio de um cessar-fogo na guerra que Israel iniciou no dia 13 contra o Irão.

Na mensagem que escreveu na rede social X, Yair Lapid foi perentório: "E agora Gaza. É hora de acabar com isso também. Tragam os reféns de volta, acabem com a guerra".

A situação dos palestinianos na Faixa de Gaza leva a União Europeia a admitir tomar medidas para aumentar a pressão sobre Israel.

Na segunda-feira, após a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, a chefe de diplomacia europeia admitiu estar "muito claro" que Israel violou os direitos humanos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Kaja Kallas avisou ainda que, se continuar a situação catastrófica dos palestinianos, a União Europeia pode discutir "medidas adicionais e voltar a esse assunto em julho".

Uma revisão do acordo de associação UE-Israel – um pacto comercial e de cooperação – foi desencadeada em maio por 17 estados membros em protesto contra o bloqueio israelita à ajuda humanitária a Gaza.
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por RTP

Comandante das forças paramilitares Bassij morto em ataque israelita

Segundo a imprensa, o comandante das forças paramilitares Bassij foi morto num ataque israelita.
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por Antena 1

NATO atenta ao que se passa no chamado flanco sul

EPA

O secretário-geral da NATO assegura que os Estados Unidos estão totalmente comprometidos com a Aliança Atlântica, referindo que os Estados da Aliança não se devem preocupar com esta questão.

A garantia foi deixada hoje por Mark Rutte no fórum público da NATO. Uma das reuniões que precede o encontro dos chefes de Estado e de Governo dos países da organização de defesa.

O secretário-geral da NATO disse também que a Aliança está atenta ao que se passa no chamado flanco sul, com Mark Rutte a assegurar que o Flanco sul não está esquecido.

Esta tem sido sempre uma insistência de Portugal sobretudo por causa de África.

Neste fórum público da Nato o secretário-geral da organização militar respondeu a perguntas da sociedade civil, onde se falou sobre o investimento e o compromisso de todos para gastarem cinco por cento do Produto Interno Bruto em defesa, ao longo dos próximos 10 anos.

Uma meta que Rutte tem trabalhado para alcançar nesta cimeira e que já existe um rascunho do documento final, que deve ser aprovado amanhã.
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"Cessar-fogo está em vigor"
por RTP

"Israel não vai atacar o Irão", garante Trump

"Israel não vai atacar o Irão. Todos os aviões darão meia-volta e regressarão a casa, enquanto fazem um amigável "Aceno de Avião" ao Irão. Ninguém se magoará, o cessar-fogo está em vigor! Agradecemos a sua atenção!", escreveu Donald Trump na sua rede social Truth Social, depois de ter repreendido Israel por estar a pensar atacar o Irão após ambos terem violado o cessar-fogo.

Segundo os meios de comunicação israelitas, Donald Trump falou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu há momentos para apelar a não atacar o Irão.

"O Irão jamais reconstruirá as suas instalações nucleares", escreveu ainda o presidente norte-americano.
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por Lusa

Mais de 56 mil palestinianos mortos no conflito em Gaza

Ebrahim Hajjaj - Reuters

A operação militar israelita na Faixa de Gaza já matou mais de 56 mil pessoas desde o início da guerra, em outubro de 2023, anunciou esta terça-feira o Ministério da Saúde do enclave palestiniano.

Segundo o ministério, que é controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, mas cujos números são considerados como credíveis pelas Nações Unidas, 56.077 pessoas foram mortas desde o início da guerra e 131.848 ficaram feridas.

Entre os mortos contam-se 5.759 desde que Israel retomou os combates, a 18 de março, pondo fim a um cessar-fogo de dois meses.

O ministério tutelado pelo Hamas não faz distinção entre civis e combatentes, mas afirma que mais de metade dos mortos são mulheres e crianças.

As autoridades do enclave palestiniano acrescentaram que muitas outras vítimas deverão estar soterradas nos escombros ou em zonas inacessíveis aos médicos locais.

Israel afirma que tem como alvo apenas os militantes do Hamas e atribui as mortes de civis ao grupo islamita, acusando os seus membros de se esconderem entre a população civil, uma vez que operam em zonas populosas.

Telavive lançou a sua campanha em Gaza após o ataque do Hamas ao sul de Israel, a 07 de outubro de 2023, no qual militantes do grupo palestiniano mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria das quais civis, e fizeram 251 reféns.

A ofensiva israelita também provocou um grave desastre humanitário e destruiu grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007

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por RTP

Donald Trump diz que Israel tem de se acalmar

É desta forma que reage à violação do cessar-fogo da última madrugada.
O Irão terá disparado dois projéteis contra território israelita já depois da trégua anunciada pelo presidente dos Estados Unidos. Telavive promete responder com toda a força.

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por RTP

Antes anúncio de cessar-fogo houve ataques entre Irão e Israel

O exército israelita reivindica a morte de um cientista do programa nuclear iraniano. Já o Irão atingiu a cidade de Beersheba. Pelo menos quatro pessoas morreram.

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por RTP

Trump diz que Israel e Irão violaram o cessar-fogo

Horas após ter anunciado um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Irão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que tanto Israel como o Irão violaram um cessar-fogo e que não estava satisfeito com nenhum dos dois países, mas especialmente com Israel.

“Não estou muito satisfeito com o que Israel fez", disse Donald Trump aos jornalistas, à saída da Casa Branca antes de partir para a Cimeira da NATO. "Eles bombardearam logo após o acordo (...) Israel precisa de se acalmar".

Minutos antes, o presidente dos EUA ordenou a Israel para não lançar mais bombas sobre o território iraniano, através de uma publicação na rede social Truth Social. 

"ISRAEL. NÃO LANCEM ESSAS BOMBAS. SE O FIZEREM É UMA VIOLAÇÃO GRAVE. TRAGAM OS VOSSOS PILOTOS PARA CASA, JÁ! DONALD J. TRUMP, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS", escreveu.




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por RTP

Pelo menos 610 pessoas morreram no Irão desde o início da guerra com Israel

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério iraniano da Saúde, pelo menos 610 pessoas morreram no Irão desde o início da guerra contra Israel.
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Macron receia um "risco acrescido" de enriquecimento clandestino de urânio

A partir da Noruega, o presidente francês reagiu ao anúncio de cessar-fogo, saudando a proposta norte-americana, mas mantendo-se cauteloso e classificando a situação no Médio Oriente como "frágil" e "instável". 

"Os últimos minutos mostraram que a situação continua muito frágil e que a estabilidade da região está em jogo", disse Macron, pouco depois dos relatos dos ataques iranianos que se seguiram ao início do cessar-fogo. 

Sobre o programa nuclear iraniano, Emmanuel Macron volta a defender a via da diplomacia e da negociação com o Irão "o caminho certo a seguir", face ao risco "acrescido" de enriquecimento clandestino de urânio.

"Exigir conversações com o Irão é o caminho certo e vamos prosseguir com ele", disse Macron, antes de viajar para os Países Baixos para participar na Cimeira de Haia. "O nosso objetivo comum é que o Irão não obtenha armas nucleares", acrescentou.

O chefe de Estado francês indicou ainda que iria manter conversações com o homólogo americano ao final do dia.
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Ataque à prisão de Evin representa uma grave violação do direito internacional, diz a ONU

O ataque aéreo à prisão iraniana de Evin na segunda-feira, onde estão detidos vários ocidentais, presos políticos e opositores ao regime iraniano, representa uma grave violação do direito internacional humanitário, disse o gabinete de direitos humanos da ONU. 

"A prisão de Evin não é um objetivo militar, e o seu ataque constitui uma grave violação do direito internacional humanitário", disse o porta-voz para os direitos humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan, aos jornalistas em Genebra, esta terça-feira, sem nomear Israel. 

Thameen Al-Kheetan adiantou que o escritório recebeu relatos de incêndios dentro das instalações da cadeia iraniana e um número não especificado de feridos.

Segundo o porta-voz do poder judicial iraniano, Asghar Jahangir, partes do edifício admnistrativo da prisão de Evin foram danificadas durante o ataque israelita de segunda-feira, acrescentando que houve mortos e feridos.

"Na sequência dos danos, alguns funcionários administrativos e judiciais, bem como reclusos e membros das suas famílias ficaram feridos", disse Asghar Jahangir, segundo a Reuters. "Também houve mártires, mas o número ainda não está definido", acrescentou.
Transferência de reclusos

O poder judicial iraniano anunciou que "transferiu" os reclusos da prisão de Evin para outras prisões da província de Teerão, no dia seguinte ao ataque israelita.
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por RTP

Teerão acusa Israel de ter efetuado ataques após o anúncio de cessar-fogo

O comando militar do Irão relata ataques israelitas até às 9h00 locais (06h30 em Lisboa) de terça-feira, segundo a televisão estatal que anunciava anteriormente que um cessar-fogo teria lugar no Irão a partir das 07h30 da manhã, hora local.
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por Sara Araújo de Almeida - Antena 1

Ataque do Irão no Catar. Portugueses viram "tudo, perfeitamente, da janela de casa"

Foto: Anadolu via AFP

No Catar, um casal de portugueses residente neste país assistiu da janela de casa ao ataque efetuado pelo Irão à base norte-americana.

O ataque iraniano foi realizado sobre a base aérea norte-americana de Al Udeid, no Catar, como retaliação e resposta ao bombardeamento das instalações nucleares do Irão.

Os mísseis foram intercetados e não há registo de mortos ou feridos.

A viver no Catar há dez anos, o casal de professores portugueses conta à jornalista Sara Araújo de Almeida, como é que se prepararam para este ataque.

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por RTP

Chefe da AIEA propõe reunião ao Irão e apela à cooperação

O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou esta terça-feira que escreveu ao ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araqchi, a propor uma reunião e apelou à cooperação após o anúncio de um cessar-fogo entre o Irão e Israel. 

Numa publicação na rede social X, Rafael Grossi afirmou que o regresso do Irão à cooperação com a Agência poderia conduzir a uma "solução diplomática para a controvérsia de longa data sobre o programa nuclear de Teerão".
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por Cristina Santos - RTP

Faixa de Gaza. ONU acusa Israel de "crime de guerra" por "utilizar" alimentação como arma

Palestinianos, deslocados pela guerra Israel-Hamas, com ajuda alimentar no norte da Faixa de Gaza. EPA

Mais duas dezenas de pessoas foram mortas a tiro, na última madrugada em Gaza, por balas israelitas perto de um centro de distribuição de alimentos. A ONU acusa Israel de utilizar a fome e a distribuição de comida como arma de guerra na Faixa de Gaza.

As Nações Unidas sublinham que está em causa “um crime de guerra” e apelam ao exército de Israel que "pare de abater a tiro as pessoas que procuram comida”. 

A denúncia surge depois de mais 21 pessoas terem sido mortas enquanto procuravam alimentos próximo de um centro de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (grupo de entrega de alimentos apoiado por Israel e pelos EUA).

De acordo com a Defesa Civil da Faixa de Gaza, para além das 21 vítimas mortais, cerca de 150 pessoas ficaram feridas quando “as forças de ocupação israelitas atacaram civis que aguardavam ajuda na Estrada Salaheddine (entre o chamado cruzamento de Netzarim) e a ponte sobre Wadi Gaza”.

À France Press (AFP), um porta-voz desta organização palestiniana garante que foram “disparadas balas e foram lançados projéteis de tanques" contra a população durante a madrugada, entre as 2h00 e as 6h00, hora local (00h00 e 4h00 em Portugal continental) desta terça-feira.

Dadas as restrições à presença de jornalistas na Faixa de Gaza e as dificuldades de acesso ao território, a AFP sublinha que não pode verificar de forma independente o número de mortos anunciado pela Defesa Civil. 

No entanto, a Agência France Press contactou o exército israelita que não fez, para já, quaisquer comentários.
“Crime de guerra”O escritório de direitos humanos da ONU acusa Israel de transformar "os alimentos para os civis em armas" e sublinha que isso constitui um crime de guerra. 

Estas são as acusações mais duras da ONU sobre o novo modelo de distribuição de ajuda administrado por uma organização apoiada por Israel.

Numa conferência de imprensa em Genebra, esta terça-feira, o porta-voz do gabinete da ONU para os Direitos Humanos afirma que "pessoas desesperadas e famintas em Gaza continuam a ter que fazer uma escolha desumana”. Têm que escolher entre “de morrer de fome ou correr o risco de serem mortas enquanto tentam obter alimentos", sintetiza Thameen Al-Kheetan.
O porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos assegura que "a transformação de alimentos para civis em armas, para além de restrição ou proibição de acesso a serviços essenciais à vida, constitui um crime de guerra e, em certas circunstâncias, pode configurar outros crimes” à luz do direito internacional.

Desde 26 de maio que a distribuição de ajuda está nas mãos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos EUA e por Israel. Isto depois de o governo israelita ter proibido o fornecimento de ajuda humanitária da ONU à Faixa de Gaza durante mais de dois meses. As Nações Unidas e os principais grupos de ajuda humanitária recusam-se a cooperar com a GHF — uma iniciativa supostamente privada com financiamento obscuro. 
Temem que a Fundação Humanitária de Gaza tenha sido criada para promover objetivos militares israelitas.

O porta-voz da ONU para os direitos humanos afirma que, desde que a GHF começou a operar, "o exército israelita bombardeou e disparou contra palestinianos que tentavam chegar aos pontos de distribuição, resultando em inúmeras baixas". "Pelo menos 3.000 palestinianos ficaram feridos nestes incidentes", afirma Thameen Al-Kheetan, e "mais de 410 palestinianos foram mortos” em menos de um mês.
São ainda contabilizadas “pelo menos outras 93 pessoas que também foram mortas pelo exército israelita enquanto tentavam aproximar-se dos raros camiões de ajuda da ONU e de outras organizações humanitárias" que conseguem entrar na Faixa de Gaza.

O Gabinete de Direitos Humanos da ONU exige medidas imediatas para resolver a situação e acabar com um sistema que "coloca os civis em perigo e contribui para a grave situação humanitária em Gaza".

O porta-voz apelou ainda à comunidade internacional para "tomar medidas concretas para garantir que Israel – a potência ocupante em Gaza – cumpre a sua obrigação de assegurar que a população recebe alimentos e bens de necessidades básicas suficientes". 

Em maio, as Nações Unidas declararam que toda "a população" do território palestiniano estava "em risco de fome".

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Momento-Chave
por RTP

Irão nega relatos de violação do cessar-fogo

Teerão nega as notícias sobre um ataque com mísseis lançados do Irão para território israelita após o cessar-fogo entre Israel e o irão ter entrado em vigor, segundo os meios de comunicação iranianos, citando a televisão estatal.

O Conselho de Segurança Nacional do Irão afirmou esta terça-feira que "obrigou" Israel a "cessar unilateralmente" a guerra, advertindo que a República Islâmica continua "em alerta" e pronta "a retaliar contra qualquer agressão".
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Momento-Chave
por RTP

Israel promete responder "à violação do cessar-fogo por parte do Irão"

O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, acusou esta terça-feira o Irão de ter violado completamente o cessar-fogo entre Israel e o Irão, lançando mísseis após a entrada em vigor da trégua.

O exército israelita disse ter identificado mísseis lançados pelo Irão para o espaço aéreo israelita menos de três horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo que fizeram soar as sirenes de alerta no norte de Israel.

Israel Katz adiantou que deu instruções às Forças Armadas israelitas (IDF) para retomarem o ataque contra alvos paramilitares e governamentais iranianos.

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Momento-Chave
por RTP

Von der Leyen saúda o anúncio sobre o cessar-fogo e apela ao empenho de Teerão

A Europa "congratula-se" com o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de um cessar-fogo entre o Irão e Israel, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta terça-feira, considerando que as negociações são "a única via viável". 

Numa publicação na rede social X, Von der Leyen considerou que o anúncio é "um passo importante para restaurar a estabilidade numa região em tensão. Esta deve ser a nossa prioridade coletiva" e apelou ao Irão para que "se empenhe seriamente num processo diplomático credível".


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Momento-Chave
por RTP

Exército israelita diz ter intercetado mísseis lançados do Irão apesar do cessar-fogo

O exército israelita disse esta terça-feira que os sistemas defensivos estão a funcionar para intercetar mísseis lançados do Irão em direção a Israel e advertiu que o "perigo persiste" apesar do Governo israelita ter concordado com a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de um cessar-fogo com o Irão.

"O Chefe do Estado-Maior deu instruções a todo o exército para manter um elevado nível de alerta e de preparação para uma resposta enérgica a qualquer violação do cessar-fogo.Gostaria de sublinhar que, nesta fase, não há qualquer alteração às instruções de comando da Frente Interna. As instruções devem ser obedecidas. O perigo persiste", disse o porta-voz do exército, Brigadeiro Effie Defrin, disse numa conferência de imprensa transmitida pela televisão.
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por Lusa

Bolsas europeias abrem em alta após Israel confirmar cessar-fogo

Reuters

As bolsas europeias abriram hoje em alta, com ganhos a rondar os 1,50%, depois de o Governo israelita ter confirmado que aceitou a proposta de Donald Trump de um "cessar-fogo bilateral" com o Irão, fazendo cair os preços do petróleo.

Depois de todas as bolsas europeias terem fechado no vermelho na segunda-feira e de Wall Street ter tido ganhos de quase 1%, a bolsa que mais valorizou hoje foi a de Frankfurt, com uma subida de 1,80%, seguida de Paris e Milão, ambas com 1,55%, Madrid, com 1,44%, e Londres, com 0,61%.

O Euro Stoxx 50, índice que lista as maiores empresas europeias com maior capitalização, valorizou 1,78%.

Na Ásia, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou a subir mais de 1%, enquanto o Hang Seng, minutos antes do fecho, valorizou mais de 2%. O índice de referência da Bolsa de Xangai subiu 1,15% e a Bolsa de Shenzhen 1,68%.

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

O Presidente norte-americano tinha anunciado na segunda-feira à noite, em Washington, que Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo a partir das 05:00 de hoje (07:00 em Israel e 7:30 no Irão).

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por RTP

Ataques iranianos antes do cessar-fogo. Número de mortos sobe para cinco em Israel

Os ataques lançados pelo Irão antes do cessar-fogo mataram cinco pessoas em Beersheba na madrugada desta terça-feira, de acordo com a Associated Press (AP). Foram lançados um total de 20 mísseis em cinco salvas.
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Momento-Chave
por RTP

Cessar-fogo com o Irão. Líder da oposição israelita pede "fim da guerra" em Gaza

Após o anúncio de um cessar-fogo na guerra lançada por Israel contra o Irão, o líder da oposição israelita, Yair Lapid, apelou esta terça-feira ao "fim da guerra" em Gaza, numa publicação na rede social X.

"E agora Gaza. É altura de acabar com a guerra também aí. Tragam os reféns de volta, acabem com a guerra", escreveu Yair Lapid.


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Momento-Chave
por Carolina Soares – Antena 1

Não há misseis nem drones no ar entre Israel e o Irão

Foto: Atef Safadi - EPA

Está em vigor desde as 5 da manhã, em Portugal, um cessar-fogo entre Israel e o Irão. Um calar das armas que os iranianos confirmam e que afirmam estar a cumprir um acordo com os israelitas.

Israel também já baixou o nível de alerta, depois de uma noite passada nos abrigos a população já tiveram ordem para regressar à vida normal.

Mas antes o país foi assolado por uma vaga de misseis iranianos, que fizeram quatro mortos.

Um cessar-fogo que deve ser definitivo dentro de 24 horas e foi anunciado ontem à noite pelo presidente dos Estados Unidos. Terá mesmo sido Trump a intermediar o acordo.

É um cessar-fogo esdruxulo, em que uma das partes cala as armas primeiro do que a outra, como explica a jornalista Camila Vidal.

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Momento-Chave
por Lusa

Preço do barril do petróleo Brent cai mais de 5% após Trump anunciar cessar-fogo

Reuters

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Cerca das 06:35, o preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte caia 5,02% para 67,89 dólares, e o preço do barril de petróleo WTI dos EUA caia 5,21% para 64,94 dólares.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na segunda-feira à noite em Washington que Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo a partir das 05:00 de hoje (07:00 em Israel e 7:30 no Irão).

Já hoje, Donald Trump publicou na sua conta no Truth Social uma mensagem na qual afirmou que "o cessar-fogo está agora em vigor" e pediu que não fosse violado.

Na segunda-feira, o Brent caiu a pique até 7,18%, depois de o Irão ter respondido com moderação ao ataque dos EUA às suas instalações nucleares, dois dias antes.

O mercado petrolífero tem sido abalado nos últimos dias devido aos receios de que uma escalada de hostilidades entre o Irão e Israel possa resultar no encerramento do Estreito de Ormuz, por onde passa 20% da produção global de crude.

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Momento-Chave
por Lusa

Situação geopolítica é a "mais complexa" das últimas décadas, diz Fórum Económico Mundial

REUTERS/Amir Cohen

O novo presidente do Fórum Económico Mundial, Borge Brende, afirmou hoje, à margem de uma cimeira na cidade chinesa de Tianjin, que o mundo enfrenta a situação geopolítica "mais complexa" das últimas décadas.

"Este é o contexto geopolítico e geoeconómico mais complexo que vimos nas últimas décadas", disse Borge Brende, citado pela agência France-Presse.

"Se não conseguirmos relançar o crescimento, poderemos, infelizmente, enfrentar uma década de crescimento mais fraco", acrescentou.

Vários líderes políticos e económicos de todo o mundo, incluindo o primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong, participam esta semana na reunião do Fórum Económico Mundial em Tianjin.

Esta reunião é também conhecida como "Davos de Verão", em referência ao famoso Fórum de Davos, também organizado pela organização presidida por Brende.

Esta cimeira ocorre em pleno conflito entre o Irão, Israel e os Estados Unidos, e após vários meses de um braço de ferro comercial entre Pequim e Washington, iniciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Borge Brende afirmou que, por enquanto, é "muito cedo" para avaliar plenamente o impacto desta guerra comercial, "uma vez que as negociações ainda estão em curso".

"Mas a globalização como a conhecíamos evoluiu agora para um sistema diferente", observou.

"Um novo capítulo está a começar (...) especialmente porque o comércio era o motor do crescimento", disse.

 

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por Lusa

Bolsas chinesas com ganhos generalizados após anúncio de Trump sobre cessar-fogo

Reuters

As praças financeiras da China registaram ganhos durante a sessão da manhã, depois de o Presidente dos Estados Unidos ter anunciado um cessar-fogo no Médio Oriente, que foi posteriormente negado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.

O índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, registou uma subida de 1,95%, até ao intervalo da sessão, com destaque para os valores financeiros e tecnológicos.

As duas principais bolsas da China continental, Xangai e Shenzhen, registaram subidas de 1% e 1,45% até ao fim da manhã na China, respetivamente. O índice que mede a evolução das 300 principais ações desses dois mercados, o CSI 300, avançou 1,09%.

A subida mais destacada foi a da Bolsa de Pequim (+3,17%), embora esta tenha menor relevância devido à sua recente fundação (2021) e ao seu foco nas pequenas e médias empresas.

Estas subidas surgem após o anúncio que Trump fez na sua plataforma Truth Social sobre o cessar-fogo alcançado entre Israel e o Irão, que levaria ao fim do conflito.

A mensagem chegou depois de o Irão ter bombardeado uma base norte-americana localizada em Doha, em resposta ao ataque de Washington contra as três instalações nucleares iranianas, na madrugada de domingo.

No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abás Aragchí, garantiu que não há nenhum acordo sobre a cessação das operações militares, mas que se Israel pusesse fim à "agressão ilegal" contra o Irão antes das 04:00 (01:30 em Lisboa), Teerão também suspenderia os seus ataques.

 

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por RTP

Cessar-fogo no Oriente Médio: preços do petróleo caem quase 5%

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por Lusa

Defesa Civil anuncia 21 mortos em Gaza perto de centro de distribuição

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou hoje que 21 pessoas foram mortas no centro do enclave palestiniano, na sequência de disparos israelitas contra pessoas reunidas perto de um centro de distribuição de ajuda.

"Vinte e um mortos e cerca de 150 feridos foram transferidos para o hospital (...) depois de as forças de ocupação israelitas terem alvejado grupos de cidadãos que aguardavam ajuda na estrada Salaheddine", disse à agência France-Presse (AFP) o porta-voz do organismo de primeiros socorros Mahmoud Bassal.

O responsável referiu que o disparo de "balas e granadas de tanques" ocorreu entre as 02:00 e as 06:00 (00:00 e 04:00 em Lisboa).

Questionado pela AFP, o exército israelita não fez nenhum comentário de imediato.

Tendo em conta as restrições impostas aos meios de comunicação social na Faixa de Gaza e às dificuldades de acesso no terreno, a AFP escreveu que não está em condições de verificar de forma independente os números da Defesa Civil.

A guerra entre o Hamas e Israel eclodiu na Faixa de Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

O Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, estima que o número de mortos na ofensiva israelita, que começou em outubro de 2023, superou os 55.600 mortos e 129.880 pessoas feridas.

A estes números juntam-se os cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

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Momento-Chave
por RTP

Netanyahu diz que concordou com a proposta de cessar fogo de Trump e que Israel atingiu "todos os objetivos"

O Governo israelita anuncia ter atingido "todos os objetivos" da guerra com o Irão. Israel diz que eliminou a "dupla ameaça existencial" dos mísseis e armas nucleares iranianos.

Israel garantiu ainda que reagirá “energicamente a qualquer violação do cessar-fogo”.
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Momento-Chave
por RTP

Ponto de situação

Os Estados Unidos anunciaram um acordo de tréguas entre Israel e o Irão. Está em vigor desde as 5 da manhã, hora portuguesa.

Donald Trump explicou que o cessar-fogo é completo e total. De acordo com os detalhes partilhados por Trump, o Irão inicia o cessar-fogo e terá de cumprir 12 horas sem qualquer ataque.

Depois, será a vez de Israel.

Durante cada fase, cada lado deve manter-se pacífico.

Trump diz também que ao fim de 24 horas, deverá terminar aquela que se poderá chamar a “Guerra dos 12 dias”, e que podia destruir todo o Médio Oriente.

Ainda não há qualquer reação de Telavive, nem de Teerão.

O governo do Catar entretanto já confirmou as negociações tendo até servido de intermediário.
Irão avisou EUA
Donald Trump confirmou que o Irão avisou os Estados Unidos que ia atacar a maior base norte-americana no Médio Oriente.

Na rede social Truth, o presidente americano agradece ao Irão por ter assim permitido que não houvesse mortos nem feridos.

Trump acrescenta que "talvez o Irão possa agora prosseguir para a Paz e Harmonia na região", e diz ter encorajado Israel a fazer o mesmo.

Na mesma mensagem o líder da Casa Branca desvaloriza o ataque do Irão à base aérea no Catar sugerindo que Washington não vai retaliar.

O líder supremo do Irão disse que o país não se submete à agressão de ninguém. Após o ataque, Ali Khamenei fez uma publicação na rede social X. Escreveu, que o Irão não agrediu ninguém e também não aceita agressões de ninguém, em circunstância alguma.
Começa a cimeira da NATO
Começa hoje a Cimeira da NATO, nos Países Baixos. Em Haia, foi montada uma operação policial de grande dimensão para garantir a segurança.

Luís Montenegro vai participar na reunião.

O conflito no Médio Oriente deverá ser o tema dominante.

Em discussão estará também o financiamento da defesa e a união da Aliança Atlântica.

O presidente dos Estados Unidos estará num jantar de gala esta noite, para o qual o presidente ucraniano foi convidado.

A cimeira termina na quarta-feira.
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Momento-Chave
05h00
por RTP

Acordo de cessar-fogo em vigor

Às 5h00, hora portuguesa, entrou em vigor o cessar-fogo. Isso mesmo foi garantido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, numa publicação no Truth Social.

"O cessar-fogo está em vigor”, disse, acrescentando “por favor, não o violem!”. Nem o Irão nem Israel confirmaram oficialmente o acordo anunciado anteriormente por Trump para encerrar o conflito. 

O líder americano tinha dito que o cessar-fogo seria um processo gradual de 24 horas, com início por volta das 04h00 GMT (05h00, hora portuguesa) de terça-feira, com o Irão interrompendo unilateralmente todas as operações. Israel faria o mesmo 12 horas depois.

"Israel & Irão contactaram-me, quase em simultâneo, e disseram, `PAZ`. Soube que a altura era `AGORA`. O Mundo e o Médio Oriente são os verdadeiros VENCEDORES! Ambas as nações irão ver um tremendo AMOR, PAZ E PROSPERIDADE nos seus futuros. Têm tanto a ganhar, e ainda assim, tanto a perder se se afastarem do caminho da RETIDÃO & VERDADE. O futuro para Israel & Irão é ILIMITADO & cheio de grandes promessas. DEUS VOS ABENÇOE A AMBOS!", escreveu logo a seguir Donald Trump, depois de anunciar o cessar-fogo. 

O exército israelita baixou esta manhã o nível de alerta em todo o país, depois de o Irão ter disparado vários mísseis durante a madrugada, matando quatro pessoas, segundo informação oficial.

A população israelita foi autorizada a abandonar os abrigos.
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por Lusa

Teerão lança ataque após anúncio de cessar-fogo por Trump

Os combates prosseguem entre Irão e Israel Exército do Irão via EPA

O Irão voltou a lançar mísseis contra Israel, na última madrugada, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um cessar-fogo entre os dois países, mais tarde desmentido pelo governo iraniano.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram três ondas de ataques iranianos entre as 5h00 e as 6h00 locais (3h00 e 4h00 em Lisboa), que deixaram uma dezena de feridos, incluindo três pessoas em estado crítico, de acordo com o serviço de emergência e resgate israelita Magen David Adom (MDA).

As sirenes soaram nas imediações de Telavive e na região entre Ashdod e a Faixa de Gaza, no centro e sul do país, e os bombeiros relataram o impacto de um projétil na cidade de Beersheba (sul).

O MDA indicou que o ataque deixou três pessoas gravemente feridas, mas meios de comunicação locais, como o Times of Israel e o Haaretz, referem três vítimas mortais, citando fontes médicas.

Os ataques surgem depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado em Washington, na segunda-feira à noite, que Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo.

Pouco depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, negou qualquer acordo: "De momento, não há acordo sobre um cessar-fogo ou uma cessação das operações militares", disse Araqchi numa mensagem na rede social X.

 

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por Lusa

Teerão põe termo a ataques caso Israel pare "agressão ilegal"

No terreno o cenário é de guerra U.s. Air Force Photo via EPA

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão negou a existência de um acordo de cessar-fogo com Israel, mas afirmou a intenção de pôr termo aos ataques caso Telavive pare a "agressão ilegal".

"Até ao momento, NÃO há 'acordo' sobre qualquer cessar-fogo ou cessação das operações militares", escreveu Abbas Araghchi, na rede social X.

Trata-se da primeira declaração oficial do Irão sobre o cessar-fogo com Israel, reivindicado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e que deveria começar por volta das 5h00 em Lisboa.

Araghchi acrescentou: "A decisão final sobre a cessação das nossas operações militares será tomada posteriormente".

Para quem falava Trump

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na segunda-feira que Israel e Irão chegaram a acordo para um "cessar-fogo completo e total" a ser implementado no prazo de 24 horas.

"PARABÉNS A TODOS! Foi plenamente acordado entre Israel e o Irão que haverá um CESSAR-FOGO completo e total (daqui a aproximadamente seis horas, quando Israel e o Irão tiverem acalmado e concluído as suas missões finais em curso!), durante 12 horas, altura em que a guerra será considerada TERMINADA!", afirmou Trump, na rede social Truth.

Oficialmente, adiantou, o Irão "iniciará o CESSAR-FOGO e, à 12.ª hora, Israel iniciará o CESSAR-FOGO"; à "24.ª hora, o FIM Oficial da GUERRA DE 12 DIAS será saudado pelo mundo".

A publicação de Trump foi feita numa altura em que as agências de notícias iranianas Fars e Mehr relatavam explosões potentes no centro de Teerão, que se seguiram a um aviso israelita de bombardeamentos iminentes, e enquanto o Irão lançou um alerta para evacuação de Ramat Gan, nos arredores de Telavive, ameaçando atacar.

"Partindo do princípio que tudo funcionará como deve ser, o que funcionará, gostaria de felicitar ambos os países, Israel e Irão, por terem a Resistência, a Coragem e a Inteligência para pôr fim ao que deveria ser chamado `A GUERRA DE 12 DIAS`", referiu ainda o presidente norte-americano.

"Esta é uma guerra que poderia ter durado anos e destruído todo o Médio Oriente, mas não destruiu nem nunca destruirá! Deus abençoe Israel, Deus abençoe o Irão, Deus abençoe o Médio Oriente, Deus abençoe os Estados Unidos da América e DEUS ABENÇOE O MUNDO!", conclui Trump.

Cenário no terreno

O Irão retaliou na segunda-feira pela "Operação Martelo da Meia-Noite", o bombardeamento norte-americano no fim de semana às instalações de enriquecimento de urânio e produção de combustível nuclear em Isfahan, Natanz e Fordo.

A agência de notícias governamental iraniana Irna, citando um comunicado da Guarda Revolucionária, afirmou que seis mísseis iranianos atingiram uma base norte-americana no Qatar, em retaliação aos bombardeamentos dos Estados Unidos a instalações nucleares em território iraniano.

O alvo, Al Udeid, é a maior base norte-americana do Médio Oriente, localizada nos arredores de Doha e albergando cerca de 10 mil soldados, que tinham previamente sido retirados.

Trump agradeceu ao Irão por ter avisado antecipadamente do ataque "muito fraco" que fez contra a Al Udeid.

 

 

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Anúncio dos EUA
por Graça Andrade Ramos - RTP

Donald Trump anuncia que Irão e Israel concordaram com um "cessar-fogo total"

Donald Trump fala ao país após o bombardeamento de centros de produção nuclear iranianos por aviões norte-americanos Carlos Barria - Reuters

O presidente dos Estados Unidos anunciou esta segunda-feira, quando eram 23h00 em Portugal, que Israel e Irão aceitaram "um cessar fogo total" a iniciar-se dentro de seis horas e a concluir-se em 24H00.

Nem Teerão nem Telavive reagiram de imediato à revelação de Trump. 

O primeiro-ministro do Qatar, o xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, garantiu contudo pouco depois a concordância de Teerão com a proposta dos EUA de cessar-fogo no conflito, após uma chamada telefónica com as autoridades iranianas.

A chamada ocorreu depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter informado o emir do Qatar que Israel tinha concordado com o cessar-fogo e ter pedido a ajuda de Doha para persuadir Teerão a também concordar com o acordo de cessar-fogo, disse a mesma fonte.

O anúncio de Trump foi publicado nas redes sociais.
O início do cessar-fogo está previsto para as 4h00 GMT (05h00, hora portuguesa) de terça-feira e deverá conduzir ao "fim oficial" da guerra.

"PARABÉNS A TODOS! Foi plenamente acordado entre Israel e o Irão que haverá um CESSAR-FOGO completo e total (daqui a aproximadamente 6 horas, quando Israel e o Irão tiverem acalmado e concluído as suas missões finais em curso!), durante 12 horas, altura em que a guerra será considerada TERMINADA!", referiu na sua rede Truth Social.

Oficialmente, adiantou ainda, o Irão "iniciará o CESSAR-FOGO e, à 12ª hora, Israel iniciará o CESSAR-FOGO"; à "24ª hora, o FIM Oficial da GUERRA DE 12 DIAS será saudado pelo mundo".

"Partindo do princípio que tudo funcionará como deve ser, o que funcionará, gostaria de felicitar ambos os países, Israel e Irão, por terem a Resistência, a Coragem e a Inteligência para pôr fim ao que deveria ser chamado `A GUERRA DE 12 DIAS`", antecipou o presidente norte-americano. Os mercados reagiram de imediato de forma positiva às revelações quanto ao acordo feitas pelo presidente dos Estados Unidos.

O anúncio de Donald Trump surgiu poucos momentos depois de se registarem diversas explosões em Teerão, a capital iraniana, após Israel ter lançado um apelo para a população abandonar uma área no centro da cidade.

Também o Irão emitiu um alerta de evacuação da população israelita em Ramat Gan, perto de Telavive. Um eventual ataque iraniano não chegou a concretizar-se no imediato.

Esta segunda-feira tinha já ficado marcada pela retaliação iraniana ao bombardeamento pelos Estados Unidos de três centrais nucleares. Teerão lançou seis mísseis contra a maior base militar norte-americana no Médio Oriente, situada no Qatar.

O regime iraniano avisou contudo os Estados Unidos e o Qatar da sua resposta, permitindo o encerramento do espaço aéreo catari e a evacuação da base. A defesa aérea do Qatar terá abatido todos os mísseis iranianos.

O presidente norte-americano agradeceu o aviso de Teerão, o qual permitiu "que nenhuma vida fosse perdida".
Trump considerou contudo "fraca" a retaliação iraniana, mas esta, simbólica, permitiu a Teerão salvar a face sem escalar tensões e poderá ter contribuído para o desanuviamento diplomático agora anunciado pelo presidente norte-americano. 
Irão "incapaz" de construir arma nuclear

O anúncio de Trump coincidiu com palavras do seu vice-presidente, JD Vance, que afirmou que o Irão já não era capaz de construir uma arma nuclear depois de os ataques americanos terem destruído as suas infraestruturas.

"O Irão esteve muito perto de ter uma arma nuclear", disse Vance em entrevista ao programa "Special Report with Bret Baier", da Fox News.

"Agora, o Irão é incapaz de construir uma arma nuclear
com o equipamento que possui, porque nós destruímo-lo", disse Vance.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão afirmou entretanto que o país está "pronto para voltar a responder" com força a qualquer novo ataque dos Estados Unidos, após ter atacado a base norte-americana no Qatar. "Os ataques com mísseis do Irão contra a base [norte-americana] de Al-Udeid foram uma resposta à agressão flagrante dos Estados Unidos" contra o território iraniano, declarou Abbas Araghchi.

"Em caso de novas ações dos Estados Unidos, [o Irão] está pronto para voltar a responder", disse Araghchi, em nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

Foram declarações feitas antes do presidente norte-americano, ter anunciado o acordo para um "cessar-fogo completo e total".
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