Guinés Equatorial. Titulares das principais pastas do anterior Governo reconduzidos

por Lusa

Os titulares das principais pastas do anterior Governo da Guiné Equatorial foram reconduzidos pelo Presidente, Teodoro Obiang, apesar de terem falhado os "objetivos programáticos", numa expressão do próprio chefe de Estado ao justificar a demissão do executivo anterior.

A começar pelo primeiro-ministro, Francisco Pascual Obama Asue, que tomou posse esta terça-feira perante o Presidente, foram ainda reconduzidos os titulares de pastas-chave como Finanças (César Augusto Mba Abogo), Negócios Estrangeiros e Cooperação (Simeon Oyono Esono Angue), ou Minas e Hidrocarbonetos (Gabriel Mbega Obiang Lima, filho do Presidente), num total de 18 em 24 pastas que formam o novo Executivo.

Apenas um pasta foi extinta no novo Governo por comparação com o anterior, a da Segurança do Presidente, assumida por Antonio Mba Nguema Mikue, irmão de Teodoro Obiang e que falecido em maio último.

No passado dia 14, o Governo equato-guineense demitiu-se em bloco porque "não cumpriu os objectivos programáticos, o que sem dúvida causou a situação de crise" que hoje "obriga a tomar medidas urgentes", explicou o próprio Obiang na altura.

O primeiro-ministro tomou posse na terça-feira no Palácio do Povo em Malabo, numa breve cerimónia em que o Presidente lhe deu várias recomendações, entre elas "o controlo dos recursos do Estado, a luta contra a corrupção e a promoção do Plano de Desenvolvimento Económico Horizon 2035", de acordo com o gabinete de imprensa de Obiang.

Os novos nomes, em pastas que se mantêm inalteradas, são Victoriano Bibang Nsue Okomo (Defesa), Diosdado Nsue Milang (Saúde), Clemente Ferreiro Vilarino (Obras Públicas), Alfredo Mitogo Ada (Trabalho, Promoção do Emprego e Segurança Social), Norberto Mañe Andeme (Aviação Civil) e Virgilio Seriche Riloha (Informação, Imprensa e Rádio).

Na terça-feira, no âmbito da tomada de posse, o novo Governo fez questão de "declarar" que era "obrigado a tomar medidas rigorosas para mitigar os efeitos de uma grave recessão económica e prevenir a instabilidade política e social", de acordo com uma nota distribuída pelo Grupo APO em nome do Ministério das Finanças, Economia e Planeamento equato-guineense.

O executivo "adotará medidas de precaução, dadas as atuais condições económicas e financeiras decorrentes da pandemia da covid-19" e "para o efeito, decidiu reestruturar o seu gabinete ministerial, a fim de acelerar a implementação de medidas económicas e estruturais atualmente em curso", acrescenta a nota.

Na tomada de posse de Obama Asue, Obiang sublinhou que "razões económicas" justificaram a dissolução do Governo anterior e que o novo executivo deve "procurar soluções específicas e viáveis para resolver os atuais problemas enfrentados pelos países do mundo e os problemas económicos".

O líder equato-guineense deu várias recomendações ao chefe do executivo durante a cerimónia, incluindo o controlo dos recursos do Estado, a luta contra a corrupção e Obama Asue fez questão de sublinhar que apenas é "capataz".

"Tenho um chefe de Governo que marca o ritmo. A única coisa que tenho de fazer é igualar o ritmo que o meu chefe de Governo me fixa", afirmou ainda.

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